Sport não precisará de ajuda do rival. O Timbu não ajudaria

A situação da última enquete acabou não se configurando na Série B. O Sport, subindo ou não, não depende do Náutico para isso.

Curiosamente, apenas a torcida rubro-negro votou que não abriria para prejudicar o rival. Será que se essa enquete fosse refeita o resultado seria o mesmo?

Nota-se que com 71% de aprovação, o Náutico não iria colaborar muito. Ao todo, 777 votos, com maioria alvirrubra. Fato raro envolvendo enquete tripla no blog.

Você seria a favor de ver o seu clube do coração, já classificado, “abrir” uma partida apenas para prejudicar o rival, ainda envolvido na disputa pela vaga?

NáuticoNáutico – 334 votos
Náutico – Sim (71,56%, 239 votos)
Náutico – Não (28,44%, 95 votos)

SportSport – 291 votos
Sport – Sim (47,08%, 137 votos)
Sport – Não (52,92%, 154 votos)

Santa CruzSanta Cruz – 152 votos
Santa Cruz – Sim (62,50%, 95 votos)
Santa Cruz – Não (37,50%, 57 votos)

Um sonho rubro-negro de 90 minutos

Série B 2011: Sport 2 x 0 Paraná. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

No sonho de qualquer torcedor rubro-negro, da sexta para o sábado, dificilmente teria sido assim, como a realidade mostrou neste 19 de novembro de 2011.

Mesmo o mais otimista teria colocado um resultado positivo do Vitória ali…

Ou uma vitória do Bragantino no interior paulista…

Afinal, eram dois clubes fortes tecnicamente, brigando pelo G4, em casa, com o apoio da torcida e diante de dois adversários tentando escapar do rebaixamento…

Como, então, esperar uma vitória do Sport e derrotas de Vitória e Bragantino?

E isso no mesmo intervalo de tempo, 90 minutos. Havia descrença demais.

Mas é preciso dizer que a esperança era na mesma dose.

E aconteceu o inacreditável…

Sport 3 x 0 Paraná, Vitória 1 x 2 São Caetano, Bragantino 0 x 1 ASA.

Na despedida do gramado da Ilha, um dos dias mais épicos do estádio.

Não pelo jogo em si, amarrado, com duas expulsões no lado paranaense, mas sim pelo contexto do anúncio de gols tão importantes, ainda mais nos minutos finais…

Loucura total, sobretudo na arquibancada, com 20 mil leoninos. O acesso, que era um sonho, virou uma realidade pra lá de possível, agora no G4.

O Sport está a uma vitória do outrora improvável retorno à primeira divisão.

Confronto no próximo sábado, no Serra Dourada, contra o rebaixado Vila Nova.

O passo dado nesta tarde foi do tamanho da distância até Goiânia… Gigante.

Série B 2011: Sport x Paraná. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

Buzinaço liberado em Rosa e Silva

Festa do Náutico nos Afltos após o acesso. Foto: Bernardo Dantas/Diario de Pernambuco

Buzinaço alvirrubro liberado de vez em Rosa e Silva.

Se havia qualquer temor, ainda que em escala celular, esse sentimento sumiu do mapa.

O sábado em Varginha, no interior mineiro, marcou a evolução do “99%” para o insuperável 100%, ratificando o acesso do Náutico à elite do futebol nacional.

A derrota para o Boa por 2 x 1 não será lembrada. A campanha era tão boa que bastava uma combinação simples para sequer pontuar. O destino estava a favor.

A festa no campo foi merecida, de primeira, com o perdão do velho trocadilho.

O grupo muito bem comandado por Waldemar Lemos superou todas as dificuldades neste longo Campeonato Brasileiro e escreveu uma bonita página nos 110 anos alvirrubros.

Classificado por antecipação à Série A, o Timbu pode, enfim, se planejar para 2012. Para os dois próximos anos, aliás, uma vez que haverá eleição no dia 15 de dezembro.

