Trinidad encaminha aclimatação olímpica no Recife. Portugal e África na mira

Visita da comitiva olímpica de Trinidad e Tobago.  Foto: Peu Hatz/Secretaria de Turismo, Esporte e Laze

A Olimpíada do Rio de Janeiro reunirá 206 nações, com aproximadamente 12 mil atletas espalhados em 28 modalidades. Gente demais a caminho do Brasil, demandando inúmeros centros de treinamento. Segundo o guia oficial de preparação, existem 176 instalações no país, das quais apenas dez no Nordeste. Uma no estado, o Centro de Esportes e Lazer Santos Dumont, em Boa Viagem. Há quatro anos, quando o local foi selecionado, havia a expectativa de receber uma delegação. O tempo foi passando e, até pela situação da estrutura, a dúvida foi aumentando. Com a Olimpíada batendo à porta, uma articulação pode trazer até três delegações em busca de aclimatação.

A secretaria de turismo, esporte e lazer negocia há meses com Trinidad e Tobago (atletismo), Portugal (futebol) e África do Sul (rugby de 7). Em 1º de fevereiro, o secretário executivo da pasta, Diego Pérez, recebeu uma comitiva de Trinidad, país caribenho de 1,3 milhão de habitantes, a procura de uma pista de atletismo, a sua principal modalidade. Em Londres, os trinitinos ganharam 3 medalhas masculinas (bronze nos revezamentos 4x100m e 4x400m e nos 400m livres). Além da pista, o campo do Santos Dumont também pode ser utilizado pelo campeão olímpico de lançamento de dardo, Keshorn Walcott.

Delegação de Trinidad e Tobago nos Jogos
2004 – 19 atletas (1 bronze)
2008 – 28 atletas (2 pratas)
2012 – 30 atletas(1 ouro e 3 bronzes)

A visita técnica foi chefiada pela secretária geral do comitê de Trinidad, Annete Knott. Um ponto a favor para a escolha seria o acesso aos hotéis, hospitais e ao aeroporto, todos na zona sul, além de contar com voos diretos dos EUA e de Portugal (porta da Europa), onde os atletas estão competindo. Seriam 15 dias no Recife. No caso de portugueses (com dois encontros entre o presidente comitê lusitano, Manoel Constantino, e o secretário de esportes, Felipe Carreras) e sul-africanos, as escolhas estão focadas em centros de treinamento de futebol (Sport ou Náutico), que poderiam ser incorporados ao catálogo olímpico.

Eis a chance para Pernambuco fazer parte da Olimpíada diretamente…

O projeto original de reforma do Santos Dumont, de R$ 84 milhões, contemplaria até a construção de uma arquibancada coberta na pista principal em 2016. A reforma foi iniciada, mas a conclusão segue sem prazo.

Visita da comitiva olímpica de Trinidad e Tobago.  Foto: Peu Hatz/Secretaria de Turismo, Esporte e Laze

A previsão do Infostrada para o quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2016

A previsão de medalhas nos Jogos Olímpicos de 2016, segundo a Infostrada Sports, em janeiro de 2016

O quadro de medalhas dos Jogos Olímpicos de 2016 será definido em 28 modalidades entre os dias 5 e 21 de agosto, no Rio de Janeiro. Até lá fica a expectativa sobre o desempenho das delegações, como a ferrenha disputa entre norte-americanos e chineses, a evolução dos emergentes e, claro, o país-sede.

Em Londres, há quadro anos, o Time Brasil ganhou 17 medalhas, o recorde, com três outros, cinco pratas e nove bronzes. Acabou em 22º. Na condição de sede, um fator histórico para resultados positivos, o Comitê Olímpico Brasileiro já expôs o objetivo: cerca de 27 medalhas e a 10ª posição geral. A partir disso, vale conferir a projeção de medalhas produzida pelo Infostrada Sports e publicada no jornal The Economist. Há quinze anos, o Infostrada trabalha com projeções e análises de competições, com banco de dados e em tempo real. Entre os clientes, comitês olímpicos, federações internacionais e jornais.

