Grama universal e nivelada por cima, a nova prioridade da Fifa para a Copa das Confederações

Gramado "Bermuda"

Um campo oficial de um torneio da Fifa tem 105 metros x 68 metros, segundo o caderno de encargos. Ao todo, uma ára de 7.140 metros quadrados. Levando em conta as doze arenas brasileiras para a Copa do Mundo, serão 85.680 m².

Na Arena Pernambuco, após um estudo que considerou o clima e o solo da região, a grama escolhida foi a Bermuda Celebration. Outras arenas fizeram o mesmo, sempre no padrão determinado pela Fifa.

Agora, a entidade resolveu focar de vez os campos. Naturalmente, tornou-se prioridade devido aos prazos apertados das obras nos estádios, o que leva consequentemente a um gramado finalizado em cima da hora.

Não por acaso, no Recife até o sistema de plantação e drenagem foi modificado. Em vez do plantio de sementes e drenagem à vácuo, reduzindo drasticamente a possibilidade de alagamento no campo, os gestores locais conseguiram dobrar os executivos da Fifa, uma vez que o prazo estava bastante curto.

Desta forma, o estádio em São Lourenço terá uma plantação em rolos, com a transição de placas de grama, e uma drenagem gravitacional, a mais tradicional nos palcos do país. Com pressa, placas soltas, como na Arena Grêmio.

“O importante é que seja qual for o jogo na cidade-sede, o gramado precisa estar em boas condições, pois serão 90 minutos para o mundo inteiro. E aqui todos vão ver Espanha x Uruguai”.

Palavras do francês Jérôme Valcke, secretário-geral da Fifa, aqui no estado.

Uniformizar os gramados brasileiros parece ser uma missão mais difícil do que se imagina. Além do que, é preciso que seja nivelado por cima, sem placas soltas, gramado irregular…

Arte futebolística via Playmakers

iamdany.com/Playmakers

Usar um traço característico para reproduzir jogadores de futebol é até certo pont cmum. Com talento, surgem as obras de arte.

O romeno Daniel Nyari, criado na Áustia e em Nova York, reproduziu em sua página 25 atletas através da série Playmakers. Entre eles, cinco brasileiros: Didi, Rivelino, Zico, Sócrates e Ronaldinho.

Confira as imagens em alta resolução clicando aqui.

Você consegue identificar todos os craques?

Faltaram alguns nomes históricos, como Cristiano Ronaldo e um tal de Pelé…

Jérôme Valcke volta a Pernambuco para sair novamente do discurso padrão

Jérôme Valcke em visita na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Principal figura da Fifa em relação à preparação brasileira para a Copa das Confederações de 2013 e, sobretudo, a Copa do Mundo de 2014, o francês Jérôme Valcke é disparado o tom mais crítico em relação às obras no país.

Ao contrário dos gestores brasileiros, que sem surpresa alguma focam sempre o otimismo máximo, o secretário-geral da entidade que comanda o futebol não costuma economizar nos comentários.

No próximo dia 5 de março de 2013, o executivo visitará a Arena Pernambuco pela segunda vez. Na primeira, em 26 de junho de 2012, encontrou o canteiro com 43% de avanço. Na época, o temor era de que o Recife virasse uma nova Port Elizabeth, a cidade sul-africana cortada da última Copa das Confederações.

A esta altura, com milhares de ingressos do Festival de Campeões vendidos para os três jogos no estado, essa possibilidade tornou-se irreal. O que não significa que esteja tudo perfeito. Não está, mas a correria para a alcançar o prazo de conclusão agendado para abril elevou o panorama atual para 90%.

Na nova visita, o mesmo script, com Ronaldo e Bebeto atraindo as atenções, o governador de Pernambuco reforçando a parceria com o Comitê Organizador Local e, no fim, Valcke listando as verdadeiras prioridades.

Há oito meses, falou do estádio, da rede hoteleira, do aeroporto e da mobilidade urbana da capital. A sua última declaração expõe a situação (veja aqui).

“Não adianta fazer o estádio mais bonito do mundo, no meio do nada.”

Agora fica a expectativa sobre o que ele tem a dizer sobre a inauguração do estádio, uma vez que o Castelão e o Mineirão abriram os portões sob críticas.

