A lesão muscular do atacante Fred, uma contusão corriqueira na carreira do jogador, acendeu o sinal de alerta na comissão técnica da Seleção Brasileira.
O centroavante foi um dos destaques no título da Copa das Confederações de 2013. Neste ano, segue como grande esperança para o Mundial.
Porém, em caso de desfalque, o técnico Luiz Felipe Scolari terá que buscar de forma urgente um substituto na linha ofensiva… Quem?
O UOL, um dos portais mais acessados do país, lançou uma enquete com 19 jogadores “cotados” para o posto. Entre eles, Flávio Caça-Rato.
Com um engajamento incrível da torcida do Santa Cruz, o folclórico CR7 do Arruda alcançou o primeiro lugar em menos de uma hora.
Jogar pela atual campeã mundial, onde vive há anos, ou pela maior campeã mundial, sua terra natal e sede da próxima Copa?
A dúvida “cruel” de Diego Costa, a menos de um ano da copa, foi tema de inúmeras mesas redondas, na televisão ou mesmo nos bares país afora.
A história, ao que parece, teve seu capítulo final…
O jogador assinou uma carta para a CBF, registrada em cartório, confirmando o desejo de defender a seleção da Real Federación Española de Fútbol.
O atacante do Atlético de Madri, que já havia atuado pelo Brasil em dois amistosos em 2013, embaralhou de vez o futuro das seleções, pois até então bastava uma atuação – até num selecionado de base – para inviabilizar a troca.
Portanto, a discussão vai além da vontade de Diego, sergipano de Largarto.
A sua vida profissional, desde 2006, se faz presente na península ibérica, trocando de clube a todo momento. Só no Atlético de Madri já é a terceira vez.
A natualização espanhola, embasada pela legislação diplomática, tem fundamento. A troca junto à Fifa, também, pois só não poderia mais optar por outro país caso tivesse disputado algum torneio oficial.
Deixando o caso Diego Costa para as já vigentes mesas redondas, vamos ao segundo ponto desta polêmica, com a nova organização do esporte.
Essa mudança, envolvendo nada menos que as duas principais seleções de futebol da atualidade, poderá desencadear seleções “fabricadas”?
O fenômeno já acontece no futsal, também sob a chancela da Fifa. Rússia e Itália já participaram de Mundiais com inúmeros brasileiros.
Atletas sem qualquer vínculo histórico com as novas nacionalidades.
A oportunidade de disputar uma competição, associada à falta de espaço na seleção de origem, levou atletas a decisões do tipo. Ocorre há décadas, aliás.
Porém, o trabalho nos bastidores, com a “contratação” de jogadores artificiais através de federações nacionais, assusta. Sobretudo pela falta de controle.
O Catar, por exemplo, poderia formar um time internacional visando a sua Copa do Mundo, em 2022? Dinheiro não falta. Brota do chão, para novas arenas e jogadores. E como as brechas na lei são cada vez maiores…
Um possível favoritismo ao Catar desde já, a partir da escolha de Diego Costa.
A primeira apresentação da Seleção Brasileira após a contundente campanha do título na Copa das Confederações não foi das melhores. Derrota na Suíça por 1 x 0. O gol dos donos da casa foi, na verdade, um gol contra, numa cabeçada inacreditável de Daniel Alves. Nesta quarta, porém, o técnico Luiz Felipe Scolari recebeu uma cornetada daquelas da torcida. Sim, CR7.
A imagem foi registrada pela própria assessoria de imprensa da CBF…
O trabalho de Luiz Felipe Scolari em sua segunda passagem na Seleção Brasileira tem apenas cinco meses. O treinador campeão mundial em 2002 só comandou o time neste ano em doze oportunidades.
Foram sete amistosos, com o time cambaleando. Somente no último jogo o país conseguiu vencer uma seleção tradicional. À vera, mostrou o velho perfil copeiro no Festival de Campeões, com cinco vitórias seguidas…
Felipão garante que do time tetracampeão da Copa das Confederações, cerca de 80% do grupo será mantido para o Mundial no ano que vem.
Quais são as peças que poderiam ser modificadas até 2014?
Amistosos
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra
21/03/2013 – Brasil 2 x 2 Itália
25/05/2013 – Brasil 1 x 1 Rússia
06/04/2013 – Brasil 4 x 0 Bolívia
24/04/2013 – Brasil 1 x 1 Chile
02/06/2013 – Brasil 2 x 2 Inglaterra
09/06/2013 – Brasil 3 x 0 França
Copa das Confederações
15/06/2013 – Brasil 3 x 0 Japão
19/06/2013 – Brasil 2 x 0 México
22/06/2013 – Brasil 4 x 2 Itália
26/06/2013 – Brasil 2 x 1 Uruguai
30/06/2013 – Brasil 3 x 0 Espanha
Marcando a saída de bola do adversário, apertando ainda no campo de defesa.