Segundo o quadro divulgado pelo site neste 5 de janeiro, o país conseguiria uma das metas estipuladas pelo COB. Seriam 19 medalhas, oito a menos que o objetivo, mas o top ten seria alcançado devido aos oito ouros, desempatando do Quênia no número de pratas (9 x 4). O curioso é que na atualização anterior, de outubro de 2015, o Brasil aparecia com mais medalhas no geral (21), mais ouros (9), mas na 11ª colocação. O que mudou? A avaliação da Nova Zelândia, que despencou do 10º para o 12º lugar. E assim a análise segue até agosto…

A previsão sobre o Brasil na Olimpíada de 2016:

COB
27 medalhas, 10º lugar

Infostrada
19 medalhas, 10º lugar 

Qual é a sua expectativa para o desempenho verde e amarelo nos Jogos?

Errejota, a bola oficial dos Jogos Olímpicos de 2016

A bola oficial dos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: Adidas/reprodução

A Olimpíada de 2016 vai encerrar um ciclo de grandes eventos esportivos no Brasil num intervalo de quatro anos. No futebol propriamente dito, será o terceiro torneio com seleções nacionais no país, após a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.

Como de praxe no marketing esportivo, a Adidas, patrocinadora da Fifa e responsável pelas bolas oficiais, antecipou a pelota exclusiva para as competições masculina e feminina. Chegou a vez da Errejota, numa óbvia brincadeira às inicias da cidade-sede dos Jogos Olímpicos. A bola vai rolar em sete estádios (Maracanã, Engenhão, Mané Garrincha, Arena Corinthians, Mineirão, Fonte Nova e Arena da Amazônia).

Confira os detalhes das três bolas criadas para os torneios no Brasil:
Cafusa (Copa das Confederações 2013)
Brazuca (Copa do Mundo 2014)
Errejota (Olimpíadas 2016) 

Qual foi a bola mais bonita criada pela Adidas no país?

No vídeo de apresentação da Errejota, um passeio pelo Rio, com a presença de Gabriel Jesus, do Palmeiras, presente na Seleção Olímpica.

Se preparando para os Jogos do Rio, o Brasil vence os EUA na Ilha do Retiro

Amistoso, 2015: Brasil (olímpico) x EUA. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Nos Jogos Olímpico do Rio de Janeiro, em 2016, a Seleção Brasileira deverá ser comandada por Dunga, tendo Neymar com a camisa 10. Ainda sem os dois, com Rogério Micale, do júnior, na função de técnico, o time verde e amarelo veio ao Recife para dar sequência à preparação em busca do ainda inédito ouro olímpico, como em 1972 e 1976. Na Ilha do Retiro, com folga na arquibancada, a Canarinha venceu os Estados Unidos por 2 x 1. Se o jogo não foi dos melhores, numa busca pelo entrosamento, ao menos terminou com aplausos da torcida.

Apenas 6.902 pessoas encararam a peleja, pouco divulgada pela organização – foram só doze dias desde o anúncio, com gente “descobrindo” o amistoso no dia. Por outro lado, os que foram mostraram um comportamento ordeiro, com as camisas e bandeiras de Sport, Santa e Náutico misturadas. Bons tempos.

Amistoso em 2015, Brasil (olímpico) 2x1 EUA. Foto: CBF/twitter

Sobre o jogo, muita pegada. Os americanos se armaram na defesa, mas o Brasil se impôs. Pouco antes do intervalo, Gabigol (Santos) marcou o primeiro, driblando o goleiro. Na retomada, Luan (Grêmio) mandou no ângulo e ampliou – no domingo, na mesma Ilha, parou em Danilo Fernandes. Destaque também ao camisa 5, Lucas Silva, do Olympique de Marselha, com duas assistências.

