O atacante acaba de entrar na lista de carrascos do SantaCruz.
Ironia do destino.
Natural da Cidade Patrimônio de Pernambuco, Léo começou a carreira, acredite se quiser, no Íbis. No Pássaro Preto, o pior time do mundo.
Segundo o BID da CBF, seu primeiro contrato profissional foi assinado em maio 2007. Depois, passou pelos também pernambucanos América (2008) e Cabense (2009).
Chegou a ser conhecido como “Léo Batista”. Faltava “apresentar” algo nos gramados.
Após breve passagem no Sousa/PB no primeiro semestre, ele acertou com o time de Sobral até 22 de novembro deste ano. Com a esperança de dias melhores.
Mesmo com o passado no Íbis, Léo Olinda marcou um golaço neste domingo. Para o atacante, esses dias melhores já chegaram.
Para o Santa, esse tempo teima em não chegar… Até o Íbis machuca. Incrível.
Lá, cerca de 20 ônibus levaram os representantes do Povão para assistir ao duelo no estádio do Junco pela famigerada 4ª divisão nacional.
Outros incontáveis milhares ficaram aqui no Recife. Na sede do SantaCruz, mesmo com uma transmissão apenas através do rádio, os torcedores compareceram.
Acima, o retrato pós-eliminação. Após mais uma eliminação.
O post “80 mil razões” se transformou em um bom debate sobre as torcidas pernambucanas, com comentários sobre qual era a maior, a mais presente, a mais fiel… Confira AQUI.
O tema acabou dando a ideia para a nova enquete do blog.
Muitos dizem que torcedor de um clube de futebol é aquele que roda a catraca. Outros tantos dizem que qualquer pessoa tem o direito de torcer, mesmo sem participar ativamente da vida do seu clube do coração.
Então… Vamos ver o que os internautas aqui do blog acham. Coloquei cinco opções na enquete. Veja em qual delas vocês se encaixa.
Na sua opinião, o que é preciso para ser reconhecido como um “torcedor”?
Tem que acompanhar ao vivo todos os jogos do time, no estádio ou via rádio/TV/web
É necessário ter pelo menos uma camisa da equipe. E usá-la de vez em quando
Saber o ano da última conquista, as cores e o grito de guerra
Basta gostar apenas de um clube, mesmo que não o frequente muito
É preciso ser sócio. Em dia
Participe! A enquete está no lado direito do blog…
O SantaCruzenfrenta na tarde deste domingo o Guarany, no interior cearense. Duelo marcado para as 16h. Jogo superdecisivo pelo Brasileiro da Série D.
As armas já são conhecidas. Munição de menos… Emoção demais.
A ilustração acima está na capa do caderno Superesportes, do Diario de Pernambuco, deste domingo. Arte do competente do ilustrador Greg.
A Batalha de Sobral…
A arte foi inspirada em um clássico do cinema americano, “Sete homens e um destino”. Filme rodado em 1961. Saiba mais AQUI.
Película do tradicional gênero western, dirigida por John Sturges, com roteiro de William Roberts, no qual mexicanos e mercenários norte-americanos tentam defender um pequeno vilarejo.
No caso do Tricolor, os 11 pistoleiros/jogadores defendem a continuidade do Mundão do Arruda.
Alguém consegue reconhecer todos o atletas? O líder é o meia Jackson. Tente adivinhar os demais…
A multidão de 50 mil pessoas que foi ao Arruda no domingo passadodeixou claro o tamanho da audiência do SantaCruz.
Seja qual for a divisão nacional…
No mesmo dia, durante uma conversa com a turma do plantão do Superesportes sobre o movimentado 4 x 3 diante do Guarany, surgiu a frase:
“Bem que este poderia ter sido o jogo ao vivo na televisão neste domingo.”
E o papo se estendeu até algo mais concreto: os jogos do Tricolor têm, de fato, potencial para serem exibidos ao vivo na TV.
Porém, nenhuma emissora acertou a transmissão da campanha da Cobra Coral.
Com contratos de patrocínios já amarrados pela Série A, algumas emissoras não fecharam, como Band/Clube e Rede Globo. Outras por desinteresse mesmo.
Então, o jeito foi o próprio clube se mexer, através da TV Coral.
Com o suporte de um de seus patrocinadores, ao custo de R$ 15 mil, o Santa vai exibir pela internet o jogo de volta em Sobral, direto do estádio do Junco (veja AQUI).
Que o Santa Cruz tem um público-alvo generoso, ninguém discute. Mas o fato de estar numa Série D realmente atrapalha qualquer negócio…
Atualização às 19h30. O jogo não será mais transmitido, já que a conexão de Sobral é de 2 megas, e eram necessários 6. Ou seja, só pelo rádio. Haja coração!
