A reutilização da água de tratamento como solução no gramado do Lacerdão

Gramado do Lacerdão em janeiro de 2016. Foto: Daniel Vasconcelos/facebook

O gramado do estádio Luiz Lacerda sempre foi um retrato da seca em Caruaru, cidade com um histórico racionamento no fornecimento de água potável. Com o calendário do Central variando a cada ano, dependendo da participação no Campeonato Brasileiro, os cuidados com o campo acabam indo no mesmo ritmo. Sem jogo, sem água. Naturalmente, num quadro profissional o estado jamais poderia ser esse, mas a falta d’água não pode ser ignorada – e nem os valores cobrados pelos caminhões-pipa.

Não por acaso, o gramado ficou numa situação lamentável em novembro de 2015, após a eliminação na Série D (abaixo). Um deserto com algumas ilhas verdes. O visual crítico acabou gerando uma articulação inusitada, mas funcional. A ponto de se lamentar não ter tido antes. A direção alvinegra fechou uma parceria com a Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) para a reutilização da água proveniente do tratamento da cidade.

É exatamente isso, água de tratamento, mas com a devida limpeza para o uso da irrigação (afinal, não há o objetivo de colher safras). Essa água costumava ser derramada no Rio Ipojuca, que corta Caruaru. Em um mês, a reutilização representou 120 caminhões, com 12 mil litros cada. Ou seja, mais de 1,4 milhão de litros sem uso aparente deram uma nova cara ao Lacerdão, já verdinho. Possivelmente, uma solução perene para um palco tão tradicional.

Uma ideia para ser compartilhada em outros campos desgastados no interior…

Gramado do Lacerdão em novembro de 2015. Foto: Marivaldo Paulo/Rádio Liberdade

O regulamento oficial da 1ª divisão do Campeonato Pernambucano de 2016

O logo oficial do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF

A FPF divulgou o regulamento oficial da primeira divisão do Campeonato Pernambucano de 2016. Com 23 páginas, o documento apresenta a fórmula, os detalhes financeiros da competição (como a taxa de 8% para FPF em todos as partidas) e as vagas destinadas aos torneios nacionais da temporada.

Serão oito times na primeira fase, de 10 a 27 de janeiro. Os times estão divididos em dois grupos de quatro, jogando em turno e returno – na abertura, o clássico caruaruense Porto x Central. Após seis rodadas, o primeiro colocado de cada chave avança ao hexagonal do título, o campeonato “de fato”, já com Santa , Sport, Náutico e Salgueiro, presentes nas três primeiras divisões do Brasileiro – a exigência para a pré-classificação. A etapa – paralela ao hexagonal que definirá os dois rebaixados – será disputada entre 30 de janeiro e 10 de abril, com os quatro primeiros avançando ao mata-mata. Na semi e na final, o critério será pontos ganhos e saldo de gols. Persistindo o empate, pênaltis.  

Clubes na 1ª fase: Central, Serra Talhada, Porto, Pesqueira, Atlético, América, Belo Jardim e Vitória
Clubes na 2ª fase: Santa Cruz, Salgueiro, Sport e Náutico 

Confira a tabela da competição: primeira fase e hexagonal do título.

Veja a definição das vagas à Copa do Brasil, Nordestão e Série D clicando aqui.

Penalty produz bola retrô em 2016, no seu 9º ano no Campeonato Pernambucano

A bola oficial do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: Penalty

A Penalty irá fornecer a bola oficial do Campeonato Pernambucano pelo 9º ano consecutivo. Em 2016, o modelo alvinegro será vintage (acima), relembrando a Bola 8, criada em 2008 (abaixo), justamente na temporada de estreia da marca no futebol do estado. Na ocasião, a bola com oito gomos foi utilizada em outros 15 campeonatos estaduais. Só foi substituída pela fabricante em 2012, pela S11 Pro, também com oito gomos. Agora, a versão remodelada, prometendo uma diminuição do atrito com o ar e 0% de absorção de água, deve ser utilizada na primeira fase e nos hexagonais do Estadual – e também já foi confirmada por outras dez federações, incluindo Ceará e Rio Grande do Norte.

Como ocorreu nas últimas três edições do Pernambucano, espera-se uma bola especial para a fase decisiva. A FPF já recebeu uma remessa de bolas oficiais, que serão distribuídas entre os doze clubes para o período de adaptação. A pelota “retrô” deverá ser usada em pelo menos 84 jogos no certame.

