A 2ª rodada do Estadual teve uma ótima média de 3,8 gols por jogo. Foram 23 gols em 6 partidas. Destaque para a primeira goleada do campeonato, aplicada pelo Sport, fora de casa. No Arruda, o primeio tropeço no Recife. No Cabo, o primeiro candidato a zebra. Com investimento modesto, a Cabense arrancou com 100% de aproveitamento.
Náutico 2 x 1 Salgueiro – Nos Aflitos, Derley marcou os 2 gols da vitória timbu que teve, também, Carlinhos Bala como destaque.Triunfo de virada e sofrido!
Vitória 1 x 5 Sport – Foi o 1º jogo do Leão no interior. Nem o mais otimista torcedor esperava tanta facilidade. Wilson voltou a marcou os seus golzinhos.
Santa Cruz 1 x 1 Central – Quase 23 mil pessoas viram o novo clássico local. Como vem fazendo nos últimos anos, a Patativa deu bastante trabalho ao Tricolor.
Cabense 2 x 1 Sete de Setembro – De virada, a Cabense alcançou o Sport na ponta do Estadual. Já o time de Garanhuns caiu pela 2ª vez do mesmo jeito.
Porto 2 x 2 Vera Cruz – Os 4 gols aconteceram no 1º tempo. O Porto mostra ter um bom ataque. Já marcou 4 tentos. A defesa, porém, já levou 5. Saldo? Um ponto.
Araripina 3 x 2 Ypiranga – Jessuí, o folclórico atacante da chuteira-fone, marcou 2 vezes e comandou a histórica 1ª vitória do Bode do Sertão no Pernambucano.
O Salgueiro sempre foi uma pedra no caminho do Náutico.
Até porque a história do confronto é bem recente…
Em 3 jogos oficiais nos Aflitos (todos pelo Campeonato Pernambucano), três empates: 1 x 1 em 2006, 0 x 0 em 2008 e 2 x 2 em 2009.
No ano passado, aliás, o Timbu vencia por 2 x 0, mas acabou tropeçando. Aquele jogo aconteceu em 17 de janeiro. Neste sábado, quase um ano depois (faltou 1 dia), nova tentativa. Mais uma vez pelo Estadual.
Na tarde desta sábado, o Carcará, que terminou a primeira rodada do Estadual na liderança, parecia que daria sequência a esse tabu em Rosa e Silva.
Aos 40 minutos do 1º tempo, o atacante França abriu o placar para o time sertanejo. O jogador provou o faro de gol, já que foi o artilheiro do Piauiense de 2009, com 23 gols, vestindo a camisa do 4 de Julho.
No segundo tempo, porém, o volante Derley comandou a vitória.
Foram dois gols do volante, um dos destaques do Timbu na última Série A, mesmo com o descenso. Uma atuação que marcou a sua 50ª partida com a camisa alvirrubra.
Uma vitória por 2 x 1 para apagar a péssima imagem deixada na estreia do técnico Guilherme Macuglia, que mudou nada menos que meio time para a partida deste sábado.
Recomeça a contagem sobre as penalidades no Campeonato Pernambucano. Nesta quinta, a primeira “parcial”. Serão 22 ao todo. Nesta primeira rodada, apenas duas penalidades. As duas foram convertidas.
A primeira delas, aliás, foi, também o primeiro gol do Estadual de 2010. A honra coube ao atacante Anderley, do Central, no empate por 2 x 2 com o Vitória, no Lacerdão. Foto: Giro dos Esportes.
Pênaltis a favor 1 pênalti – Central e Porto Nenhum pênalti – Sport, Santa Cruz, Náutico, Vitória, Vera Cruz, Cabense, Ypiranga, Sete de Setembro e Salgueiro
Pênaltis cometidos 1 pênalti – Vitória e Salgueiro Nenhum pênalti – Sport, Santa Cruz, Náutico, Vera Cruz, Cabense, Ypiranga, Sete de Setembro, Central e Porto
A 1ª rodada do Pernambucano de 2010 teve um público de 49.738 torcedores nos 6 jogos disputados na noite desta quarta-feira. O número proporcionou uma excelente média de 8.289 pessoas por jogo. Dado puxado pelo público da Ilha do Retiro, que registrou 21.112 rubro-negros. E vale lembrar que os portões ainda foram abertos para cerca de 3 mil pessoas no fim do 1º tempo, pois não havia mais ingressos. Abaixo, a volta do velho post rodada a rodada aqui no blog.
