Campeão da Taça do Interior de 2011, dono de um dos melhores gramados do estado e de caixa aberto para 2012. Para completar, o apoio irrestrito do torcedor.
O Araripina está mesmo disposto a brigar por uma vaga na semifinal do Pernambucano. Mais. O Bode quer participar pela primeira vez do Campeonato Brasileiro, na Série D.
Contratou jogadores de destaque nas últimas edições e ainda apostou em Rosembrick. Até o atacante Carlinhos Bala está na mira…
Não por acaso, a torcida “bodeira” se encarregou nas redes sociais de liderar a enquete sobre o clube intermediário favorito ao G4.
Força provada na internet. Agora é a vez de fazer o mesmo no Chapadão do Araripe…
Fora o Trio de Ferro, qual é o clube favorito à semifinal do Pernambucano de 2012?
Criado em 2010, o sistema com semifinal e final no Campeonato Pernambucano se tornou bastante popular junto aos torcedores com os clássicos decisivos na reta final.
Nas duas competições com este modelo, os três grandes clubes do Recife alcançaram a fase mata-mata. Portanto, confirmaram o favoritismo.
No primeiro ano, o já popular “G4” ficou completo com o Central. Também de Caruaru, o Porto chegou até a semifinal em 2011. Ambos foram eliminados na semifinal.
Então, a nova enquete visa apontar o principal favorito para o G4 entre os clubes menores, uma vez que pelo menos um time intermediário se classificará à fase final.
Quem sabe este ano não reserve uma surpresa, com mais equipes de menor porte na briga real pelo título estadual…?
Fora o Trio de Ferro, qual é o clube favorito à semifinal do Pernambucano de 2012?
Com dados do pesquisador Carlos Celso Cordeiro, considerando todas as 97 edições do Campeonato Pernambucano, eis o ranking histórico de pontos do Estadual, desde 1915 até 2011, escrita em 8.343 partidas e 26.767 gols…
Quem mais jogou? Quem venceu mais? Quem perdeu mais? E o melhor ataque?
Abaixo, a lista com os 64 times. Antes, confira as ressalvas do historiador.
Embora relacionados com nomes diferentes, são o mesmo clube: 1) Great Western e Ferroviário 2) Sport Caruaru e Atlético Caruaru 3) Santo Amaro, Casa Caiada, Recife e Manchete.
Clubes distintos, apesar da “mudança de nome”: 1) Destilaria – Cabense 2) Desportiva Pitu – Desportiva Vitória – Acadêmica Vitória.
A Colligação SR tem 4 gols contra em 5 derrotas pois perdeu algumas partidas por WO.
As vitórias passaram a valer três pontos a partir de 1995, como consta na FPF.
Na primeira semana do ano, cinco dias seguidos de inspeção em Pernambuco.
A Fifa não alivia em nada na vistoria das 12 subsedes da Copa do Mundo de 2014. A partir desta terça, 3 de janeiro, a Federação Pernambucana de Futebol também irá conferir todos os aspectos dos 11 estádios que serão utilizados no Estadual.
Que o rigor local na cobrança seja “parecido” com o da Fifa, sem arrumadinhos.
Condições de acesso, assentos, banheiros para o público, vestiários para as equipes, normas de segurança e, obviamente, o campo de jogo, sempre tão criticado.
Tudo observado e registrado em planilhas com níveis de exigência.
A visita da FPF, a terceira inspeção visando a edição de 2012, será coordenada pelo novo diretor de futebol da entidade, Murilo Falcão, acompanhado de membros da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. No caso, será avaliado o cumprimento das exigências…
Até porque as duas corporações são responsáveis pelos laudos exigidos pelo Estatuto do Torcedor. No Estadual, o torcedor fará a sua própria “vistoria”, conferindo in loco.
Abaixo, o calendário das inspeções, do Sertão para o Litoral. Há muito a ser feito…
Enquanto os grandes clubes seguem na montagem dos elencos para 2012, com o freio de mão um pouco puxado, os clubes do interior já não aguentam mais de ansiedade.
O hiato sem jogos para quase todos vem desde o Pernambucano deste ano, uma vez que apenas Salgueiro e Porto participaram do Brasileiro, nas Séries B e D.
Da final do último campeonato estadual até a abertura da próxima edição, em 15 de janeiro, serão exatamente oito meses sem qualquer atividade profissional.