De pênalti, os gringos diminuíram. Ficaram com um a mais em campo, mas tecnicamente estavam bem abaixo, sem forças para o empate. No finzinho, ainda entrou o carismático Valdívia, do Internacional, para a alegria da torcida. Foi a 5ª vez que a Ilha recebeu o Brasil. Nas anteriores, duas vezes com a seleção principal, em 1956 e 1969, com vitórias sobre a seleção pernambucana, e duas com a própria seleção olímpica, ambas em 1976, vencendo o dono da casa, o Sport, e perdendo para o Santa.

Amistoso, 2015: Brasil (olímpico) x EUA. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Olimpíada de 2016 a um ano da abertura

Falta exatamente um ano para o início dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, cujo orçamento em infraestrutura (esportes, mobilidade, meio ambiente, renovação urbana etc) chega a R$ 38 bilhões. Em relação ao campo esportivo, a estrutura principal do evento, o Parque Olímpico, apresenta uma execução de 82% nos trabalhos planejados, de acordo com o comitê organizador.

Confira um passeio nas arenas em construção, tanto no Parque Olímpico da Barra quanto no Complexo Esportivo de Deodoro. Vale lembrar que a abertura (e a final dos torneios de futebol) será no Maracanã, enquanto as provas de atletismo ocorrerão no Engenhão, cuja pista está sendo trocada.

Ao todo são 7,5 milhões de ingressos para as disputas olímpicas nas 37 arenas.

Parque Olímpico da Barra

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, as Arenas Cariocas 1, 2 e 3. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Arena Carioca 1 – 85%
Capacidade: 16 mil
Modalidade: basquete

Arena Carioca 2 – 91%
Capacidade: 10 mil
Modalidades: judô, luta greco-romana e luta livre

Arena Carioca 3 – 93%
Capacidade: 10 mil
Modalidades: esgrima e taekwondo

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, a Arena do Futuro. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Arena do Futuro – 74%
Capacidade: 12 mil
Modalidade: handebol

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Estádio Aquático. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Estádio Aquático – 81%
Capacidade: 18 mil
Modalidades: natação e polo aquático

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Tênis. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Tênis – 68%
Quadra principal: 10 mil
Quadra 2: 5 mil
Quadra 3: 3 mil
7 quadras de jogo: 250 lugares cada

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Velódromo. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Velódromo – 61%
Capacidade: 5 mil
Modalidade: ciclismo (pista)

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Parque Maria Lenk. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Parque Aquático Maria Lenk – % não divulgado
Capacidade: 5 mil
Modalidades: saltos ornamentais e nado sincronizado

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, Centro Internacional de Transmissão (IBC), Hotel de Mídia e Centro Principal de Imprensa (MPC). Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro Internacional de Transmissão (IBC, 81%) e Hotel de Mídia e Centro Principal de Imprensa (MPC, 77%)

Complexo Esportivo de Deodoro

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o complexo de canoagem. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Canoagem – 79%
Capacidade: 8.424
Modalidade: canoagem slalom

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro BMX. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro BMX – 79%
Capacidade: 7,5 mil
Modalidade: ciclismo BMX

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, a Arena da Juventude. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Arena da Juventude – 62%
Capacidade: 5 mil
Modalidades: esgrima do pentatlo moderno e basquete feminino

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Hipismo. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Hipismo – % não divulgado
Capacidade: 14,2 mil
Modalidades: hipismo olímpico (saltos, adestramento e concurso completo de equitação)

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Hóquei Sobre Grama. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Hóquei Sobre Grama – % não divulgado
Quadra principal: 8 mil
Quadra secundária: 5 mil
Modalidades: hóquei sobre grama

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Estadádio de Deodoro. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Estádio de Deodoro – % não divulgado
Capacidade: 15 mil
Modalidades: rúgbi, hipismo do pentatlo moderno e combinado (corrida e tiro) do pentatlo moderno

Faltando 1 ano para a Olimpíada 2016, o Centro de Tiro. Foto: Gabriel Heusi/brasil2016.gov.br

Centro de Tiro – % não divulgado
Capacidade: 7.577
Modalidades: tiro esportivo olímpico

