Vale uma vaga para a Copa no Brasil, em 2013

Copa América 2004: Uruguai 3x1 Paraguai. Foto: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – Uruguai e Paraguai não se enfrentavam na Copa América desde 2004, com o registro da foto acima (Celeste 3 x 1).

O hiato será quebrado com o episódio mais importante da história deste confronto, em uma inédita final na 43ª edição do torneio de seleções mais antigo do mundo.

Veja a relação de jogos envolvendo os rivais na Copa América aqui.

Porém, ainda tem mais em jogo neste domingo, no Monumental de Nuñez…

Além do título continental, o time charrúa e a equipe guarani vão disputar a vaga sul-americana na Copa das Confederações de 2013, a ser disputada no Brasil.

A Copa América vai definir a 4ª vaga por índice técnico para o vestibular do Mundial. Ao todo, serão oito países divididos em dois grupos de quatro, com semifinal e final.

1) Brasil – País-sede
2) Espanha – Campeã mundial em 2010
3) Japão – Campeão da Ásia 2011
4) México – Campeão da Concacaf 2011
5) Uruguai ou Paraguai – Copa América 2011

Demais vagas: Eurocopa 2012, Copa da Oceania 2012 e Copa da África 2013.

O importante é competir

 

Medalhas oficiais da Copa América 2011. Foto: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – A Conmebol realmente gosta de “inovar”, ainda que de forma curiosa, quase sempre para tentar agradar todos os filiados, mesmo sem necessidade.

A entidade apresentou nesta quinta-feira as medalhas oficiais da Copa América de 2011.

Acima, o quadro com quatro modelos autorizados pela Conmebol.

Ao campeão, ouro.

Ao vice, prata.

Ao terceiro lugar, bronze.

Ao quarto lugar, cobre. Cobre?!

Ou seja, Venezuela e Peru poderão jogar tranquilamente no sábado, em La Plata, pois ninguém sairá de mãos vazias no confronto…

Cada seleção classificada à semifinal vai ganhar 30 medalhas, de acordo com a posição, é claro. Os outros oito países vão ganhar diplomas pela participação.

Para o Brasil, então, o importante foi competir…

E a Copa Bolívia vai para…

Troféus da Copa América e da Copa Bolívia. Fotos: Conmebol/divulgação

Buenos Aires – Ao campeão no domingo, o tradicional troféu da Copa América, com direito a uma nova placa na base de madeira da peça ornada em prata.

O modelo é o da esquerda na imagem acima.

A taça para a melhor seleção das Américas, comprada por 2.000 francos suíços em uma joalheria de Buenos Aires, foi doada a Conmebol em 1916 pelo Ministério das Relações Exteriores da Argentina, que realizou a primeira edição do torneio, naquele mesmo ano.

De cara, foi conquistada pelo Uruguai.

À direita, a curiosa Copa Bolívia, destinada ao vice-campeão.

Sim. Trata-se de um troféu oficial para o vice…

Pela Copa, na casa alheia

Bola oficial da Copa América 2011. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Definida a final da Copa América. Após 24 partidas realizadas, confira com ficou a classificação da primeira fase e das primeiras fases eliminatórias aqui.

Abaixo, as estatísticas da final entre uruguaios e paraguaios, somando todas as fases do torneio: PJ – jogos, PC – passes certos, FC – finalizações certas, I – impedimentos.

Uruguai x Paraguai, domingo, às 16h, em Buenos Aires (Monumental de Nuñez)

Copa América 2011, final: Uruguai x Paraguai

Em sua 43ª edição, a Copa América terá uma final inédita. Inédita, mas justa, sobretudo pelo desempenho no período de um ano. Uruguaios e paraguaios vão decidir o título com o respaldo das boas campanhas na última Copa do Mundo, na África do Sul.

A Celeste de Diego Forlán acabou em 4º lugar, enquanto o time guarani, comandado com pulso pelo técnico Gerardo Martino, alcançou as quartas de final pela primeira vez em sua história – foi eliminado pela Espanha, que seria a grande vencedora.

