A consultoria BDO RCS publica avaliações sobre as marcas dos clubes brasileiros desde 2009. Inicialmente, no entanto, focava (ou divulgava) apenas os principais clubes de SP, RJ, MG e RS. Os times do nordeste começaram a aparecer com regularidade a partir do levantamento de 2011. Desde então, o “G7” da região sempre figurou no estudo de mercado. A partir disso, o blog compilou os dados brutos de cada um, considerando os três principais clubes do Recife, os dois de Salvador e os dois de Fortaleza. Somente em 2017 outros dois nordestinos foram mensurados, ABC (9,0 mi) e Sampaio (6,3 mi).
Acima, os números de cada clube, em milhões de reais. Abaixo, a evolução numérica em quatro cenários distintos.
Lembrando que a metodologia de escolha e análise dos clubes utiliza dados financeiros, pesquisas com torcedor, informações de marketing de cada clube e dados econômicos e sociais dos brasileiros. Ao todo são 21 variáveis.
Confira os rankings nacionais: 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2017.
Nordeste (Náutico, Santa, Sport, Bahia, Vitória, Ceará e Fortaleza)
No cenário regional, a dupla Ba-Vi dominou o topo nos cinco primeiros anos, com Vitória 1x (2011) e Bahia 4x (2012, 2013, 2014 – o ano mais achatado no pódio – e 2015). Em 2016, quando superou a barreira de R$ 100 milhões, o Sport assumiu a liderança, mantendo também em 2017. Considerando os outros times, a melhor marca foi do Náutico, com R$ 38,3 milhões em 2014. Na última edição do estudo, a diferença entre esses quatro foi de 9,4 mi, num sinal de equilíbrio pela 4ª força – mantida pelo timbu há sete anos.
Pernambuco (Náutico, Santa Cruz e Sport)
Em 2017, o leão pernambucano estabeleceu uma diferença de R$ 72,3 milhões sobre a soma de Náutico e Santa. Já são três anos consecutivos com a projeção do Sport acima dos rivais agregados. A última vez em que alvirrubros e tricolores, juntos, superaram o rubro-negro foi em 2014, por 1 milhão de reais – neste contexto, a maior diferença foi em 2013, com R$ 18,2 mi. Numa comparação apenas entre Náutico e Santa, o timbu segue à frente desde o início, impressionando a vantagem nos últimos dois anos, quando os corais conseguiram o acesso à elite e ainda ganharam o Nordestão.
Bahia (Bahia e Vitória)
O Baêa ficou sete anos fora da elite nacional, de 2004 a 2010. A má situação nos gramados refletiu na avaliação de 2011, ano de sua volta, com R$ 12,3 milhões a menos que o maior rival. Seria a única vez. Desde então são seis anos na liderança do estado, impondo até R$ 34,3 milhões a mais, em 2016. A aquisição do CT “Cidade Tricolor” deve influenciar ainda mais em 2018.
Ceará (Ceará e Fortaleza)
O vozão sempre esteve à frente do rival. Porém, a maior diferença entre os alencarinos ocorreu em 2011, ano em que o Ceará disputou a Série A pela última vez. A marca alvinegra ficou R$ 6,1 milhões à frente do FEC, que já estava na terceira divisão, onde seguiria até 2017. As melhores avaliações de ambos foram nesta última versão.