Na fase final, uma edição especial deve ser lançada, como ocorre há três anos.

As bolas do Campeonato Pernambucano: 2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016.

A bola oficial do Campeonato Pernambucano de 2011. Crédito: Penalty

Calculando as cotas do Pernambucano 2016 nos moldes da Premier League

Cotas do Campeonato Pernambucano de 2016 no estilo "Premier League". Crédito: Douglas Batista Cruz (twitter.com/dbatistadacruz)

Se há o debate sobre uma distribuição de receitas da tevê mais justa no cenário nacional, vale também fazer um comparativo dentro do próprio futebol pernambucano. O contrato atual, até 2018, prevê um investimento da Globo Nordeste de R$ 3,84 milhões por edição. Na divisão, o trio de ferro fica com 74% do montante (R$ 950 mil para cada). Os outros nove times, tidos no pacote como “intermediários”, recebem R$ 110 mil. Pois bem, o torcedor Douglas Batista Cruz fez a divisão do Campeonato Pernambucano de 2016 nos moldes da Premier League, com 50% em parcelas iguais, 25% de acordo com a classificação no Estadual de 2015 e mais 25% segundo a audiência.

De cara, Náutico, Santa e Sport receberiam bem menos. A maior cota, dos tricolores, devido ao título, teria uma redução de 42%, caindo para R$ 545 mil. O maior aumento seria o do Salgueiro, atual vice, com incríveis 193%! Em relação à diferença da maior para a menor, cairia de R$ 840 mil para R$ 345 mil…

Agora, dois questionamentos. A lógica nacional vale na esfera estadual? Haveria mercado para um certame local sem alvirrubros, rubro-negros e tricolores?

Confira como ficaria a divisão de cotas no Brasileirão via Premier League aqui.

O ranking nacional de federações em 2015, com Pernambuco em 7º lugar

O ranking da CBF em relação às federações estaduais em 2015. Crédito: CBF

O Ranking da CBF em vigor, contemplando apenas os últimos cinco anos, foi criado em 2012. Até ali, com um critério diferente, o futebol pernambucano, através da FPF, ocupava um histórico 6º lugar. Com novo “corte” na tabulação dos pontos, o estado caiu para a 8ª posição, onde ficou durante três anos.

Agora, após o 6º lugar do Sport na Série A (2.720 pontos), o 2º do Santa na Série B (1.600 pts) e o 5º do Náutico também na segundona (1.380 pts), o futebol local enfim subiu na lista, agora figurando em 7º lugar. Superou Goiás, que em 2016 terá os seus três grandes clubes na segundona. Como Pernambuco terá dois times na elite, a tendência é consolidar o status. Contudo, para retomar o 6º lugar a missão é mais difícil, uma vez que o estado está a 7.951 pontos do Paraná. A grande surpresa no ranking é Santa Catarina, que este ano teve quatro clubes no Brasileirão. Entrou no G4, no lugar dos gaúchos.

Vale lembrar que a colocação do estado influencia diretamente no número de vagas na Copa do Brasil. Hoje, Pernambuco tem direito a três.

Representantes locais: Sport (19º, 7.928), Náutico (25º, 6.139), Santa Cruz (35º, 4.310), Salgueiro (47º, 2.644 pts), Central (84º, 712 pts), Porto (137º, 279 pts), Serra Talhada (141º, 255 pts), Ypiranga (141º, 255 pts), Petrolina (187º, 102 pts).

Pernambuco no ranking nacional
2015 – 7º (22.624)
2014 – 8º (21.520)
2013 – 8º (21.642)
2012 – 8º (22.765)

Top 3 do Nordeste
2015
1º) Pernambuco (7º, 22.624)
2º) Bahia (9º, 17.683)
3º) Ceará (10º, 14.627)

2014
1º) Pernambuco (8º, 21.520)
2º) Bahia (9º, 20.031)
3º) Ceará (10º, 16.500)

2013
1º) Pernambuco (8º, 21.642)
2º) Bahia (9º, 20.902)
3º) Ceará (10º, 18.024)

2012
1º) Pernambuco (8º, 22.765)
2º) Bahia (9º, 21.484)
3º) Ceará (10º, 19.227)

Ranking da CBF em 2015 com Sport (19º), Náutico (25º) e Santa Cruz (35º)

O ranking da CBF atualizado em 8 de dezembro de 2015. Crédito: CBF

A Confederação Brasileira de Futebol atualizou o ranking oficial de clubes após a realização de todas as competições nacionais em 2015, com o Corinthians desbancando o Cruzeiro na liderança. Como ocorre há quatro temporadas, a entidade adiciona pontos apenas em seus torneios, com as Séries A, B, C e D e a Copa do Brasil. Nada estaduais ou torneios internacionais. Para a tabulação, se leva em conta o desempenho dos clubes nos últimos cinco anos, com pesos diferentes, dando vantagem aos anos mais recentes (veja o sistema aqui).