Jérôme Valcke em visita na Arena Pernambuco em 26 de junho de 2012. Foto: Odebrecht/divulgação

Arena Pernambuco a 9,9% da inauguração

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Na reta final de trabalho, a Arena Pernambuco passou de 90,1% de avanço físico. Os dados de fevereiro, com expectativa superior a 95%, serão concluídos até meados de março. Falta pouco para o futuro do futebol local.

Em vez de apontar o que já foi feito, chegou a hora do blog fazer o oposto, enumerando os pontos em aberto no milionário empreendimento.

No setor de cadeiras já são mais de 16.000 assentos instalados, de um total de 46.214. Parte das cadeiras vermelhas já encontra-se no anel superior, na ala sul.

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Içados por guindastes, os 22 módulos da cobertura, armados ainda no solo por telhas, forros e vidros, pesando 45 toneladas cada, foram montados com ajuda de alpinistas. Os módulos estão sendo finalizados.

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Na área do campo de jogo, o terreno foi rebaixado para a colocação do sistema de drenagem, com o formato de uma “escama de peixe”. As camadas seguintes serão de brita, no estágio inicial, e areia, prevista para março. Só depois será colocado o gramado “bermuda celebration”, cultivado no CT do Náutico.

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

A estrutura metálica onde será instalado o revestimento combinado entre LED e almofadas de Etileno Tetrafluoretileno já circunda quase toda a arena. A membrana terá 25 mil metros quadrados, a tecnologia da Allianz Arena.

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Os trabalhos de acabamento devem durar até o início de abril, no chamado “arremate” do projeto. Entre os vários pontos, a colocação de azulejos nas quatro rampas de acesso ao anel superior, além de lanchonetes e banheiros.

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Antes dos testes finais em abril, prioridade para as instalações elétrica e hidráulica – nos lugares climatizados ainda haverá um forro especial. Além do trabalho na área interna, serão colocados dois telões de LED (77,4 m²) e 380 projetores de luz, anexados à cobertura.

Construção da Arena Pernambuco em fevereiro de 2013. Foto: Blenda Souto Maior/DP/D.A Press

Arte das ruas nas imagens da Copa do Mundo

Grafiteiro Speto produz imagem para a campanha da Coca-Cola na Copa do Mundo de 2014. Imagem: divulgação

Paulo Cesar Silva, o Speto, irá assinar as imagens da campanha da Coca-Cola para a Copa do Mundo de 2014. As criações deverão customizar as doze subsedes da competição até o ano que vem.

Exponte do graffiti nacional em terras estrangeiras, Speto, de 41 anos, até faz uma aparição no vídeo oficial da campanha, a principal entre os patrocinadores da Fifa para o Mundial de futebol (assista aqui).

Grafiteiro Speto produz imagem para a campanha da Coca-Cola na Copa do Mundo de 2014. Imagem: divulgação

No 40º ano com a Copa do Mundo, a Coca-Cola cria o “Manifesto do Mundial”

Campanha da Coca-Cola para a Copa do Mundo 2014. Crédito: divulgação

Rio de Janeiro – A primeira garrafa de Coca-Cola vendida em uma Copa do Mundo foi em 1950, no Brasil. Em 1974 a empresa se tornou patrocinadora oficial do maior evento futebolístico, com contrato estendido até 2022, no Catar. Para o retorno ao Brasil, em 2014, a companhia acaba de lançar a sua campanha oficial.

Na África do Sul a música fez sucesso, tanto quanto o Waka Waka de Shakira. Aqui será a “Copa de Todo Mundo”, cuja campanha mundial começará só em 1º de janeiro do ano que vem. Aí vai uma prévia do chamado “Manifesto Coca-Cola”. Será que vai conseguir repetir o sucesso internacional dos sul-africanos?

No lançamento do vídeo, nesta quarta, também foi anunciada a negociação da empresa com outras cidades além das doze subsedes para a organização de mini fan fests. Em Pernambuco, cidades como Caruaru e Petrolina aparecem como favoritas naturais para esse novo manifesto. Já no Recife, que terá a fan fest oficial, o contato com o prefeito Geraldo Júlio e a direção da empresa segue em alta. Até o fim deste ano deverão ser anunciadas as ações no Marco Zero.

