Barcelona chega ao penta da Champions, numa doutrina de como jogar futebol

Champions League 2015, final: Barcelona x Juventus. Foto: Uefa/site oficial

O Barcelona joga mais futebol do que os outros, é preciso admitir. Foi assim sob o comando de Guardiola e é também agora, com Luis Henrique, outro ex-jogador que sabe como poucos como funciona a engrenagem blaugrana. Em Berlim, o Barça fez 3 x 1 na Juventus, com direito ao gol de Neymar aos 51 minutos do segundo tempo, encerrando a peleja.

Por mais aguerrida que a Juve seja, com craques como Tévez, Pirlo e Buffon, sem contar a boa partida realizada, a diferença era enorme, sobretudo na hora de decidir. Foi assim no controle de bola, beirando 70%, na intensidade e na qualidade dos ataques.

É bonito demais ver esse time jogar, dando sinais de carne e osso a uma perfeição vista nos videogames, onde Messi, Neymar e Suárez são destruidores através dos joysticks. E assim foram nesta temporada também. Além do gol do Rakitic aos 4 minutos, o 4º mais rápido em uma final de Champions League, marcaram Luisito e o menino Neymar, fazendo com que o trio sul-americano “MSN” se tornasse o ataque mais ofensivo da história do futebol espanhol, recheado por ataques demolidores.

Champions League 2015, final: Barcelona x Juventus. Foto: Uefa/site oficial

Ao todo, os atacantes marcaram 122 gols em 60 partidas, sendo  58 do argentino Messi, 39 do brasileiro Neymar e 25 do uruguaio Suárez. O time todo fez 175. Ou seja, somente o trio titular foi responsável por 69% dos tentos anotados em jogos oficiais em uma jornada vitoriosa. Na temporada 2014/2015, por sinal, o clube catalão conquistou a tríplice coroa, com a orelhuda da Champions se juntando à liga espanhola e à Copa do Rei.

No estádio Olímpico, o Barcelona chegou ao pentacampeonato europeu.

1992, 2006, 2009, 2011 e 2015.

À Velha Senhora, vice-campeã pela sexta vez, fica um consolo. Qualquer outro clube, hoje, teria saído com a medalha de prata. A diferença no futebol assusta. Pois é. Imagine agora o nível técnico do Barcelona no game Fifa 2016

E um último registro: essa bola que Neymar está jogando é extremamente necessária para revigorar a combalida Seleção Brasileira.

Champions League 2015, final: Barcelona x Juventus. Foto: Uefa/site oficial

Selva ou jungle, tanto faz. Valeu a lei da natureza, Azzura 2 x 1 English Team

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Inglaterra x Itália. Foto: Fifa

Na selva, como os ingleses cansaram de descrever a partida em Manaus, valeu a lei da natureza, ao menos a do futebol.

Com o time mais forte devorando a presa de forma impiedosa.

A tetracampeã mundial Itália, com direito a gol do mito Balotelli e ótima atuação de Pirlo, venceu neste sábado calorento, por 2 x 1, a Inglaterra, que parece viver apenas de 1966.

Com um conjunto forte e competitivo – sobretudo em torneios à vera -, a Azurra jogou mais que o English Team, que, é verdade, não fez uma má apresentação.

Nesta noite na Amazônia, no entanto, aconteceu o cenário mais comum aos ingleses, com muito mais nome do que futebol.

Como o esporte reserva surpresas desde sempre, essas palavras podem ser desmentidas ainda nesta Copa. Porém, não é o que mostra a história, ainda mais a história inglesa nos Mundiais. Já a da Itália…

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Inglaterra x Itália. Foto: Fifa

Eurocopa – Prorrogando até o limite a emoção italiana

Eurocopa 2012, quartas de final: Itália (4) 0x0 (2) Inglaterra. Foto: Uefa/divulgação

Em 120 minutos de futebol, nenhum golzinho no clássico em Kyev.

Somente no 28º jogo da Eurocopa a torcida ficou sem ver a rede balançar. A sequência foi quebrada por italianos e ingleses, neste domingo.

Diante de um burocrático English Team, a Azzurra até pressionou no primeiro tempo, mas o jogo foi caindo de produção na proporação do desgaste físico.

Mas o número de finalizações explica o jogo: 35 para a Itália e 9 para a Inglaterra.

O úlimo aconteceu aos nove minutos do segundo tempo extra. Nocerino chegou a cabecear para dentro do gol, mas ele esteva um pouquinho à frente, impedido.

Enfim, o empate em 0 x 0 levou o último confronto das quartas de final para os pênaltis.

Era exatamente esse o castigo aos dois países por não ter marcado um gol no estádio Olímpico, pois a disputa de pênaltis é um pesadelo histórico para as duas seleções.

Entre Mundias e Eurocopas, a Itália tinha apenas duas vitórias em sete disputas. O rendimento da Inglaterra era ainda pior, com uma vitória em seis desempates.

Prevaleceu a categoria do experiente goleiro Buffon, de 34 anos, que defendeu o chute de Ashley Cole, deixando o caminho livre para Diamanti fechar a série em 4 x 2.

Agora, são três triunfos italianos em oito séries… Ao English Team, segue o nightmare.

Eurocopa 2012, quartas de final: Itália (4) 0x0 (2) Inglaterra. Foto: Uefa/divulgação