Miniatura de estádios e troféus, sem versões no Recife

Nos primórdios do futebol não havia sequer a camisa oficial do time no mercado. Para torcer pelo clube com a camisa, era necessário mandar confeccionar uma.

Até o dia em que alguém percebeu o quanto isso poderia ser rentável. Como se sabe, atualmente os clubes lançam até quatro uniformes por ano.

O mercado foi avançando nesta paixão, com centenas de produtos licenciados.

Nessa gama, o estádio, a casa do torcedor.

Uma miniatura oficial com as características de cada praça. No exterior, é moda.

Isso vem se tornando uma mania na região Sul. Grêmio, Internacional, Coritiba, Paraná Clube e Figueirense já lançaram modelos, com tamanho 12 cm x 12 cm, com preços variando de R$ 80 a R$ 199. Na Inglaterra os estádios já viraram brinquedos (veja aqui).

No Recife, os grandes clubes ainda não conseguiram fechar parcerias para a produção em larga escala de Arruda, Aflitos e Ilha do Retiro.

Mas há quem já enxergue ainda mais, reproduzindo troféus históricos. Pois é.

O Tricolor Gaúcho, para citar um exemplo, tem em sua loja oficial minituras do taça do Mundial Interclubes de 1983 e das Libertadores de 1983 e 1995 (veja aqui).

Aqui, quais seriam os troféus escolhidos?

O hexa alvirrubro de 1968? Os nacionais rubro-negros de 1987 e 2008? O tri-super estadual de 1983 ou a redenção coral de 2011?

Quem sabe, em breve, no seu museu particular… Miniaturas de estádios e troféus.

Os últimos copeiros do Brasil

Semifinalistas da Copa do Brasil de 2012: Grêmio x Palmeiras e Coritiba x São Paulo

Entre a tradição dourada e a segunda chance de erguer a taça de campeão.

As semifinais da Copa do Brasil desta temporada apresentam perfis bem distintos em relação ao desempenho histórico no mata-mata.

Palmeiras e Grêmio eliminaram Atlético-PR e Bahia, respectivamente. São ex-campeões, mas ambos estão há mais de uma década no ostracismo de conquistas nacionais.

Tetra, o time gaúcho ganhou a sua última copa em 2001. O Verdão de Luiz Felipe Scolari, caminhando na somba dos rivais paulistas, tenta dar um novo ânimo ao clube.

A última semifinal alviverde no torneio havia sido em 1999! Um ano antes, a única conquista na Copa do Brasil, curiosamente sob a tutela de Felipão.

No tradicional confronto, um festival de gringos em campo, comandando as ações no ataque. No Grêmio, os atacantes Miralles (argentino) e Marcelo Moreno (boliviano). No Palmeiras, o centroavante argentino Barcos e o meia chileno Valdívia.

Também será interessante reviver o duelo de treinadores, Luxemburgo x Felipão. Nos confrontos históricos, a ordem dos clubes da dupla era invertida.

Se é possível apontar um favorito em 2012, esse time está na outra chave. Sem titubear, mas com apenas 25% de chance de acertar, o São Paulo é o time a ser batido.

Também pudera. Vem com Lucas e Luís Fabiano, ambos em fase ascendente. Como participou bastante da Libertadores, o Tricolor Paulista, que tirou o Goiás, está apenas em sua 5ª Copa do Brasil na década. Sua melhor colocação foi o vice em 2000.

Focando a campanha, o time de Leão quer dar a volta olímpica para viabilizar logo a volta à Libertadores, onde chegou a competir sete vezes seguidas, de 2004 a 2010.

No Coritiba, que despachou o Vitória, um retrospecto de respeito. Três semifinais nos últimos quatro anos, apesar do cartaz mais modesto em relação aos demais adversários. Com um rendimento alto no Couto Pereira, o time quer parar de bater na trave…

Qual deverá ser a final da Copa do Brasil de 2012? Comente!

A sorte na Copa do Brasil ainda paira sobre oito clubes

Sorteio na CBF. Foto: CBF/divulgação

Os clubes à parte do chamado “G12”, que reúne os mais tradicionais times do país, aproveitaram a última chance sem a presença das equipes que disputam a Libertadores e cravaram cinco vagas nas quartas de final da Copa do Brasil de 2012.

E olhe que três desses times fora da gama de maior mídia estão na Série B. Por sinal, eliminaram justamente os representantes do G12. Entre os oito finalistas, destaque para os estados da Bahia e do Paraná, que emplacaram dois times cada um.