Apesar da 6ª colocação na Série A, o Sport subiu apenas uma colocação na lista, figurando em 19º lugar. Melhor rankeado entre os pernambucanos, o Leão por pouco não liderou entre os nordestinos, ficando a 126 pontos do Bahia, que se manteve na ponta pelo segundo ano seguido. A título de curiosidade, os pontos obtidos na Copa do Brasil de 2008 não contam mais para o Leão, pois o título aconteceu há sete anos, já fora do alcance da lista atual. O Náutico, que ficou a um triz do acesso, também ganhou uma posição, se mantendo entre os cinco da região. Contudo, a pontuação atual (6.139) é a menor do clube.

Não foi diferente com o Santa Cruz, também subindo um degrau. Vice-campeão da Segundona, o clube foi do 36º para o 35º – a sua melhor posição, que ainda reflete a passagem na quarta divisão. Ao trio, pesou contra a baixa pontuação na Copa do Brasil de 2015 – o Ceará, por exemplo, fez má campanha na Série B, mas somou 1.000 pontos por ter chegado às oitavas da copa nacional.

Outros seis clubes pernambucanos estão presentes: Salgueiro (47º, 2.644 pts), Central (84º, 712 pts), Porto (137º, 279 pts), Serra Talhada (141º, 255 pts), Ypiranga (141º, 255 pts), Petrolina (187º, 102 pts). Ao todo, são 223 clubes na lista organizada pelo departamento de competições da CBF.

Rankings anteriores: 2014, 2013 e 2012.

Sport
2015 – 19º (7.928)
2014 – 20º (6.970)
2013 – 24º (6.740)
2012 – 19º (8.284)

Náutico
2015 – 25º (6.139)
2014 – 26º (6.470)
2013 – 21º (7.557)
2012 – 22º (8.036)

Santa Cruz
2015 – 35º (4.310)
2014 – 36º (3.930)
2013 – 45º (3.091)
2012 – 48º (2.704)

As colocações do Trio de Ferro nos cenários estadual, regional e nacional:

A marca do Campeonato Pernambucano antes do naming rights até 2019

Logotipo oficial do Campeonato Pernambucano de 2016. Crédito: FPF

O Campeonato Pernambucano poderá voltar a ter um parceiro comercial, através do naming rights, de 2016 a 2019. O acordo, como se sabe, atrela o nome da competição ao do patrocinador, como Bridgestone Libertadores, Brasileirão Chevrolet ou Copa Sadia do Brasil. À parte da negociação articulada pela FPF, já foi lançado o logotipo do Estadual de 2016, presente no material de divulgação da federação.

A marca pode ter vida curta em caso de um investidor. Foi assim de 2011 a 2014, com a Coca-Cola, com remessas anuais de R$ 600 mil. Em 2015, o contrato expirou e a federação pernambucana negociou com uma cervejaria, mas o atraso na regularização da venda de cerveja nos estádios acabou emperrando o negócio. Em 2009, pelo mesmo motivo, se perdeu um contrato de R$ 800 mil com a Ambev. Agora, a direção da entidade projeta até R$ 1 milhão por temporada. O certame local tem esse cacife?

Confira as tabelas do Estadual: primeira fase e hexagonal do título.

Mais importante que a nomenclatura oficial, uma visão de mercado que só ganha o público a médio/longo prazo, é o repasse para os 12 participantes…

Os oito times candidatos ao verdadeiro Campeonato Pernambucano de 2016

Participantes da 1ª fase do Campeonato Pernambucano de 2016

O Campeonato Pernambucano de 2016 começará ainda em janeiro, durante a pré-temporada dos grandes clubes de futebol do país. Por mais datas, a FPF conseguiu junto à diretoria de competições da CBF a antecipação da primeira fase, uma vez que os oito participantes estavam sem atividade. A definição da tabela saiu somente agora, após a final da segunda divisão estadual, no Carneirão, com o inédito título do Belo Jardim sobre a Acadêmica Vitória.

