A Confederação Brasileira de Futebol anunciou nesta sexta-feira a mudança no horário de 12 partidas da Série B. Jogos entre 9 e 30 de outubro.
Em todas eles (marcados para o sábado), a modificação foi a mesma.
Os jogos foram antecipados das 16h10 para as 16h00.
Dez minutinhos apenas.
Solicitante: Rede Globo de Televisão.
Detentora dos direitos de transmissão da Segundona nacional, a emissora justificou o pedido ao diretor da CBF, Virgílio Elísio, para reajustar a sua grade de programação após o fim do horário político obrigatório (veja AQUI).
Entre as partidas reagendadas estão quatro do Sport e duas do Náutico. O Clássico dos Clássicos, em 23 de outubro, na Ilha do Retiro, também entrou no bolo.
O diretor de futebol Gustavo Dubeux é apontado nos bastidores como o principal nome para assumir o Sport no biênio 2011/2012. O dirigente alega que articula um tempo necessário em sua vida como empresário (acima) para aceitar a missão rubro-negra.
Logo no primeiro ano, um objetivo grande. Histórico.
A conquista do Campeonato Pernambucano de 2010.
Título que renderia o feito de hexacampeão ao Leão.
Igualaria a maior glória do rival Náutico. Apagaria a frustração de 2001, quando o Sport também teve a chance de alcançar a maior sequência de taças no futebol do estado.
Porém, Dubeux foi ponderado ao se referir ao hexa nesta sexta-feira. Ele valorizou outra marca já no horizonte do clube.
“O hexa é importante, mas precisamos ver é a marca de 40 títulos (do Sport), que dificilmente alguém vai bater aqui (em Pernambuco).”
Discurso político ou realidade? Comente!
Hoje, o time da Ilha do Retiro tem 39 Pernambucanos.
O dirigente revelou ainda o tamanho da folha do Sport nesta Série B: R$ 1,2 milhão.
Trata-se do mesmo valor aplicado na participação na Taça Libertadores de 2009…
O orçamento vai seguir neste patamar no próximo Estadual?
Diante de 23 mil pessoas, o Sport venceu o time mineiro por 3 x 1.
Ciro, então com 19 anos, entrou aos 18 minutos do segundo tempo no lugar do também atacante Enilton.
O garoto de Salgueiro sofreu o pênalti que deu origem ao segundo gol, aos 27, e marcou um golaço aos 43 (assista AQUI).
Ao lado, a capa do dia seguinte. Abaixo, os bastidores de uma manchete ousada…
Eram quase 23h e o horário de fechamento da edição do Diario de Pernambuco começava a apertar. Cobrança grande.
O triunfo leonino teria um destaque normal na capa, sem foto? De fato, o Rubro-negro chegava ao 7º lugar na Série A. O time estava bem. Havia mais destaque.
Foto, ok… Pequena, média ou grande?
Entre outros, estavam naquela noite o blogueiro (eu fiz a reportagem da partida), Roberta Aureliano (editora de Esportes) e Sergio Miguel, hoje editor-executivo mas que estava editando a capa do Diario.
“É um prata-da-casa. É algo raro entrar assim e decidir a partida.”
“É muito cedo para apontar qualquer status nesse jogador.”
“É uma notícia quente, já que os outros assuntos circularam durante todo o dia.”
“O Sport nunca dá sorte com atacantes. Pode estar revelando um nesta noite…”
Após um curto debate com propostas (com prós e contras), a projeção do personagem, cria da casa, com direito a lágrimas após o gol, venceu.
Nada de notinha ou chamada. Seria a manchete!
A notícia Gasolina e gás ficam sem reajuste em 2008 acabou sendo “rebaixada”.
Uma aposta em uma boa venda de exemplares, naturalmente. Sem medo, o Diario cravou em 1º de agosto de 2008: Nasce um ídolo.
Veja a já histórica capa do DP em tamanho maior AQUI.
E aquele meninou jogou mais 98 vezes pelo Sport. Marcou mais 46 gols. Nesta sexta-feira, novamente na Ilha, agora contra o América/RN, o número 100 nas costas.
A afirmação acima foi feita pelo técnico Alexandre Gallo em 1º de setembro.
Agora, no dia 29 do mesmo mês, a certeza de que a promessa não será cumprida.
Pelo menos não por Gallo.
Demitido do Náutico nesta quarta-feira, após longas e cansativas reuniões, o técnico acabou se dando conta que a equipe não rendia mais sob o seu comando.