Nesta Copa América, no entanto, a Celeste mostrou mais. Tecnicamente superior, o time uruguaio se defende bastante, mas não desiste do ataque. O Paraguai, em 510 minutos de futebol (incluindo duas prorrogações), não somou uma vitória sequer. Falta um “enganche” para criar algo.  Previsão de muita marcação…

Com duas grandes colônias na capital argentina, o Monumental terá cara de clássico!

Zona mista, uma zona

La Plata – A popular “zona mista”, uma área reservada para entrevistas depois dos jogos, já havia sido tema de um post no blog nesta Copa América (relembre aqui).

Aqui vai, então, um vídeo gravado pelo blog na cobertura do primeiro finalista da competição, o Uruguai, deixando claro o desespero de alguns periodistas.

É ou não é uma zona?

América 23 – Sem medo de ser gigante

Copa América 2011: Uruguai 2x0 Peru. Foto: AFA/divulgação

La Plata “Soooy, Celeste. Soooy, Celeste… Soooooy, Celeste. Celesteeeee, soy yo!”

Ecoou forte o grito da torcida uruguaia no Estádio Único, que desde a geração de Enzo Francescoli, encerrada em 1995, não tinha tanta alegria com o futebol como o time de Diego Forlán, Luis Suárez e Lugano.

Ainda na segunda-feira seis mil ingressos foram vendidos em Montevidéu em menos de duas horas. Depois, haja balsa para levar tantos hinchas à Argentina.

Tudo para apoiar a seleção do Uruguai, na noite desta terça, colocando o país novamente em uma final de Copa América, o que não ocorria há 12 anos.

Depois de um primeiro tempo de dar sono – muitos acordaram com o apito final do árbitro -, o Uruguai demonstrou mais vontade na etapa final, apesar do frio de 5 graus.

Copa América 2011: Uruguai 2x0 Peru. Foto: AFA/divulgação

Então, a Celeste passou a pressionar pelos lados, abrindo espaços na defesa peruana, visivelmente preocupada em não cometer faltas, em não oferecer a bola parada.

A consequência disso foi um chute seco de Forlán, de fora da área, aos 7. O goleiro deu rebote, Suárez apareceu rápido e tocou no canto, fazendo metade do estádio vibrar.

Logo depois, aos 12 minutos, em um contragolpe, Alvaro Pereira tocou para Suárez. O atacante aproveitou driblou o goleiro e tocou calmamente para as redes.

Sem dar espaço para outra zebra, os bicampeões munduais venceram o Peru por 2 x 0 e vão em busca da 15ª taça continental, em busca da hegemonia na competição.

O renascimento absoluto está perto.

O bom exemplo das arquibancadas argentinas

Copa América 2011: Uruguai x Peru, na semifinal. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Se tem algo que me chamou a atenção nesta Copa América na Argentina, desde a primeira cobertura in loco, foi o comportamento ordeiro das torcidas.

Pela localização do país, e pela quantidade de colônias das demais nações hispânicas no continente, o número de torcedores “visitantes” foi enorme no torneio.

Na foto acima, peruanos (vermelho) e uruguaios (azul) dividem o mesmo setor do estádio Único, a popular norte. E olhe que o jogo é a semifinal, nesta terça!

Não cordão de isolamento, centenas de policiais, clima de tensão? Nada.

O mesmo ocorreu nos outros jogos, inclusive no clássico do Rio da Prata, em Santa Fé, com 6 mil uruguaios dividindo o Cemitério dos Elefantes com outros 31 mil argentinos.

Bandeiras foram liberadas, grandes, pequenas. Com haste, também. Até mesmo aquela fumaça colorida. Impressiona saber que um cenário assim é quase impossível no futebol “clubístico”, sobretudo o pernambucano, a minha base de comparação.

Quem sabe a Copa do Mundo de 2014 não sirva para implantar isso no país. De vez em quando é bom copiar as boas ideias das arquibancadas também…

Entrando numa fria na Copa América

La Plata – E o blog foi ficando… Depois da eliminação brasileira com um desempenho ridículo nas penalidades, a volta para o Recife era questão de horas.

