Pela quinta vez em sua história, o Sport jogará de forma oficial no exterior. As quatro primeiras partidas aconteceram nas duas participações na Taça Libertadores da América, em 1988 e 2009. Saldo de três vitórias e uma derrota.
1988 – Universitario 1 x 0 Sport (Lima, Peru)
1988 – Alianza 0 x 1 Sport (Lima, Peru)
2009 – Colo Colo 1 x 2 Sport (Santiago, Chile)
2009 – LDU 2 x 3 Sport (Quito, Equador)
Agora, pela Copa Sul-americana, é a vez de viajar para o Paraguai…
Do Aeroporto Internacional dos Guararapes até Assunção, a capital do país.
No acanhado estádio Nicolás Leoz, o Leão enfrentará o Libertad, no jogo de ida pelas oitavas de final do torneio, em setembro. Um time tarimbado nos torneios no continente, com 14 participações na Libertadores e 9 na Sul-americana.
À margem dos populares Olimpia e Cerro Porteño, o Libertad ficou 26 anos sem ganhar a liga nacional. O hiato acabou em 2002. Desde então, ergueu o troféu paraguaio oito vezes, dominando o cenário. Neste período, os dois principais rivais ganharam, juntos, cinco campeonatos. Ao todo, o Repollero tem 16 títulos.
2013 – Libertad x Sport (Assunção, Paraguai)
A partida de volta, valendo a vaga nas quartas de final, será na Ilha do Retiro.
O representante pernambucano nas oitavas de final da Copa Sul-americana terá um destino inédito em sua história. O vencedor do clássico entre Náutico e Sport enfrentará o classificado da chave entre Libertad do Paraguai e Mineros da Venezuela, que despacharam Wanderers e Barcelona, respectivamente.
A segunda fase do torneio acontecerá ainda em agosto. Já o duelo “internacional”, pela terceira fase da copa, deverá acontecer a partir de 18 de setembro.
Entre os gringos, a língua espanhola, milhares de quilômetros de distância do Recife e uma presença bem mais constantes nas disputas da Conmebol…
O Libertad é o time do coração de Nicolás Leoz, que presidiu a Conmebol de forma quase interminável, de 1986 a 2013. O dirigente, aliás, empresta o nome ao estádio do clube. À margem dos populares Olimpia e Cerro Porteño, o time ficou 26 anos sem ganhar a liga nacional. O hiato acabou em 2002. Desde então, ergueu o troféu oito vezes, dominando o cenário. Neste período, os dois principais rivais ganharam, juntos, cinco campeonatos.
Club Libertad
Fundação: 30 de julho de 1905
Apelidos: Gumarelo e Repollero
Títulos paraguaios: 16
Participações: 14 na Libertadores e 9 na Sul-americana
Melhor campanha na Copa Sul-americana: quartas de final (2003 e 2011)
Time base (4-4-2): Muñoz; Moreira, Benítez, Gómez e Mencia; Vargas, Molinas, Aquino e Miguel Samudio; Romero e Recalde. Técnico: Rubén Israel
Primeira fase em 2013:
Montevideo Wanderers 1 x 2 Libertad
Libertad 0 x 0 Montevideo Wanderers
Nenhum time do estado atuou de forma oficial em Assunção, a capital paraguaia. Lá, poderá entrar em um dos estádios mais tradicionais do continente, o Defensores del Chaco, cuja construção começou em 1917. Recentemente, a capacidade foi reduzida para 36 mil torcedores, apesar do documento oficial na federação nacional com 40.759 lugares, para a final da Libertadores deste ano.
Assunção (Paraguai)
Fundação: 15 de agosto de 1538
Altitude: 43 metros
População: 544.309 habitantes
Distância do Recife: 3.082 km
Um clube de desempenho regular na Venezuela. Após conseguir o acesso em 1982, o Mineros jamais foi rebaixado. Foi campeão nacional na temporada 1988/1989. Conta também com dois títulos de mata-mata, na Copa Venezuela, em 1985 e 2011. A sua torcida vem crescendo no país, tanto que os cinco maiores públicos do clube foram registrados nas últimas duas temporadas. O recorde, contra o CD Lara, aconteceu em 2012, com 45.673 pessoas.
Club Deportivo Mineros de Guayana
Fundação: 20 de novembro de 1981
Apelidos: La Pandilla del Sur e Los Negriazules
Títulos venezuelanos: 1
Participações: 4 na Libertadores e 4 na Sul-americana
Melhor campanha na Copa Sul-americana: 2ª fase (2012)
Time base (4-4-2): Tito Rojas; Pacheco, Hurtado, Rouga e Aguilar; Acosta, Guerra, Jiménez e Ricardo Páez; Chourio e Blanco. Técnico: Richard Paez
Primeira fase em 2013:
Mineros 2 x 2 Barcelona de Guayaquil
Barcelona de Guayaquil 0 x 2 Mineros
Em relação à Venezuela, há uma passagem local, mas em Caracas, quando o Timbu disputou a Taça Libertadores de 1968. Desta vez, a partida seria no distrito de Puerto Ordaz, na Ciudad Guyana. O palco é o moderno Estádio Cachamay, inaugurado em 1990 e reformado há seis anos para a Copa América. A capacidade atual é de 41.600 lugares.
