A multa diária imposta pela Justiça à CBF, de R$ 50 mil por não incluir o Treze no campeonato brasileiro da terceira divisão, pelo visto não assustou a entidade.
A Confederação Brasileira de Futebol depositou em juízo a quantia de R$ 2.488.000 para bancar a Série C sem o clube paraibano, assumindo os riscos até o julgamento.
Confira a íntegra do despacho do Superior Tribunal de Justiça Desportiva sobre o caso.
Saiba mais sobre o início da Terceirona clicando aqui.
Durante 37 dias a Série C esteve suspensa pelo STJD.
O imbróglio jurídico, tendo o Treze como protagonista, travou a competição.
As demais torcidas, legalmente compromissadas com o campeonato brasileiro, ficaram de mãos atadas, a espera de uma solução por parte da diretoria da CBF.
Com a disputa ocorrendo em tribunais, com liminares expedidas em todos os cantos, houve uma manobra jurídica articulada para contornar a decisão favorável ao clube paraibano, que luta para ser incluído na competição, mesmo sem o acesso no campo.
Pontualmente às 15h18 desta quinta-feira, a Confederação Brasileira de Futebol publicou em seu site oficial o comunicado dando início à Série C.
Nos bastidores, os clubes já haviam sido informados sobre o provável desfecho, antecipando a logística, como viagens, hospedagem, venda de ingressos e transmissões.
E não foi diferente com os ansiosos representantes pernambucanos…
Santa Cruz x Guarany, no Arruda, no domingo, às 16h. Multidão à vista.
Rio Branco x Salgueiro, no Acre, também no domingo, às 19h30.
Após o período de preparação forçada, com jogos-treino de técnica duvidosa e irritação entre os adeptos, os pernambucanos darão início ao sonho de retornar à Série B.
Advogados ligados ao bicampeão pernambucano e ao melhor time do interior do estado saem de cena. O time de terno e gravata será substituído pelos uniformes oficiais.
Ao que parece a CBF vai bancar a multa diária de R$ 50 mil por não incluir o Treze no torneio, pois está confiante na vitória no julgamento a ser marcado.
O jogo continuará nos tribunais. Porém, agora também vai para o gramado. Enfim!
Suspensa pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva há 28 dias, a Série C vai se tornando em um dos capítulos mais desgastantes dos últimos tempos no país.
Tema cansativo, cheio de meandros e com uma linguagem fora do futebol.
O Santa Cruz já acumula um prejuízo superior a R$ 1,2 milhão no período.
Ao todo, são 60 clubes parados. O 61º é justamente o Treze de Campina Grande, que através de liminares na Justiça Comum vem tentando se garantir na Terceirona.
Se não conseguir, não terá direito sequer a jogar a Série D, pois não conquistou a vaga para o campeonato nacional no seu torneio estadual.
Como no Caso Gama, em 2000, o embate entre Justiça Comum e Justiça Desportiva voltou a ser o grande entrave da organização futebolística do país, cheia de acordos.
O presidente da CBF, José Maria Marin, subiu o tom contra do rebelado (veja aqui).
Irritados, os dirigentes dos demais clubes poderão acionar o clube paraibano na justiça, exigindo uma indenização por perdas e danos. Mais pressão para o Treze.
Acuado e agora sendo o único com uma ação contra a CBF, o Treze poderá sofrer uma severa punição da CBF, com a suspensão de até dois anos. E o clube não cede.
Mesmo tendo encerrado a última Série D em 5º lugar, em um torneio cujo regulamento só promoveria os quatro primeiros colocados. O tal direito se sobrepõe a todos.
Se será necessário um entendimento entre CBF, STJD e Treze ou a Confederação Brasileira de Futebol deve continuar pressionando, tentando cassar a liminar?
Aguardando a continuação da saga. Que no próximo capítulo a bola volte a rolar.
As quatro séries do Campeonato Brasileiro compõem uma só competição ou os diversos níveis do Nacional são torneios plenamente distintos?
O questionamento foi formulado a partir do imbróglio jurídico em que se meteu as Séries C e D, paralisadas há duas semanas. Na verdade, sequer foram iniciadas.
Os 60 clubes que estão sem jogar se articularam para buscar uma intervenção em uma esfera maior, o Superior Tribunal de Justiça.
Alegam que a paralisação pode se estender às Séries A e B, com mais 40 clubes. A explicação é fundamentada no sistema de acesso e descenso.
Quem caiu da segunda divisão no ano passado não está jogando agora.
Em qualquer série nacional, o rebaixamento tem a garantia de disputa no ano seguinte. Obviamente, não existe queda na 4ª divisão, e por isso a classificação é via estadual.
