ISL à parte, doutor Ricardo Teixeira segue na CBF

José Maria Marin (CBF) e Eduardo Campos (governador de Pernambuco). Foto: Eduardo Braga/SEI

Em sua segunda visita ao estado como presidente da CBF, José Maria Marin foi questionado sobre a divulgação do dossiê do caso ISL, que revelou que os ex-presidentes da CBF, Ricardo Teixeira, e da Fifa, João Havelange, receberam cerca de R$ 45 milhões em subornos da empresa de marketing esporitvo ISL (veja aqui).

Após anunciar o amistoso Brasil x China, no Arruda, Marin foi sabatinado. De óculos escuros, o senhor de 80 anos e sotaque paulista carregado manteve o tom ponderado.

Respondeu uma pergunta, sobre a operação da partida, e ficou calado em relação à segunda, feita pelo blog, sobre a polêmica internacional desvendada pela justiça suíça.

A segunda pergunta, presidente.

Silêncio.

A segunda pergunta, presidente…

Silêncio.

Faltou a segunda pergunta, presidente.

Enfim, comentou.

“Respeitosamente, prefiro não fazer nenhum comentário sobre essa pergunta.”

Mesmo sem falar sobre a ISL, o dirigente acabou comentando no fim da coletiva, ao ser questionado por outro jornalista, sobre o fato de Ricardo Teixeira continuar como seu assessor especial na entidade. Morando em Miami, Teixeira recebe R$ 120 mil mensais.

“Temos mais de 300 contratos em andamento na CBF. Teixeira contribui com uma assessoria pelo nível iternacional do cargo que ocupu por 24 anos, como membro da Conmebol e da própria Fifa. Nós, então, aproveitamos da melhor maneira possível a experiência que o doutor Ricardo tem no futebol internacional, inclusive captando recurso através de publicidade. O que foi divulgado (sobre a ISL) não tem nada a ver com o vínculo existente entre CBF e o doutor Ricardo. Não vejo a relação.”

O doutor Ricardo Teixeira segue firme e forte na entidade, direto de Boca Raton…

José Maria Marin (CBF) e Eduardo Campos (governador de Pernambuco). Foto: Eduardo Braga/SEI

A despedida do Recife para a Seleção Brasileira

Eliminatórias da Copa do Mundo, 2009: Brasil 2x1 Paraguai. Foto: Riicardo Fernandes/Diario de Pernambuco

As apresentações da Seleção Brasileira no Recife sempre foram um negócio da China.

Ao todo, foram oito partidas oficiais (país x país) no Arruda desde 1982, com 512.717 torcedores nas arquibancadas, proporcionando a excelente média de 64.089 pessoas.

No último jogo, há três anos, a renda foi de R$ 4.322.555, a maior do futebol local.

Em 10 de setembro deste ano, o estádio coral receberá novamente a Canarinha, contra os chineses, no jogo que vai marcar a despedida do time da CBF do Recife.

Considerando este amistoso agendado para uma segunda-feira e focado no fortíssimo mercado oriental, será a 17ª partida do Brasil nos gramados da capital do estado desde 1934, diante dos clubes locais, seleção pernambucana e seleções nacionais.

Conforme dito, o primeiro jogo oficial, com a chacela da Fifa, só ocorreu em maio de 1982, no início da “nacionalização” da Seleção. Até então, os jogos oficiais eram restritos a Rio de Janeiro e São Paulo, e vez por outra em Belo Horizonte e Porto Alegre.

Agora, vivemos um novo processo, no qual o time verde e amarelo, através de cotas milionárias, passou a jogar basicamente fora do país, o que não significa que atue na casa do adversário. Longe disso. Os dois últimos amistosos, contra México e Argentina, por exemplo, aconteceram nos Estados Unidos…

Com a proximidade da Copa do Mundo e a justa pressão da torcida por mais partidas em solo nacional, a CBF deverá oferecer a Seleção no cardápio a alguns estados, em uma já conhecida articulação política (veja aqui).

