Faltando apenas 3 rodadas, Náutico e Sport estão nas duas últimas posições do Campeonato Brasileiro. A chance da lanterna da Série A acabar com um time pernambucano é enorme. Em 20º lugar, o Leão soma 31 pontos e é o “favorito”. O Timbu vem depois, com 35 pontos.
Abaixo, uma charge de Samuca, do Diario de Pernambuco, retrata bem a situação…
Vale lembrar que o Sport já terminou o Nacional em último lugar em duas oportunidades (1999 e 2001). Um “tri” faria do Sport o recordista em lanternas, ao lado do Sergipe, último em 1972, 1973 e 1985. Náutico e Santa Cruz também já tiveram a “honra”. O Timbu em 1994 e a Cobra-Coral em 2000 e 2006.
Faltam 3 rodadas para acabar a participação dos times pernambucanos nesta Série A.
Nas 35 anteriores, Náutico e Sportalcançaram uma marca vexatória de 18 derrotas.
Ou seja… Caso cada um perca mais um jogo será um turno completo só com derrotas…
Somando a participação da dupla centenária, o número chegaria a 38.
Um campeonato completo.
Turno e returno, 100% em desvantagem.
Um revés por rodada. Um adversário com mais gols no placar a cada domingo (ou quarta-feira). Uma entrevista coletiva para explicar um mau resultado a cada partida.
Bronca. Seria mesmo difícil emplacar um time do Recife no Brasileirão de 2010.
O Olympique Lyonnais, ou simplesmente “Lyon”, não tinha título algum da liga francesa até a temporada 2001/2002. Era um clube organizado, porém mediano.
Contratou algumas peças importantes naquele ano. Importou principalmente do Brasil, como o meia Juninho Pernambucano.
Como num passe de mágica, o clube se transformou numa potência na França. Ganhou sete títulos nacionais seguidos, num feito inédito. A década atual foi suficiente para deixar o clube com a apenas 3 títulos do maior campeão francês, o Saint-Étienne.
Sempre nos pontos corridos, tradição na Europa.
Sempre com boas defesas. Dos 7 anos, apenas em 1 o time sofreu mais gols que o número de jogos (na temporada 2002/2003, com 41 gols em 38 jogos).
Em 2006 o São Paulo já era um dos maiores clubes do país. Já era tricampeão mundial e tri da Libertadores. Mas não ganhava a Série A há 15 anos. Havia a pressão por isso.
O técnico Muricy Ramalho arrumou o sistema defensivo do time. Inúmeros zagueiros passaram pelo setor, como Fabão, Edcarlos, Breno, Alex Silva, André Dias, Miranda, Rodrigo, Renato Silva, Aislan etc.
Todos com a mesma consistência na equipe. Em 2007, por exemplo, foram apenas 19 gols sofridos em 38 jogos. Média fantástica de “0,5” gol por jogo. 😯
Coincidência ou não, o São Paulo engatou um tricampeonato brasileiro, em 2006/2007/2008. Sempre como boas defesas, como aquele mesmo Lyon.
Não por acaso, o São Paulo passou a ser chamado, ainda que de forma irônica, de “Lyon brasileiro”. Quase um deboche dos rivais.
Mas, com certeza, os tricolores não estão muito preocupados com o apelido.
Longe disso. O time do Morumbi caminha para a 4ª conquista consecutiva.
Pode não empolgar nas arquibancadas, mas empolga os investidores… E como. Nesta terça-feira, o clube anunciou uma nova cota de patrocínio para a próxima temporada com a Reebok, no valor de R$ 20 milhões. Superior à receita anual do Sport.
Investimento gera títulos… Títulos geram investimento. Parece simples.
Em um ano, Pernambuco sofre uma de suas maiores quedas no futebol.
Um gigante local como o Santa Cruz não consegue se reerguer, mesmo diante de 45 mil pessoas no Arruda, contra adversários menos tradicionais.
A torcida não desiste do time. Nem mesmo na Série D. Mas o time parece desistir da torcida…
É mais fácil se manter caindo.
Na Série A, Náutico e Sport. Estruturados, com 2 anos de pontos corridos na elite na bagagem. Preparados para uma nova campanha de 38 jogos no Brasileiro.
Limitações são pálidas.
Ambos conscientes da missão de pontuar em casa, transformando a Ilha do Retiro e os Aflitos em verdadeiros caldeirões. Mas a panela de pressão foi em fogo baixo.
O vazio dos amanhãs.
Descer a escada para a B parece o caminho escolhido.
Enfraquecido pelo projeto.
O Sport, então, até conseguiu voar pela América do Sul. De Santiago a Quito. Uma sonhada participação na Taça Libertadores. Parou num monstro de goleiro. Pênaltis que desmancharam a alma do time.
Forçando um adeus.
Um 2010 que se aproxima sem pernambucanos na Série A.
Como em 2002, 2003, 2004 e 2005.
E também sem o Trio de Ferro completo sequer na Série B. Como nunca ocorreu antes…
Inédito.
Frustrante.
Em itálico, trechos da música “Black gives way to blue”, do Alice in Chains. Letra e tradução da música acima AQUI.
Após a partida contra o Flamengo, nos Aflitos, o presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, André Campos, abriu a entrevista coletiva.
E foi logo questionado sobre o planejamento do Timbu para a próxima temporada.