Para 2013, de fato seria um problema. Para onde iriam os últimos quatro colocados da vigente Série B? Seria inchada? Não há como desfazer o rebaixamento, pois isso está bem escrito no regulamento. Ou seja, viraria um efeito dominó, até a elite.
Na teoria, a justificativa é bem viável. Já na prática, na opinião do blog, foi apenas um movimento no tabuleiro deste jogo truncado para angariar força ao pleito, numa tentativa de chamar a atenção de grandes clubes e associações.
Considerando que a emissora que detém os direitos de transmissão da Série A da atual temporada pagou a bagatela de R$ 1 bilhão e que as quatro séries do Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil de 2011 geraram R$ 177 milhões em bilheteria, seria interessante chamar mais um integrante (o tal pagador) para a batalha.
Saindo um pouco da teoria, vamos citar um exemplo, o futebol da Inglaterra. Lá, existem 24 divisões. Sim, da Série A até a Série X (veja aqui).
A partir da 8ª divisão, o campeonato inglês fica semiamador. Se algum deles parar de forma semelhante, há como afetar a Premier League? Dificilmente.
Todos os contratos são focados na elite, considerada um torneio à parte. O mesmo ocorre, aliás, na segunda divisão. Tanto que o terceiro nível é chamado de “Liga Um”…
Voltando ao Brasil, o fato é que já passou da hora de alguma posição mais rígida.
Não foi por falta de aviso que essa chuva de liminares na justiça comum, se sobreponto à justiça dsportiva, seria um problema maior do que se pensava (veja aqui).
Confusão jurídica à parte, qual seria a resposta para a pergunta no início do post?
E se as Séries C e D forem canceladas pela Confederação Brasileira de Futebol?
A entidade alega que economizaria até R$ 30 milhões com a decisão, baseada na interminável chuva de liminares na Justiça Comum.
Imbróglio que já adiou duas rodadas e que parece longe do fim, mesmo com a ameaçadora interferência da Fifa…
Assim, o entrave Justiça Comum x Justiça Desportiva se torna mais uma vez em um beco sem saída, como havia sido especulado pelo blog (veja aqui).
Como em 2000, há quem opte pelo caminho mais fácil, o de propor um novo campeonato. Há doze anos, o Brasileirão foi substituído pela Copa João Havelange.
Os 20 times da Série C e os 40 da Série D seriam agrupados em uma só competição. A ideia “genial” partiu da diretoria do Paysandu (veja aqui).
Folclore (ou não) à parte, vamos à pior de todas as opções…
Repetindo: E se as competições forem canceladas?
Partindo do viés pernambucano, com dois times na Terceirona, com investimentos de médio e longo prazo, e dois na 4ª divisão, com recursos injetados a curto prazo.
1) Os clubes não conseguirão as vagas para 2013. Sem campeonato, sem acesso.
2) Os times teriam que arcar com as folhas estipuladas com os contratos em vigor. Ir à justiça para buscar uma indenização até seria um caminho, bem longo.
3) Organizar torneios de última hora, apenas para movimentar os times, até poderia fazer parte do roteiro. O prejuízo, contudo, é quase certo, devido à motivação.
4) Contratos de patrocínio terão que ser renegociados, uma vez que as marcas estão atreladas, claro, à visibilidade. No caso, nenhuma.
Qual seria a sua ideia para acabar com esse impasse? Um novo torneio? Inchar a Série C e acatar todas as decisões da Justiça Comum? Congelar a estrutura até 2013?
As perguntas estão martelando a cúpula da CBF há dias…
Com os torneios envoltos em um número enorme de ações na justiça comum, através dos clubes, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Rubens Aprobatto, optou por adiar a abertura das competições, que começariam neste fim de semana.
Entraram na justiça: Araguaína (TO), Brasil de Pelotas (RS), Rio Branco (AC), Santo André (SP) e Treze (PB). As ações ocorreram nas respectivas cidades dos times.
Todos os juízes aprovaram os pedidos de inclusão, que se relacionam diretamente com o acesso e o descenso das duas séries (veja aqui).
Ou seja, se um clube ganhar a vaga, o outro perde, necessariamente. Bronca sem fim.
A chuva de liminares será informada à Fifa, que não curte muito a ideia…
De cara, a medida afeta os pernambucanos Santa Cruz e Salgueiro, na Terceirona, e Petrolina e Ypiranga, na última divisão nacional, que jogariam neste domingo.
A previsão para o início do Campeonato Brasileiro? Sem previsão…
Ao todo, 60 clubes ficarão sem ação alguma durante o período, com 1.500 jogadores sem atividade. Por mais que a folha de pagamento no fim do mês tenha que ser quitada.