Cadastro local de torcidas ativado. O nacional depende de Aldo Rebelo, no Recife

Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Foto: Ministério do Esporte/divulgação

Há tempos se espera um cadastramento detalhado dos integrantes das principais torcidas organizadas no futebol.

Não só no Recife como no restante do país, em centros ainda maiores.

Aqui, os números são altíssimos. Segundo levantamento do Ministério Público de Pernambuco, a Torcida Jovem, a Inferno Coral e a Fanáutico têm 90 mil, 80 mil e 20 mil membros, respectivamente.

Ao todo, uma projeção de 190 mil pessoas. Para se ter uma ideia, a soma dos sócios em dias nos três clubes chega a 30 mil, um dado irrisório.

O cadastro visa dar uma identidade a esses torcedores organizados, definindo aqueles de bem, porque, afinal, ainda são a maioria.

A ideia voltou a ser imposta pelas autoridades do estado após o último violento episódio na cidade. Trata-se de uma decisão conjunta da secretaria estadual de esportes, FPF, Polícia Militar e Ministério Público.

Dessa vez, com um prazo de execução definido. Serão 60 dias para colocar em prática o plano orçado em R$ 1,2 milhão. Vale lembrar que a burocracia emperrou a ideia num passado recente. Mais uma vez, repito, não foi só aqui.

Ao assumir o Ministério do Esporte, Aldo Rebelo acabou não dando continuidade ao projeto Torcida Legal, que cadastraria 500 mil pessoas país afora (veja aqui).

A princípio porque a verba foi repassada sem licitação. Contudo, acabou não se criando um processo público para uma nova empresa, que teria o papel de gerir o orçamento de R$ 6,2 milhões do governo federal.

Lançado em 2009, agendado para 2010 e paralisado desde 2011.

Coincidentemente, o ministro Aldo Rebelo fará uma rápida passagem no estado nos dias 23 e 24 de fevereiro. A visita deve servir para atualizar a opinião do ministro sobre a situação em evidência no futebol pernambucano.

À parte do Torcida Legal, o cadastramento local irá andar. E no resto do Brasil?

Agenda completa a quatro meses da Copa das Confederações, na hora H

Copa das Confederações 2013. Crédito: copagov/youtube

Estamos a exatamente quatro meses da Copa das Confederações.

O Festival de Campeões de 2013 será o grande teste do Brasil aos olhos do planeta para a organização da Copa do Mundo, no ano que vem. Estrutura, acessibilidade, conforto, segurança, horários etc.

O país vem correndo para tentar deixar as seis subsedes em condições de abrigar o torneio no alto nível exigido pela Fifa. Uma correria que na prática é culpa da própria desorganização do país, no seu oceano burocrático.

Nesta mesma sexta começou a segunda fase da venda pública de ingressos para o torneio. Ainda faltam 291.200 bilhetes para os jogos de Brasil, Espanha, Itália, Uruguai, México, Nigéria, Japão e Taiti. Veja como conseguir aqui.

Abaxo, um vídeo com a tabela completa, estádio por estádio, agora finalizada após o título africano da Nigéria em fevereiro, o oitavo integrante.

Aos países participantes, uma premiação acumulada de US$ 20 milhões através da Fifa, sendo 4,1 milhões de dólares para o campeão.

Na Arena Pernambuco, com 90% de avanço físico até o momento, o cronograma tabela já estava definido, com três partidas (veja aqui).

Em 120 dias teremos as respostas sobre a capacidade organizacional.

O impacto político e econômico da arena do Sport na Prefeitura do Recife

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Sport/divulgação

Inegavelmente, é um projeto de grande impacto para a cidade. O Conselho de Desenvolvimento Urbano do Recife (CDU) avalia projetos de grande relevância tendo como ponto de partida terrenos de 10 mil metros quadrados. Uma reavaliação na Ilha do Retiro expôs uma área de 110 mil metros quadrados, distribuídos entre estádio, campo auxiliar, sede, parque aquático e estacionamento. Onze vezes maior.

