Sorte para quem não “merece”

Série B 2011: Ponte Preta 1 x 1 Sport. Foto: Artur Rego/Blog Sport Recife Notice (divulgação)

Tinha tudo para dar errado…

Três derrotas seguidas, sendo a última delas em casa e diante um adversário ameçado de rebaixamento à Terceirona.

Desfalques, como sempre, e bastidores fervendo sobre o comportamento de jogadores, fora o perfil ausente dos dirigentes neste momento.

O abatimento acabou chegando na torcida rubro-negra, outrora tão confiante na vaga.

Após o revés para o São Caetano, quando foi dominado facilmente, o Sport viajou para São Paulo para enfrentar a vice-líder Ponte Preta.

Como isso já não fosse suficiente para gerar desconfiança, a Macaca voltaria a jogar no seu estádio, o Moisés Lucarelli, depois de uma longa pena imposta pelo STJD.

Ou seja, nada de campo vazio em Araraquara, como vinha ocorrendo, mas sim com a pressão da numerosa torcida de Campinas.

Cumprindo à risca o script, o Sport falhou logo aos 13 minutos, quando Hamilton perdeu uma bola fácil pelo lado direito e Renato Cajá abriu o placar.

Pronto, a 4ª derrota consecutiva parecia desenhada, sepultando de vez qualquer sonho de voltar a jogar na primeira divisão nacional em 2012.

Mas não é que o sábado foi pra lá de camarada com o Leão?

Apesar das várias chances adversárias, o Sport empatou aos 33 minutos .

Maylson “triangulou” com Bruno Mineiro – o primeiro passe foi pura sorte – e ficou livre para igualar o confronto, 1 x 1.

A Ponte ainda faria de tudo para desempatar. Não conseguiu. Fora dali, todos os outros rivais diretos na briga pelo acesso também empataram.

Ou seja, a diferença, de 5 pontos, não esticou. O Sport não voltou a vencer, mas que a rodada foi bem acima do esperado, foi. Que não vacile novamente na Ilha.

A porta da esperança não ficará aberta para sempre…

Série B 2011: Ponte Preta 1 x 1 Sport. Foto: Artur Rego/Blog Sport Recife Notice (divulgação)

Sem a colaboração do ataque e sem pontos

Série B 2011: Ponte Preta 1x0 Salgueiro. Foto: Agência Estado

Foram 72 minutos suportando a pressão da Ponte Preta.

Pressão só no campo mesmo, pois na arquibancada eram apenas 1.396 pessoas no último jogo da punição com a perda de mando de campo, em Araraquara.

O Salgueiro fez o que pôde para segurar o ímpeto do clube de Campinas.

Infelizmente, havia um limite técnico.

A Macaca marcou o solitário gol da vitória aos 28 minutos do segundo tempo.

O meia João Paulo Silva arriscou da intermediária, 1 x 0.

A retranca sertaneja caiu mais uma vez diante de um adversário paulista, novamente pelo placar mínimo. Nota-se que o ataque não colaborou nos últimos 180 minutos…

Sem ataque, sem pontos. Sem pontos, sem permanência na Série B.

Metade da maratona da Série B

Fim do primeiro turno da Série B, com 190 partidas realizadas.

Após 19 rodadas, confira como ficou a classificação do Brasileiro em sua metade. No gráfico abaixo, todas as edições na era dos pontos corridos com o mesmo número de jogos. Entre 2006 e 2010, os times estão marcados com a condição final na disputa, sendo “A” para o acesso e “C” para o rebaixamento. Veja e compare.

Das 20 vagas à Série A até a última temporada, 14 delas foram ocupadas por clubes que terminaram o turno inicial no G4. Já no Z4 (rebaixamento), foram 12 de 20.

Para analisar o gráfico com as seis tabelas numa resolução maior, clique aqui.

Série B de 2006 a 2011 após o primeiro turno

Nada de frustração, Timbu

Série B 2011: Ponte Preta 3 x 3 Náutico. Foto: Ponte Preta/divulgação

Foi por pouco, muito pouco…

Jogando na tarde desta sábado em Araraquara, longe da pressão do Moisés Lucarelli, em Campinas, o Náutico não se intimidou diante da Ponte Preta.