Sport 1 x 0 Araripina – Na Ilha, a expecativa por dias melhores depois de tantas derrotas no 2º semestre de 2009. Com 5 estreantes, o Leão jogou pro gasto. Venceu.
Sete de Setembro 1 x 2 Santa Cruz – De virada, o Tricolor largou mais uma vez com vitória em Garanhuns. Os dois atacantes (Joelson e Leonel) marcaram. Animador!
Vera Cruz 1 x 0 Náutico – O Timbu segue a sua sina de péssimas estreias no Estadual. Desta vez, o Alvirrubro caiu diante do único time que não pensava em G-4.
Central 2 x 2 Vitória – O maior público do interior, com 7.774 alvinegros. A Patativa vencia até os 46 do 2º tempo, quando tomou o empate. Decepção em Caruaru.
Ypiranga 1 x 2 Cabense – Frustração na Capital da Sulanca. Apesar de badalado, o time local, com Rosembrick (que fez o seu gol), sucumbiu diante do time do Cabo.
Salgueiro 3 x 2 Porto – Mesmo sem cash, o Carcará abriu uma vantagem de 3 x 0. O Gavião ainda tentou beliscar o empate, mas o Salgueiro segurou a vitória e a liderança.
Sem transmissão pela TV nesta rodada de abertura, ou se vai ao estádio ou cola no rádio…
Não dá é pra ficar de fora!
Ao contrário dos últimos anos, com o modelo de pontos corridos divididos em 2 turnos, agora os 22 jogos correspondem à fase classificatória para a semifinal.
Depois, mata-mata. Com a presença garantida de pelo menos um intermediário!
Os rivais tradicionais chegam num nível mais próximo em relação àquele do Estadual do ano passado, quando o Leão foi soberano. Tudo mudou, supostamente.
Náutico e a missão de evitar o hexa de um rival pela 3ª vez (conseguiu em 1974 e 2001). Santa Cruz e mais uma tentativa de sair do buraco em que se meteu em 2006.
O 96º Pernambucano teve até uma menção discreta no site da Fifa (veja AQUI). Para a entidade máxima do futebol, o Sport começa como único favorito. Será mesmo?
Moreilândia. Já ouviu falar? Muita gente ainda não conhece o pequeno município de 10 mil moradores, próximo à divisa com o Ceará e que foi emancipado apenas em 1963. Até 1991, chamava-se Sítio dos Moreiras, quando foi feito um plebiscito para mudar para o nome atual. O visual é o de um povoado, com a igreja matriz e a praça principal.
De lá, um menino de 16 anos começou a tentar a sorte no mundo da bola em 2005, quando representou o município nos Jogos Escolares do Sertão. Na decisão, no estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro, a 76 quilômetros de distância, o estudante Jeferson Cordeiro marcou dois golaços. Chamou a atenção de todos os diretores do Salgueiro. Foi chamado na hora para integrar o time júnior. Chegando terra do Carcará, o garoto logo ganhou um apelido: Moreilândia.
No começo, o nome foi um apelo pelo exótico. Com o tempo, virou um orgulho o fato de carregar uma cidade inteira nas costas, como acontecerá no Pernambucano de 2010. Hoje, aos 20 anos, o volante é titular absoluto do Salgueiro. Desde a Série C do ano passado, diga-se. Com tamanha simplicidade, o jogador é um “xodó” do grupo.
Esses últimos anos no Carcará proporcionaram uma reviravolta na vida do “ex-Jeferson”, que até 2006 nunca tinha visto um edifício na vida. Para ele, o Recife parecia ficar do outro lado do mundo, como Tóquio. A primeira vez na capital foi no jogo contra o Sport, pelo Estadual Sub-20. Na Ilha do Retiro, um susto que é tema de piada até hoje nos treinos do Salgueiro, como lembra bem o presidente José Guilherme.
