A organização espera cerca de 15 mil visitantes no estado. A estrutura montada é enorme, incluindo games, atividades e todas as bolas do Mundial desde 1970. Contudo, até para isso existe um rigoroso “Padrão Fifa”.
São 20 diretrizes, divulgadas logo na entrada do estande montado no estacionamento. Nota-se que não é possível tocar na Taça Fifa. Somente jogadores campeões mundiais e chefes de estados estão autorizados a fazer isso.
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Esta será a segunda passagem da Taça Fifa no estado. A primeira aconteceu num dia especial, com a seleção tetracampeã mundial, em 19 de julho de 1994, com desfile em carro aberto na Avenida Boa Viagem (veja aqui).
Inicialmente, a Fan Fest da Fifa no Recife foi avaliada em R$ 20 milhões.
O valor do investimento assustou o prefeito Geraldo Júlio, cuja gestão começou em 2013, por mais que o acordo local com a Fifa vigorasse desde 30 de maio de 2009. De acordo com o o secretário de Esportes e Copa do Mundo da capital, George Braga, o prazo está correto, mas a entidade teria colocado a Fan Fest como obrigação de uma subsede num documento simples. Depois, num detalhamento maior, o caderno de encargos saltou para 90 folhas.
Como se sabe, a Prefeitura do Recife já anunciou que não pretende bancar os custos do projeto no Recife Antigo – tendo como resposta, ameaça de processo por parte da Fifa. Após algumas negociações e mudanças na concepção original, a despesa caiu para R$ 11 milhões. Não adiantou.
Agora, após três meses de idas e vindas de gestores recifenses e diretores da Fifa, foram firmados (e recalculados) três modelos definitivos: completo, médio e básico. Este último, o mais barato, claro, sairia por R$ 6 milhões. Nada muito diferente do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Cuiabá.
Martelo batido? Ainda não. Geraldo Júlio mantém a posição de não injetar dinheiro público. O básico só sairá dos croquis se a verba for 100% privado.
A grande diferença é que a Fifa autorizou a prefeitura a buscar novos patrocinadores, à parte dos oficiais (Coca-Cola, Ambev, Itaú, OI, Hyundai/KIA, Sony, Jonhson & Jonhson). Como as empresas ainda não se propuseram a assumir a conta, o Recife pode prospectar outras marcas. Só há uma ressalva: os produtos não podem chocar com os listados. Ou seja, sem refrigerantes, bancos, automóveis, equipamentos eletrônicos e produtos para saúde.
Nesse novo cenário, portanto, é possível acertar as pontas para uma Fan Fest no Recife, a menos de 70 dias da Copa do Mundo? A articulação continua.
O campeonato estadual de 2014 tem quatro patrocinadores de alcance geral.
Além dos dois principais, a emissora detentora dos direitos de transmissão, a Rede Globo, e o governo do estado, através dos ingressos subsidiados do Todos com a Nota, estão na lista a empresa que adquiriu o naming rights da competição, a Coca-Cola, e a fabricante Garra, que bancou duas cotas, a de publicidade estática nos estádios e os uniformes dos trios de arbitragem.
Nos bastidores, a Megasports também comercializa outros contratos menores.
Todos os investidores apostaram no valor de mercado da edição deste ano, elevado muito antes do início pelo simples fato de representar o 100º torneio. A desorganização da competição, contudo, arranhou a imagem do Estadual.
Sobretudo junto ao torcedor, aumentando o descrédito. Não há uma conta para mensurar essa perda, mas os investidores não estão satisfeitos com a situação.
As queixas já chegaram aos ouvidos do presidente da FPF, Evandro Carvalho, com a incerteza sobre a grade da tevê, o nome da companhia de refrigerantes atrelada a um torneio iniciado de forma parcial, reservas dos ingressos do TCN abaixo da média e a falta de visibilidade das placas já pagas.
Vencimentos dos contratos no Pernambucano:
Rede Globo – 2018 (recém-renovado, por quatro anos)
Garra – 2015 (dois anos)
Coca-Cola – 2014 (quatro anos)
Governo do estado – 2014 (a renegociação é anual)
O mandatário da federação vem tentando contemporizar a situação, emulando um contexto irreal. Em off, a situação é completamente diferente…
Um cantor pernambucano é o intérprete da música oficial da Copa do Mundo de 2014 para o público internacional.
Lenine? Alceu Valença? Não…
Foi David Correy – revelado no programa norte-americano The X Factor – o escolhido para interpretar a música da Coca-Cola para o Mundial.