A qualidade técnica do elenco Timbu não contribui muito para uma mudança drástica no desempenho da equipe no restante da Série B.
Um exemplo claro está no ataque, o 4º pior da competição, com apenas 28 gols em 25 jogos. E olhe que nove atacantes já passaram por Rosa e Silva nesta Segundona.
Mas quantidade nunca foi sinônimo de qualidade. Gallo mexeu no time o quanto pôde. Muitas vezes improvisando outras tantas por falta de opção…
Nos últimos 6 jogos, 5 derrotas. Clima inevitável para a chegada de um novo técnico.
A dois dias do fim do prazo para inscrever novos jogadores no BID, o Náutico corre (se é que está correndo) para se reforçar. Para que o sonho do G4 não vire devaneio.
Vai haver promessa do novo técnico? Dificilmente.
Se houver, com o mesmo grupo alvirrubro, a frase poderá ser algo como:
“Eu vou manter este time na Série B do futebol brasileiro.”
Após bater na porta do G4, o Sport teve uma chance incrível para entrar na zona de acesso à elite.
Teve o clássico nordestino contra o Bahia, na Ilha do Retiro.
Reuniu 27 mil torcedores em sua casa e perdeu… E os demais resultados foram horríveis.
A diferença em relação ao G4 subiu de 2 para 5 pontos.
Todo aquele esforço nos 12 jogos sem perder pareciam ameaçados após uma partida.
Na noite desta terça-feira, uma tarefa indigesta.
Era tentar pontuar contra o Paraná Clube, em Curitiba, para não se distanciar ainda mais dos primeiros colocados neste suado e imprevisível Campeonato Brasileiro.
A torcida leonina estava com um olho no estádio Durival de Britto e o outro nas outras partidas desta rodada completa da Série B, a 25ª.
Com uma tranquilidade impressionante, o Sport dominou o jogo. Marcou duas vezes no primeiro tempo, com Wilson (pênalti) e André Leone (zagueiro estreante).
Mudou o esquema no 2º tempo, mais precavido e encaixando bem os contra-ataques. Magrão voltou a fazer boas defesas e o ataque criou bastante.
O time pecou nas finalizações, é verdade. Desta vez, não fez falta. Desta vez!
Bahia e América/MG perderam em casa. A Ponte Preta empatou.
Consequência: o G4 voltou a ficar perto, agora a 3 pontos do Rubro-negro.
Em seguida, uma sequência de dois jogos na Ilha do Retiro, contra América/RN e Ipatinga, ambos na zona de rebaixamento. Seriedade, mas com o foco nos 6 pontos.
Contratação de última hora na Ilha do Retiro visando a Série B desta temporada.
Romerito.
Meia, 35 anos.
Estava no Goiás. Assina com o Sport até o fim de 2011.
Ficará no Leão até os 36 anos… Haja experiência.
Ele alterna bons momentos e lesões. A torcida doSport, porém, tem como lembrança do jogador o vídeo abaixo, em sua primeira passagem no clube entre 2007 e 2008. Assim como agora, foi indicado pelo técnico Geninho.
Sport 4 x 1 Palmeiras, nas oitavas de final da Copa do Brasil de 2008.
Foram três gols em um compromisso complicadíssimo… Só no primeiro tempo! Alguém lembra de outro hat-trick tão sensacional de um jogador do Sport na Ilha? Comente!
Em tempo: a expressão “hat-trick” é utilizada no futebol inglês quando um jogador marca três gols em uma mesma partida.
As derrotas de Sport e Náutico no sábado foram emblemáticas.
O Leão perdeu um “jogo de 6 pontos” contra o rival Bahia em plena Ilha do Retiro.
O Náutico foi batido pela 8ª vez consecutiva como visitante. Desta vez para o vice-lanterna, o América de Natal.
O gráfico acima mostra que os dois times de Pernambuco realmente estão mal nestas condições na Série B. O Rubro-negro não encaixa uma sequência na Ilha e o Timbu sequer pontua longe de Rosa e Silva.
Ambos estão em 12º lugar nessas situções…
Agora, basta inverter, com o Sport jogando como vistante e o Náutico atuando nos Aflitos, para a situação melhorar bastante. A dupla centenária têm, curiosamente, a mesma posição: 5º lugar. Cada um no seu ranking.
Uma “boa” notícia: nesta terça-feira, em mais uma rodada cheia da Segundona (a 25ª), ambos vão atuar onde vêm obtendo os melhores resultados na competição.