Tocando bem a pelota, envolvendo, variando o jogo.
No ataque, agrediu pelos lados, no alto, com enfiadas de bola… Dominou.
Bastou um minuto para o centroavante Fred comprovar pela enésima vez o faro de gol. Até deitado consegue mandar para as redes.
A Espanha, campeoníssima há três temporadas e líder do ranking mundial, via a sua estrutura desmoronar nos primeiros instantes.
O seu controle de bola, sem pressa, não teria mais espaço.
Em seus títulos na Euro de 2008 e 2012 e no Mundial de 2010 a Fúria não havia sofrido um mísero gol nos mata-matas.
Começar uma decisão já em desvantagem, contra a Seleção Brasileiro e no mítico Maracanã? Difícil.
A Canarinha, com uma base jovem e em busca de organização, lutava para dar esperança a um bom desempenho na verdadeira Copa, em 2014.
Em 22º lugar no ranking da Fifa, a sua pior colocação até hoje, o time dirigido por Felipão foi ganhando corpo no evento teste desde a estreia. Surpreendeu.
Venceu Japão, México, Itália e Uruguai. Foi ganhando confiança…
Para o tetracampeonato da Copa das Confederações precisaria vencer o melhor time da atualidade.
Precisaria jogar bem. E jogou muito!
Anulou a Espanha, deu olé, levantou a torcida, se impôs. Orgulhou…
Goleou.
Estabeleceu um categórico 3 x 0, com um golaço de Neymar e outro chute certeiro de Fred, além de mais dois gritos de “gol”, com a bola tirada por David Luiz em cima da linha e o pênalti desperdiçado por Sergio Ramos.
Campeão 100%.
Num Maraca repleto neste domingo, uma partida para embaralhar todas as discussões sobre futebol mundo afora.
A Espanha, claro, não, virou um time contestável por causa da derrota acachapante.
E nem o Brasil se tornou o favorito absoluto ao troféu de 2014.
Mas a festa, merecida, marcou o fim do sono de um gigante do esporte.
Ufanismo? Talvez… Mas tem que respeitar esse time verde e amarelo. Sempre.
O velho clássico entre brasileiros e uruguaios volta a acontecer numa disputa eliminatória. Já foi final de Copa do Mundo, em 1950, de cinco edições da Copa América, 1919, 1983, 1989, 1995 e 1999, e de outras tantas semifinais.
Como nesta quarta, no renovado Mineirão, valendo uma vaga na decisão da Copa das Confederações. Apesar da tradicional rixa desde a Cisplatina, no Brasil os duelos vêm sendo bem favoráveis à Seleção.
O Brasil não perde do Uruguai no país desde 25 de novembro de 1992.
Era o primeiro jogo da Canarinha no interior do Nordeste. O estádio Amigão, em Campina Grande, recebeu o amistoso com vitória celeste por 2 x 1.
O Brasil entrou em campo com: Gilmar; Luís Carlos Winck, Válber, Ronaldão e Roberto Carlos; César Sampaio, Júnior, Raí e Zinho; Edmundo e Evair.
Aquela foi a primeira e última apresentação da Seleção no interior da região.
Na estreia contra o Japão, Neymar acertou de primeira de fora da área e mandou no ângulo. Também no comecinho do jogo contra os mexicanos, nova finalização de prima. Outro golaço. E a série continua…
Encerrando a primeira fase da Copa das Confederações, agora na Fonte Nova, contra a Itália, uma belíssima cobrança de falta, no ângulo de Buffon. Foi o segundo gol brasileiro numa tarde inspirada. Vitória por 4 x 2, consolidando o bom futebol e a liderança do grupo A do evento teste no país.
No calor baiano neste sábado, a Canarinha não abriu mão do ataque. Mas o primeiro gol saiu só no finzinho do primeiro tempo, com Dante. Fred, ao seu estilo, brigador e com chutes certeiros, também mandou para as redes, num jogo no qual a Seleção continuou a progressão técnica.
O time comandado por Felipão chegou a abrir dois gols de vantagem aos 21 minutos da etapa final, mas a valente Azzurra, mesmo sem Pirlo, reagiu e pressionou nos dez minutos finais, com pelo menos dois lances de perigo.
As jogadas europeias deixaram a Canarinha mais alerta, aumentando de novo a pegada em campo. E Fred, em branco até esta tarde, fechou a conta, mostrando o velho poder de fogo na grande área.
Foi uma grande vitória da Seleção, até porque marcar quatro gols na Itália, em qualquer situação, é algo assombroso. Não foi assim com a Espanha na final da Euro no ano passado? Pois é. Num grupo respeitável, sem o Taiti para turbinar a estatística, o Brasil venceu os três jogos e marcou nove gols…
Ambos são jovens, milionários e apontados como as principais esperanças de seus países. Duas seleções de peso. Uma é penta e a outra é tetra.