Ainda sem a Arena Pernambuco, o Arruda se manteve na pauta. Com o nível de excelência do novo palco, em São Lourenço, e os acordos nos bastidores atrelados à sua construção, os estádios da capital só voltam à cena em caso de modernização.

O Arruda, com o projeto da Arena Coral, e até mesmo a Ilha do Retiro, que pode dar lugar uma nova arena. O primeiro passo para poder pelo menos pleitear…

Abaixo, todos os jogos da Seleção Brasileira no Recife. Só uma derrota. Para quem?

Avenida Malaquias
27/09/1934 – Brasil 5 x 4 Sport
30/09/1934 – Brasil 3 x 1 Santa Cruz
04/10/1934 – Brasil 8 x 3 Náutico
07/10/1934 – Brasil 5 x 3 Seleção Pernambucana
10/10/1934 – Brasil 2 x 3 Santa Cruz

Ilha do Retiro
01/04/1956 – Brasil 2 x 0 Seleção Pernambucana
13/07/1969 – Brasil 6 x 1 Seleção Pernambucana

Arruda
13/05/1978 – Brasil 0 x 0 Seleção Pernambucana
19/05/1982 – Brasil 1 x 1 Suíça
02/05/1985 – Brasil 2 x 0 Uruguai
30/04/1986 – Brasil 4 x 2 Iugoslávia
09/07/1989 – Brasil 2 x 0 Paraguai
29/08/1993 – Brasil 6 x 0 Bolívia
23/03/1994 – Brasil 2 x 0 Argentina
29/06/1995 – Brasil 2 x 1 Polônia
10/06/2009 – Brasil 2 x 1 Paraguai
10/09/2012 – Brasil x China

A importante numeração do uniforme no futebol

Copa da Inglaterra 1933, final: Everton 3x0 Manchester City. Crédito: Youtube

Demorou setenta anos a partir da criação do futebol até que alguém tivesse a ideia de numerar os uniformes. Colaborou para isso a polêmica nos jogos com atletas semelhantes, súmulas confusas etc. Em 1933, a federação inglesa, bem à frente no profissionalismo do esporte, inovou logo na decisão da tradicional Copa da Inglaterra.

No dia 29 de abril, num Wembley repleto, o Everton venceu o Manchester City por 3 x 0. Curiosamente, os jogadores do Everton atuaram com as camisas do 1 ao 11, enquanto o City jogou do 12 a 22. Acima, a histórica entrada das equipes naquela final em Londres.

Na temporada seguinte, a entidade britânica liberou a utilização dos mesmos números para os dois times em campo. Viu que não confundia no acompanhamento das partidas…

A Fifa demorou um pouco mais a aceitar a novidade nas suas regras gerais. A primeira Copa do Mundo com identificação numérica foi em 1950, no Brasil. Por sinal, os clubes do país já vinham utilizando o novo recurso visual desde 1947.

Até então não havia qualquer preferência por número. Até um tal de Pelé, aos 17 anos, eternizar a camisa 10 em 1958, transformando o número em sinônimo de craque.

Falando nisso, assim como Pelé inovou como a camisa 10, ainda é possível alguém desenvolver um número específico para um craque? Messi com a camisa 1, por exemplo.

À parte disso, a Fifa passou a exigir em 1994 até os nomes dos atletas no Mundial, além da numeração fixa. Contudo, isso ainda não é regra para os clubes.

No Recife, o Sport irá utilizar a numeração fixa pela terceira vez em sua história. Antes, o Leão adotara em 2000 e 2009. Neste ano, destaque para Henrique (7), Gilberto (9), Marquinhos Gabriel (10), Cicinho (12) e Magno Alves (99). Veja a lista completa aqui.

Caso a ideia fosse estendida aos rivias, quais seriam os números fixos dos principais destaques de Náutico e Santa Cruz no Campeonato Brasileiro?

Habemus tecnologia no futebol

Futebol na linha. Foto: Fifa/divulgação

Uma data histórica para o futebol, com o início de uma nova era, sem exagero.

Após muito tempo relutando, a International Football Association Board (Ifab), arcaico órgão que regula as regras do esporte desde 1882, aceitou realizar alguns testes com equipamentos eletrônicos na linha do gol.