Tocha Olímpica de 2016 passará em Petrolina, Caruaru, Noronha e Recife

Tocha olímpica dos Jogos de 2016, no Rio de Janeiro. Crédito: Rio 2016/youtube

A tocha olímpica dos Jogos de 2016 foi revelada. O objeto levará a chama olímpica acesa na Grécia, em maio, até a abertura do evento em 5 de agosto, no Maracanã, passando por 500 cidades brasileiras. Porém, o revezamento da tocha acontecerá em 83 municípios, com as demais assistindo à passagem do comboio. Entre os locais escolhidos para a condução, pelas principais avenidas, três estão em Pernambuco. Ainda não há data, mas Petrolina, Caruaru e Recife, nesta ordem, receberão o evento. Além da capital, as duas maiores cidades do interior do estado, justo. Fernando de Noronha também deve entrar no trajeto.

Apresentada pela presidente da república, Dilma Rousseff, e pelo presidente do comitê orgaizador, Carlos Arthur Nuzman, a tocha tem 63,5 cm, pesando 1,5 kg. A sua descrição aponta “elementos de brasilidade, com incluindo diversidade harmônica, energia contagiante e natureza exuberante, com o solo, o mar, as montanhas, o céu e o sol representados nas cores da bandeira do Brasil”.

No desfile, percorrendo 20 mil quilômetros em todas as regiões do país, 12 mil pessoas poderão correr com a tocha por até 300 metros. Haverá um cadastro para condutores da tocha, além dos vários convidados, entre atletas e personalidades. Essa tradição é bem antiga. Remete ao século VIII A.C., na antiguidade grega, considerada um elemento divino. Nos jogos modernos, a primeira edição a contar com o fogo olímpico foi a de 1928, em Amsterdã. Porém, o revezamento da tocha só aconteceria a partir de 1936, em Berlim.

Abaixo, confira a evolução das tochas. Gostou da versão carioca?

As tochas olímpicas de 1936 a 2016

Mascotes da Olimpíada de 2016 viram série animada no Cartoon Network

Desenho animado "Vinícius e Tom - Divertidos por Natureza". Crédito: Rio 2016/divulgação

Os dois mascotes dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, vão virar um desenho animado. Ao custo de US$ 750 mil, a série “Vinícius e Tom – Divertidos por Natureza” será exibida no Cartoon Network, com 32 episódios. O projeto tem o claro objetivo de aumentar o interesse das crianças sobre o evento. O apelo comercial já é evidente na Olimpíada, como quase sempre, representando 25% das vendas de produtos licenciados.

Esta é a terceira vez que mascotes olímpicos ganham um desenho animado. A primeira vez ocorreu em 1980, em Moscou, com inesquecível urso Misha. A segunda série animada teve relação com os Jogos de Barcelona, em 1992, com o cão Cobi, inspirado numa raça comum na Catalunha.

Sobre o desenho carioca, os traços de Vinícius e Tom serão os mesmos do vídeo de apresentação dos oficial mascotes, cuja descrição é a seguinte: “No dia 02 de outubro de 2009, quando a cidade do Rio foi escolhida como a próxima sede dos Jogos, a explosão de alegria dos brasileiros foi sentida por toda a natureza e dessa energia, nasceram os nossos mascotes!”.

Segundo a organização dos Jogos, cada episódio terá duração de dois minutos, com a narrativa acompanhando os personagens nas florestas e metrópoles brasileiras (o Recife ainda não foi confirmado), envolvendo temas como esportes e valores olímpicos e paralímpicos.

A transmissão será apenas na tevê por assinatura, entre agosto e dezembro.

Vinícius e Tom, a apresentação oficial.

O pequeno urso Misha, a série produzida pela Nippon Animation e exibida no Japão entre 1979 e 1980. O mascote foi criado por Victor Chizhikov.

Cobi e sua turma, criado pelo desenhista Javier Mariscal, foi exibido em 1987.

