Córdoba – O primeiro brasileiro que encontrei na cidade foi Rosinei Correia, paulista de 45 anos, viajando pelo país para curtir a Copa América. Mais do que o jogo contra o Paraguai, ele estava preocupado já com a final da competição…
A decisão será em 24 de julho, no estádio Monumental de Nuñez. Natural de Bragança Paulista, Rosinei afirmou que visitou a cancha do River Plate e fez um “trabalho” para garantir o tricampeonato continental do Brasil… A conferir!
Córdoba – Após uma madrugada inteira em uma viagem de ônibus, o blog chegou ao terminal da segunda maior cidade argentina, com mais de 1,3 milhao de habitantes. Ao desembarcar, com o relógio marcando 7h36, veio a surpresa, com Córdoba às escuras.
Aguardei um pouco e finalmente consegui chegar ao centro de imprensa. Localizado no centro, no bonito Cabildo Historico, o local é um palco natural para o encontro de torcidas. Os paraguaios que também viajaram pela estrada foram logo à praça.
Ao perceberem que eu era brasileiro, os hinchas “rivais” me chamaram para tirar uma foto. Na conversa, mais respeito do que provocação. Eles acreditam muito numa boa campanha do Paraguai, mas ainda observam o Brasil como franco favorito.
“Estamos em Córdoba para uma partida difícil contra o Brasil, mas a Copa América nao será decidida aqui. Nesse jogo nós vamos testar o nosso time, para ter a certeza de podemos continuar esse sonho de voltar a ser campeão.”
Declaração de Jose Vivas, um dos muitos paraguaios que embarcaram em Retiro, em Buenos Aires. Em relação ao confronto equilibrado, ele tem um pingo de razão.
Entre os adversário sul-americanos, a sua seleção é a que tem o melhor desempenho contra a Canarinha desde 2000. Sao 4 vitórias para cada lado e um empate.
Já em relação ao tal jejum de taças, o Paraguai, duas vezes campeão da Copa América, não a conquista desde 1979. Dificil saber se o hiato será quebrado em 2011, mas não é bom duvidar da ajustada equipe de Lucas Barrios.
Buenos Aires – Dos 26 jogos programados para a Copa América de 2011, na Argentina, 18 vão começar no mínimo às 18h30, já no início da noite.
Obviamente, esse horário colabora para um frio mais intenso nos estádios durante a competição, abaixo de 8 graus, como o blog já havia postado (veja aqui).
Então, para os torcedores/hinchas, o jeito é ir aos jogos com bons agasalhos. Na Rua Florida, a venda de cachecol é o destaque nas “ofertas” espalhadas pelo chão.
A peça “genérica”, com os símbolos das seleções, custa 35 pesos, ou R$ 14. Nota-se que seis países participantes foram preteridos…
Buenos Aires – Se o empate sem gols entre Brasil e Venezuela foi uma surpresa daquelas, o 0 x 0 entre Paraguai e Equador, completando o grupo B, foi esperado…
Historicamente, o time guarani monta boas defeses, mas costuma encontrar dificuldades para um articulador de jogadas e, sobretudo, um ataque entrosado.
O Equador, por sua vez, carece de qualidade de uma maneira geral. Entrou na chave para brigar por uma possível terceira vaga.
Neste domingo, em Santa Fé, a partida quase não teve lances de perigo. Um verdadeiro velório, que acabou fazendo justiça ao nome do estádio, o Cemitério de Elefantes.
Eis que agora o grupo tem quatro líderes e quatro lanternas. Todos com um ponto, nenhum gol a favor e nenhum sofrido. Rigorosamente iguais. Pelo lado ruim…
À sombra dos rivais, o paraguaio Cerro Porteño e o argentino Racing sobrevivem na base de suas numerosas e apaixonadas torcidas.
No caso paraguaio, o Cerro jamais ganhou nada fora do país, enquanto o arquirrival Olimpia tem três títulos da Libertadores e um Mundial Interclubes.
Em Avellaneda, sul de Buenos Aires, o choque fumegante entre Racing e Independiente.
Enquanto La Academia ganhou apenas um título argentino desde 1966, El Rojo tornou-se o maior campeão da Libertadores, com sete taças, fora o fato de ser o atual vencedor da Copa Sul-americana. Haja pressão.
Pois tanto Cerro quanto Racing ainda conseguem captar muita receita com suas torcidas (hinchadas). Confira duas divertidas campanhas de sócios. Se a moda pega no Recife…
Cerro Porteño. Siempre fuiste hincha, ahora hacete socio.
Racing Club. Hay algo mas lindo que ser hincha de Racing. Ser socio.
As quartas de final reservaram as grandes histórias da Copa do Mundo até aqui.
Brasil perdendo de virada de forma incrível.
Uruguai arrancando a classificação no último instante.
