O preço real dos primeiros jogos na Arena Pernambuco

Novas cédulas do Real

Os bilhetes de arquibancada nos jogos no Recife são comercializados atualmente por até R$ 50. É quase o dobro do valor praticado para o mesmo setor há dois anos.

Essa faixa de preço ficou com 1/3 dos votos da enquete sobre o limite financeiro do torcedor local para as partidas na Arena Pernambuco na Copa das Confederações do ano que vem. Somando com a opção “Até R$ 100”, o percentual chega a 68,86%.

A Fifa ainda não se posicionou sobre este assunto. A única informação é de que a venda deve começar em novembro. Vale lembrar que o estádio tem 46.214 lugares.

O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, enfim visitará a obra do estádio, nesta terça-feira. Eis uma boa oportunidade para o francês tirar a curiosidade do público em relação ao bilhete, cujo orçamento deverá sair bastante do nível tradicional.

Considerando os 1.381 votos, eis o resultado geral, sem distinção de time: Até R$ 50, 34,61%; Até R$ 100, 34,25%; Até R$ 150, 15,50%; Mais de R$ 150, 15,64%.

Analisando os dados de forma separada, os alvirrubros tiveram o maior índice na opção mais cara, a partir de R$ 150, com quase 17%.

Enquanto isso, os tricolores registraram a maior porcentagem no tíquete mais barato, com 37%. Os rubro-negros não ficaram à frente em nenhum opção, mas tiveram o menor dado no ingresso de R$ 50. Dificilmente o valor ficará neste patamar…

Sport – 660 votos
SportAté R$ 50 – 33,03%, 218 votos
Até R$ 100 – 35,30%, 233 votos
Até R$ 150 – 15,15%, 100 votos
Mais de R$ 150 – 16,52%, 109 votos

Náutico – 382 votos
NáuticoAté R$ 50 – 35,08%, 134 votos
Até R$ 100 – 30,11%, 115 votos
Até R$ 150 – 18,06%, 69 votos
Mais de R$ 150 – 16,75%, 64 votos

Santa Cruz – 339 votos
Santa CruzAté R$ 50 – 37,17%, 126 votos
Até R$ 100 – 36,87%, 125 votos
Até R$ 150 – 13,28%, 45 votos
Mais de R$ 150 – 12,68%, 43 votos

Cinquentenário do domínio brasileiro nas taças do futebol

Copa do Mundo 1962, final: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia. Foto: CBF/divulgação

Há 50 anos a Seleção Brasileira conquistava o bicampeonato mundial.

O triunfo em Santiago, no Chile, transformava o Brasil de vez no “país do futebol”.

Quase 70 mil pessoas no estádio Nacional viram o auge de Garrincha, que tomou para si aquela Copa, depois que Pelé se machucou no início da competição.

Com 25 anos, Mané esbanjou habilidade, arte e marcou gols decisivos.

O anjo das pernas tortas liderou tecnicamente um time bem experiente, com a base de 1958. Estavam lá Nilton Santos, de 37 anos, Didi, 34, Djalma Santos, 33, e Gilmar, 32.

A caminhada invicta teve o seu desfecho em 17 de junho de 1962.

Masopust até abriu o placar para a Tchecoslováquia aos 15 minutos, mas o atacante Amarildo, o “Possesso”, empatou dois minutos depois.

Possesso? Sim, este é o célebre apelido dado pelo escritor Nelson Rodrigues àquele que conseguiu substituir Pelé à altura. Apelido com cara de sobrenome.

Na etapa final, Zito virou o jogo aos 24. Aos 33, Vavá cravou o 3 x 1 do título.

Acompanhando a decisão pelo rádio, a torcida brasileira festejou a conquista nas ruas e só pôde assistir ao jogo dois dias depois, no cinema. TV ao vivo, só a partir de 1970.

Desde que o capitão Mauro Ramos ergueu a Taça Jules Rimet, o Brasil mantém o status de maior campeão. Até ali, Itália e Uruguai eram os maiores vencedores, bicampeões.

O tri da Seleção em 1970 só seria igualado em 1982 (Itália) e 1990 (Alemanha). Igualado sim, ultrapassado jamais. Em 1994, o tetra. Em 2002, o penta. Pioneiros.

