Camisa verde e amarela à parte, a Seleção Brasileira de futebol já atuou com outros dois uniformes tradicionais. Branco e azul. Ambos foram homenageados, 90 e 54 anos depois, respectivamente. Porém, não foram comercializados.
1914 – Brasil 2 x 0 Exeter City, nas Laranjeiras, no Rio de Janeiro
Com atletas amadores do Rio de Janeiro e de São Paulo, a primeira Seleção Brasileira entrou em campo em 1914. O padrão, feito de algodão, era branco, com alguns detalhes azuis nas mangas. Não havia sequer o distintivo, que só surgiria em 1917. A equipe recém-formada teve como adversário um time da terceira divisão inglesa, já profissional. Osvaldo Gomes (Fluminense) marcou o primeiro gol da Canarinha. Por sinal, a Seleção ainda não tinha esse apelido. Osman (América) fechou o placar histórico.
2004 – Brasil 0 x 0 França, no Stade de France, em Saint-Denis, na França
Era o centenário da Fifa. Para a data festiva, a entidade reuniu então os dois últimos campeões do mundo, Brasil (2002) e França (1998). O palco foi o mesmo da decisão entre ambos, seis anos antes. As duas seleções jogaram o primeiro tempo com os uniformes inspirados nos modelos do início do século XX. Curiosamente, a camisa feita pela Nike e vestida pelos Ronaldos contou com o escudo da CBD, ausente no original.
1958 – Brasil 5 x 2 Suécia, no Rasunda, em Estocolmo, na Suécia
A camisa verde e amarela foi incorporada em 1954 pela CBD, precursora da CBF, após o trágico vice em 1950. Em sua segunda decisão mundial, encarou a Suécia, também com a camisa amarela. Assim, precisou confeccionar um novo uniforme lá mesmo na Europa. O azul vem do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. Na correria, a direção da confederação improvisou o bordado. Valeu o primeiro título.
2012 – Brasil 3 x 0 Suécia, no Rasunda, em Estocolmo, na Suécia
Na despedida do tradicional estádio sueco, a federação local convidou o Brasil para um amistoso relembrando o duelo mais famoso da arena, 54 anos antes. Com direito à presença de ex-jogadores, incluindo Pelé. Como homenagem ao pernambucano Vavá, autor de dois gols na finalíssima da Copa do Mundo, parte do material do museu do Rasunda foi doado à Arena Pernambuco. Inicialmente, os jogadores deveriam ter atuado 45 minutos do amistoso com a camisa retrô produzida pela Nike. Os comandados de Mano acharam a peça pesada e pediram para atuar com o padrão normal…