Desde já, o novo mandatário timbu deverá ter uma receita de R$ 40 milhões no próximo ano. Mais que o dobro da maior receita até então, de R$ 18 milhões.

Economicamente renovado e encorpado, o Náutico dá ao seu torcedor a certeza de um feliz natal e um próspero ano novo.

A festa, repito, está liberada no Recife, novamente com futebol de Série A.

No próximo sábado, dia 26 de novembro, não haverá qualquer lembrança do passado. O jogo, diante da Ponte Preta, será apenas para celebrar o futuro…

O futuro vermelho e branco é azul.

O campeão brasileiro que mais jogou a Série B

Ephialtes, do filme "300"

Apesar da unificação dos títulos através da CBF, o “Campeonato Brasileiro” começou a ser organizado em 1971. Daquele ano até 2001, o Sport participou de 28 edições.

Ou seja, das 31 competições no período, o Leão esteve presente em 90,3%.

Caiu como lanterna em 2001, é bom lembrar. Começou, então, a pior década rubro-negra. Venceu a Copa do Brasil de 2008? Venceu, de forma brilhante e inesquecível.

No entanto, cada vez mais aquela volta olímpica fica configurada como um lance atípico na última década do clube.

De 2002 a 2011 foram sete participações na Série B e apenas três na A.

Caiu em 2009, como lanterna de novo. Tudo isso provavelmente já é público e notório. Portanto, vamos um pouco mas à frente.

O Sport tem, nessas duas rodadas da Segundona, a derradeira chance de retornar à elite, ainda que dependa da combinação de resultados.

Se não conseguir, o Leão se tornará o campeão brasileiro da Série A com mais participações na Série B. Pode mexer com o ego do leonino, o que for. Mas é a verdade.

Atualmente, o clube divide o posto na Segundona com o Coritiba, ambos com 10. Ao todo, 12 campeões nacionais já pisaram no segundo degrau do futebol nacional.

No embalo disso tudo, uma nova geração de torcedores, que cresce vendo o clube em realidade até então inexistente.

A responsabilidade do time comandado por Mazolla é muito maior do que se imagina…

Obs. Bahia, Fluminense e Guarani são os únicos campeões que passaram na Série C.

Filme: 300

Enquete: Você seria contra uma “ajuda” ao rival?

Sonic e Mario

Tal situação não está confirmada, mas poderá ocorrer na 38ª rodada da Série B.

Caso o Náutico confirme a sua vaga na elite na próxima rodada, a Ponte Preta tropece em casa novamente (empate ou derrota) e o Sport ganhe do Paraná Clube, os rubro-negros poderão vislumbrar não só a 4ª vaga – numa briga ferrenha com Bragantino e Vitória -, como sonhar com a 3ª, numa espécie de “bônus”.

No entanto, o empecilho: na 38ª rodada, a Ponte enfrentará o Timbu nos Aflitos. Invicto em casa, bastaria ao Alvirrubro não perder e a ajuda ao Leão estaria selada.

Por que colaborar para um equilíbrio (técnico e financeiro) na temporada seguinte?

Vale ressaltar que essa conjuntura não está confirmada. Por isso, antes da penúltima rodada, uma enquete para medir o sentimento das três grandes torcidas recifenses.

Nota do blog: o histórico nacional com situações deste tipo mostra que a ajuda é bem difícil, diante de rivalidades de décadas. Ou século…

Você seria a favor de ver o seu clube do coração, já classificado, "abrir" uma partida apenas para prejudicar o rival, ainda envolvido na disputa pela vaga?

  • Náutico - Sim (31%, 239 Votes)
  • Sport - Não (20%, 154 Votes)
  • Sport - Sim (18%, 137 Votes)
  • Náutico - Não (12%, 95 Votes)
  • Santa Cruz - Sim (12%, 95 Votes)
  • Santa Cruz - Não (7%, 57 Votes)

Total Voters: 777

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Acesso timbu adiado, mas pra lá de encaminhado

Série B 2011: São Caetano 0 x 0 Náutico. Foto: Roberto Vazquez/Futura Press

Apesar do acesso virtual, com 99% de chance, o Náutico ainda precisava somar mais dois pontos para não depender de qualquer resultado até o fim da Série B.