O objetivo era tirar aquela dúvida pertinente em lances polêmicos na linha do gol:

“Bola entrou ou não entrou?”

Até porque outros esportes populares no planeta já contam com o recurso há tempos, como basquete, vôlei e tênis, usando até o 3D para evitar marcações equivocadas. No próprio futebol as emissoras de televisão contam com tira-teimas desde 1986!

Pois neste dia 5 de julho de 2012, exatamente 130 anos depois das primeira regras internacionais, a tecnologia foi finalmente adotada no futebol, na reunião da Ifab.

Eis a norma oficial da regra sobre a tecnologia na linha do gol:

Se a bola cruzar a linha, a tecnologia na linha do gol enviará automaticamente, dentro de um segundo, as informações ao árbitro e seus auxiliares. A mensagem é então exibida no relógio do árbitro e de seus auxiliares.

A série de erros em competições importantes, inclusive na Copa do Mundo, fortaleceu o pleito, que ganhou a adesão do próprio mandatário da Fifa, Joseph Blatter.

A tecnologia tem duas vertentes, o Hawk-Eye (câmeras) e o GoalRef (chip e campo magnético), ambos com o aval da Fifa. Será implantada no Mundial de Clubes deste ano.

A notícia traz a certeza de que a Copa do Mundo de 2014 será integralmente inserida no novo contexto tecnológico nos estádios, com o custo de clubes e federações.

Fica a expectativa para saber quando o campeonato pernambucano contará com o recurso eletrônico. Por aqui, será bem necessário…

Saiba mais sobre o assunto clicando aqui.

Tecnologia no futebol. Foto: Fifa/divulfgação

O fortalecimento da cobertura internacional com viés local

Passaporte

Em 2010, o jornalista Lucas Fitipaldi foi até a África do Sul com a missão de percorrer o país no primeiro Mundial de futebol do pobre continente. Escreveu histórias excelentes para o Diario de Pernambuco e certamente viveu outras tantas incríveis, fazendo valer a pena cada segundo em uma cobertura deste porte, numa enorme mistura de culturas.

No ano passado, este que vos escreve viajou até a fria Argentina para a Copa América. A Seleção Brasileira decepcionou, caindo nas quartas de final, mas o trabalho continuou até a decisão no estádio Monumental de Nuñez. Aprendizado constante por quase um mês, paralelo à demanda jornalística, puxada. Textos, fotos, vídeos, curiosidades etc.

Agora, em 2012, mais um integrante do Superesportes vai carimbar o passaporte e deixar o Brasil para trazer ao leitor uma cobertura diferenciada de um importante evento. Trabalho aliado aos bastidores, à incrível experiência da profissão.

A pauta agendada é nada menos que a Olimpíada de Londres, a terceira na história da capital inglesa, que recebeu os Jogos da Era Moderna em 1908 e 1948. Tarefa destinada à Ana Paula Santos, repórter sênior, especializada nas modalidades à parte do futebol.

Credenciada, ela irá acompanhar atletas locais, muitos deles dos quais viu surgir, nacionais e internacionais, renomados ou não. Mas todos eles com o status olímpico.

Esse terceiro ano consecutivo com enviados especiais ao exterior retoma o passado do Diario de Pernambuco, presente em grande escala nos maiores eventos esportivos. Basta lembrar da Copa do Mundo de 1982, na Espanha, quando a direção do periódico autorizou o envio de três repórteres e três fotógrafos para a Europa.

O avanço da tecnologia, seja na transmissão de texto ou imagem, acabou mudando essa estrutura na mídia, com o fortalecimento de grandes agências internacionais.

No entanto, o olhar o local segue muito importante na imprensa atual. O viés pautado pelo próprio jornal torna a experiência única. Para o repórter e para o leitor.

Boa sorte à amiga Ana Paula Santos, já com a primeira função, o blog Diario de Londres.

Será um mês de bastante trabalho. E o resto da vida de boas lembranças.

Jornalismo

Apenas uma bilheteria para o Mundial, localizada na web

Ingressos da Fifa. Foto: Fifa/divulgação

Os 64 jogos da Copa do Mundo de 2014 terão cerca de três milhões de ingressos, entre bilhetes comuns e entradas para convidados, autoridades e imprensa.