Náutico x São Caetano, às 19h, nos Aflitos.
Paraná x Sport, às 21h50, em Curitiba.
A “dica” havia sido dada pelo blog na sexta-feira (veja AQUI).
E, de fato, o técnico Mano Menezes assistiu ao clássico Sport x Bahia.
Não esteve na Ilha do Retiro, apesar da notícia ter sido ventilada. O comandante da Seleção Brasileira viu a vitória do Tricolor de Aço pela televisão, em um hotel no bairro de Stella Maris, em Salvador (veja AQUI).
Mano viajou discretamente para a capital baiana para conferir no Barradão ao jogo Vitória x Fluminense. Se não veio à Ilha, pelo menos não ignorou a partida.
Do lado do Sport, no entanto, o treinador não viu muita coisa.
Teoricamente, Ciro seria o principal nome a ser observado. Mas o atacante Ciro chegou a quatro partidas sem marcar um gol.
Esse jejum até acontece, ok. O que não deve ter agradado em nada ao treinador – que mira no jogador de 21 anos mais um candidato ao ataque na Olimpíada de 2012 – foi a postura de Ciro, que não se apresentou para o jogo.
Facilmente rendido na marcação, o artilheiro da Série B, com 13 gols, não se mexia.
Ciro não se deslocava e, justamente por isso, só era acionado com no mínimo dois marcadores por perto. Assim, restava pouco espaço para finalização. Pior. Acabou sendo substituído, e sem tanto apoio da torcida naquele momento do 2º tempo. A impaciência já era grande com os erros da equipe.
No gol rubro-negro, o principal jogador do Sport na temporada. Magrão, 33 anos. Técnica apuradíssima, mas a idade o impede de almejar a Canarinha.
Ovacionado já na entrada para o aquecimento no gramado, cerca de 20 minutos antes de a bola rolar, o goleiro teve uma atuação discreta no sábado. Não falhou nos gols. Porém, justamente diante do rival nordestino ele não operou milagres.
No lado do ascendente Bahia, a maior promessa era o ala-esquerdo Ávine, de 22 anos. Franzino, 1,71m 64 quilos, o jogador vem municiando bastante o setor ofensivo. Com contrato até junho de 2011, já tem muita gente de olho em pré-contratos.
Mas, assim como Mano, Ávine não veio ao Recife. Segue se recuperando de uma torção. Torceu, também, pela TV. E viu os jovens baianos aproveitarem a oportunidade no desfalcado time titular. Bahia 2 x 1.
O Clássico do Nordeste foi bem disputado, com estádio cheio e tudo mais. Para Mano, um bom programa no sábado à tarde, descansando no hotel. Como “trabalho” para garimpar possíveis selecionáveis, ainda não foi desta vez…
No papel, a história parecia pronta para os leoninos.
Com oito desfalques no time titular e mais dois até mesmo no banco de reservas, restava ao Bahia se fechar na Ilha do Retiro e tentar acertar alguns contragolpes.
Dito e feito.
Mas o Tricolor Aço foi além. Acertou duas vezes.
Numa falha gritante de posicionamento pelo lado direito do Sport, zona de Renato, o Bahia abriu o placar, com Diego Corrêa driblando Magrão e tudo mais…
No minuto final do primeiro tempo, Daniel Paulista mandou um míssil de fora da área. Um prêmio justo ao centésimo jogo do volante com a camisa rubro-negra. Era o empate e o alento para os últimos 45 minutos.
Apesar da lista cheia de rabiscos na hora de escalar a equipe, o técnico tricolor, Márcio Araújo, ainda contava com um cérebro em campo.
Morais. Baixinho, rápido e com excelente visão de jogo, cadenciando a partida.
O Bahia, apenas com Morais no meio-campo, soube “brocar” o Sport, como se fala em Salvador, com “o” mesmo.
E saiu dos pés de Morais o segundo do Tricolor de Aço. Bahia 2 x 1.
Os rubro-negros criaram chances na primeira etapa e nem isso na segunda. O ataque não dominava a bola e o setor de criatividade parecia offline.
Muita marcação, pressão e frustração.
Em plena Ilha, neste sábado, a vitória de um visitante completamente desfigurado. Cai a invencibilidade de 12 jogos do Leão na Segundona.
O resultado manteve o Sport fora do G4 e deixou o Bahia quatro pontos acima do limite, numa posição mais confortável.