A estrutura de fantasia do esporte no Recife, com estádios, ginásios, centro esportivo e até um bairro no papel

Cidade da Copa, Arena Coral, Arena Sport, Arena Timbu, Ginásio Geraldão e Centro Esportivo Santos Dumont. Crédito: montagem sobre imagens de divulgação

Entre 2007 e 2012, projetos grandiosos voltados para o esporte foram lançados na capital de Pernambuco. Os investimentos viriam tanto da esfera pública quanto da iniciativa privada. Na verdade, houve até acerto público-privado. Três novos estádios, no Padrão Fifa, um moderníssimo centro de esportes, incluindo atletismo e natação, dois ginásios poliesportivos de última geração e até um novo bairro na cidade. Somados, esses projetos estão avaliados em R$ 2,96 bilhões. Boa parte deste montante deveria ter sido aplicado até este ano. Porém, todos os prazos de execução das obras expiraram. Sem resultado.

As arenas de Náutico, Santa Cruz e Sport não saíram, o Santos Dumont segue abandonado, o Geraldão está com as obras paradas e a Cidade da Copa é apenas um pedaço de papel na mesa. Na prática, dos modelos projetados em 3D tornaram-se realidade apenas a Arena Pernambuco (ao custo de R$ 532 milhões, fora o imenso aditivo – não revelado – para a sua conclusão), que é apenas uma parte da Cidade da Copa, além de parte da reforma do tradicional ginásio na Imbiribeira (R$ 19,2 milhões).

Casos as ideias e/ou promessas tivessem sido cumpridas, o Recife teria, hoje, capacidade estrutural para organizar, sozinho, uma Copa das Confederações de futebol e, praticamente, uma edição dos Jogos Pan-Americanos. Uma “potência esportiva”, ao menos no campo da fantasia…

E ainda há um estádio de pequeno porte em Olinda, também atrasado, claro…

Cidade da Copa
Lançamento: 15/01/2009
Custo: R$ 1,59 bilhão (4 módulos)
Prazo original de conclusão (1º módulo): 2014

A Cidade da Copa foi apresentada pelo governador do estado, Eduardo Campos, no início de 2009. Um projeto bilionário a 19 quilômetros do Marco Zero, às margens da BR-408. Além da Arena Pernambuco, que eventualmente saiu do papel, um novo bairro, com até 40 mil habitantes, estava planejado. O projeto recebeu inúmeros elogios da Fifa, como um verdadeiro “legado”. Essa nova centralidade urbana, com centro comercial, hotéis, escolas e órgãos públicos seria construída em quatro etapas: 2014, 2015-2019, 2020-2024 e 2025. O primeiro módulo (abaixo) teria uma Arena Indoor (15 mil lugares), um centro de convenções (9.500 m²), um hotel com 300 quartos, campus educacional e o Centro de Comando e Controle Integrado. Basta passar na área para saber que apenas o estádio corta o horizonte verde. O interesse do empresariado esfriou e hoje não há prazo prático para que a Cidade da Copa realmente saia do papel.

Cidade da Copa (1º módulo). Imagem: divulgação

Ginásio Geraldão
Lançamento: setembro de 2012
Custo: R$ 45,7 milhões (no lançamento seriam R$ 40 milhões)
Prazo original de conclusão: julho de 2014

Ainda na gestão de João da Costa, a Prefeitura do Recife anunciou “a primeira reforma estrutural no ginásio, após 40 anos de sua fundação”. Fundado em 1970, o Ginásio Geraldo Magalhães passaria por uma reforma completa, com recuperação estrutural, climatização do espaço para 10 mil espectadores, adequação da quadra poliesportiva aos padrões internacionais e novo placar eletrônico, além de um novo alojamento para 160 pessoas e sala de imprensa, possibilitando ao empreendimento torneios de grande porte, como ocorreu em 2002, na Liga Mundial de Vôlei. O prazo original para finalizar a reforma  – publicado na licitação oficial – expirou há sete meses, mas apenas 42% dos trabalhos previstos foram executados (gasto de R$ 19,2 mi). Após uma viagem a Brasília, o atual prefeito da capital, Geraldo Júlio, recebeu uma sinalização positiva do Ministério do Esporte para mais recursos. Faltam R$ 26,5 milhões.