Com apenas dois ex-campeões, a chance de um campeão inédito, o 15º, é enorme…

Grêmio (4 títulos, 19ª participação) x Bahia (4 quartas de final, 21ª part.)
Com seu exército estrangeiro, o Tricolor Gaúcho luta pelo pentacampeonato, o que seria um recorde. Com sete finais na bagagem, o Grêmio quer usar o Olímpico, em seu último ano, diante do Bahia, que jamais ficou entre o quatro melhores da competição. A final do campeonato baiano poderá ser um termômetro para o time.

Palmeiras (1 título, 17ª part.) x Atlético-PR (6 quartas de final, 16ª part.)
Com os estádios em reforma, ambos tiveram que optar por soluções menores, como a Arena Barueri e a Vila Capanema. Mesmo com a queda, o Furacão vem contando com os gols de Bruno Mineiro e a força do equatoriano Guerrón. Já Felipão tenta levar o Verdão à sua primeira final desde que voltou ao clube, em 2010. O elenco não colabora muito.

Goiás (1 vice, 20ª part.) x São Paulo (1 vice, 13ª part.)
Enquanto o Goiás surpreendeu o Atlético-MG em Belo Horizonte, o São Paulo passou um sufoco danado para chegar às quartas, com a última vaga. O 3 x 1 sobre a Ponte Preta deixou claro que o time, apesar do status de maior vencedor do país, não tem uma defesa confiável. O trabalho de Leão está sendo sustentado pelo meia Lucas.

Coritiba (1 vice, 18ª part.) x Vitória (1 vice, 23ª part.)
Confronto interessante, com os vice-campeões de 2011 e 2010. Paranaenses e baianos ganham mais uma chance de mirar a decisão. Vantagem para o Coxa-Branca, em boa fase há quase dois anos, com uma base consolidada. O Vitória, refeito com atletas experientes, mostrou contra o Botafogo um volume de jogo para impor respeito.

Qual é a sua expectativa sobre os semifinalistas da Copa do Brasil? Comente!

Papou a vaga na Ilha do Retiro e deixou a crise técnica

Copa do Brasil 2012: Sport 1x4 Paysandu. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Nas 14 participações anteriores o Paysandu jamais havia avançado em duas fases na Copa do Brasil. Com duas vitórias sobre um adversário duas divisões acima e ex-campeão, a primeira vez do tradicional clube paraense. Vaga assegurada.

O Papão da Curuzu repetiu a vitória de Belém. Goleou por 4 x 1 e despachou o Sport do mata-mata nacional, tido como prioridade no Leão neste primeiro semestre.

A noite desta quarta-feira, na Ilha do Retiro, escancarou de vez os problemas do Rubro-negro para o restante da temporada. Sobretudo no comando técnico.

Haja alterações sem sentido por parte de Mazola. Time titular indefinido, sempre.

Os primeiros 45 minutos do Sport foram constrangedores. Um arremedo de time, excessivamente lento e sem conseguir concatenar jogadas, errando passes curtos.

O Leão sequer conseguir impor uma pressão inicial sobre o Papão, bem postado e apostando nos contragolpes. Os paraenses chegaram com perigo duas vezes…

Enquanto isso, o Sport, refém da qualidade técnica do experiente meia Marcelinho Paraíba, via o seu principal jogador em uma noite pouco inspirada.

Como Willians se machucou, Mazola teve que colocar Jheimy. Mas faltou orientação.

O centrovante entrou ocupando uma posição completamente distinta de sua característica, na área. Jheimy parecia um meia, sem cacoete algum na função. Mas, talvez, estivesse com mais vontade que os demais.

Na etapa final, nova mudança. Entrou Marquinhos Paraná, que ainda busca um melhor condicionamento físico. Saiu Rivaldo. Era a senha para o time se tornar mais ofensivo.

Não houve melhora. Na verdade, até piorou. Aos 14, num contra-ataque, Renê falhou e Yago Pikachu, apagado até então, bateu cruzado e Magrão não foi bem no lance…

A situação foi definida aos 19 minutos, em nova resposta do Paysandu pela lateral, dessa vez pelo lado esquerdo. Gol de Heliton. Bruno Aguiar diminuiu aos 30. Insuficiente.

Aos 40 minutos, Heliton de novo, após falta não marcada. Nos descontos, a humilhação, com o gol de Rafael Oliveira. Foi o 27º gol sofrido pelo Sport em 24 jogos este ano!

Merecidamente, o Paysandu venceu na Ilha e está classificado às oitavas. Categórico.

O Paysandu terá o Coritiba pela frente. Novo sonho, visando as quartas de final. Ao Sport, o tempo cada vez mais escasso na preparação para a Série A. Faltam 39 dias.