Jogando no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o Náutico conquistou a sua primeira vitória fora de casa nesta Série B. Era a largada com 100%.
Foi logo na segunda rodada, em 15 de maio. Naquela ocasião, o Timbu chegou à liderança do Campeonato Brasileiro.
Duque de Caxias 1 x 2 Náutico.
O tempo passou. Aquele Alvirrubro ascendente nos dez primeiros jogos passou a oscilar nas últimas dez partidas. E chega o Duque de novo.
Aquela equipe frágil do início da competição, que chegou a ficar três rodadas na lanterna, se reforçou e passou a assustar. Os rubro-negros que o digam.
Na noite desta sexta-feira, o Duque aparece no caminho do Náutico em um momento de readequação. O técnico Gallo sinaliza com algumas mudanças. Era preciso mexer, compactar o meio-campo, um pouco “acéfalo” até então.
Não será um confronto direto, o popular “jogo de 6 pontos”, já que o Timbu briga é pelo acesso e uma vitória nos Aflitos deixaria isso claro. Aí sim seria um jogo de 6 pontos… Para o time de Rosa e Silva. Se ganhou fora, tem que ganhar em casa. Em tese.
As fotos acima foram registradas nos últimos jogos de Santa Cruz e Sport em seus redutos. Ambos com casa cheia, com presença maciça nas arquibancadas.
Pesquisas de torcida à parte, IBGE à parte, discussões intermináveis de mesas de bar à parte, a verdade é que tivemos nos últimos três dias mais de 80 mil razões para ter a certeza que a rivalidade do Clássico das Multidões move o futebol local.
Domingo, 5 de setembro, Arruda: 50.879 tricolores.
Ou 84,7%da capacidade de 60 mil lugares do Mundão.
O outro lado se viu obrigado a dar uma resposta a tamanha prova de amor.
Terça-feira, 7 de setembro, Ilha do Retiro: 30.073 rubro-negros.
Ou 85,9% da capacidade de 35 mil lugares da Ilha.
Quem saiu ganhando? O futebol de Pernambuco. Fato. Mais de 80 mil pessoas em dois jogos contra, com todo respeito, Guarany de Sobral e Brasiliense, nas Séries D e B…
Não é para qualquer um!
Enquanto isso, tem jogo na Série A de 2010 às moscas. Já pensou se a organização dos clubes seguisse a lógica das arquibancadas? Seria algo além da força regional.
E olhe que ainda tem o Náutico e a sua média regular nos Aflitos. De fato, os pernambucanos fazem a sua parte fora das quatro linhas. Pelo menos nisso.
Hoje em dia, o discurso do politicamente correto se faz quase onipresente no futebol. Mas isso não está restrito apenas aos jogadores e treinadores.
Isso também se estende aos dirigentes.
“É um jogo muito difícil. Temos que respeitar o adversário, que tem muita qualidade”
E por aí vai… Já houve um tempo m que o escracho tomava conta dos bastiores. Mas de forma sadia, pra lá de irônica, provocadora.
Acredite, mas teve clássicos em Pernambuco nos quais os presidentes combinavam por telefone para encher o estádio (a renda era dividida). Depois, apareciam nas rádios.
“A minha torcida vai dominar o clássico”, dizia um.
“Aposto que a minha torcida será maioria”, respondia o outro.
As duas torcidas compravam o desafio e os jogos passavam fácil de 40 mil pessoas. O blog não vai revelar os nomes dos tais dirigentes, ok?
Atualmente, dificilmente aparece alguém para sacudir o futebol.
Mas não é que apareceu um…? Lá em Sobral, no interior cearense. Confira abaixo algumas frases de Luiz Torquato, presidente do Guarany, sobre o confronto contra o Tricolor, na Série D, em entrevista ao repórter Celso Ishigami (veja AQUI).
“Perdemos um jogo (no estádio do Junco) este ano porque colocamos a equipe reserva. Mas somos um time quase imbatível jogando em Sobral. O Santa não tem time para aguentar a pressão não. O time do Guarany é muito melhor. No Recife, jogamos com três desfalques importantissimos. Perdemos porque foi uma idiotice. Meus jogadores desistiram de jogar depois de marca o segundo gol. Tiraram o pé. E quando levaram um gol, deu um branco. Mas aqui vai ser diferente.”
“O Santa não tem time hoje em dia. O Santa Cruz já está morto. Eles não conseguiram construir o placar que queriam jogando em casa. Imagine aqui no caldeirão, numa temperatura de quase 50 graus? Normalmente, faz 38 graus em Sobral. Mas no campo é muito mais quente. Não tem quem aguente. Tenho certeza de que já estamos classificados.”
Com a resposta, o próprio Santa Cruz, no domingo.
Resposta como nos velhos tempos, com a bola rolando.