Na mesa da Prefeitura do Recife encontra-se uma pilha de páginas com o projeto de remodelagem do complexo, transformando a estrutura atual em arena, centro comercial e empresariais. Neste ponto, o impasse entre Sport e poder público, encabeçado por Geraldo Júlio. O documento segue estagnado.

O secretário de mobilidade e controle urbano da capital, João Braga, alega precisar de mais tempo para avaliar o projeto, hoje orçado em R$ 750 milhões. Sem dúvida alguma, é preciso uma minuciosa análise técnica. A pressa em tirar a nova Ilha do papel acabou gerando uma ansiedade entre os rubro-negros.

A ponto de aumentar a discussão sobre possíveis articulações políticas contrárias ao projeto. Há quem enxergue a demora no fato de a arena leonina ser um entrave para a plena operação da Arena Pernambuco, a parceria público-privada entre governo do estado e Odebrecht. Por enquanto, só o Náutico tem contrato assinado com o estádio em São Lourenço, por trinta anos.

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Jorge Peixoto/Instagram

Contudo, o Sport já tem uma negociação pronta para também mandar os seus jogos no estádio da Copa 2014, mas por cinco temporadas, justamente o prazo máximo de construção de seu novo estádio. Seria do interesse do governo estado, da mesma base partidária da PCR, inviabilizar um novo palco na cidade, particular, para priorizar o “seu” projeto?

Economicamente, o estádio seria (será) um concorrente. Mas focar apenas nisso, na opinião do blog, resulta em uma leitura, a princípio, rasa, até porque deveria ser de interesse ainda maior a revitalização completa de um bairro em uma área central do Recife, com capital privado, sem mexer em nada no não menos milionário empreendimento em andamento visando o Mundial.

Portanto, teoria da conspiração à parte, o projeto do Sport, devidamente elaborado, revisado e com as medidas mitigadoras para espaços públicos, segue tramitando no CDU em um curso normal. Até segunda ordem.

Sobretudo porque uma suposta inviabilização desta arena não levaria o Sport, necessariamente, a assinar um contrato de trinta anos. Poderia ser até um tiro no pé dos gestores públicos, com o clube negando inclusive o contrato de cinco anos com o Consórcio Arena Pernambuco. Até porque, francamente, a Ilha do Retiro ainda está de pé. E o clube poderia recorrrer da decisão na justiça.

Tempo ao tempo. Um projeto dessa magnitude não seria aprovado do dia para a noite. E nem o estado seria tão ingênuo de bater de frente com uma massa humana passando por cima de todas as licenças. Poderia ser irreversível.

Projeto para o complexo da arena do Sport. Crédito: Virtualize/divulgação

Maracanã como fonte de inspiração para projetos da bola da Copa 2014

Projeto para a bola da Copa do Mundo de 2014. Crédito: http://denisedelcarmen.carbonmade.com/

Um dos maiores símbolos de uma Copa do Mundo é a bola oficial. Desde 1970 a pelota passou a ter um exemplar único a cada edição. Relembre aqui.

No Brasil, em 2014, a bola será chamada de Brazuca, após a enquete popular da Fifa definida na temporada passada.

O projeto desenvolvido pela Adidas segue guardado a sete chaves. O modelo divulgado no anúncio oficial do nome foi apenas conceitual.

Com a indefinição sobre a bola do próximo Mundial de futebol, designers vêm divulgando as suas ideias pela internet. Até mesmo com o desejo de ver a criação incorporada, quem sabe, pela Adidas, a fabricante nos últimos 40 anos.

Neste post, a bola idealizada por Denise del Carmen, formada em design na Elisava School of Design and Engineering (veja aqui).

A inspiração, claríssima, é no estádio do Maracanã, considerando a cobertura de concreto original de 1950, época da primeira Copa no país. Remodelado, o estádio carioca terá uma cobertura semelhante, mas metálica.

Nunca um estádio teve seus traços reproduzidos em uma bola da Copa.

Brazuca será lançada em dezembro deste ano. Na sua opinião, quais detalhes não poderiam faltar no futuro produto?

Projeto para a bola da Copa do Mundo de 2014. Crédito: http://denisedelcarmen.carbonmade.com/