Ciudad Guayana (Venezuela)
Fundação: 2 de julho de 1961
Altitude: 13 metros
População: 705.482 habitantes
Distância do Recife: 3.582 km
Os campeões de público nas dez ligas nacionais da América do Sul apresentam números bem distintos. A Conmebol divulgou um gráfico com as maiores médias de assistência nos campeonatos da primeira divisão de 2012.
O River Plate, de volta à elite argentina, estabeleceu uma marca impressionante, quase o dobro do segundo lugar. Nada menos que 50 mil pessoas, quase a capacidade máxima do estádio Monumental de Nuñez.
No Brasil, segundo a Conmebol, o Grêmio ficou em primeiro lugar. Em recente estudo da Pluri Consultoria, o tricolor gaúcho havia ficado atrás de Corinthians e São Paulo na Série A. Em vez de 23.530 pessoas, o dado da confederação apresentou 25.845. Confira o levantamento da consultoria aqui.
De todos os dez países membros da entidade, apenas o Paraguai apresentou o clube de maior índice abaixo de dez mil pessoas. Dado pífio do Olimpia, vice-campeão da Taça Libertadores, com quatro mil pessoas.
Esse foi o último levantamento do Brasil antes das arenas. A média deverá subir.
Em um estádio infernal, o aguerrido Olimpia abriu uma grande vantagem na final da Taça Libertadores da América de 2013. A vitória paraguaia sobre o técnico Atlético Mineiro por 2 x 0 repetiu o cenário de outras cinco finais decididas em dois jogos desde a primeira edição do torneio, em 1960.
E é quase uma especialidade da casa no Denfensores del Chaco…
Nas cinco finais anteriores com 2 x 0 para o mandante, em três o autor do placar foi o Olimpia. Em apenas um ano o resultado foi revertido, no já distante 1989, pelo Atlético Nacional da Colômbia. O time de Medellín devolveu o 2 x 0 sofrido em Assunção e levou a copa nos pênaltis.
Por outro lado, o Rey de Copas do Paraguai já confirmou um título continental desta forma em duas temporadas. A primeira sobre o poderoso Boca Juniors. Ganhou no Defensores com 50 mil espectadores (nesta quarta, contra o Galo, foram 36 mil) e segurou o empate sem gols na Bombonera.
Em 1990, também segurou o empate fora, contra o Barcelona do Equador. O Olimpia conhece bem os dois caminhos. Cabe ao Galo escolher um…
1979 – Confirmou o título
Olimpia 2 x 0 Boca Juniors
Boca Juniors 0 x 0 Olimpia
1989 – Reverteu
Olimpia 2 x 0 Atlético Nacional
Atlético Nacional 2 x 0 Olimpia (pênaltis: Nacional 5 x 4)
1990 – Confirmou o título
Olimpia 2 x 0 Barcelona
Barcelona 1 x 1 Olimpia
1998 – Confirmou o título
Vasco 2 x 0 Barcelona
Barcelona 1 x 2 Vasco
2003 – Confirmou o título
Boca Juniors 2 x 0 Santos
Santos 1 x 3 Boca Juniors
Larissa Riquelme não deixou o Recife sem fazer uma promessa daquelas…
A nova musa internacional do Alviverde garantiu que se o América for campeão estadual nesta temporada ela voltará à capital pernambucana para desfilar nua…
Como não torcer pelo Mequinha?
Não é à toa que o Periquito da Estrada do Arraial é apontado como o segundo clube de todos os pernambucanos…
Vai ter muita gente virando a casaca por causa da paraguaia…
Campeão em 1918, 1919, 1921, 1922, 1927, 1944 e 2012?!
Boa sorte desde já, América.
De qualquer forma, Larissa já projeta uma volta ao Brasil em 2014, no Mundial.
Obviamente, irá fazer mais promessas. Desta vez, não adiantou o conteúdo.
“Tenho uma promessa, mas não vou falar nada, porque depois que eu falo, todo mundo me copia. Será uma surpresa”.
Onipresente, o aparelho celular no generoso decote virou uma marca registrada da modelo paraguaia Larissa Riquelme, a musa da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Mesmo à distância, em Assunção, ela atraiu a atenção de lentes de todo o mundo, devido ao “impacto” da torcida pela seleção, que chegou às quartas de final.
Depois, famosa, Larissa Riquelme foi capa de várias revistas, algumas delas de conteúdo adulto, além de ter participado de reality shows e programas de TV no continente.
No próximo dia 13, às 20h, ela deverá estrear nas passarelas brasileiras para o lançamento de um uniforme de futebol. Flamengo, Corinthians, Sport, Santa ou Náutico?
A jogada de marketing foi, mais uma vez, do América, que em 2011 surpreendeu ao trazer a Viviane Araújo. Depois, a carioca desfilou por mais cinco times (veja aqui).
