A última semana de Alexandre Gallo foi conturbada.
O técnico foi bastante contestado pelos torcedores do Náutico. Após a derrota diante do Duque, em casa, a sua saída chegou a ser cogitada. Gallo ficou.
Ficaram, também, algumas dúvidas sobre o trabalho do treinador.
Dúvidas dos próprios torcedores… E que Gallo procurou responder. A TV Timbu realizou uma entrevista com o técnico, com questionamentos feitos pelos próprios fanáticos alvirrubros, via Twitter. A entrevista foi comandada por Léo Lemos.
Abaixo, a primeira parte. Assista a segunda parte da entrevista clicando AQUI.
No futebol paulista, a expressão “asa negra” se refere àqueles clubes que sempre dão trabalho. Geralmente, essas asas negras são clubes menores…
Um exemplo clássico é Corinthians x Juventus. O pequeno time da Mooca, também da capital, nunca ganhou um Estadual e luta só contra o iô-iô nas divisões locais.
Ainda assim, historicamente complica bastante a vida do Timão… Não há motivo técnico algum para isso e a maioria da torcida é sempre do alvinegro.
Mas, simplesmente, acontece…
Aqui, o Santa Cruz se engancha com o Central. Em 2008, o Sport perdeu duas vezes do Serrano. O Porto não costuma aliviar para o Náutico (e nem o Íbis). E por aí vai.
Após a breva explicação, a constatação.
Dono de uma invencibilidade de 10 jogos, o Sport vai encarar um verdadeiro algoz.
Ainda na 3ª rodada desta Série B, o Leão curtia o pentacampeonato pernambucano. E viajou até Arapiraca/AL, conhecida como “Terra do Fumo”. Dito e feito.
ASA 4 x 1… ASA 4 x 1!
O Leão ainda apanhou muito antes de estabilizar a sangria e começar a reação.
Neste sábado, o ASA de novo. Agora, na Ilha do Retiro.
Com pelo menos 30 mil pessoas em casa, o Sport tem uma grande chance de chegar à 5ª vitória seguida e apagar pelo menos uma asa negra de sua história… Ou não.
Em tempo: não se utilize o termo “asa negra”em clássicos ou jogos envolvendo grandes equipes. Aí, a expressão é “freguesia” mesmo.
O post “80 mil razões” se transformou em um bom debate sobre as torcidas pernambucanas, com comentários sobre qual era a maior, a mais presente, a mais fiel… Confira AQUI.
O tema acabou dando a ideia para a nova enquete do blog.
Muitos dizem que torcedor de um clube de futebol é aquele que roda a catraca. Outros tantos dizem que qualquer pessoa tem o direito de torcer, mesmo sem participar ativamente da vida do seu clube do coração.
Então… Vamos ver o que os internautas aqui do blog acham. Coloquei cinco opções na enquete. Veja em qual delas vocês se encaixa.
Na sua opinião, o que é preciso para ser reconhecido como um “torcedor”?
Tem que acompanhar ao vivo todos os jogos do time, no estádio ou via rádio/TV/web
É necessário ter pelo menos uma camisa da equipe. E usá-la de vez em quando
Saber o ano da última conquista, as cores e o grito de guerra
Basta gostar apenas de um clube, mesmo que não o frequente muito
É preciso ser sócio. Em dia
Participe! A enquete está no lado direito do blog…
A diferença chegou a ser de 12 pontos entre os rivais centenários.
Os clubes chegaram a ficar separados por 16 posições na tabela da Série B.
Sempre, nas 20 rodadas anteriores, a vantagem foi do Náutico. Com uma arrancada sensacional, o Alvirrubro até liderou o Brasileiro em quatro rodadas.
Nesse período, o Sport passou uma crise grande, com 2 técnicos, derrotas para times inexpressivos e descrença.
Mas enquanto o Timbu passou a oscilar na Segundona, o Sport, com um investimento pesadíssimo em qualidade técnica no elenco, passou a surpreender.
Saiu do buraco e encaixou uma série invicta de 10 partidas. Dez!
Com 6 vitórias e 4 empates.
Após quatro temporadas, o Leão conseguiu quatro vitórias seguidas em Nacionais.
Neste sábado, a sequência continuou com a vitória por 1 x 0 sobre o Guaratinguetá, no interior paulista. Gol do meia Marcelinho Paraíba, símbolo maior do investimento.
O dia acabou com um improvável “X” com a inversão nas posições de rubro-negros e alvirrubros. A vantagem, agora, é do time da Ilha do Retiro: 33 x 31.
Segue a rivalidade centenária até a 38ª rodada. Haverá reviravolta?
Bastou uma derrota nos Aflitos para a torcida do Náutico perder a paciência.
Após o revés diante do Duque, vários torcedores foram até a porta do vestiário da equipe para protestar, como mostra o registro da fotógrafa Juliana Leitão, do Diario.
Muitos pediam novas contratações… Outros gritavam “raça”. E outros tantos pediam a cabeça do técnico Alexandre Gallo. Algum comum em qualque momento ruim, diga-se.