Deste total, 85% irá para a bilheteria tradicional. Ou quase isso.

Será uma bilheteria virtual. A Fifa confirmou que a comercialização dos ingressos será apenas pelo site oficial da entidade que regula o futebol no planeta.

Ou seja, é bom o torcedor ficar atento em relação a qualquer proposta de agência de turismo, promoções e outros sites de ingressos especializados no futebol brasileiro.

“A Fifa e o Comitê Organizador Local chamam a atenção dos torcedores para que tenham cuidado com ofertas de ingressos e promoções que não sejam autorizadas. Diversas empresas estão tentando convencer pessoas de que possuem ingressos autênticos para a Copa do Mundo 2014, embora não haja ingressos individuais disponíveis ainda (fora os que fazem parte dos pacotes de hospitalidade).”

Por enquanto, a venda do Mundial está liberada apenas para os bilhetes corporativos através de pacotes caríssimos, fixados em dólar e negociados sobretudo com empresas multinacionais. O mais caro de todos custa a bagatela de US$ 2,3 milhões (veja aqui).

Se essa vai ser a Copa do jeitinho, saberemos em breve. Cabe ao torcedor ficar ligado.

O guichê na Arena Pernambuco, por exemplo, terá outra finalidade durante o evento…

A milionária Eurocopa, acabando a crise no Velho Mundo

Tabela de prêmios da Eurocopa 2012. Crédito: Futebol Finance

As dezesseis seleções que participaram da recém-encerrada Eurocopa 2012 vão repartir US$ 229 milhões em prêmios (182 milhões de euros), com índice de US$ 14,3 milhões.

Acima, a tabela de prêmios do torneios segundo o Futebol Finance, em euros, com direito a uma verba extra por ponto conquistado na fase de grupos.

Ao todo, a campeã Espanha abocanhou 28,9 milhões de dólares. Há dois anos, na África do Sul, a Fúria recebeu US$ 30 milhões, um valor bem próximo.

Para se ter uma ideia do que esse valor pago pelo torneio da Uefa desta temporada representa em competições deste porte, os 32 países que disputaram a Copa do Mundo de 2010 dividiram 420 milhões de dólares, com média de US$ 13,1 milhões.

A crise econômica está pesada no Velho Mundo, mas as seleções passaram ilesas…

Confira a premiação absoluta do Mundial de futebol, de acordo com a Fifa.

2002 – US$ 199 milhões
2006 – US$ 300 milhões (+ 50,7%)
2010 – US$ 420 milhões (+ 40,0%)

Celebrando uma década do pentacampeonato mundial

Copa do Mundo 2002: Brasil 2 x 0 Alemanha. Foto: Rivaldo/arquivo pessoal

Há exatamente uma década o Brasil inteiro acordou cedinho.

Era um domingo. No Recife, tempo nublado e pancadas de chuva.

Quatro anos depois da fatídica apresentação no Stade de France, a Seleção teria uma nova oportunidade para conquistar o pentacampeonato mundial de futebol.

Desta vez o jogo seria em Yokohoma. Pela primeira vez a Ásia recebia a Copa do Mundo.

A expectativa da torcida verde e amarela antecipou as festas na cidade, logo às 8h. Ruas desertas, televisões sintonizadas e foguetório acordando os dorminhocos.

Quis o destino que o primeiro jogo contra a Alemanha na história da competição fosse justamente em uma decisão. Duas camisas pesadas…

Tendo o renascido Ronaldo como artilheiro, marcando duas vezes na final, e Rivaldo como craque em toda a campanha, a Canarinha comandada por Luiz Felipe Scolari superou as críticas durante a fase de preparação e venceu os sete jogos no Mundial.

A vitória por 2 x 0 em 30 de junho de 2002 deixou a Seleção Brasileira com uma hegemonia que se mantém viva até hoje.

Campeã em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Pelé, Romário e Ronaldo. Gerações.

Onde você estava há dez anos, mais precisamente às 10h, quando o árbitro italiano Pierluigi Collina encerrou a partida?

