Foi dada a largada para mais uma longa e dura caminhada leonina na segunda divisão, numa consequência direta de uma má jornada na elite.
O Sport foi rebaixado em 1989, 2001, 2009 e 2012.
Subiu em 1990, como campeão já no ano seguinte, em 2006, após cinco anos sofrendo na Série B e em 2011, na bacia das almas, na última rodada.
Agora, serão mais 38 rodadas em busca do popular G4, para o retorno.
A primeira delas aconteceu na tarde deste sábado, em Juazeiro do Norte, com uma largada bem indigesta.
Sob o forte calor do interior de Padre Cícero, o Sport foi comandado interinamente por Gustavo Bueno, tentando reanimar uma equipe desestruturada.
Na arquibancada, o novo técnico, o campeão pernambucano Marcelo Martelotte, ex-coral. Sem surpresa, viu que terá muita coisa pra fazer na Ilha do Retiro.
Em campo, as falhas de sempre. A fragilidade que se tornou comum nas últimas semanas, com uma sequência de derrotas.
Por sinal, o Leão caiu pela quinta vez vez consecutiva. Sem dificuldades, o Icasa venceu por 2 x 1, com o gol leonino sendo anotado por Marcos Aurélio só nos descontos.
Sem tempo para respirar, o time volta a campo na noite da próxima terça-feira, agora com Martelotte na área técnica.
Nas últimas quatro temporadas o formato do Campeonato Pernambucano possibilitou uma série de mata-matas envolvendo os três grandes clubes de futebol do estado, nas semifinais e nas decisões.
Nos duelos de ida e volta, ânimos acirrados no gramado, nas arquibancadas e entre os dirigentes, com direito a veto de camarotes para as diretorias dos co-irmãos e, posteriormente, até assédio aos atletas e treinadores com contato em vigor nos bairros vizinhos.
Desta forma, cresceu a rivalidade nos Aflitos, no Arruda e na Ilha do Retiro…
Há um ano o blog realizou uma enquete para que cada torcedor apontasse o maior rival do seu time. Ao todo, foram duas mil participações. Relembre aqui.
Em entrevista ao site da Fifa, o tetracampeão mundial Ricardo Rocha, zagueiro pernambucano revelado pelo Santa Cruz, afirmou o seguinte sobre a maior rivalidade local: “A rivalidade mais acirrada é essa: todo mundo contra o Sport.”
Portanto, vamos realizar mais uma enquete, nos mesmos moldes da primeira.
Qual é o clássico de maior rivalidade envolvendo o seu clube?
Com a avaliação das Série A e B do Campeonato Brasileiro desta temporada foi possível avaliar, ainda que de forma bem subjetiva, os valores dos elencos das 25 maiores ligas nacionais de futebol no mundo.
O Brasileirão caiu duas posições, ocupando agora o 8º lugar, atráves de campeonatos de tradição bem menor, como os da Rússia e da Turquia. Ambos, porém, contam com investimentos pesados e de origens pouco ortodoxas.
Enquanto a Premier League da Inglaterra segue absoluta na liderança, com quase 3 bilhões de euros, a Série A aparece com 935 milhões, com destaque para Neymar, envolto numa longa negociação. A estimativa considerou a presença do craque do Santos. Já a segunda divisão é um dos seis torneios do segundo escalão presentes no top 25, justamente fechando a lista.
A Pluri Consultoria, que produziu o estudo, avalia cada jogador de todos os times através de um software com 77 critérios. Eis o argumento sobre a Série A:
“A queda do Brasileirão vai contra o senso comum, que aponta para um maior nível de competitividade de nossos clubes no mercado internacional. Sem capacidade de investimentos em direitos econômicos, e com redução no número de revelações, boa parte de nossos clubes tem optado por se desfazer de jovens talentos (os mais valorizados), e repatriar (ou importar) veteranos.”
Sem surpresa alguma, o Palmeiras aparece como o elenco mais valioso da Série B desta temporada. O Alviverde paulista volta a disputar a segunda divisão exatamente uma década após a sua última participação, quando foi campeão. Exatamente por isso, a valorização de 8% em relação ao valor de mercado da Segundona do ano passado. Agora, a projeção sobre os direitos econômicos de todos os atletas envolvios na competição alcança R$ 583 milhões.
Em 2003, o Palestra Itália brigou pelo acesso com o Sport, novamente na rota. O Leão, com jogadores sob constante contestação da torcida, aparece com o segundo plantel mais caro, segundo a avaliação da Pluri Consultoria, cujo software também realizou um estudo na Série A de 2013 (confira aqui)
Tanto o Verdão quanto o Leão estão em um patamar econômico absoluto semelhante ao de 2012, sendo o primeiro com uma variação positiva de 1% no elenco e o segundo com uma negativa de 14%. No entanto, no Brasileirão de 2012 o Palmeiras estava em 12º, enquanto o Sport era o 16º.