Geraldão. Imagem: divulgação

Centro Esportivo Santos Dumont
Lançamento: agosto de 2012
Custo: R$ 84,9 milhões
Prazo original de conclusão: primeiro semestre de 2014

O guia oficial de treinamento Pré-Jogos Olímpicos de 2016, no Rio, enumera 176 pontos no país para a preparação das delegações internacionais. Apenas um em Pernambuco. Inaugurado em 1975, o Centro de Esportes e Lazer Alberto Santos Dumont reúne inúmeras modalidades. No papel, é o representante local na Olimpíada. Contudo, o estado de abandono é inacreditável, com equipamentos quebrados, sujos, sem manutenção. Utilizado por 2.500 pessoas, o empreendimento em Boa Viagem – com pista de atletismo, piscina olímpica e quadras – sobrevive com reformas paliativas. A grande promessa veio há três anos, com um orçamento de R$ 84.994.736 para a requalificação física e estrutural, através do decreto 38.395 no Diário Oficial do Estado. Na divisão, 65,32% do governo do estado e 34,68% do Ministério do Esporte. Pois bem, a obra visando os Jogos sequer começou.

Centro Esportivo Santos Dumont. Crédito: divulgação

Arena Coral
Lançamento: 28/06/2007
Custo: R$ 190 milhões
Prazo original de conclusão: 2014

Era o grande projeto do Santa Cruz. Emplacar uma reforma completa no Arruda para colocar o estádio na Copa do Mundo de 2014. O tamanho (60 mil lugares) já era suficiente, mas a ideia contemplava uma ampliação, para receber até 68,5 mil pessoas, podendo se candidatar a palco de uma semifinal do Mundial. A “Arena Coral”, apresentada pelo mandatário do clube em 2007, Edson Nogueira, foi uma alternativa à Arena Recife-Olinda, apresentada numa parceria entre governo do estado e prefeitura de Olinda. O custo de R$ 190 milhões – ou R$ 145 milhões a menos que o concorrente, que sairia do zero – seria dividido entre reforma (R$ 150 mi) e construção de prédio de serviço, sede e estacionamento (R$ 40 mi). “O melhor é que o clube não vai precisar gastar nada. Todo o dinheiro virá da iniciativa privada. Hoje já temos contatos com quatro investidores interessados no projeto”, garantiu David Fratel, diretor da Engipar, a empresa paulista que firmou a parceria com o Tricolor, responsável pela captação de recursos. Os recursos não foram captados. Nem mesmo no relançamento, já com o presidente Antônio Luiz Neto, em março de 2012.

Arena Coral. Imagem: divulgação

Arena Timbu
Lançamento: 18/11/2009
Custo: R$ 300 milhões
Prazo original de conclusão: 2014

A direção do Náutico anunciou a ideia de construir um novo estádio em 2007. Na época, outros dois projetos já tinham sido lançados. A Arena Coral, do Santa, e a Arena Recife-Olinda, em Salgadinho, o primeiro projeto pernambucano para o Mundial de 2014. Dois anos depois, o Timbu remodelou sua ideia e a apresentou ao então prefeito, João da Costa. Com capacidade para 30 mil pessoas, o projeto seguia os traços modernos dos novos estádios, já contendo um capítulo explicando detalhes de uma ampliação até 42 mil lugares. Localizado entre a rodovia BR-101 e a Avenida Recife, no Engenho Uchôa, o estádio seria operado durante 30 anos pelo consórcio envolvendo Camargo Corrêa, Conic Souza e Patrimonial Investimentos. O estádio, que não chegou a conseguir a autorização da PCR, foi deixado de lado quando o clube começou a negociar a assinatura de contrato para mandar seus jogos na Arena Pernambuco, o que acabou se concretizando em 17 de outubro de 2011. Arena Timbu abortada.