“Ele chegou todo acanhado na Ilha, que é muito maior que tudo o que ele já tinha visto na vida. Quando a Jovem (torcida organizada do Sport) foi chegando e começou a gritar, ele se escondeu no banco de reservas”, disse o mandatário, deixando o volante completamente vermelho de vergonha, principalmente por ser verdade.
“Não foi exatamente um susto não… Fiquei surpreso. É porque eu achei bonito mesmo. Era aquela arquibancada todinha gritando ali, pertinho. Só ali já tinha mais gente que em Moreilândia”, disse o jogador, que tem razão sobre a comparação.
Até o fim do ano passado, a sua cidade não contava sequer com uma antena de TV de uma rede do estado. Agora, pela primeira vez, o município de Moreilândia irá assistir ao vivo ao Pernambucano. Fato que já deixa o representante local ansioso.
“Até 2009, eles só sabiam de mim pelo rádio. E no rádio você parece até que joga mais bola do que sabe. Agora, eles vão me ver e vou ter que mostrar que o meu futebol era de verdade”, diz o volante, cujo sonho é tirar a família da roça. O pai, a mãe e as três irmãs vivem de uma pequena plantação de feijão, no entorno da cidade. “Quero subir na vida só pode ajudar a minha família”. Boa sorte, Moreilândia.
Recife – Fim do giro pelo interior pernambucano… Foram 1.958 quilômetros circulando em busca de informações sobre seis times do interior, a partir do País de Caruaru.
Uma viagem repleta de curiosidades e que serviu para conferir in loco a paixão dos torcedores pelos times intermediários, e também a luta de seus dirigentes para montar um time para o Estadual
Abaixo, as impressões sobre os clubes, seguindo a ordem da apuração:
Central – Continua sendo o “primo rico” entre os intermediários. Terá a maior folha, de cerca de R$ 130 mil (e único acima de R$ 100 mil). Porém, a pressão pelo 1º título pernambucano sufoca o clube. O embate político atrasou bastante a preparação da Patativa, que foi o último time a se mexer. Por outro lado, a torcida alvinegra vem ganhando as ruas de Caruaru. A confiança no regulamento com semifinal é enorme.
Porto – Palavra-chave: motivação. A prisão do presidente José Porfírio em 2009, acusado de sonegação fiscal, quase fechou o clube, mas ele solto e o investimento voltou. O Porto parece ser o time mais fácil de comentar. Um time repleto de ex-juniores. Fato comum desde 1994! Sobre o CT Ninho do Gavião, com 5 campos: sensacional! Nível de Série A. E muitos lá sequer têm um CT…
Ypiranga – Uma máquina, no papel. Afirmação sem trocadilho com o mascote do clube. Rosembrick, Wilson Surubim, Edu Chiquita, Bebeto… Nomes pra lá de conhecidos no futebol pernambucano. A Máquina de Costura formou o grupo mais qualificado no interior. Repito: no papel. Vai ser difícil arrancar uma vitória no Limeirão. Em Santa Cruz do Capibaribe, o sonho é apagar 2006 da memória.
Sete de Setembro – Me pareceu a equipe mais fraca. Condiz com o perfil dos últimos 2 anos, quando o time ficou em 10º lugar nas duas oportunidades. Será que o raio vai cair pela 3ª vez? É o que deseja a torcida de Garanhuns. Lá no estádio Gerson Emery, um setembrino me disse o seguinte: “O Sete não pode cair. Seria uma desmoralização para uma cidade desse tamanho ficar fora da elite”. Ele tem razão.
Araripina – Um Barueri que fala oxente. Um clube com menos de 2 anos e que já está na 1ª divisão. Um estádio bem cuidado e uma folha de R$ 80 mil, muito acima dos recém-promovidos. A explicação é bem simples: o Araripina conta com amplo apoio da prefeitura, que banca mesmo. O secretário de Esportes da cidade é o principal dirigente do clube. A diferença em relação ao Barueri: em PE, a torcida vai até em treino!