Um pontinho foi somado neste sábado, no ABC Paulista.

No empate em 0 x 0 com o São Caetano, o Timbu se aproximou de vez da classificação à elite do futebol nacional em 2012, faltando, agora, duas jornadas.

A vaga só não veio porque os adversários na briga pelo G4 venceram na rodada.

A boa presença da torcida alvirrubra no estádio Anacleto Campanella mostrava a confiança em selar o acesso à Série A por antecipação.

Diante de um adversário desesperado, cheirando a Terceirona, o time comandado por Waldemar Lemos não teve vida fácil.

Até teve a vida facilitada, ao jogar boa parte do confronto com um a mais em campo. No entanto, esbarrou em um rival esbanjando raça e uma dose de violência.

No segundo tempo, o Náutico parecia satisfeito com o resultado. Não agrediu tanto e também não deu espaços para qualquer tipo de surpresa.

A “vitória” (vaga) fora de casa acabou sendo deixada de lado…

Porém, de forma cirúrgica, o time pernambucano somou o primeiro dos dois pontos derradeiros, para fechar a conta desta campanha consistente na Série B.

Série B 2011: São Caetano 0 x 0 Náutico. Foto: Roberto Vazquez/Futura Press

Dorme no G4 e acorda para secar

Série B 2011: Sport 4 x 0 Americana. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Nos primeiros instantes, um duelo até certo ponto amarrado.

O Sport errava muitos passes, chutava de qualquer maneira.

Estava visivelmente afobado, tenso.

A três rodadas do fim da Série B do Brasileiro, obrigado a vencer em casa, realmente não deveria estar sendo fácil lidar com aquela pressão interna, por mais que a torcida estivesse, enfim, a favor.

Após cerca de 20 minutos, os rubro-negros, então, acertaram o passe.

Passaram a concluir as jogadas com mais objetividade…

E o primeiro tempo do confronto contra a Americana, na noite desta sexta-feira, na Ilha do Retiro, se transformou numa atuação incrível, com uma avalanche de gols.

Marcelinho Paraíba, num golaço por cobertura, aos 25.

Gabriel, de cabeça após escanteio pelo lado direito, aos 36.

Wellington Saci, em uma bela cobrança de falta, aos 40.

Marcelinho Paraíba, novamente, bateu forte e fez o quarto gol, aos 44.

A vitória sobre a equipe de Roberto Fernandes, um jogo-chave, estava selada, 4 x 0.

Desde já, na Ilha, na etapa complementar, a figa para a secação no sábado…

Aos trancos e barrancos, o Leão de Mazola chegou aos G4. Vai ter um sono bom.

Mas, ao acordar no sábado, a dura realidade. Vale a “secada”, vale o sonho…

Série B 2011: Sport 4 x 0 Americana. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Aos matemáticos: o Náutico subiu

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Antes do jogo desta terça-feira, a chance de acesso do Náutico era de 98%.

Era vencer e comemorar, certo?

Pois o Náutico jogou e venceu novamente, pela 17ª vez no Brasileiro. No entanto, a matemática insiste em não cravar “100%”.

Francamente? Azar o da matemática…

Implacável nos Aflitos, onde segue invicto na Série B, o Timbu precisou ter a cabeça a fria num caldeirão em Rosa e Silva para virar o placar sobre o Barueri por 2 x 1.

O gol sofrido na primeira etapa e aquela apreensão típica de uma decisão acabaram servindo de “molho” para o prato principal da noite, a classificação.

Assim como ocorreu no duelo contra o ASA, na rodada passada, Derley e Kieza finalizaram com muita força para explodir a torcida no estádio.

Sinal de entrosamento, determinação e raça. Uma soma que qualquer torcedor gosta.