Portanto, este 17 de junho de 2012 é o jubileu do gigante…

Jubileu do Possesso

Amarildo e Pelé após o título mundial de 1962. Arte: Greg/Diario de Pernambuco

Aos 71 anos, Amarildo segue a sua vida de forma tranquila no Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, contudo, o telefone tocou algumas vezes, quebrando a rotina pacata. Gente que nunca o viu em ação nos gramados, ao vivo. Nem mesmo os pais…

Eram pessoas ávidas em recontar com orgulho a história construída pelo atacante, o substituto do insubstituível em plena Copa. Agora um senhor, Amarildo continua simpático ao relembrar os melhores momentos de sua carreira, quando sacudiu o país.

No Superesportes, a tarefa, acompanhada pelo prazer de um apaixonado pelo futebol, coube ao repórter Lucas Fitipaldi, que conseguiu entrevistar o ex-jogador e arrancou detalhes sobre a trajetória do bicampeonato mundial da Seleção, 50 anos depois.

Em 1962, o destino escreveu certo por linhas e pernas tortas. Pelé não deixou de ser Pelé por sua ausência em grande parte da campanha no Chile. Amarildo, porém, jamais seria Amarildo, “O Possesso”, não fosse a lesão do Rei…

Pelé machucado, o que fazer?
“Pelé era uma figura respeitada por todos. Ninguém, sob hipótese alguma, queria perdê-lo. A verdade é a seguinte: ele pouco se machucava, e eu nem imaginava jogar aquela Copa. Nunca fui reserva em toda minha carreira. Só naquele time. Não tinha jeito de jogar na frente do Pelé, né?”

Lembrança eterna
“Ganhar uma Copa do Mundo é o máximo na carreira de um jogador. As lembranças da final e daquele jogo contra a Espanha são as mais vivas na minha memória. É como um filme. Fica passando pela cabeça o resto da vida. Você não esquece nunca. Guarda.”

Conselho real
“Pelé chegou pra mim e falou: ‘Não se preocupe. Você vai jogar com os mesmos caras do Botafogo. Não pense em mim’. Era meio time do Botafogo. Isso me ajudou.”

Com personalidade
“Eu nunca tremi. Em jogo nenhum. Sempre tive confiança nas minhas possibilidades. Já era acostumado a jogar com Garrincha, Didi, Zagallo, Nilton Santos… Por isso, não me sentia inferior a ninguém. Nem ao próprio Pelé.”

Encarnando o Possesso
“Minha carreira estava em jogo naquele dia. Eu sabia que meu futuro dependia daquela atuação. Se as coisas não dessem certo, se o Brasil fosse eliminado, a culpa recairia sobre mim. Foi um chororô geral quando Pelé se machucou. O país inteiro acusou o golpe. Felizmente, entrei e fiz o que tinha de fazer. Liquidei a classificação.”

Batizado por Nelson Rodrigues
“Adorei o apelido. Eu era mesmo um ‘possesso’ dentro de campo. Jogava pro time os 90 minutos. Via cada jogo como uma batalha. Foi um apelido que encaixou direitinho”.

Garrincha, o bicho-papão
“Ele saiu da ponta direita e foi jogar em toda a parte. Fez gol de cabeça, de falta, de fora da área. Jogou de centroavante, vinha buscar a bola no meio. Fez de tudo. Eu sei que contribuí muito, mas Garrincha foi o bicho papão daquela Copa. Os adversários o temiam tanto quanto Pelé. Até porque ele já era conhecido no mundo inteiro. Foi, sem dúvida, o jogador mais importante.”

Às futuras gerações
“Costumo dizer o seguinte: mais difícil do que chegar ao topo é permanecer por lá. Os jovens como Neymar, por exemplo, precisam ter consciência disso. Depois que subi um degrau na minha carreira, nunca mais desci.”

Amarildo e Pelé após o título mundial de 1962

A exatamente um ano da Copa das Confederações

Contagem regressiva para a Copa das Confederações de 2013. Faltam 365 dias. Confira as imagens mais recentes das seis arenas selecionadas para o torneio.

Apenas com esses estádios serão gastos R$ 3,96 bilhões. Com a mobilidade urbana, Pernambuco gastará mais R$ 717 milhões visando o evento de 2013.

Dinheiro, pelo visto, tem bastante. Tempo, nem tanto. Hora de correr.

Confira também a evolução da Copa das Confederações e a tabela.