Copa do Brasil 2012: Sport 1x4 Paysandu. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

81 estrelas douradas nacionais

Campeões nacionais no Brasil de 1959 a 2011

Como já virou tradição no blog, aqui vai a atualização do ranking de títulos nacionais do futebol brasileiro. Além da Copa do Brasil de 2011 para o Vasco, uma outra conquista entrou na lista. Como a CBF ainda não foi notificada pela Justiça Federal sobre “1987”, então o Flamengo acrescenta a Copa União ao ranking, pela primeira vez no blog.

Ao todo, existem 22 clubes campeões nacionais em 81 torneios realizados.

10 – Palmeiras (A: 1972, 1973, 1993 e 1994; R: 1967 e 1969; CB: 1998; TB: 1960 e 1967; C: 2000)
9– Flamengo (A: 1980, 1982, 1983, 1987, 1992 e 2009; CB: 1990 e 2006; C: 2001)
9 – Santos (A: 2002 e 2004; R: 1968; CB: 2010; TB: 1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
7 – Corinthians (A: 1990, 1998, 1999 e 2005; CB: 1995, 2002 e 2009)
6 – Grêmio (A: 1981 e 1996; CB: 1989, 1994, 1997 e 2001)
6 – Cruzeiro (A: 2003; CB: 1993, 1996, 2000 e 2003; TB: 1966)
6 – São Paulo (A: 1977, 1986, 1991, 2006, 2007 e 2008)
5 – Vasco (A: 1974, 1989, 1997 e 2000; CB: 2011)
4 – Internacional (A: 1975, 1976 e 1979; CB: 1992)
4 – Fluminense (A: 1984 e 2010; R: 1970; CB: 2007)
2 – Bahia (A: 1988; TB: 1959)
2 – Botafogo (A: 1995; TB: 1968)
2 – Sport (A: 1987; CB: 2008)
1 – Atlético-MG (A: 1971)
1 – Guarani (A: 1978)
1 – Coritiba (A: 1985)
1 – Criciúma (CB: 1991)
1 – Juventude (CB: 1999)
1 – Atlético-PR (A: 2001)
1 – Paysandu (C: 2002)
1 – Santo André (CB: 2004)
1 – Paulista (CB: 2005)

Legenda: Série A (A), T. Roberto Gomes Pedrosa (R), Copa do Brasil (CB), Taça Brasil (TB), Copa dos Campeões (C).

Os títulos foram somados sem distinção. O blog sabe que as competições têm pesos bem diferentes, é claro. Já a diferença nas posições com clubes com o mesmo número de taças foi estabelecida pelo último título, com vantagem para o mais antigo.

Obs. As competições de elite levadas em consideração foram a Taça Brasil (1959/1968), Robertão (1967/1970), a Série A (1971/2010), a Copa do Brasil (1989/2011) e a Copa dos Campeões (2000/2002). O que todos esses campeonatos têm em comum? Todas eles classificaram os vencedores à Libertadores.

Ao Vasco, o verdadeiro prazer do futebol

Copa do Brasil 2011: Coritiba 3x2 Vasco. Foto: Vasco/divulgação

Após um jogo insosso da Seleção Brasileira, uma final de arrepiar na Copa do Brasil.

Foram 90 minutos de muita emoção em uma disputa por um título inédito. Eram 35 mil pessoas no estádio Couto Pereira, no epílogo escrito por Coritiba e Vasco.

Alecsandro, filho de Lela, herói coxabranca no título brasileiro de 1985, abriu o placar para os visitantes. O atacante havia sido o autor do gol no jogo de ida, no Rio.

O xodó Bill empatou e no fim Davi virou ainda na primeira etapa. Assim, algo ficou garantido: mais emoção no segundo tempo.

Realmente, não faltou… Torcedores de outros clube não ficaram alheios à final.

Mas o copeiro Vasco, em ótima temporada, fazia questão de esfriar o caldeirão. Aos 12, Éder Luís arriscou de longe e o goleiro Edson Bastos tomou um frangaço.

Mas não é que Willian ainda marcou outro para o Coritiba? O sonho seguia vivo.

Nunca uma final de Copa do Brasil havia registrado tantos gols. Eletrizante.

Foram mais 20 minutos de tensão, com vitória paranaense por 3 x 2. Insuficiente…

A glória é carioca. Com muita justiça, o Vasco é o novo campeão da Copa do Brasil.

Após 11 anos estagnado com direito a rebaixamento, o time da Cruz-de-mata volta a ser campeão nacional em um capítulo à parte do futebol do país.

