Cinquentenário do domínio brasileiro nas taças do futebol

Copa do Mundo 1962, final: Brasil 3 x 1 Tchecoslováquia. Foto: CBF/divulgação

Há 50 anos a Seleção Brasileira conquistava o bicampeonato mundial.

O triunfo em Santiago, no Chile, transformava o Brasil de vez no “país do futebol”.

Quase 70 mil pessoas no estádio Nacional viram o auge de Garrincha, que tomou para si aquela Copa, depois que Pelé se machucou no início da competição.

Com 25 anos, Mané esbanjou habilidade, arte e marcou gols decisivos.

O anjo das pernas tortas liderou tecnicamente um time bem experiente, com a base de 1958. Estavam lá Nilton Santos, de 37 anos, Didi, 34, Djalma Santos, 33, e Gilmar, 32.

A caminhada invicta teve o seu desfecho em 17 de junho de 1962.

Masopust até abriu o placar para a Tchecoslováquia aos 15 minutos, mas o atacante Amarildo, o “Possesso”, empatou dois minutos depois.

Possesso? Sim, este é o célebre apelido dado pelo escritor Nelson Rodrigues àquele que conseguiu substituir Pelé à altura. Apelido com cara de sobrenome.

Na etapa final, Zito virou o jogo aos 24. Aos 33, Vavá cravou o 3 x 1 do título.

Acompanhando a decisão pelo rádio, a torcida brasileira festejou a conquista nas ruas e só pôde assistir ao jogo dois dias depois, no cinema. TV ao vivo, só a partir de 1970.

Desde que o capitão Mauro Ramos ergueu a Taça Jules Rimet, o Brasil mantém o status de maior campeão. Até ali, Itália e Uruguai eram os maiores vencedores, bicampeões.

O tri da Seleção em 1970 só seria igualado em 1982 (Itália) e 1990 (Alemanha). Igualado sim, ultrapassado jamais. Em 1994, o tetra. Em 2002, o penta. Pioneiros.

Portanto, este 17 de junho de 2012 é o jubileu do gigante…

One Reply to “Cinquentenário do domínio brasileiro nas taças do futebol”

  1. Esta copa, a de 62, poderia ter sido a “Copa de Pelé”. Pelé nunca foi para o Brasil, numa copa do mundo, oque Maradona foi para a Argentina em 86. Apesar de ter sido Bola de Ouro em 70, Pelé não foi tão brilhante quanto Maradona, em 86.

    Meu pai defende que, na seleção Brasileira Pelé era rodeado de gênios e isso fazia com que seu protagonismo fosse dividido. Com isso, a seleção não dependia só do Pelé. Com a Argentina era exatamente o contrário, Maradona era o único craque da seleção e o time dependia exclusivamente do seu talento para ganhar.

    A Copa de 62 mostrou o quão grande eram os talentos Brasileiros à época. Mas por outro lado tirou ceifou a chance de Pelé, em pleno auge físico e técnico, de fazer sua melhor Copa do Mundo, que seria referência em atuação individual em Copas. Basta olhar o único gol de Pelé naquela Copa, no mesmo jogo em que se machucou. Foi lindo! Maravilhoso! Mostrava um Pelé em plena forma! Que pena!

    Se Maradona tivesse se machucado em 86, a Argentina certamente não seria Bicampeã. Pelé se machucou e o Brasil foi Bi.

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