Com a definição de todas as participações dos clubes pernambucanos nos campeonatos nacionais desta temporada, confira a quantidade de campanhas de cada um nos torneios oficiais organizados pela CBD e pela CBF e as melhores colocações, respectivamente. Os 19 times que já representaram o estado disputaram 276 edições de 8 competições diferentes.
Atualização em 14 de maio de 2013.
Náutico – 70 participações de 1961 a 2013
Brasileirão (34)
6 – Taça Brasil (vice em 1967)
1 – Robertão (17º em 1968)
27 – Série A (6º em 1984)
18 – Copa do Brasil (3º em 1990)
1 – Copa dos Campeões (12º em 2002)
16 – Série B (vice em 1988 e 2011)
1 – Série C (4º em 1999)
Sport – 67 participações de 1959 a 2013
Brasileirão (35)
3 – Taça Brasil (4º em 1962)
32 – Série A (campeão em 1987)
19 – Copa do Brasil (campeão em 2008)
2 – Copa dos Campeões (vice em 2000)
11 – Série B (campeão em 1990)
Santa Cruz – 66 participações de 1960 a 2013
Brasileirão (23)
1 – Taça Brasil (4º em 1960)
2 – Robertão (12º em 1970)
20 – Série A (4º em 1975)
20 – Copa do Brasil (11º em 1997)
17 – Série B (vice em 1999 e 2005)
3 – Série C (14º em 2012)
3 – Série D (vice em 2011)
Central – 30 participações de 1972 a 2013
2 – Série A (36º em 1986)
2 – Copa do Brasil (26º em 2008)
17 – Série B (1º em 1986, não oficializado como título)
6 – Série C (8º em 2000)
3 – Série D (12º em 2009)
Porto – 10 participações de 1994 a 2011
1 – Copa do Brasil (57º em 1999)
8 – Série C (4º em 1996)
1 – Série D (39º em 2011)
Salgueiro – 7 participações de 2008 a 2013
1 – Copa do Brasil (2013, em andamento)
1 – Série B (19º em 2011)
4 – Série C (4º em 2010)
1 – Série D (a disputar, em 2013)
América – 5 participações de 1972 a 1991
4 – Série B (8º em 1972)
1 – Série C (26º em 1990)
Vitória – 5 participações de 1992 a 2005
5 – Série C (11º em 1992)
Ypiranga – 4 participações de 1995 a 2013
2 – Série C (64º m 2006)
2 – Série D (28º em 2012)
Estudantes – 2 participações de 1990 a 1991 1 – Série B (37º em 1991)
1 – Série C (11º em 1990)
Petrolina – 2 participações de 2008 a 2012
1 – Série C (58º em 2008)
1 – Série D (39º em 2012)
Santo Amaro – 1 participação em 1981
1 Série C (vice em 1981)
Paulistano – 1 participação em 1988
1 – Série C (19º em 1988)
Itacuruba – 1 participação em 2004
1 – Série C (23º em 2004)
Unibol – 1 participação em 1999
1 – Série C (28º em 1999)
Serrano – 1 participação em 2005
1 – Série C (43º em 2005)
Centro Limoeirense – 1 participação em 1997
1 – Série C (47º em 1997)
Flamengo de Arcoverde – 1 participação em 1997
1 – Série C (54º em 1997)
Vera Cruz – 1 participação em 2007
1 – Série C (58º em 2007)
O futebol brasileiro passou por uma revolução orçamentária na temporada passada. A renegociação das cotas de transmissão do Campeonato Brasileiro, das Séries A e B, os acordos com operadoras de arenas de norte a sul, a ampliação dos programas de sócios torcedores e as novas fórmulas de contratos de patrocínios e ações de marketing turbinaram de uma forma nunca antes vista as receitas operacionais dos clubes.
O fenômeno se estendeu até Pernambuco, mas de modo heterogêneo. Considerando os balanços agregados de Náutico, Sport e Santa Cruz, o número em 2011 já era considerável, com R$ 76.488.086. Em 2012 houve o grande salto. O acréscimo foi de 66,4%, chegando a R$ 127.321.458, por causa da presença de alvirrubros e leoninos na Série A e as novas cotas de tevê.
Curiosidade: caso a receita tivesse sido dividida de forma igualitária, cada um teria recebido no ano passado exatamente R$ 42.440.486.