Sofreu um gol ridículo no começo da partida, quando Lúcio Flávio subiu sozinho para cabecear. Uma falha de marcação difícil de aceitar, pois não havia ninguém por perto…

Eram 17 minutos e a Macaca, é bom lembrar, tinha o status de vice-líder da Série B.

Mas o Alvirrubro soube se impor em campo e virou o placar ainda na primeira etapa, com um golaço de Elicarlos, de fora da área, e Rogério. Marcou, atacou e surpreendeu.

No início do 2º tempo, a postura timbu foi a de uma equipe que merece demais estar no G4, segura e explorando os espaços, mesmo diante de um adversário qualificado.

Eduardo Ramos chegou a ampliar a vantagem, fazendo 3 x 1. Eram 18 minutos!

A vitória estava bem encaminhada… Cheiro de vice-liderança.

O técnico Levi Gomes, no lugar do suspenso Waldemar Lemos, fez as substituições necesárias, pelo cansaço e por opção tática.

As peças a disposição, porém, não funcionaram muito bem, reforçando a ideia de que o elenco timbu necessita de reforços, apesar do time titular bem encaixado.

Um vacilo pelo lado esquerdo e Renato Cajá concluiu um cruzamento rasteiro… Foi a senha para a pressão paulista, que resultou no empate aos 33,em mais uma bola aérea.

Após cobrança de escanteio, Guilherme subiu mais que a defesa e testou sem chances para Gideão. Fim de jogo, 3 x 3 na Arena da Fonte.

O resultado está longe de ter sido ruim. Um ponto como visitante diante de um adversário direto será muito importante até o fim da competição.

Ficou a frustração por não ter vencido, o que até tem um lado bom. Mostra que o Alvirrubro tem condições de buscar de forma consciente, sempre, os três pontos.

Série B 2011: Ponte Preta 3 x 3 Náutico. Foto: Ponte Preta/divulgação

Milagre de Josa em noite de Jesus

Série B 2011: Salgueiro 2x3 Ponte Preta. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Com uma campanha excelente, a Ponte Preta segue em uma briga particular, paulista, contra a Portuguesa. Ambos com 17 pontos, no topo da Série B.

Leve vantagem para a Lusa, no saldo de gols. Porém, boa margem para os dois: 15 x 11.

Sob muita chuva no estádio Ademir Cunha, na noite desta terça-feira, a Macaca encarou o Carcará. O time de Neco sabia da qualidade do adversário.

A Ponte correspondeu à expectativa e, já se mostrando uma séria candidata ao acesso, dominou o time pernambucano, mesmo fora de casa. Vitória justa, por 3 x 2.

Para isso, contou, novamente, com o ótimo aproveitamento do atacante Ricardo Jesus.

Primeiro, cobando uma penalidade que deixou a Ponte em vantagem. Depois, ampliou em um chute cruzado. O goleiro Marcelo colaborou.

Jesus chegou a 9 gols na Série B, em oito rodadas. Média excpecional, dos céus.

O atacante de 26 anos do clube de Campinas, por sinal, já balançou as redes mais vezes do que qualquer clube pernambucano na competição.

Salgueiro marcou 8 gols, enquanto Sport e Náutico marcaram 7 e 6, respectivamente.

Jesus à parte, o milagre da noite foi um antológico “gol de lateral”. Josa, do Carcará, cobrou um lateral pelo lado esquerdo e o goleiro Júlio César cortou para a própria meta…

Logo depois, o mesmo Josa tentou o segundo milagre da noite. Jesus não deixou.

Série B 2011: Salgueiro 2x3 Ponte Preta. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Prendendo a respiração

Série B-2010: Náutico 1 x 1 Ponte Preta. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

É claro que o foco era a vitória na noite desta terça-feira.

Apenas os três pontos afastariam o Náutico da zona de rebaixamento da Série B.

Pelo menos o fôlego seria maior para a reta final do Brasileiro.