Portanto, nada mais justo que desejar Feliz Ano Novo a esses (bravos) clubes.
Para Central e América, 2011 já acabou faz tempo. Agora, ambos desejam boas festas.
O reveillon da dupla tradicional poderia ter acontecido desde 16 de maio…
Estádios de verdade e de brinquedo. Sonhos de todas as formas…
Como se não bastasse a quantidade de projetos para novos estádios de futebol no Recife, o interior também acabou estimulado para a construção de novas “arenas”.
O caso principal, e emblemático, é o do estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. Orçado em R$ 6 milhões, o local deveria ter ficado pronto para a Série B deste ano.
Como se sabe, o Carcará jogou no Grande Recife, foi rebaixado e o estádio com 10.360 lugares ainda não está pronto. A expectativa é que seja concluído até o Estadual.
Seguindo pelo Sertão, até o São Francisco, se chega à negociação via FPF para um novo campo em Petrolina. O acanhado estádio Paulo de Souza, com capacidade para apenas 5 mil torcedores seria substituído por um de 15 mil.
O acordo seria viabilizado pelo valor do terreno atual, no centro. O novo projeto, também pertencente ao poder municipal, seria na entrada da cidade.
Com 300 mil habitantes, Petrolina é o único município do interior com mais de 100 mil moradores a ter um estádio de capacidade mínima oficial, segundo a federação.
Com o mesmo porte econômico e demográfico, Caruaru também poderá ser contemplada com uma “arena”, sem o luxo absoluto do padrão Fifa, é claro.
Podendo abrigar até 20 mil torcedores, próximo ao autódromo da cidade, o estádio seria a nova casa do Central. Trata-se de uma ideia antiga, com a negociação do Lacerdão, fincado no metro quadrado mais caro da “Capital do Agreste”.
Novos estádios, apoio da iniciativa privada, capacidade maior, conforto…
No papel, ótimo. A utilização, ou “subutilização”, é que parece ficar em segundo plano. É preciso estruturar, também, os clubes, para que o calendário não seja ocioso.
Saiba mais sobre os estádios ingleses de brinquedo feitos com 2.500 peças aqui.
Já imaginou reproduzir Arruda, Ilha do Retiro e Aflitos com modelos assim?
Polêmico, o ranking nacional de clubes elaborado pela Confederação Brasileira de Futebol deverá sofrer uma grande reformulação em 2012.
O departamento de competições da CBF, chefiado por Virgílio Elísio, já estuda um novo sistema. Em vez de computar todos os resultados nas competições nacionais desde 1971, o novo ranking contabilizaria apenas os dados dos últimos cinco anos.
Ou seja, a lista seguiria o exemplo adotado este ano pela Conmebol (veja aqui).
Um dos pontos mais discutidos do ranking vigente é a distribuição dos pontos. Abaixo, alguns exemplos da má configuração do ranking da CBF:
1) O título da Copa do Brasil vale menos pontos que o troféu de campeão da Série B.
2) O campeão brasileiro da Série A soma menos pontos que um time que conquiste a Copa do Brasil e acabe em 10º lugar na Segundona.
3) Ser campeão da Copa do Brasil e vice-campeão brasileiro conta mais pontos que um clube campeão brasileiro e vice da Copa do Brasil (89 x 80).
No novo formato, o campeão teria uma vantagem maior em relação ao vice. Apesar disso, a CBF poderá manter o ranking atual como curiosidade histórica.
Por sinal, o blog já fez uma simulação de como ficaria a classificação caso a entidade também levasse em consideração a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, já unificados como Brasileirão, somando pontos desde 1959. Veja aqui.
Qual é o melhor sistema: pontuação geral ou resultados dos últimos 5 anos?
A Federação Pernambucana de Futebol divulgou neste domingo a tabela completa da primeira fase do Estadual de 2012. A fase de classificação, com 22 rodadas, vai de 15 de janeiro até 15 de abril. Confira a tabela articulada pela FPF abaixo. Desde já, está lançada a nova hashtag no Twitter: #PE2012.
A tabela foi lançada a dois meses do Estadual, de acordo com o Estatuto do Torcedor.
Os jogos noturnos, aos sábados, serão exibidos para 38 países. Nada mal.