Abraçado com amigos, parentes. Agradecendo aos céus. Jurando cumprir as promessas. Com alguns goles a mais. Sorriso fácil.

Em Pernambuco, os rubro-negros vibraram com o Brasil. Alvirrubros e tricolores foram além, disputando a final do Estadual no Arruda na tarde daquele mesmo dia.

O Timbu foi bicampeão, mas, excepcionalmente, naquele dia, todos foram felizes. A Taça do Mundo era nossa. Pela quinta vez.

Pois é. Já está fazendo falta essa alegria. Que venha 2014.

Copa do Mundo 2002: Brasil 2 x 0 Alemanha. Foto: Fifa/divulgação

Casa Brasileira do Futebol segue os traços de Zurique

Sede da CBF. Foto: CBF/divulgação

Após pagar a bagatela de R$ 70 milhões, a CBF mudará a sua sede para um complexo de 5.560 metros quadrados na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

O imóvel fica a 3,5 quilômetros da sede atual. As sedes anteriores também eram no Rio.

O valor impressiona, mas a Confederação Brasileira de Futebol, uma entidade privada, vem acumulando sucessivos superávits nos últimos anos. Lucra mais que os clubes.

De acordo com o balanço de 2011, o patrimônio da “empresa” saltou de R$ 181 milhões para R$ 258 milhões em um ano. Um aumento de 42,5% (veja aqui).

Boa parte da receita de R$ 300 milhões veio através dos patrocinadores da entidade. São 14 ao todo. A Nike, a principal marca, bancou nada menos que R$ 59 milhões.

Curiosamente, a sede da Nike é vizinha da nova CBF, na Avenida Luís Carlos Prestes.

A entidade que regula o futebol nacional aprendeu bem com a Fifa, imitando os traços da sede de Zurique. Por lá, o cofre é maior, com um patrimônio líquido de R$ 2,3 bilhões.

Modernidade por fora, volume financeiro por dentro e outras cositas más.

Sede da Fifa em Zurique. Foto: Fifa/divulgação

O maior sonho de Ronaldo passou por um triz e alguns quilos

Amistoso da Seleção, 2011: Brasil 1x0 Romênia. Foto: CBF

Ronaldo terá 37 anos durante a Copa do Mundo no Brasil. Com as chuteiras penduradas desde o início do ano passado, o Fenômeno ainda lamenta ter desperdiçado a chance de jogar com a Canarinha no próximo Mundial de futebol.

Membro do conselho do Comitê Organizador Local (COL), Ronaldo vem sendo o viés positivo nas inspeções da Fifa, roubando a atenção dos operários a cada pênalti batido nos campos, ainda de terra, das arenas em construção. No Recife, com bom humor, falou sobre a expectativa de jogar a Copa. No caso, pelo sonho frustrado.

“Queria ter 10 anos a menos e 20 quilos a menos (risos). Seria fantástico jogar com essa geração, com a boa possibilidade em 2014. Dois anos, uma Copa no país, com o nosso povo. Meu Deus, eu daria tudo por essa possibilidade.”

Sobre a característica física de Ronaldo, o ex-jogador de 1,83m variava entre 89 e 90 quilos no auge de um craque que soube dar a volta por cima após episódios dramáticos.

Vale destacar que a sua estreia oficial na Seleção Brasileira foi justamente em Pernambuco, em 23 de março de 1994, diante de 85 mil torcedores no estádio do Arruda. Vitória sobre a Argentina, por 2 x 0. O atacante entrou no finzinho, no lugar de Bebeto, autor dos gols. Curiosamente, ambos integram o COL.

“Aqui foi a primeira vez que eu vesti a camisa da Seleção. Joguei só cinco minutos, porque o fominha do Bebeto não deixou eu entrar. Mas a história é marcante, com o entusiasmo de todos aqui. Espero voltar aqui para jogar uma pelada na arena.”

Do Arruda para a Arena Pernambuco, vinte anos e alguns quilos depois.

Copa do Mundo 2002, final: Brasil 2x0 Alemanha. Foto: Fifa