Em relação às dívidas, a soma do trio alcança R$ 170 milhões. Assusta.
Os dados do gráfico estão presentes nos balanços financeiros publicados pelos clubes no site da FPF em 26 de março (Tricolor), na Folha de Pernambuco em 29 de março (Leão) e no Diário Oficial do Estado em 28 de abril (Timbu).
O balanço financeiro do Sport com os dados do biênio 2011 e 2012 foi divulgado pelo clube em 29 de março deste ano, no jornal Folha de Pernambuco. Impressiona a receita operacional do Leão no período, justo quando viu o Tricolor, com R$ 30 milhões nos dois anos, conquistar o bicampeonato estadual.
Se em 2011, disputando a segunda divisão nacional, o Leão já havia tido a maior receita do estado com o futebol profissional, com 40 milhões de reais, na temporada passada o time da Ilha do Retiro se superou.
A prestação de contas durante o ano na Série A, na qual acabou rebaixado, apresentou uma receita de R$ 73.098.500. Por mês, cerca de R$ 6 milhões em caixa. Uma verba bem acima da realidade do esporte na região.
Se no campo os resultados não surgiram, apesar da receita, na questão administrativa houve avanço. As dívidas do clube, ao contrário dos rivais, vêm caindo. Atualmente, a soma dos passivos circulante e não circulante é de R$ 27,3 milhões. A diminuição no último ano foi de 39,5%.
Outro número positivo foi o investimento de R$ 4,6 milhões na formação de atletas. O patrimônio do clube, segundo os bens e direitos em operação, com estádio, terrenos, sede social e ginásios, alcança R$ 170.296.298.
No fim de sua gestão, Gustavo Dubeux não titubeou. O Sport encerrou a última contabilidade com R$ 10 milhões em caixa. Surreal até bem pouco tempo…
Náutico e Santa Cruz voltam a medir forças nos Aflitos.
Caso os rivais das emoções não se cruzem mais neste Estadual, o clássico deste domingo poderá ser o último na história do estádio de Rosa e Silva.
A partir da iminente Série A o Timbu mandará os seus jogos na Arena Pernambuco. Portanto, um novo clássico entre alvirrubros e tricolores com mando de campo vermelho e branco seria em São Lourenço da Mata, em 2014
Exercício de futurologia à parte, o Náutico está duas divisões acima do rival e tecnicamente também vive um momento bem melhor na competição.
Mas complexo de inferioridade não é com o Santa, bicampeão pernambucano mesmo divisões abaixo. Com a liderança em jogo, a partida tende a ser bem disputada. Em jogo há ainda um tabu bem favorável ao Náutico, de oito partidas.
Desde o confronto pelo quadrangular final do Brasileiro da Série B de 2005, quando Carlinhos Bala e Andrade marcaram os gols da vitória coral, que alcançaria o acesso, o Timbu segura a marca diante do tradicional rival.
São quatro vitórias e quatro empates, com sete jogos pelo Estadual e um pela esvaziada Copa do Nordeste de 2010. No post, imagens dos oito duelos.
05/11/2005 – Náutico 0 x 2 Santa Cruz (Série B)
02/04/2006 – Náutico 3 x 3 Santa Cruz (Estadual)
25/03/2007 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
01/02/2009 – Náutico 2 x 2 Santa Cruz (Estadual)
27/01/2010 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
28/04/2010 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (Estadual)
10/07/2010 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Nordestão)
30/01/2011 – Náutico 3 x 1 Santa Cruz (Estadual)
04/02/2012 – Náutico 2 x 2 Santa Cruz (Estadual)
Considerando a implantação do sistema de acesso e descenso, criado no Brasileirão de 1988, esta será a nona participação do Sport na segunda divisão.
Além de 2013, cuja tabela básica foi divulgada nesta segunda-feira pela direção da Confederação Brasileira de Futebol, o Rubro-negro da Ilha do Retiro esteve na Série B em 1990, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2010 e 2011.
Campeão em 1990, em uma final contra o Atlético-PR, vice em 2006, subindo após uma goleada sobre o Brasiliense, e 4º lugar em 2011, com a suada vitória sobre o Vila Nova, o Leão tentará neste ano o quarto acesso à elite nacional.
A estreia leonina na competição será em 25 de maio, em Juazeiro do Norte, contra o Icasa. O Sport irá encerrar a campanha contra outro ascendente da terceira divisão, o Paysandu, na Ilha.
Como ocorre desde 2006, o torneio terá vinte clubes, com os quatro primeiros subindo para a primeira divisão e os quatro últimos descendo à terceira.