Arena do Náutico. Crédito: divulgação

Arena Sport
Lançamento: 17/03/2011
Custo: R$ 750 milhões (no lançamento seriam R$ 400 milhões)
Prazo original de conclusão: 2015

À parte do estádio erguido em São Lourenço da Mata, o Sport sempre articulou a sua própria arena, no lugar da Ilha do Retiro. O plano era demolir o clube inteiro para erguer um estádio multiuso, um shopping center, dois empresariais e um hotel era a ideia. No entanto, a direção leonina não esperava tantas barreiras burocráticas junto à Prefeitura do Recife. A principal autorização, dada pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano (CDU), só viria em dezembro de 2013 – essa demora resultou numa mudança completa na arena, saindo da DDB/Aedas e para o escritório Pontual Arquitetos, cujo projeto foi revelado em março de 2012. Ainda assim, era preciso regularizar outros documentos. Quando tudo para iniciar a obra ficou ok, o investidor anunciado, a Engevix, acabou não entrando mais em contato com o clube. À procura de outro megainvestidor, o clube acredita que pode começar a construção já em agosto. Considerando este prazo, mesmo sem garantia, a arena ficaria pronta no mínimo em 2019.

Arena do Sport. Crédito: divulgação

Um 6º estádio nos Jogos Olímpicos. Vaga aberta para a Arena Pernambuco?

Arena Pernambuco

Os torneios olímpicos de futebol serão realizados de 3 a 19 de agosto de 2016, com 16 seleções masculinas e 12 femininas. O planejamento inicial era de que a disputa, sob a vigilância da Fifa, ocorresse em cinco estádios: Maracanã, Mané Garrincha, Itaquerão, Mineirão e Fonte Nova. O número poderá aumentar.

O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de 2016, Carlos Arthur Nuzman, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo que uma sexta arena está sendo cogitada. As concorrentes seriam as outras sete utilizadas no Mundial de 2014.

“Estamos conversando com as autoridades de cada uma dessas cidades para podermos definir se elas terão interesse. Imagino que no fim de janeiro tudo deve estar pronto”.

A partir disso, o blog repercutiu a informação junto à administração da Arena Pernambuco, especulada pelo próprio dirigente. Duas pergunas na pauta.

1) O consórcio já foi procurado pelo comitê do Rio-2016?
2) Há o interesse de receber algumas partidas da Olimpíada?

Eis a nota enviada ao blog pela assessoria do consórcio:

“A Itaipava Arena Pernambuco informa que, até o momento, não recebeu comunicados ou propostas do Comitê Olímpico Internacional. No entanto, a concessionária reforça seu constante interesse e compromisso em oferecer um conteúdo diversificado e de qualidade aos pernambucanos, buscando sempre uma agenda dinâmica de eventos esportivos e de outras modalidades, atendendo a seu perfil multiuso.”

Sobre a estrutura, pesa a favor de Pernambuco num possível pleito o fato de ter recebido jogos da Copa das Confederações (3) e da Copa do Mundo (5).

Por outro lado, até hoje não a Radial da Copa não foi finalizada…

Portanto, a articulação também cabe ao novo governador, Paulo Câmara. Foi assim na Copa das Confederações, com Eduardo Campos.

Seria interessante a realização de jogos Sub 23 em São Lorenço? Comente.

Podcast 45 minutos (71º) – Quase três horas de tira-teimas esportivos

A edição 71 do podcast 45 minutos foi especial. Nada de resenhas sobre jogos ou próximos jogos. Durante 2 horas e 40 minutos – repartidos em dois programas – inúmeros tira-teimas esportivos foram debatidos na mesa.

A pergunta era simples… Quem é maior//melhor?

Náutico ou Santa Cruz, Carlinhos Bala ou Kuki, Senna ou Schumacher, Náutico de 1967 ou Sport de 1987, Yane Marques ou Joanna Maranhão, Zico ou Rivaldo, Popó ou Anderson Silva e por aí vaí.

Estou nessa gravação ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Discorde agora ou quando quiser!