Foi um grande jogo. Sorte de quem assistiu…

Copa do Brasil 2011: Coritiba 3x2 Vasco. Foto: Coritiba/divulgação

Finalíssima da Copa do Brasil para 78% do Brasil

TV LCD

Noite de decisão. Às 21h50, Coritiba e Vasco decidem o título da 23ª Copa do Brasil.

Todos os 34 mil ingressos para o estádio Couto Pereira estão esgotados faz tempo. No jogo de ida, em São Januário, o clube carioca venceu por 1 x 0.

Placar magro, mas que resultou em uma vantagem importante. Porém, o poder de fogo do Coxa em seu reduto indica um confronto muito equilibrado.

Difícil apontar um favorito para a taça. Seja qual for o campeão, será inédito.

O Brasil todo vai ver esse jogaço na TV aberta? Não…

O estado de São Paulo vai acompanhar outra partida, pela Rede Globo.

Em Sete Lagoas, Atlético-MG e São Paulo, ambos com duas vitórias nas duas primeiras rodadas da Série A lutam diretamente pela liderança da competição.

Partida no mesmo horário, às 21h50 desta quarta-feira.

A planilha realmente deve apresentar uma audiência maior em jogos envolvendo clubes paulistas, mesmo com duelos decisivos de outras equipes no mesmo horário.

A decisão de transmitir a partida da 3ª rodada do Brasileirão em vez da finalíssima da Copa do Brasil não foi obra do acaso, fato.

Porém, esse direcionamento só mostra a realidade paralela em que vive São Paulo…

Dos 190.755.799 brasileiros, um parcela de 21,6% não assistirá à decisão na TV aberta.

Bolas frias e bolas quentes

Sorteio na CBF. Foto: CBF/divulgação

Arcaico, mas eficiente.

O sorteio a la bingo ainda se faz presente no futebol profissional do Brasil. Não só nas federações estaduais como na própria CBF.

O sorteio que decidiu a ordem dos mandos de campo da final da Copa do Brasil de 2011 aconteceu na sede da entidade, aberto ao público.

A bola par beneficiou o Coritiba, que irá decidir o título em casa, diante do Vasco. Em 1º de junho, São Januário. No dia 8, estádio Couto Pereira.

Para não haver qualquer dúvida, a CBF disponibilizou o vídeo (veja AQUI).

Mas, ainda assim, sempre tem aquele torcedor – dessa vez, o cruz-maltino – que levanta a velha discussão: bolas quentes e bolas frias?

Apesar das reclamações, o sistema ainda é eficiente, como foi dito. E arcaico.

Vamos ver até quando as redes de televisão ficarão à parte disso, sem nenhum direito de produzir a sua grade a partir da ordem preferida dos jogos, como na Série A…

Conexão Curitiba / Rio de Janeiro

Copa do Brasil 2011; Coritiba 1x0 Ceará. Foto: Coritiba/divulgação

Escala final na Copa do Brasil de 2011. No cartão de embarque, Coritiba ou Vasco.

É o último estágio no país antes do embarque internacional, e com apenas um assento. Será uma final justa, com dois times que realmente apresentaram um bom futebol.

Dois clubes tradicionais que, curiosamente, foram os últimos campeões da Série B. Do limbo para a glória, no ponto alto de uma suada reconstrução.

O Alviverde paranaense, sensação da temporada, superou as campanhas de 1991, 2001 e 2009, quando parou na semifinal.

Para isso, 180 minutos contra o aguerrido Ceará e um gol no Couto Pereira: 1 x 0. Agora, o Coxa quer repetir o feito de 1985, quando foi campeão brasileiro.

Já o clube carioca, que havia sido eliminado seis vezes nas semifinais, só tinha alcançado a decisão uma vez, em 2006. Perdeu a taça para o rival Flamengo.

Para tentar mais uma vez a estrela dourada da Copa do Brasil, o time da Cruz-de-malta precisou reverter o empate com gols em São Januário.

Despachou o Avaí em plena Ressacada com uma vitória convincente por 2 x 0.

Serão duas quartas-feiras com disputas técnica e psicológica. Medo de avião ou de decisão? Depois, finalmente, será possível festejar e arrumar as malas.

O melhor time desta conexão Rio de Janeiro/Curitiba vai carimbar o passaporte para uma viagem daquelas pela América do Sul, na Taça Libertadores do ano que vem…

Na sua opinião, quem é o favorito para o primeiro título nacional do ano?

Copa do Brasil 2011: Avaí 0x2 Vasco. Foto: Manoel Bento, Avaí/divulgação