O regulamento da fase preliminar é simples. São dois grupos de quatro times, jogando em turno e returno – a abertura será com o clássico caruaruense Porto x Central. Após seis rodadas, o primeiro colocado de cada chave avança ao hexagonal do título, o campeonato estadual “de fato”, que já tem a garantia de Santa Cruz, Sport, Náutico e Salgueiro, os representantes locais nas três primeiras divisões do Brasileiro – a exigência  técnica para a pré-classificação. Mais do que isso, os dois times garante vaga na Série D. Enquanto isso, os seis eliminados vão para o hexagonal do rebaixamento, onde os dois últimos cairão para a segundona de 2017.

Grupo A – Central, Porto, Atlético e Belo Jardim
Grupo B – Serra Talhada, América, Pesqueira e Vitória

Algum favorito à vaga na 2ª fase do Estadual? Até o fim de janeiro, a resposta.

Confira a tabela do hexagonal do título clicando aqui.

1ª rodada (10/01)
A – Porto x Central
A – Belo Jardim x Atlético
B – América x Pesqueira
B – Vitória x Serra Talhada

2ª rodada (13/01)
A – Central x Belo Jardim
A – Atlético x Porto
B – Pesqueira x Vitória
B – Serra Talhada x América

3ª rodada (17/01)
A – Porto x Belo Jardim
A – Atlético x Central
B – Pesqueira x Serra Talhada
B – Vitória x América

4ª rodada (20/01)
A – Belo Jardim x Porto
A – Central x Atlético
B – Serra Talhada x Pesqueira
B – América x Vitória

5ª rodada (24/01)
A – Belo Jardim x Central
A – Porto x Atlético
B – Vitória x Pesqueira
B – América x Serra Talhada

6ª rodada (27/01)
A – Central x Porto
A – Atlético x Belo Jardim
B – Serra Talhada x Vitória
B – Pesqueira x América

Belo Jardim ganha a Série A2 e se torna o 27º clube campeão em Pernambuco

Final da 2ª divisão do Pernambucano 2015: Vitória 0x1 Belo Jardim. Foto: FPF/divulgação

O gol de Eduardo Erê, ainda no primeiro tempo, definiu a noite no Carneirão. Deu ao Belo Jardim o título da segunda divisão estadual de 2015. Um jogo no qual o Calango superou o mandante, e favorito, Vitória, levantando assim a primeira taça de sua história, justamente no aniversário de dez anos como profissional. Na competição aberta a jogadores de até 23 anos, o alviverde alcançou o seu terceiro acesso à elite local (2006, 2011 e 2015).

Com a conquista, o Belo Jardim tornou-se o 27º clube a conquistar um título oficial em Pernambuco. Além dos sete campeões estaduais desde 1915, outros 20 clubes já tiveram o gostinho de comemorar uma taça em competições organizadas pela FPF na categoria principal. Nos 145 torneios considerados, as duas divisões do Pernambucano, a Copa Pernambuco e a Taça do Interior.

Eis a lista de títulos acumulados no futebol do estado, sem contar as eventuais glórias regionais e nacionais…

43 – Sport
32 – Santa Cruz
22 – Náutico
6 – América
4 – Vitória, Recife e Salgueiro
3 – Torre, Central e Vera Cruz
2 – Tramways, Porto, Ypiranga e Petrolina
1 – Flamengo do Recife, Maguari, Sete de Setembro, Flamengo de Arcoverde, Ferroviário, Unibol, AGA, Itacuruba, Estudantes, Araripina, Serra Talhada, Chã Grande e Belo Jardim

Obs. Na lista levantada pelo blog, a extinta terceira divisão local, realizada entre 2000 e 2002, não foi levada em consideração porque era amadora. Somente após o título o clube era convidado pela FPF a se profissionalizar.

Final da 2ª divisão do Pernambucano 2015: Vitória 0x1 Belo Jardim. Foto: FPF/divulgação

Quiz sobre os estádios pernambucanos

À parte dos Aflitos, Arena Pernambuco, Arruda e Ilha do Retiro, os mais populares do nosso futebol, vamos a algumas curiosidades sobre outros estádios com histórico na elite estadual. Responda as 16 perguntas e confira o resultado do seu desempenho no fim…