Ao chutar as calculadoras para bem longe, até as suas frias realidades paralelas, os jogadores do Náutico comemoraram o acesso à Primeirona após dois anos de esforço.

Volta olímpica.

Lágrimas.

Emoção.

Volta por cima.

Não há raiz quadrada que evite essa festa vermelha e branca por toda a cidade.

Se o Recife ficou congestionado antes do jogo, às 19h30, imagine agora com buzinaço sem hora para acabar nas ruas da capital pernambucana, novamente na elite?

De desacreditado a vencedor, o time comandado por Waldemar Lemos superou todas as adversidades na competição. Todos os jogadores seguiram à risca aos conselhos táticos e pessoais do técnico. Aí sim, 100%, sem conta alguma para provar o contrário.

Matemáticos: o Náutico está de volta à primeira divisão.

Baixe o wallpaper do time alvirrubro na Série A de 2012 clicando aqui.

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Barueri. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Quase um pesadelo, ainda um sonho rubro-negro

Série B 2011: Portuguesa 2 x 2 Sport. Foto: Agência Estado

Festa no Canindé.

Merecidamente, a Portuguesa conquistou o título de campeã brasileira da Série B.

Uma campanha espetacular até aqui, a três rodadas do fim, com 20 vitórias, 12 empates e apenas três derrotas.

Na noite desta terça-feira, com casa cheia, em um cenário bem diferente dos últimos tempos, bastava um empate para a Lusa comemorar o seu primeiro título nacional.

Nervosa, a equipe sofreu um gol com apenas três minutos.

Com muita qualidade técnica e um jogo bem encaixado (há meses), o time paulista virou o jogo no segundo tempo.

Aos 34 minutos da etapa complementar, porém, Róbston empatou o jogo, num contra-ataque do adversário, 2 x 2.

O tal adversário, o Sport, estava praticamente liquidado àquela altura da partida.

Na base da superação, o Rubro-negro trouxe um pontinho do Canindé.

Se o título da Portuguesa já é uma realidade, com muito esforço o Sport conseguiu manter esse sonho do acesso à elite, tão propalado pela massa rubro-negra.

Resta saber como esse time vai acordar ao final da Série B…

O despertador está quase tocando.

Série B 2011: Portuguesa 2 x 2 Sport. Foto: Agência Estado

As propostas estão na mesa. O futuro cada vez mais concreto

André Campos e as propostas para os Aflitos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Eis as nove concorrentes que já oficializaram as propostas para desenvolver projetos imobiliários nos 40 mil metros quadrados de área dos Aflitos:

Gabriel Bacelar, Odebrecht, Moura Dubeux, Conic, Carrilho, Muniz Araújo, Queiroz Galvão, Idom e um consórcio formado por Rossi, Rio Ave e Suassuna Fernandes.

As construtoras entregaram nesta segunda-feira ao presidente do Conselho Deliberativo do Náutico, André Campos, os pesados documentos para a avaliação do clube.

O desejado terreno alvirrubro, cujo futuro deverá ser ocupado por edifícios voltados para as classes A e B e empresariais – todos com percentual de aluguel vitalício para o Timbu -, está avaliado em cerca de R$ 200 milhões.

A resposta sobre o vencedor da licitação deve sair apenas em 2012, já sob nova gestão em Rosa e Silva, cujo processo eleitoral deverá ser bem acirrado.

Com o dinheiro da cota de transmissão da televisão, com a provável participação na elite nacional, além da receita da Arena Pernambuco, a partir de junho de 2013, fica claro que o futuro vermelho e branco é mesmo azul.

A diretoria alvirrubra acredita que todas as dívidas – na casa dos milhões – deverão ser sanadas em três ou quatro anos, caso o clube dispute a Série A no período.

Um novo Náutico se aproxima, aquele imaginado nos sonhos dos alvirrubros há anos.

Resta esperar por uma aplicação responsável de todo este montante no cofre.

Cofre alvirrubro. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco