Estádio Único, literalmente

 

Estádio Único de La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – O estádio Ciudad de La Plata, ou Único, como foi rebatizado, é um show à parte nesta Copa América na Argentina. Belíssima, a cancha é apontada como a mais moderna do continente e irá receber uma das semifinais.

Alguns detalhes: 36 hectares de área, 36 mil lugares, 180 camarotes, 8 rampas de acesso, 12 postos de segurança vom 30 câmeras de monitoramento, 12 pontos de alimentação – sendo um deles um restaurante para 300 pessoas – , 3.500 vagas no estacionamento, 4 vestiários para os times e 2 para os árbitros, 4 ginásios para o pré-aquecimento das equipes, 4 salas de entrevista, sistema de wi-fi… Além dos 4 telões, com 35 m² cada um.

Inagurado em 2003 e remodelado em 2010, o estádio custou cerca de US$ 100 milhões.

La Plata, quase cinza

La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

La Plata – Não fosse pelo Estudiantes, quatro vezes campeão da Libertadores, talvez a cidade de La Plata passasse despercebida no cenário internacional. Com um inverno mais rigoroso que o de Buenos Aires e ruas cinzentas além de seu centro econômico, o local não chama muito a atenção…

Com 560 mil habitantes na região metropolitana, a cidade é a capital da província de Buenos Aires, que, por ser a capital federal, precisou abrir mão do “título”.

A estrutura de La Plata tem inúmeras ruas em diagonais em relação ao centro – na Plaza Moreno -, o que acabou gerando o apelido de Ciudad de las Diagonales.

Uma curiosidade da fria La Plata , com termômetro de até -5º C, é o período entre 1952 e 1955, quando foi chamada de Eva Perón, homenageando a eterna Evita dos argentina. Após a queda do presidente Juan Perón, voltou à denominação original, de 1882.

O percurso até estádio Único, na região de Tolosa, passa pela zona residencial de La Plata, predominantemente “horizontal”, com pouquíssimos edifícios.

Apesar dos pesares, U2 e Aerosmith já se apresentaram por lá…

La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Indo para La Plata na sombra da Bombonera

Estrada de Buenos Aires até La Plata. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Dois dias após a decisão do título mundial Sub-17, uruguaios e mexicanos voltam a se enfrentar, agora na categoria principal. O time de Forlán tem uma chance enorme para “vingar” a prata dos meninos da Celeste.

O blog irá assistir ao jogo pela Copa América, nesta terça, em La Plata. Durante o trajeto de 60 quilômetros é possível ver o estádio La Bombonera com uma visão ampla do bairro de La Boca, em uma das regiões mais humildes da capital argentina.

No estádio Único, em La Plata, Uruguai e México vão disputar uma espécie de “oitavas de final” da Copa América, uma vez que o jogo virou um confronto de eliminação direta.

Apenas um time voltará no sentido contrário desta estrada festejando.

Invasão celeste

Torcedores do Uruguai em Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Uma invasão esperada, via aérea, marítima e terrestre. Uma avalanche de uruguaios chegou na capital argentina para o decisivo confronto da Celeste na Copa América, até porque a Montevidéu está a apenas 300 quilômetros, pelo Río de la Plata.

Como o duelo contra o México será somente à noite, em La Plata, a cerca de 40 minutos de ônibus, os hinchas da República Oriental do Uruguai aproveitaram a manhã para passear em Buenos Aires. Andando pelo centro foi fácil encontrar vários deles com bandeiras, uniformes e muito otimismo.

Alguns saíram do interior do país, como Gustavo Marquez, que viajou 600 km desde San José com um grupo de mais 15 pessoas. Fanático pelo Peñarol, diga-se.

“Vamos ganhar essa Copa enfrentando Brasil e Argentina. Será como em 2014.”

A fase atual do futebol charrúa, com nomes como Forlán, Cavani e Luís Suárez, encheu o povo de confiança, e eles vêm batendo na trave, com o 4º lugar na Copa do Mundo, vaga nas Olimpíadas de 2012, vice da Libertadores e no Mundial Sub-17.