Alemanha goleando. Argentina sendo goleada.
E Espanha precisando de três traves para marcar um gol.
Foi guerreiro esse time do Paraguai. Lutou muito no último jogo da terceira fase do Mundial da África do Sul. Perdeu um pênalti. Mas defendeu outra cobrança no minuto seguinte em uma sequência de arrepiar.
No fim, aos 38 minutos do 2º tempo, o atacante David Villa apareceu de novo, balançando a redes em um jogo que tinha cara de prorrogação. Espanha 1 x 0. Ele marcou o seu 5º gol na Copa, assumindo a artilharia. Marcou 5 dos 6 gols da Fúria.
Aquela Espanha que estreou com derrota caminha para tentar conquistar o seu primeiro título. O time espanhol já repete a colocação de 1950, quando também ficou entre os quatro primeiros. Para superar essa marca, terá que superar a Alemanha. Somente.
O planeta Terra tem cerca de 6,8 bilhões de habitantes.
Deste total, 412.176.808 pessoas estão “envolvidas” de fato com a reta final da Copa do Mundo de 2010 (6,0% da população mundial). Esse número corresponde à população agregada dos oito países que vão disputar as quartas de final do torneio na África do Sul. O restante da população fica apenas como plateia…
Divisão da população dos finalistas por continentes:
América do Sul – 243.715.588 (59,12%)
Europa – 145.078.372 (35,19%)
África – 23.382.848 (5,67%)
Brasil – 192.924.506
Alemanha – 82.369.548
Espanha – 46.063.511
Argentina – 40.481.998
Gana – 23.382.848
Holanda – 16.645.313
Paraguai – 6.831.306
Uruguai – 3.477.778
Em tempo: a população mundial, com mais de 200 nações, deverá atingir a marca de 10.000.000.000 de pessoas em 2070 (veja AQUI).
Há duas duas semanas, o blog apresentou o Índice Castrol da Fifa, responsável por todo o espetacular scout da Copa do Mundo de 2010. Nele, é possível até formar uma seleção baseada apenas nos números.
O print screen ao lado é da atual “seleção tecnológica” do Mundial da África do Sul, considerando todos os 56 jogos realizados (fase de grupos e oitavas de final). Repare bem:
1) Os meias de criação são dois ingleses… Do mesmo English Team que marcou apenas 3 gols em 4 jogos.
2) A “base” da equipe é a Espanha, com três atletas, sendo dois da defesa.
3) O alemão Philipp Lahm joga nas duas laterais, é verdade, mas ele foi escalado como ala esquerdo na equipe, por mais que no atual time germânico o capitão, e camisa 16, jogue do lado direito (veja AQUI).
4) Apenas um brasileiro está na lista. Juan, Lúcio, Robinho, Maicon, Kaká…? Não. É o experiente volante Gilberto Silva. Que está até bem no Mundial, diga-se.
5) Lionel Messi? Que Messi?! Ah, claro. Os ingleses…
Qual é a sua seleção da Copa do Mundo de 2010 até aqui?
Já foram realizados 56 dos 64 jogos da Copa do Mundo da África. A competição irá entrar em sua reta final. Restou a elite: quatro times sul-americanos, três europeus e um africano.
O Diario de Pernambuco traz em sua edição desta quarta-feira um raio-x dos oito países que ainda seguem na luta pela Taça Fifa. Neste post, os PDFs das páginas. Veja a versão online do conteúdo AQUI.
Os quatro jogos das quartas de final vão acontecer na sexta e no sábado. Até lá, uma análise dos confrontos, destrinchando as equipes, aproveitando a vasta informação disponibilizada pelo scout da Fifa.
Dos 18 títulos anteriores, de 1930 a 2006, 12 taças ainda estão em jogo. O penta Brasil, a tri Alemanha e os bicampeões Uruguai e Argentina. Holanda, Espanha, Paraguai e Gana completam a lista da “Série A” da Copa de 2010.
Um duelo em língua espanhola no último confronto das quartas de final. O Paraguai, que chega até esta fase pela primeira vez, quer ampliar o seu sonho. A Espanha, por sua vez, tenta voltar a ficar entre os quatro melhores do Mundial após 60 anos.
Paraguai x Espanha
Estádio Ellis Park
Joanesburgo, sábado (03/07), às 15h30
Será o 3º duelo nas últimas quatros Copas do Mundo. Quase um “clássico”. E pela primeira vez em uma fase eliminatória da competição. Os adversários jogaram na fase de grupos em 1998 com um insosso empate sem gols e em 2002, quando a Fúria venceu bem, por 3 x 1, em Jeonju (vídeo).
Entre outros atletas, estavam naquele jogo de oito anos atrás o paraguaio Roque Santa Cruz e os espanhois Casillas e Puyol. Saiba mais AQUI.