Para voltar a ser destaque em sites nacionais, gerando o retorno do investimento em visibilidade, o Alviverde da Estrada da Arraial resolveu visitar o mercado internacional…
Se Larissa Riquelme desfilar com a camisa do Mequinha, será um golaço de marketing.
A diretoria do clube não confirma se a modelo é Larissa (nem nega), mas admite que uma beldade estrangeira já assinou o contrato, numa parceria com a Rota do Mar.
Resta torcer, então, pela presença do “celular paraguaio” no Recife…
O blog registrou um vídeo com Larissa na Copa América da Argentina (veja aqui).
E o América confirmou Larissa, via Twitter, conforme antecipado pelo blog.
Buenos Aires – Foram aproximadamente 30 mil uruguaios no estádio Monumental de Nuñez, na final da Copa América, neste domingo. Depois da festa de praxe na cancha do River Plate, onde comemorar uma conquista assim em plena capital argentina?
No mesmo local onde os argentinos costumam festejar, é claro…
E, assim, uma multidão de charrúas tomou conta do Obelisco, cartão postal de Buenos Aires entre as avenidas 9 de Julio e Corrientes, bem no centro da metrópole…
O trabalho foi grande lá na decisão (post do jogo), mas ao chegar no hotel e ver tantas bandeiras indo naquela direção, acabei indo também. Valeu o registro.
A polícia ficou no entorno, para evitar qualquer tipo de confusão, até porque as garrafas de cerveja e vinho estavam indo embora rapidinho…
Curioso mesmo (civilidade?) foi a reação dos argentinos, tranquilos, sem provocação. Quem dera fosse sempre assim, em qualquer competição, em qualquer lugar.
Buenos Aires – O estádio do River Plate já estava vazio. Após a saída da massa em uma final contundente para os uruguaios, restava escrever textos para o Diario de Pernambuco e para o blog, além da edição de fotos e vídeos…
Eis que os jogadores da seleção celeste surpreenderam e voltaram para o campo, para iniciar uma volta olímpica, de uniforme e taça nas mãos, passando por todo mundo.
Comemoração particular do grupo? Nunca tinha visto nada parecido…
Vale lembrar que a volta olímpica foi criada pelo próprio time do Uruguai, após vencer o torneio olímpico de futebol em 1924, em Paris, no estádio Colombes. Na ocasião, os jogadores passaram a dar uma volta no gramado agradecendo o apoio da torcida após uma vitória sobre a Suíça. A Celeste se tornava “Celeste Olímpica”.
O placar foi mesmo nas duas finais separadas por 87 anos: 3 x 0.
Buenos Aires – Música que embalou o 15º título do Uruguai na Copa América.
“Volveremos, volveremos volveremos otra vez volveremos a ser campeones como la primeira vez”
“Voltaremos, voltaremos voltaremos outra vez voltaremos a ser campeões como na primeira vez”
A torcida celeste não parou de cantar nas arquibancadas do Monumental de Nuñez, em uma referência direta ao título da seleção na primeira Copa América, em 1916, quando empatou em 0 a 0 com a anfitriã Argentina e ergueu a taça em Buenos Aires, como agora. Já são três títulos da Celeste na capital argentina: 1916, 1987 e 2011.
Buenos Aires – O povo charrúa dominava os flancos abaixo do território brasileiro até cinco séculos atrás. Os primeiros registros ocidentais desses ameríndios datam de 1535. A partir daí, o mesmo extermínio que marcaria todo o Novo Mundo.
Os charrúas acabaram banidos no processo de colonização espanhola na região, pontuado por diversas guerras em busca da posse daquela gama de terra no afluente norte do Rio da Prata. Conhecidos pela bravura, cuja palavra ‘desistência’ parece fora do vocabulário, eles marcaram a história, apesar de hoje a sua população ser de apenas cinco mil habitantes.
No entanto, esse espírito se estendeu ao novo povo uruguaio, que não negou o passado e adotou o “charrúa” como apelido, sobretudo à seleção, com estilo próprio desde 1916, no primeiro Sul-americano, já com o troféu máximo nas mãos.
Mesmo sendo uma nação pequena, o Uruguai se tornou uma fonte inesgotável de futebol com raça e técnica. Nem sempre agregadas. Exatamente por isso o país passou um bom tempo no ostracismo no futebol, até que uma nova geração voltasse a dominar a gênese da camisa azul, da República Oriental do Uruguai.
Com Luís Suárez e Diego Forlán, a Celeste voltou a ser temida, voltou a impressionar. Voltou a ser campeã. Se os antigos charrúas lutaram para seguir a vida na fria planície, esses charrúas com as bolas nos pés foram além. Dominaram a América.
Ao Uruguai, o incontestável título da Copa América de 2011, destronando o irascível Paraguai e sua fortaleza de empates com um 3 x 0 no mais uruguaio dos domingos na capital alheia. Os bicampeões mundiais ratificaram o futebol da África do Sul, há um ano.
A então surpresa é agora uma dura realidade para os adversários mais tradicionais. Como sua torcida cansou de cantar num Monumental de Nuñez repleto, o Uruguai voltou a ser campeão, como na primeira vez. Os charrúas ganharam a guerra.