A volta excepcional do Náutico aos Aflitos, em 27 de maio, contra o Avaí, será transformada em um evento de marketing. Uma novidade é a presença de um uniforme especial para a partida “Revivendo os Aflitos”.
Apesar do contrato de três anos com a Umbro, o clube segue usando o material produzido pela Garra, num contrato de transição, até julho. Será produzida pela empresa pernambucana o padrão alusivo ao jogo.
A camisa, como de praxe, segue guardada. Contudo, o dono da Garra, Gustavo Aguiar, compartilhou uma foto no twitter com boa parte da camisa (veja aqui).
O uniforme, de estilo retrô, tem particularidades interessantes. Ao invés do tradicional vermelho e branco, a camisa tem duas tonalidades rubras, além de uma gola em V amarrada com cadarço.
A produção inicial será de apenas 200 camisas. Dependendo da demanda…
Acima do escudo do Náutico, na camisa oficial, há o seguinte texto:
“Edição especial. Camisa Timbu 2014 autografada pelo torcedor Alvirrubro.”
Este é o uniforme que o Timbu utilizará na decisão do Estadual desta temporada.
A ideia de marketing, que partiu da própria torcida, consiste na presença do nome de 785 torcedores nas listras vermelhas. Para isso, cada torcedor pagou uma taxa de adesão de R$ 55 (saiba mais aqui).
O padrão continua sendo produzido pela marca Garra, até o anúncio da nova fornecedora do clube, após a quebra de contrato com a Penalty.
Até lá, duas decisões, na Ilha do Retiro e na Arena Pernambuco, com o autógrafo do próprio torcedor timbu na camisa especial…
O Náutico irá utilizar o processo de transição de uniformes oficiais para lançar uma camisa especial, em homenagem à torcida.
Até a chegada da nova fornecedora de material esportivo, a Umbro, o Náutico irá vestir um padrão de transição produzido pela Garra. O acordo vale até maio.
Nesse período, espaço para uma novidade no Timbu, com uma camisa bancada pela própria torcida alvirrubra. Bancada e idealizada. Com uma taxa de adesão de R$ 55, o torcedor pode ter o seu nome escrito no uniforme oficial, compondo as listras vermelhas.
O Náutico espera mil adesões até o prazo final, no 113º aniversário do clube, em 7 de abril. Após a partida, as camisas serão sorteadas entre os participantes.
Tradicionalmente, o novo padrão de um clube de futebol é substituído instantaneamente pela nova fabricante, também com status de patrocinadora.
Em 2014, Sport e Náutico viveram situações incomuns. Ambos trilharam um processo distinto até o lançamento da nova camisa oficial, com uma transição.
O contrato leonino de cinco com a Lotto acabou e não foi renovado.
Nos Aflitos, a direção fez um distrato com a Penalty, fornecedora desde 2011.
O Rubro-negro acertou com a Adidas, num acordo que começará a vigorar de fato em maio. Até lá, optou por um uniforme improvisado, adquirido junto à paulista Braziline. A marca não aparece na camisa – como foi anteriormente com a Malharia Terres (1977/1980) e MR Artigos Esportivos (1988).
Já o Alvirrubro, virtualmente acertado por duas temporadas com a Umbro, também com o novo padrão programado para maio, optou por um contrato provisório com a Garra, empresa pernambucana de menor porte, mas com vários clubes do interior em seu portfólio. A marca está estampada.
Além disso, ainda há uma outra curiosidades sobre rubro-negros e alvirrubros. Ambos seguem sem patrocinador master. Camisas lisas.
Abaixo, a lista de fornecedores de material dos três grandes clubes do estado.
O campeonato estadual de 2014 tem quatro patrocinadores de alcance geral.
Além dos dois principais, a emissora detentora dos direitos de transmissão, a Rede Globo, e o governo do estado, através dos ingressos subsidiados do Todos com a Nota, estão na lista a empresa que adquiriu o naming rights da competição, a Coca-Cola, e a fabricante Garra, que bancou duas cotas, a de publicidade estática nos estádios e os uniformes dos trios de arbitragem.
Nos bastidores, a Megasports também comercializa outros contratos menores.
Todos os investidores apostaram no valor de mercado da edição deste ano, elevado muito antes do início pelo simples fato de representar o 100º torneio. A desorganização da competição, contudo, arranhou a imagem do Estadual.
Sobretudo junto ao torcedor, aumentando o descrédito. Não há uma conta para mensurar essa perda, mas os investidores não estão satisfeitos com a situação.
As queixas já chegaram aos ouvidos do presidente da FPF, Evandro Carvalho, com a incerteza sobre a grade da tevê, o nome da companhia de refrigerantes atrelada a um torneio iniciado de forma parcial, reservas dos ingressos do TCN abaixo da média e a falta de visibilidade das placas já pagas.
Vencimentos dos contratos no Pernambucano:
Rede Globo – 2018 (recém-renovado, por quatro anos)
Garra – 2015 (dois anos)
Coca-Cola – 2014 (quatro anos)
Governo do estado – 2014 (a renegociação é anual)
O mandatário da federação vem tentando contemporizar a situação, emulando um contexto irreal. Em off, a situação é completamente diferente…