Salgueiro – A maior surpresa (negativa) da viagem. Apesar de ter mantido a base de 2009 – quando foi 4º lugar -, o único representante do estado na Série C começa a agonizar com a falta de recursos. A folha é 1/3 do valor do ano passado. Alheia a isso, a torcida do Carcará (cuja organizada é a “Fúria do Sertão”) conta os minutos para o campeonato. A movimentação na sede mostra que o Cornélio de Barros ficará cheio.
O título do post se refere apenas à viagem… O Estadual ainda vai começar. 😎
Salgueiro – O ano de 2006 foi marcante para o futebol do interior.
De uma forma triste.
Dois times quase ganharam o primeiro turno daquele Estadual.
Faltavam 2 rodadas. Caso vencesse os 2 jogos, o Salgueiro estaria garantido, pelo menos, na decisão do turno. Para completar, o Carcará enfrentaria os dois últimos adversários no estádio Cornélio de Barros. Ambos intermediários!
Mas foram 2 derrotas… Maracanazo puro no Sertão. 😯
A primeira delas de maneira inacreditável, quando o Carcará foi batido por 2 x 1 pelo Vitória, que era o lanterna e não tinha vencido ninguém até então. Depois, derrota no clássico sertanejo contra o Serrano, por 2 x 0.
“Falam muito do Ypiranga naquele turno, mas acho que foi ainda pior com a gente. Foi uma aula de incompetência. Aquilo não existe. A chance de ir pra final e ganhar a vaga na Copa do Brasil era muito grande e a cidade toda esperou por isso. A gente tinha vencido até o Santa Cruz, mas perdemos de times bem mais fracos. Foi uma decepção muito grande. Vai ser difícil outra chance daquela”.
A declaração foi feita pelo presidente do Salgueiro, José Guilherme (foto).
Apesar da tristeza em Salgueiro, o caso mais famoso é mesmo o do Ypiranga, que chegou na liderança na última rodada e precisava de uma vitória simples sobre o vice-lanterna Estudantes, em Timbaúba.
Uma caravana com quase 2 mil torcedores da Máquina de Costura viajou 158 km para apoiar o time. Como se sabe, o atacante Júnior Amorim, destaque na época, chutou um pênalti por cima da barra e a partida acabou em 0 x 0.
Salgueiro – Uma loja oficial do clube segue um padrão básico: vende todos os itens possíveis sobre o time. De camisas oficiais a chaveiros e brinquedos para crianças. Os principais clubes brasileiros têm pelo menos 150 produtos licenciados.
Imagine, então, uma loja oficial sem produto algum do clube… Pois é. Ainda que de forma provisória, é isso o que vem acontecendo com a loja “O Carcará”, do Salgueiro, localizada a 50 metros da sede.
Aberta em novembro de 2009, a loja tem 4 funcionários e uma boa gama de produtos esportivos. Chuteiras, troféus, camisas, acessórios… Ok.
Nenhum deles, porém, é licenciado pelo Salgueiro Atlético Clube. Para se ter ideia, existem camisas oficiais e bolsas de Náutico e Sport (e de times europeus). Segundo a gerência da loja, as camisas – produzidas pela Finta – devem chegar na próxima semana (R$ 60). Aí sim, a loja poderá ser chamada, de fato, como “O Carcará”.
Salgueiro – O estádio pode ser bem acanhado, com capacidade para no máximo 5 mil torcedores, mas é bem cuidado. Desde 2005, o Cornélio de Barros vem passando por reformas. Primeiro, foram os vestiários, que foram ampliados.
Agora, um espaço reservado para torcedores com necessidades especiais. O espaço é uma exigência da FPF neste Estadual, é bom ressaltar. Mas isso não quer dizer que os locais sejam apropriados nos outros estádios pernambucanos.
No caso do estádio em Salgueiro, o acesso é logo na entrada do campo e numa altura razoável para acompanhar a partida.
Ainda sobre o estádio… Está vendo o “mini-edifício” na foto? É onde ficam as cabines de imprensa (12 ao todo), divididas em três andares. O acesso? Via elevador… O único entre os estádios dos times do interior do Estadual de 2010. Custou R$ 400 mil. 😎