Falta definir um participante, o vice da Série A2 deste ano. O Belo Jardim, inicialmente dono da vaga, foi punido pelo TJD, por causa da escalação de um jogador irregular e a vaga caiu no colo do Chã Grande. O STJD vai definir o imbróglio até o fim do mês.
No próximo dia 19, uma comitiva da diretoria da CBF chegará ao Recife para acompanhar a decisão da Série D do Brasileiro, entre Santa Cruz e Tupi, no dia seguinte.
Obviamente, a passagem de Virgílio Elísio, diretor de competições da entidade, será pautada por várias dicussões sobre futebol…
Uma delas já se arrasta há 25 anos…
Em 1986, a segundona nacional foi chamada de “Torneio Paralelo”, dividido em 4 chaves, com 9 times cada uma (veja aqui).
Os vencedores ganharam o acesso à elite do Brasileiro no mesmo ano. Não houve uma disputa final entre os quatro clubes.
Treze, Inter de Limeira, Criciúma e… Central. Porém, a CBF nunca oficializou o título.
Treze e Central até pintaram nos respectivos estádios a frase “Campeão Brasileiro de 1986 – Série B”, com a devida autorização das federações da Paraíba e Pernambuco.
A unificação dos títulos brasileiros, há um ano, com direto a dois campeões em uma mesma temporada (1967 e 1968) reforçou o pedido dos quatro “campeões”.
O diretor de futebol da FPF, Leonardo Cruz, deverá se articular com o presidente da Patativa para exigir a oficialização. Na opinião do blog, seria justo.
Não houve votação com resultado mais que conhecido previamente por todos.
Não houve soco na mesa.
O Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2012, nesta quinta, surpreendeu ao ser algo que deveria ser sempre, em qualquer canto do país: democrático.
A reunião envolvendo a cúpula da FPF e os clubes para decidir a fórmula dos dois próximos estaduais foi marcada por uma série de votações. Dez ao todo.
Em uma delas, a federação, mesmo insistente, como preza o jogo político, saiu derrotada. Mas como o campeonato não pertence a ninguém, a decisão foi mais que referendada. Ponto pra lá de positivo para a organização do futebol local.
O tópico foi justamente a implantação do Torneio da Morte, que, na visão do blog, seria um retrocesso, dando uma cara de “1980” ao campeonato.
Para quem não lembra, aquela década foi marcada por torneios enormes e confusos…
A novidade apresentada pela FPF seria uma fase extra para definir os dois times rebaixados, deixando de lado a praticidade vigente, com a queda dos dois piores após as 22 rodadas, no sistema todos contra todos.
Quer anticlímax maior para um clube que, após o insucesso na briga por um lugar na semifinal, ter que participar de uma nova fase, com seis jogos, só para não cair?
A proposta inicial foi tão rechaçada pelos clubes que a FPF ainda tentou melhorar a ideia, distribuindo pontos de bonificação para as equipes neste Torneio da Morte.
Seriam 3 para o 5º e o 6º lugares, 2 para o 7º e o 8º, 1 para o 9º e o 10º e nenhum para os dois últimos. Ainda assim, a injustiça estava consumada.
Como exemplo, a edição desta temporada. O Central lutou até o fim para entrar na semifinal, mas acabou de fora. Somou 36 pontos, 15 a mais que o lanterninha Vitória. Aí, em seis jogos, numa recuperação curta, essa vantagem seria reduzida para apenas 3?!
Além disso, essa etapa, composta por oito clubes, incharia de vez o Pernambucano, que alcançaria a marca de 162 jogos, a maior desde 1995.
Com tantos jogos assim – mas com o mesmo número de clássicos deste ano -, a chance de uma queda na média de público seria considerável.
E olhe que isso seria mexer em algo ascendente, pois a média de assistência nas arquibancadas vem subindo gradativamente desde 2007 – de 4.509 pessoas para 8.548.
No fim, o Conselho Arbitral aprovou o formato mais simples, de encontro ao que queria a FPF. O regulamento utilizado nos últimos dois anos agradou aos torcedores, com a implantação de uma final automática (não há mais como ser campeão direto, vencendo turnos) e a chance real de título para pelo menos um time do interior.
Ou seja, o que era bom, evoluiu, com a implantação da vantagem da melhor campanha na 1ª fase como critério de desempate nos mata-matas. Simples.
A emoção está garantida, junto à justiça dos resultados. Até 14 de janeiro de 2012!