Madri – A capital da Espanha é a terra do Real Madrid, do museu Reina Sofia, do Jardim Botânico Real, do mercado de jamón e de calles históricas misturadas ao modernismo das cuatro torres business area (CBTA), no centro econômico da cidade.
Isso tudo o blog está vendo de perto, impressionado, durante as férias (fotos).
Contudo, Madri ainda não é a terra de todos os esportes, por mais que esse seja um grande sonho da bem cuidada e bonita metrópole ibérica.
Derrotada na disputa para sediar os Jogos Olímpicos de 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro), a cidade já está confirmada no novo pleito, visando a Olimpíada de 2020…
Na primeira tentativa, em um processo com cinco cidades em 2005, Madri acabou em 3º lugar, sendo eliminada na penúltima rodada, quando somou 31 votos, contra 33 de Paris e 39 de Londres. O curioso é que na etapa anterior ela havia sido a mais votada.
Quatro anos depois, nova votação via Comitê Olímpico Internacional, em Copenhague, na Dinamarca. Para a fase final da seleção, apenas quatro candidatas. Madri chegou à “final”, contra o Rio de Janeiro, mas acabou massacrada nas urnas, 66 x 32.
Política do COI à parte, a infraestrutura de mobilidade urbana da capital, algo tão questionado pela entidade – assim como pela Fifa -, está longe de ser um problema. Aqui, ela é, na verdade, a solução.
Com 288 estações de metrô espalhadas em 12 linhas, fica difícil não encontrar o seu ponto de “chegada”. A rede é a segunda maior da Europa – atrás apenas, vejam só, de Londres -, com quase 300 quilômetros de trilhos. É muita coisa.
Com estações interligadas, com a mesma passagem, é possível ir do aeroporto ao centro histórico. De lá para o estádio Santiago Bernabéu, e em seguida para a Plaza Maior. Nesses passeios, o encontro com parte das 2,5 milhões de pessoas que utilizam o sistema. Transporte de massa, massificado.
Vale ainda o registro do Aeroporto Internacional Barajas, com três terminais de passageiros – isso mesmo -, conectados por um VLT, veículo leve sobre trilhos.
Com 49,8 milhões de passageiros em 2010, o aeroporto foi o mais movimentado do país, o 4º da Europa e 11º do mundo. O número assusta…
Talvez assuste a realidade brasileira, com as subsedes do Mundial tendo que correr para reformar seus aeroportos. Em Madri, a estrutura é mais do que suficiente para essa demanda. A ponte aérea Madri-Barcelona, por exemplo, é a rota mais recorrente do Velho Mundo, com 971 voos… por semana.
Mais do que o apelo turismo, um tanto óbvio, Madri está preparada desde já para continuar na briga por uma Olimpíada, assim como a sua “rival” Barcelona, com evolução histórica após a conquista de 1992.
Então, eis as seis candidatas para 2020: Madri (Espanha), Roma (Itália), Istambul (Turquia), Doha (Catar), Baku (Azerbaijão) e Tóquio (Japão).
A escolha será feita em 7 de setembro de 2013, na assembleia do COI, em Buenos Aires.
Um é pouco, dois é bom, três é Madri.