Arena Pernambuco (Recife)
Capacidade: 46.214 pessoas. Jogos: 3
Obra: 43%. Conclusão: fevereiro de 2013
Orçamento: R$ 532 milhões

Estádio Nacional (Brasília)
Capacidade: 70.042 pessoas. Jogos: 1 (abertura)
Obra: 59%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 800 milhões

Castelão (Fortaleza)
Capacidade: 64.165 pessoas. Jogos: 3 (semifinal)
Obra: 71%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 518 milhões

Mineirão (Mineirão)
Capacidade: 66.805 pessoas. Jogos: 3 (semifinal)
Obra: 62%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 665 milhões

Fonte Nova (Salvador)
Capacidade: 50.433 pessoas. Jogos: 3
Obra: 60%. Conclusão: dezembro de 2012
Orçamento: R$ 591 milhões

Maracanã (Rio de Janeiro)
Capacidade: 76.935 pessoas. Jogos: 3 (final)
Obra: 56%. Conclusão: fevereiro de 2013
Orçamento: R$ 860 milhões

Visão geral da Arena Pernambuco, em 40%

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, visitou o canteiro da Arena Pernambuco nesta segunda. Fez um sobrevoo sobre a área de 52 hectares. No passeio, o vídeo abaixo.

O estádio, cuja construção começou em 30 de julho de 2010, está com 40% das obras executadas. Para fazer parte da Copa das Confederações, a arena precisa ficar pronta até fevereiro de 2013. Já é possível ver todo o contorno.

O bilionário e pobre futebol brasileiro

Crianças jogando futebol no Coque. Foto: Ana Braga/divulgação

“O futebol representa 0,2 do PIB nacional e tem potencial para 1,2 com mais empregos, tributos e riqueza para o País. Estádios modernos multiuso melhorarão o público, a renda, o patrocínio e valorizarão as marcas dos clubes.”

Palavras do ministro do esporte, Aldo Rebelo, através do seu perfil no twitter, antes de sua segunda visita na Arena Pernambuco.

O produto interno bruto do país em 2011 foi de US$ 2,48 trilhões, ou R$ 4,14 trilhões.

Montante que elevou o Brasil ao status de 6ª economia do planeta.

Mas vamos à porcentagem citada pelo ministro. Considerando 0,2%, a receita gerada pelo futebol chegou a 4,96 bilhões de dólares. É muito dinheiro…

Porém, caso o país chegasse ao máximo estipulado, levando em consideração o último PIB, o futebol brasileiro poderia ter produzido até US$ 29,76 bilhões.

Convertendo, o futebol poderia ser, hoje, um produto de 60 bilhões de reais. Para isso, seria necessário uma lista telefônica de exigências na administração do esporte. Menos corrupção, mais organização, mais investimentos, mais serviços, melhores serviços etc.

Enquanto isso, o clube mais popular do país não consegue sequer manter a sua folha de pagamento em dia, mesmo com a maior cota de TV da elite nacional.

Já o segundo time de maior torcida só está conseguindo tirar o seu estádio do chão após R$ 400 milhões em incentivos fiscais, sob polêmica, claro.

A evasão de renda, intimamente ligada ao futebol, ainda se faz presente, mesmo com modernos sistemas de bilhetes à disposição. Esquemas por toda parte, embaixo do nariz da segurança pública. A evasão se estende aos balancetes suspeitos, sem fiscalização.

Estádios sucateados nas principais divisões e pelo menos três arenas com padrão Fifa em cidades sem apelo algum no esporte, a não ser o político. Pois é.

E o torcedor? Este é tratado como gado, de norte a sul, com o Estatuto do Torcedor rasgado a cada dia. Jogadores como máquinas, sufocados pelo calendário ortodoxo.

Esse post seria o maior da história do blog caso listasse todas as mazelas.

Mas fica uma vaga ideia porque ainda estamos em 0,2% do PIB. Com tanta coisa para melhorar, o ministro foi até otimista no índice. Mas reconhece a necessidade de melhora.

Fica a torcida para que 1,2% seja um dia a verdade no futebol, bem administrado.

Construção da Arena Fonte Nova, em abril de 2012. Crédito: Odebrecht/divulgação

Juntos num só ritmo, o slogan do Mundial

Slogan oficial da Copa do Mundo de 2014

Definido o slogan oficial para a Copa do Mundo de 2014.

Juntos num só ritmo.

Com uma leve mudança na tradução, a versão internacional é “All in one rhythm”.