Com características diferentes, mas invariavelmente presentes nos holofotes, Neymar e Maior Balotelli convivem com a pressão da torcida, da imprensa e conscientes da responsabilidade em campo.
Contudo, ambos recebem tratamentos bem distintos dos respectivos técnicos. No Brasil, Neymar foi abraçado por Luiz Felipe Scolari, que virou um verdadeiro escudo para o atacante.
Não aceita críticas sobre o atleta e não discorre sobre qualquer problema, fazendo uma verdadeira blindagem sobre o craque do Barcelona.
“Ele não joga com 11 camisas no corpo. Acho que a imprensa brasileira tem que proteger o ídolo que temos. Parece que a finalidade não é proteger, é execrar”.
Na Azzurra, o ambiento foge do paternalismo. Se no time verde e amarelo Felipão reforça o grupo na base da “família”, na Itália o técnico Cesare Prandelli faz questão de externar que deve partir do próprio atleta uma mudança no perfil.
“Falar do Mario é bem difícil, porque ele sempre muda de uma hora para outra. Mas ele está motivado para vestir a camisa da Azzurra e se juntou a um grupo que já ganhou muito e que quer ganhar mais. Isso o ajudou a amadurecer.”
Entre os treinadores de futebol os dois perfis são tradicionais. Na sua opinião, qual é o melhor modo de trabalho no comando técnico?
Comentário feito na enorme sala de conferências da Arena Pernambuco.
Repleta de jornalistas brasileiros e estrangeiros acomodados nas cadeiras vermelhas.
Obviamente, o jogo da Seleção Brasileira em Brasília, no finzinho àquela altura do comentário, despertava o interesse dos repórteres, sobre o placar do jogo contra o Japão, sobre o rendimento da equipe nacional etc.
Mas a declaração não foi feita à revelia…
Foi de ninguém menos que Vicente Del Bosque.
Antes de chegar na sala, o treinador da Fúria estava assistindo ao jogo do Brasil, um possível adversário na fase decisiva do torneio.
O experiente treinador espanhol se mostrou feliz, de certa forma, com o gol de Neymar, apreciador do bom futebol que é.
O chute de primeira no ângulo, logo aos três minutos, abriu a Copa das Confederações no país, para o país.
Se o time nipônico prometia a correria de sempre e um maior vigor tático, ficou para a próxima. O Brasil criou várias chances, marcando forte, uma característica sempre presente nos times de Luiz Felipe Scolari.
A goleada por 3 x 0, neste sábado, foi completada por Paulinho e Jô, aniamndo uma equipe ainda em formação e pressionada justamente por ser a mais tradicional do mundo e representar a sede do evento.
Ver Neymar acabar com o seu jejum de gols foi um fator importante para a melhora da equipe.
Havia muito tempo desde o último triunfo sobre uma seleção gabaritada.
Em 2009, o magro 1 x 0 sobre a Inglaterra no Khalifa Stadium, no Catar, seria a última sobre um país campeão do mundo, integrante da nata do futebol.
Ainda sob o comando técnico de Dunga. Veio Dunga e Felipão e a seca de grandes vitórias permaneceu. Só fez aumentar.
Já eram sete partidas contra ex-campeões mundiais e nenhum resultado positivo. Enfim, uma boa vitória da Seleção Brasileira, numa duradoura má fase técnica. Neste domingo, diante de 53 mil pessoas na arena gremista, a Canarinha venceu a França, a sua maior algoz em mundiais.
Sem Zinedine Zidane, é verdade. Mas os bleus ainda merecem respeito.
Sbendo disso, o Brasil de Oscar, Lucas e Neymar não só venceu, como goleou por 3 x 0, exorcizando o fantasma. A França não perdia do Brasil há 21 anos.
Tudo isso com direito a um gol do meia pernambucano Hernanes, que no último amistoso entre os dois países havia sido expulso de forma infantil. Nada como uma volta por cima com aquela ironia que o futebol sempre permite.
Esperamos que o resultado seja o reinício da aura da camisa amarela…
Última vitória sobre uma potência
14/11/2009 – Brasil 1 x 0 Inglaterra (Doha, Catar)
Jejum diante de ex-campeões mundiais
17/11/2010 – Brasil 0 x 1 Argentina (Doha, Catar)
09/02/2011 – Brasil 0 x 1 França (Saint-Denis, França)
10/08/2011 – Brasil 2 x 3 Alemanha (Stuttgart, Alemanha)
09/06/2012 – Brasil 3 x 4 Argentina (Nova Jersey, EUA)
06/02/2013 – Brasil 1 x 2 Inglaterra (Londres, Inglaterra)
21/03/2013 – Brasil 2 x 2 Itália (Genebra, Suíça)
02/06/2013 – Brasil 2 x 2 Inglaterra (Maracanã, Rio de Janeiro)
Fim do jejum
09/06/2013 – Brasil 3 x 0 França (Grêmio Arena, Porto Alegre)