Supondo que todos os atletas recebessem um salário mínimo, o que não é o caso, a despesa mensal seria de aproximadamente R$ 1 milhão…
Mais tempo de preparação para as agremiações ou desorganização pura? Pois é.
Em fase final de estudo, o Campeonato Pernambucano de 2013 terá 16 datas no módulo principal, a ser disputado logo após a revigorada Copa do Nordeste.
Uma reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, definiu o número do certame local, atendendo ao pleito da Federação Pernambucana de Futebol, que só “apoiaria” o regional se conseguisse pelo menos 14 datas. Ainda ganhou mais duas de bônus.
No entanto, esse foi apenas o primeiro passo da transformação do Estadual, uma vez que o Nordestão terá no mínimo dez edições no calendário oficial do futebol brasileiro.
Certamente, um torneio mais enxuto, mas com uma fórmula ainda em análise.
O presidente da FPF, Evandro Carvalho, informou ao blog as opções propostas pelo departamento técnico de uma universidade contratada pela entidade, de nome não foi revelado. Considerando as variações, são seis formatos até o momento. Confira.
Primeira fase
1) Doze times, incluindo o Náutico e desconsiderando os três do regional (Santa, Sport e Salgueiro). Ou seja, a 1ª divisão seria inchada com mais três clubes. Turno único, com os cinco melhores se classificando à fase decisiva, juntamente aos três do Nordestão.
2) Os nove clubes do Estadual, sem o trio do Nordestão, disputariam um turno único. Os cinco melhores avançariam, seguindo a ideia anterior.
Fase final
1) Com oito times, o campeonato de fato teria 14 rodadas, com jogos de ida e volta, de fevereiro a abril. Os dois melhores fariam a decisão, em maio, com vantagem de dois resultados iguais para o time de melhor campanha.
2) As oito equipes jogariam dois turnos, com 7 partidas em cada. Os vencedores fariam a final. Caso um time ganhe as duas fases, será o campeão direto.
3) Pontos corridos. Os oito clubes se enfrentariam em jogos de ida e volta e ao fim de 14 rodadas o maior pontuador seria o campeão.
Módulo único (não concluído)
Ainda existe a chance de um módulo com os 12 clubes desde o início. Assim, Santa, Sport e Salgueiro disputariam simultaneamente o regional e o estadual, com jogos às terças, quintas e domingos. Neste ano, foram 26 datas no torneio local. Para 2013, paralelo ao Nordestão, o número seria de até 22. Por isso, ainda não foi concluído.
Uma decisão justa para o que havia sido acordado previamente.
A Copa do Nordeste voltará ao calendário oficial da CBF em 2013, com 16 clubes. Pernambuco, assim como a Bahia, terá direito a três representantes.
O trio local enfim foi definido. Será formado por Santa Cruz, Sport e… Salgueiro.
Sim, o Carcará. O Náutico, quarto colocado no certame local, está fora…
Ao contrário do que queriam os patrocinadores e a emissora responsável, visando a rentabilidade do torneio, o time sertanejo adquiriu a vaga com o 3º lugar no Estadual.
Ou seja, alcançou a meta que havia sido comunicada há tempos pela FPF, seguindo a norma adotada pela Confederação Brasileira de Futebol (veja aqui).
Se especulou sobre a chance desta regra passar a valer a partir do segundo Nordestão, mas uma reunião na sede da CBF, nesta terça, manteve a decisão inicial (veja aqui).
Participantes: CRB, ASA, Bahia, Vitória, Feirense, Ceará, Fortaleza, Campinense, Sousa, América/RN, ABC, Confiança, Itabaiana, Santa Cruz, Sport e Salgueiro.
O Carcará será o segundo time do interior do estado a participar do campeonato regional. Em 1999, o Porto particiou da competição e caiu na primeira fase.
Das 9 edições, 2 foram vencidas por Pernambuco, com o Sport, em 1994 e 2000.
O Leão ainda foi vice em 2001. O Timbu ficou em 3º lugar em 2001 e 2002, enquanto o Tricolor foi semifinalista em 2002. A hegemonia, porém, é baiana, com seis troféus…
Pelo quinto ano seguido, a média de público do Campeonato Pernambucano aumentou. Sempre em um novo patamar. Em 2007, no único ano sem subsídio do governo do estado desde 1998, a média de público acabou caindo em relação ao ano anterior.
Porém, a partir dali, o índice só fez crescer. Em 2012, os dados finais apresentam a segunda maior média da história (abaixo apenas de 1998, com 10.895) e o maior público absoluto de todos os tempos, superando justamente a temporada passada.