No caso do Náutico, foram apenas 8 pontos nos últimos 33 disputados na Série B.
Gallo fora? Não. Gallo fica.
A hashtag #ficagallo ganhou força no Twitter e durante a madrugada de sábado chegou a ficar entre os 10 temas mais comentados no microblog.
O problema é que a ideia foi criada pelos torcedores do Sport…
Porém, muitos alvirrubros também defenderam a permanência do treinador. Se a torcida do Santa Cruz entrar na curiosa polêmica, é capaz do #ficagallo chegar à liderança do chamado trending topics do Twitter. Pelo menos o protesto virtual é sadio.
Noite de sexta-feira. Fim do primeiro tempo nos Aflitos.
Um jogo fraquíssimo até ali. Náutico 0 x 0 Duque de Caxias.
Irritado, Gallo disse aos repórteres, ainda no gramado, que o adversário havia jogado com “11 jogadores atrás da linha da bola.”
Não foi o que eu vi. O Timbu só deu um chute no primeiro tempo, de fora de área. O adversário não criou muito, mas até chegou com perigo.
Veio o segundo tempo, com o time pernambucano atuando com uma equipe remendada, com direito ao volante Rodrigo Pontes atuando como zagueiro. Não houve mudança significativa. Pelo menos no Náutico.
Pois o time fluminense, abusado fora de casa, foi letal pelo lado direito…
Marcou dois gols com jogadas parecidas. De Somália para Leandro Chaves, abrindo porteira, deixando o placar inverso: 0 x 2.
Naquelas ironias da bola, os dois atletas tiveram passagem em Rosa e Silva.
Agora, o Duque volta ao Rio de Janeiro… Vai levar 3 pontos na sacola, além da invencibilidade alvirrubra de 10 jogos nos Aflitos na Série B.
Pior. Deixou no Recife um adversário em queda. Sem rumo.
Jogando no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o Náutico conquistou a sua primeira vitória fora de casa nesta Série B. Era a largada com 100%.
Foi logo na segunda rodada, em 15 de maio. Naquela ocasião, o Timbu chegou à liderança do Campeonato Brasileiro.
Duque de Caxias 1 x 2 Náutico.
O tempo passou. Aquele Alvirrubro ascendente nos dez primeiros jogos passou a oscilar nas últimas dez partidas. E chega o Duque de novo.
Aquela equipe frágil do início da competição, que chegou a ficar três rodadas na lanterna, se reforçou e passou a assustar. Os rubro-negros que o digam.
Na noite desta sexta-feira, o Duque aparece no caminho do Náutico em um momento de readequação. O técnico Gallo sinaliza com algumas mudanças. Era preciso mexer, compactar o meio-campo, um pouco “acéfalo” até então.
Não será um confronto direto, o popular “jogo de 6 pontos”, já que o Timbu briga é pelo acesso e uma vitória nos Aflitos deixaria isso claro. Aí sim seria um jogo de 6 pontos… Para o time de Rosa e Silva. Se ganhou fora, tem que ganhar em casa. Em tese.
Pela quarta vez consecutiva, a delegação do Sport vai ao Aeroporto Internacional dos Guararapes tendo como destino final o Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.
Na confecção da tabela da Série B de 2010, o Leão ficou numa intercalada Recife/São Paulo, com um jogo na Ilha e outro em algum lugar do estado paulista.
Desta vez, os rubro-negros vão até Guaratinguetá, no interior, para enfrentrar o perigoso representante local, na tarde deste sábado.
Levando em conta as quatro viagens aéreas (ida e volta) e os trajetos do aeroporto até os estádios (incluindo o Bruno José Daniel e o Canindé, dentro da Grande São Paulo), o total percorrido pelo Sport nesta conexão será de 17.701 quilômetros.
Do Recife a São Paulo, de avião: 2.129 km. Abaixo, os trechos pelas estradas.
14/08 – Bragantino 0 x 0 Sport – 97,6 km
28/08 – Santo André 2 x 2 Sport – 26,6 km
04/09 – Portuguesa 1 x 2 Sport – 14,5 km
11/09 – Guaratinguetá x Sport – 196 km
Apesar da distância, pelo menos estão vindo alguns pontos na bagagem. Cabe mais?
O resultado acima não foi de uma partida de basquete com 10 prorrogações. A conta é apenas a soma de todos os pontos dos rivais centenários em todas as edições do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos, que começou em 2006.
Enquanto Sport e Náutico jogaram tanto na Série A quanto na Série B, o Santa Cruz nunca os enfrentou, pois sempre esteve em uma divisão diferente no período.
Além das brigas pelo acesso, contra o rebaixamento, por uma vaga na Sul-americana ou algo mais, rubro-negros e alvirrubros disputam um “campeonato paralelo”.
Disputa marcada pelo equilíbrio… Abaixo, as colocações, lembrando que todos anos tiveram 38 rodadas. Na edição vigente, cada um já disputou 20 partidas*.
Abaixo, uma arte do Diario, a corrida na Segundona de 2010. A diferença já foi de 12 pontos e de 16 colocações. Agora, está a apenas um ponto e uma posição.