Existe uma explicação para o slogan. É a representação da essência dos cinco pilares que simbolizam o Brasil: uma sociedade coesa, o poder da inovação, uma natureza extraordinária, um futebol vibrante e a terra da felicidade.

O slogan foi criado agência brasileira Aktuell, que venceu uma disputa com outras 26 frases, produzidas por seis agências. O anúncio da Fifa ocorreu nesta terça.

Confira o vídeo produzido pela Fifa para o tema da Copa clicando aqui.

Você gostou no slogan do Mundial de futebol do Brasil? Comente.

Cinco feriados em Pernambuco em junho de 2014

Praia de Boa Viagem

Sempre foi algo esperado a oficialização de feriados durante a Copa do Mundo.

Agora, enfim, a palavra de garantia…

A decisão sobre os feriados no Mundial de 2014 havia ficado com os estados, de acordo com a Lei Geral da Copa. Em Pernambuco, a decisão já está tomada.

O governado do estado, Eduardo Campos, confirmou nesta terça-feira que as partidas na Arena Pernambuco acontecerão durante os feriados ocasionais.

Uma medida que, entre outras coisas, atende ao projeto de mobilidade no torneio. Menos gente nas ruas, menos carros nas ruas… Aí, o fluxo desejado.

Vale lembrar que a nova arena terá cinco jogos na disputa. Portanto, confira as datas em junho de 2014: 14 (sábado), 20 (sexta), 23 (segunda), 26 (quinta) e 29 (domingo).

E olhe que a novidade deverá se estender à Copa das Confederações do ano que vem, na qual o estádio em São Lourenço da Mata poderá abrigar de uma a três partidas.

Segundo o governador, todos as subsedes estão se articulando da mesma forma, para apresentar o projeto unificado em breve. Nele, a tendência é que os feriados também ocorram nos jogos da Seleção Brasileira. Neste caso, datas livres em solo nacional!

Confira a tabela completa do Mundial clicando aqui.

Recife confirmado, Recife sempre confirmado no discurso

Copa das Confederações. Foto: Fifa/divulgação

Notícia quente do dia. Vamos lá.

“O Recife está confirmado na Copa das Confederações”.

Eis o comunicado completo da Fifa, no 62º Congresso da entidade (veja aqui):

“Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013: Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Rio de Janeiro, Recife e Salvador foram aprovadas como cidades-sede; no entanto, foram preparados calendários de jogos incluindo quatro, cinco e seis cidades-sedes a fim de garantir flexibilidade em relação à situação no momento oportuno, no mais tardar em meados de novembro.”

Entendi mal ou, na prática, o estado continua na mesma situação? A tabela com quatro ou cinco sedes indica que uma ou duas cidades podem ficar de fora.

A notícia de “hoje” é tão diferente assim do cenário de “ontem”?

Não mesmo…

O prazo da decisão final foi novamente estendido. De junho para novembro.

Ou seja, se a Arena Pernambuco não acelerar – e existe um plano para isso, é verdade -, poderá ser desligada do evento-teste na próxima reunião da Fifa.

A obra do estádio está em 40%. A expectativa é chegar a 50% em junho. O objetivo é alcançar 100% em fevereiro do ano que vem.

A decisão foi mais política do que técnica, como quase tudo relacionado à organização dos eventos da Fifa no Brasil. Obviamente, os integrantes da parceria público-privada em São Lourenço da Mata irão comemorar bastante a “confirmação”.

Tecnicamente, porém, a decisão desta terça-feira não interferiu muito.

A cobrança por resultados no canteiro não diminuiu nada de ontem para hoje. Nada.

Ainda é preciso cumprir um prazo apertadíssimo.

Para que a Fifa não seja obrigada a usar as tabelas com quatro ou cinco sedes…

Time lapse da Arena Pernambuco

Cidade da Copa. Crédito: Odebrecht

Confira o novo vídeo da construção da Arena Pernambuco em “time lapse”, do início das fundações até o estágio atual em São Lourenço, em 40%.

Trata-se de uma compilação de imagens do mesmo ponto. A câmera instalada no canteiro vêm registrando uma foto por hora.

O cadastro de imagens vai durar até a inauguração do estádio. Essa é a segunda versão do time lapse no canteiro. Assista à primeira clicando aqui.

Saiba mais detalhes da obra na série Diário de uma Arena.

O estádio, projetado para receber 46.214 torcedores, está orçado em R$ 532 milhões.