Adidas pode sacudir o mercado de material esportivo no Recife

Camisa do Sport produzida pela Adidas, em 1981. Crédito: mercadolivre.com.br

Os primeiros contratos efetivos entre clubes pernambucanos e fabricantes de material esportivo datam do início da década de 1980. Até ali, apenas acordos esporádicos, com contrapartida baixa e quase sempre sem a marca na camisa. Com o tempo, as empresas se tornaram patrocinadoras, parceiras. Essenciais.

Numa disputa quase polarizada com a Nike, a gigante Adidas pode retornar ao futebol local, em 2014, após um hiato de mais de duas décadas. Curiosamente, a empresa alemã, que sob contratos milionários atualmente produz os uniformes de Real Madrid, Bayern de Munique e Milan, estampou a sua marca nas camisas leoninas e corais logo no boom local.

Camisa do Santa Cruz da década de 1980, produzida pela Adidas. Crédito: mercadolivre.com.brDurou mais tempo no Santa Cruz, até 1990, numa época em que a Adidas usava o seu velho logotipo, hoje chamado Originals. A entrada da fabricante mudaria bastante o já movimentado mercado de uniformes no Recife.

Se seguir a linha de outros centros econômicos, a entrada da Adidas deve atrair outras empresas de peso internacional para uma “disputa de visibilidade”.

Enquanto o Rubro-negro ainda depende de um anúncio (acerto) oficial, o Alvirrubro e o Tricolor têm contratos assinados com a Penalty até o fim de 2014, mas já abertos a futuros acordos.

Abaixo, a lista de fornecedores de material dos três grandes clubes pernambucanos. Alguns anos ainda carecem de fonte.

Fabricantes atualizadas até 21/09/2015:

Náutico
1983/1984 – Topper
1985/1991 – Finta
1991/1995 – Kyalami
1996 – Finta
1997/2000 – Penalty
2001/2005 – Finta
2006/2008 – Wilson (EUA)
2009 – Champs
2009/2010 – Lupo
2011/2014 – Penalty
2014 – Garra
2014/2015 – Umbro (Inglaterra)

Santa Cruz
1983/1990 – Adidas (Alemanha)
1991/1994 – CCS
1994/1995 – Amddma
1995/1996 – Rhumell
1997 – Diadora (Itália)
1998/2008 – Finta
2008 – Champs
2009/2015 – Penalty

Sport
1977/1980 – Malharia Terres
1981/1982 – Adidas (Alemanha)
1983/1987 –  Le Coq Sportif (França)
1988 – Everest
1988 – MR Artigos Esportivos
1988/1990 – Topper
1991/1994 – Finta
1995/1997 – Rhumell
1998/2007 – Topper
2008/2013 – Lotto (Itália)
2014/2017 – Adidas (Alemanha)

Confira algumas camisas históricas dos clubes locais aqui.

Os piores uniformes do futebol pernambucano

Camisas do Santa Cruz (1993), Náutico (anos 90) e Sport (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa

O lançamento da nova coleção de uniformes de um clube de futebol já se tornou um evento tradicional na agenda da agremiação a cada temporada.

Expectativa sobre o design, preço, modelos contratadas para o desfile etc.

Naturalmente, nem sempre as camisas agradam. Algumas pecam pelo exagero, pela concepção nada atrelada à tradição do time, pelo non sense. Encalhadas no mercado e pelo avesso da história diante da torcida.

Aqui, alguns exemplos nas últimas duas décadas de uniformes pouco ortodoxos nos grandes clubes do estado e também nos times pequenos.

Íntegra: Santa Cruz, Náutico e Sport.

Na Cobral Coral, a inesquecível “camisa eletrocardiograma” produzida pela CCS em 1993. No Alvirrubro, a Kyalami abusou das listras, além do estatuto. Em uma camisa do Sport no fim da década de 1990 a Topper tentou desenhar um leão…

Camisas de Santa Cruz (2001), Náutico (2013) e Sport (1999). Crédito: Manula Galo/Picasa e camisasdosport.blogspot.com.br

O Tricolor teve ainda a enorme cruz no uniforme de 2000, numa mistura de camisa de treino e padrão titular. No Náutico, este ano, a Penalty tentou esbanjar modernidade com faixas assimétricas e um vazio no ombro esquerdo.

Quanto ao Sport, de novo via Topper, o que dizer deste padrão praticamente inspirado no rival? Durou pouco tempo nas lojas, pois a camisa foi recolhida. Nesse cenário de camisas bizarras, espaço para as peças das fabricantes Rota do Mar (Sete de Setembro), Sport (Íbis) e CCS (Vitória). Haja criatividade.

Aqui foram apresentadas modelos entre os dois primeiros padrões oficiais dos clubes, pois nas camisas extras é comum o uso de cores alternativas.

Qual é a camisa mais feia que você já viu no seu clube? Comente.

Camisas de Sete de Setembro (2010), Íbis (anos 90) e Vitória (anos 90). Crédito: Manula Galo/Picasa