Mas a vitória não veio nos Aflitos. E a derrota passou raspando.

No fim, com dez jogadores desde o 1º tempo, o Timbu, que balançou as redes com Bruno Meneghel, segurou o 1 x 1 com a Ponte Preta, mais forte tecnicamente.

A reação da torcida alvirrubra?

Presente em bom número novamente, a galera timbu aplaudiu o time.

Aplaudiu o empenho de uma equipe a apenas dois pontos do terrível Z4.

Faltam três rodadas para o fim da Série B.

O próximo jogo?

Contra o Brasiliense, no Distrito Federal. O adversário, em 17º lugar, tem 40 pontos. O Náutico, em 16ºª, tem 42.

Prenda a respiração, torcedor. O próximo jogo pode decidir o futuro em 2011.

O aplauso pode ocorrer na viagem de volta ao Recife…

Nos braços da Macaca

Série B-2010: Ponte Preta 2 x 0 Náutico. Foto: Ponte Preta/divulgaçãoEm Campinas, a segunda derrota seguida do Náutico.

No sábado, um revés diante do frágil Icasa (segundo o técnico Gallo). Nesta terça, o adversário era bem mais forte.

A Ponte Preta já era a melhor equipe da competição no reinício pós-Copa do Mundo.

De cinco vitórias seguidas, a Macaca chegou a seis, fato que não alcançava há 31 anos em campeonatos brasileiros!

Tentando manter a sua aura ofensiva, mesmo fora de casa, o Náutico foi liquidado logo no primeiro tempo, por 2 x 0. Macaca afoita.

O Timbu lutou no segundo, mas o longo jejum dos atacantes alvirrubros atrapalhou.

Na sexta-feira, a volta ao estádio dos Aflitos. Contra o Brasiliense.

O Náutico, que chegou a liderar a Segundona, passará mais uma rodada fora do G4. Dentro de 72 horas, a chance de retomar a campanha na Série B.

A saudade continua

Série B-2010: Sport 1 x 1 Ponte Preta. Foto: Júlio Jacobina/DP

Depois de três vitórias seguidas na Segundona, o torcedor rubro-negro queria mesmo era matar a saudade da Ilha do Retiro.

Foi um mês inteiro vendo apenas arenas como os espetaculares Soccer City e Green Point. Agora, o leonino estava a fim era de assistir ao jogo mal acomodado, no cimentão com sol forte, ou até em cadeiras antigas, de ferro. No aperto.

Em vez dos tapetes sul-africanos, nada como o velho campo remendado da Ilha, com os seus paliativos, é claro. Até mesmo uma “pintura” para deixá-lo menos feio. Não adiantou muito, mas valeu a intenção…

Em campo, a chance de encostar nos quatro primeiros lugares do Brasileiro, que terão o privilégio de disputar a Série A em 2011.

Os 17.011 torcedores que voltaram a ter o estádio do Sport como destino num sábado acabaram deixando o local um pouco cabisbaixos.

Vontade não faltou. Qualidade sim, sempre.

Quatro atacantes foram utilizados nesta tarde. Que Ciro é o melhor do setor, ninguém discute. O problema é que as outras opções são muito abaixo. Dairo, Leandrão e Pedro Júnior. Todos numa tarde infeliz. Até mesmo Ciro, diga-se.

Na zaga, um vacilo logo no início, Ponte 1 x 0.

“Vai ser uma vitória de virada. A tarde está só começando”. Otimismo de praxe.

Pois é. A tarde caiu. A noite chegou, das mais tranquilas. Longe dali.

O tempo foi passando… Até que o volante Zé Antônio acertou uma belíssima cobrança de falta, nos minutos finais.

Na base da pressão, o time pernambucano tentou ficar em vantagem, mas o 1 x 1 seguiu fixo no placar eletrônico. E o clube segue numa na zona intermediária da tabela.

Consequentemente, um misto de vaias e aplausos. Mais vaias, naturalmente, pois se tem uma torcida impaciente, essa é a do Sport.

E a saudade de um bom futebol continua. Já a paciência… Essa não existe na Ilha.