Acompanhado pelo Monobloco, ele canta “The World is Ours”, o mundo é nosso. Assista abaixo à primeira das duas músicas oficiais em ingês para o torneio, ambas através de patrocinadores do evento.
Saiba mais detalhes sobre David Correy no hotsite.
Em junho, já havia sido lançada a música nacional da companhia para o torneio, com Gaby Amarantos, também em parceria com o Monobloco (veja aqui).
Em um processo acelerado, a Caixa Econômica Federal já estampa a sua marca em onze clubes brasileiros, gerando um aporte anual em patrocínios no futebol de R$ 96,9 milhões. O banco ligado ao governo federal repete o formato massivo de patrocínios no esporte, cíclico.
No final da década de 1980, a Coca-Cola patrocinou quase todos os integrantes do Brasileirão. A companhia de refrigerantes era quase onipresente na televisão. Com isso, conseguiu associar a sua imagem ao esporte. Duas décadas depois, o banco BMG, privado, retomou o processo, com cifras bem maiores.
Na ocasião, o banco, cuja marca ocupava espaços enormes nos uniformes, alcançou 19 clubes. Em 2011, nada menos que metade da Série A foi bancada pela empresa. Das treze agremiações de maior torcida no Brasil, oito eram patrocinadas pela instituição, o que correspondia, na época, a 42% da população nacional. Ao todo, um investimento de R$ 100 milhões por temporada.
Visando o Mundial de 2014, a Caixa vai se estendendo nas mais diversas regiões. Já firmaram com o banco: Flamengo, Corinthians, Vasco, Coritiba, Atlético-PR, Vitória, Atlético-GO, Figueirense, Avaí, Chapecoense e ASA. Ou seja, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Bahia, Santa Catarina, Goiás e Alagoas. Outros estados estão na mira, inclusive Pernambuco.
Algumas negociações estão travadas porque os clubes ainda não conseguiram as certidões negativas de débito, exigidas no processo com um parceiro estatal. São documentos de órgãos públicos declarando que não existem pendências.
No Recife, Sport e Santa Cruz já tiveram contato. O objetivo é assinar contratos entre R$ 3 mi e R$ 6 milhões. Em pelo menos três oportunidades os três grandes locais já foram patrocinados pela mesma empresa ao mesmo tempo: Banorte (anos 1980), Coca-Cola (1993/1994) e Excelsior Seguros (1998/1999).
É cada um por si ou vale negociar em bloco? É preciso observar a tendência do mercado, com o domínio das marcas entre os rivais…
Dois grandes contratos do Campeonato Pernambucano vão acabar em 2014. A transmissão na televisão e a marca do torneio, através do naming rights.
Rede Globo e Coca-Cola. R$ 1,32 milhão e R$ 600 mil anuais, respectivamente.
O acordo com a tevê está em vigor desde 2010, enquanto o da indústria de refrigerante foi assinado em 2011. A Federação Pernambucana de Futebol já recebeu as primeiras sondagens para os novos contratos.
Na televisão dificilmente haverá uma nova emissora. Resta ajustar os valores com os clubes. Segundo o presidente da FPF, Evandro Carvalho, o objetivo é levar a cota ao 5º lugar entre os estaduais, abaixo apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Veremos a resposta do mercado.
A estrutura da emissora, com exibição para 56 países, pesa a favor.
Em relação ao naming rights, cujo acordo atual é o primeiro da historia do certame, três empresas já têm interesse. A própria Coca-Cola, a Chevrolet, que patrocina os outros oito campeonatos estaduais do Nordeste, e a Ambev.
A certeza é que o quadriênio 2015-2018 deverá impor um novo patamar econômico ao Campeonato Pernambucano.
Considerando que os contratos foram assinados antes do boom no futebol brasileiro, nos direitos de transmissão do Brasileiro e nos preços praticados nas arenas, não será uma surpresa se os valores dobrarem. No mínimo…
Antes da abertura do verdadeiro Campeonato Pernambucano de futebol desta temporada, a empresa que empresta o nome ao torneio, cujo contrato de naming rights se estenderá até o ano que vem, promoveu a distribuição de duas mil bolas “dente de leite”, no sábado, no Derby.
O lema foi o seguinte: Dente de leite, hoje. Profissional amanhã.
É preciso destacar a formação futebolística desses jovens torcedores (jogadores, quem sabe) ainda na infância.
A parceria da FPF com a sua patrocinadora deve ganhar novos capítulos no contrato vigente. De fato, as ações sociais estão cada vez mais ligadas ao futebol profissional. Neste caso, a Coca-Cola atrelou o projeto ao grupo de mobilização social Novo Jeito. Tendência pra lá de positiva.