Porém, aqui estamos na região sul de Buenos Aires, mais uma vez, no estádio Único, para assistir à semifinal da Copa América entre Uruguai e Peru.

Mas, neste exato momento, o termômetro está perto de 4 graus, com uma ventania daquelas – a cancha é aberta entre a arquibancada e a cobertura – , deixando a sensação térmica muito pior. Bronca nas tribunas e, principalmente, no campo. Não deve ser fácil jogar nesse contexto.

Portanto, este é o post mais congelado desta cobertura do blog na Argentina.

Sobre o jogo, o Peru, quem diria, não perde da Celeste na competição há 28 anos…

Plasticidade demais, objetividade de menos

Estatísticas de dribles na Copa América. Crédito: Conmebol

Buenos Aires – Análise do futebol a partir dos números… Neste post, o duelo um contra um, do driblador diante do marcador, nesta Copa América de 2011.

Acima, um quadro estatístico da Conmebol sobre a competição continental apenas com os dribles aplicados por todas as seleções.

O dado considera a soma dos jogos na fase de grupos e das quartas de final.

Vale como curiosidade…

Nos dribles, brasileiros e argentinos estão muito, mas muito acima dos rivais.

Dos quatro semifinalistas, o Peru foi o que mais fintou além das superpotências, mas, ainda assim, foram 28 a menos que a Argentina e 47 em relação ao Brasil.

A arte está encravada no futebol praticado na Albiceleste e na Canarinha, mas, pelo visto, a objetividade precisa voltar à pauta, urgente!

O contraponto à lista de dribles é o ranking de desarmes. Aí, “curiosamente”, os quatro semifinalistas estão entre os cinco primeiros. O Brasil bem que tentou roubar a bola…

Destaque para o Paraguai, que não dribla ninguém e desarma todo mundo!

Veja mais estatísticas da Copa América clicando aqui.

Estatísticas de desarmes na Copa América. Crédito: Conmebol

Melhor que no videogame

Copa América 2011: Argentina 1x1 Uruguai, com vitória da Celeste nos pênaltis. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Ainda em tempo de fazer um registro após assistir in loco a uma atuação de Lionel Messi. Sim, aquele craque do Barcelona, eleito o melhor jogador de futebol do mundo nas últimas duas temporadas, é realmente genial.

Nunca fui à Europa. Obviamente, nem cheguei perto do Camp Nou. Exibições de gala do craque argentino, só mesmo pela televisão.

Mas tive a chance em Santa Fé, a 476 quilômetros da capital argentina, no superclássico de seleções do Rio da Prata. Seria uma oportunidade daquelas…

Messi é, de fato, melhor que nos videogames. Primeiro porque ele parece se mexer em campo sempre com o comando de “velocidade” apertado, o tempo todo, sem desgaste e com a bola colada no pé. O popular “quadrado”, para o chute, sai sempre calibrado, direcionado. É como se Alguém lá em cima estivesse com o joystick na mão…

A Argentina não passou das quartas de final? Messi não balançou as redes uma vez sequer? Futebol não se resume só a isso. Não mesmo.

No Cemitério dos Elefantes, com uma técnica muito acima da média – principalmente na sua própria seleção – , La Pulga deu o melhor de si em campo diante do Uruguai, com passes genais (“x” ou “triângulo”), lançamentos, como o que resultou no gol de Higuain, apertando a “bola” do controle”, e dribles incríveis.

Durante quase toda a partida, e foram 120 minutos de futebol, é bom lembrar, Lionel  foi cercado e caçado por dois ou até três uruguaios. Cáceres, Pérez e Lugano tiveram muito trabalho. Quase sempre, parando o camisa 10 da albiceleste com falta. Na maioria das vezes, porém, viram o argentino passar voando.

No fim, cabisbaixo, frustrado, destruído, Messi ainda foi aplaudido. Com companheiros à altura, como os do Barça, ele chega perto de se tornar imparável.

Basta que a bateria do controle não acabe…

Controle do Playstation