A resposta foi desconcertante.
“Acho engraçado quando falam em planejamento… Como podemos planejar algo agora? Faltam 3 rodadas para acabar o Campeonato Brasileiro e estamos entre duas situações para 2010: ou o time fica na Série A com pelo menos R$ 7 milhões da cota da TV ou cai para a Série B e fica sem nenhum centavo”.
De fato, o cacique timbu está certo. A cota da Série B para um time do porte do Alvirrubro não chegar a ser “zero”, mas, certamente, não chegará sequer a R$ 1 milhão. Longe disso, talvez.
Reverter uma possibilidade de 99% de queda será difícil. Mas ainda existe a esperança e nos Aflitos ninguém jogou a tão famosa “toalha”.
No entanto, os dirigentes do Náutico já demonstram certa consciência de que o ano de 2010 poderá marcar uma nova passagem na Série B. Sobre essa possibilidade, André Campos tratou de comprovar a estruturação do clube nos últimos 3 anos.
“Não podemos encobrir a verdade e o time poderá cair. Mas se isso acontecer, o Náutico vai subir como todos os clubes grandes nos pontos corridos”.
Se o mísero “1%” de chance for insuficiente neste ano, o Timbu deve ter a calma necessária para se dar conta de que será um dos favoritos para uma das 4 vagas na Segundona do ano que vem.
Faltam 3 rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro de 2009 e um rebaixado já está definido: o Sport.
Com as derrotas no fim de semana, Náutico e Santo André ficaram próximos de 100%. Situação bem complicada.
Já o Fluminense ganhou a 4ª partida seguida na Série A e ensaia uma fuga espetacular. No entanto, também não está fácil. Mas… Os 3 acima buscam uma vaga: a do Botafogo.
Por isso, o blog atualiza as probabilidades de rebaixamento, considerando o Coritiba como o último time lutando contra a degola (mesmo com uma chance quase remota).
Foram mais de 4 mil flamenguistas nos Aflitos. De todos os cantos do Nordeste.
Fla-Bahia… Fla-Natal… Fla-Jampa… Fla-Recife!
É a maior torcida do país, com cerca de 32 milhões de rubro-negros.
Se muitos deles são resultado de uma massificação da mídia, isso é outra discussão.
O fato é que são flamenguistas. Apaixonados.
Neste domingo, eles se juntaram em caravanas. Dezenas delas. Tomaram as ruas no entorno dos Aflitos.
Principalmente na Rua Manoel de Carvalho. Parecia uma embaixada da Gávea.
“Vamos Flamengo… Vamos ser campeões, vamos Flamengo…”
Durante o jogo contra o Timbu, a mesma presença na curva da esquerda das cabines, como no Maracanã. As mesmas músicas. A mesma empolgação. As mesmas cores.
Vitória categórica. De arrancada mesmo.
No fim do jogo, esperaram a saída dos alvirrubros durante 15 minutos para receber a autorização da PM. De lá, pegaram a estrada. Horas de viagem.
BR-101, BR-232, estradas estaduais, de barro etc. Das grandes capitais do Nordeste para as menores cidades do interior. Voltam a acompanhar o Flamengo pela TV.
Não importa. Neste domingo, no Recife, eles viram um time com cara de campeão.
Valeu a pena a espera. A única chance de sentir a paixão de um Maracanã lotado. 😎
A Série A entrou na reta final com a possibilidade de anulação de um jogo-chave na disputa pelo título brasileiro. Com árbitros sendo suspensos rodada a rodada. Com dirigentes entregando “dossiês” com supostos erros durante todo o campeonato, rasgando o regulamento…
Estava um campeonato sensacional até então, com estádios lotados e disputa acirrada em todas as fases da tabela. Mas que acabou convergindo para um final tenso.
Ainda bem que não haverá jogo da elite nacional nesta sexta-feira. Porque aí o árbitro teria uma desculpa fuleira.
O São Paulo praticamente “adotou” Jason como mascote neste Brasileiro. Assim como o maníaco assassino, o Tricolor Paulista é mesmo um imortal na Série A. 😈
A capacidade do estádio dos Aflitos é de 19.800 torcedores.
Desde a implantação do Estatuto do Torcedor, o Náutico vem seguindo à risca a lei e liberando apenas 10% da carga de ingressos para a torcida visitante. É o mínimo exigido pelo estatuto, independentemente do tamanho da arena.
Ou seja, são 1.980 bilhetes para a turma que entra pela Rual Manoel de Carvalho.
Trata-se do mínimo e do máximo de ingressos, pois o clube alvirrubro segue a linha adotada em todo o país, que é a de restringir a presença da torcida adversária.
Até mesmo nos clássicos.
O Timbu está certo. Os rivais fazem o mesmo na Ilha do Retiro e no Arruda.
Neste domingo, porém, a situação será bem diferente.
Inexplicavelmente, o Náutico cedeu 4 mil ingressos para a torcida do Flamengo.
O número corresponde a 20,2% do total. 😯
O Alvirrubro deverá arrecadar R$ 160 mil apenas com os flamenguistas. Mas o custo disso pode ser bem mais alto.
A diretoria de Rosa e Silva reclamou tanto do horário, que passou das 15h para as 16h, mas não fez questão alguma da pressão da torcida adversária? Uma pressão maior que a registrada nos clássicos… Por que?