Para os bicampeões mundiais (1930 e 1950), chegou a hora de consolidar a renovação. Então, sonham com a taça continental, que seria a 15ª da história do país. O feito tornaria o Uruguai no maior campeão da Copa América. Não é bom duvidar desta gente…

Sem aposentadoria das arquibancadas

Torcedor mexicano em Buenos Aires durante a Copa América 2011. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Sentado na praça, tranquilo, Miguel Angel Pallares tomava um isotônico depois de uma longa caminhada pelas calles da capital da Argentina. Havia acordado cedo, otimista. Colocou o boné e o uniforme da seleção mexicana e foi passear.

Ao blog, disse que já havia andado cerca de duas horas até a Casa Rosada – sede do governo federal -, onde pegou o metrô para Retiro, onde ocorreu a entrevista. Sozinho, ele vem acompanhando o México na Copa América. Antes, no último dia 8, ele esteve em Mendoza, do outro lado do país, para apoiar a sua seleção contra o Peru.

Nem a derrota por 1 x 0 diminuiu a confiança na classificação do time convidado. A motivação vem da juventude do futebol local, sobretudo da equipe Sub-17, que conquistou o título mundial da categoria no domingo, diante do próprio Uruguai.

“Ganhamos com os meninos e vamos ganhar do Uruguai na Copa América também. Não vejo nada para tirar a minha confiança. O México está crescendo no futebol e precisa de apoio. Gosto de viajar sempre para as competições oficiais.”

Pallares, de 63 anos, mora na Cidade do México, local da final do Mundial Sub-17, no estádio Azteca. No fim da entrevista ele ainda tirou uma onda.

“Você anda vai fazer essa entrevista de novo, mas em 2014, no seu país”.

Enquete: Tecnicamente, eis a Copa América

Buenos Aires. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Dos 26 jogos previstos para a disputa continental, 12 já foram realizados. Com quase metade das partidas até aqui, já é possível fazer uma pré-avaliação do nível técnico da Copa América, através da nova enquete do blog.

Até o fim da enquete, no próximo domingo, o torneio na Argentina terá mais dez jogos, entre fase de grupos e quartas de final.

Na foto, a Avenida 9 de Julio, a principal da capital, em homenagem à independência argentina, comemorada no último sábado (veja aqui).

Como você avalia o nível técnico da Copa América de 2011?

  • Fraco (64%, 139 Votes)
  • Razoável (26%, 57 Votes)
  • Bom (10%, 22 Votes)

Total Voters: 218

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Abaixo, os resultados da última enquete, sobre a campanha do Brasil. Pessimistas de plantão somaram 15%. Porém, a opção não está descartada…

Qual será o desempenho do Brasil na Copa América de 2011?

  • Campeão (47%, 75 Votes)
  • Semifinalista (16%, 25 Votes)
  • Primeira fase (15%, 24 Votes)
  • Vice (11%, 18 Votes)
  • Quartas de final (11%, 18 Votes)

Total Voters: 160

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Malandragem pela Copa

Bola da Copa América 2011. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Neste domingo começa a última rodada da fase de grupos da Copa América de 2011. Em Santa Fé, Colômbia enfrentará a Bolívia a uma vitória da liderança da chave A. só um jogo? A Argentina só jogará na segunda, sabendo do resultado.

O fato, que causa distorção na disputa pelo troféu, acontecerá nos três grupos do torneio, beneficiando, curiosamente, os três campeões mundiais do continente, Brasil, Argentina e Uruguai. Na Copa do Mundo a rodada derradeira ocorre ao mesmo tempo.

Copa AméricaNota-se abaixo, com a série de jogos em ordem cronológica, que o Brasil ainda tem mais uma vantagem.

A Seleção disputará o 18º e último jogo da fase classificatória, podendo, assim, configurar todo o chaveamento das quartas de final da Copa América.

Malandragem da Conmebol, da CBF ou da Traffic, organizadora do evento? Há também a opção “todas as respostas anteriores”, em caso de dúvida.

Grupo A
10/07, 16h00 – Colômbia x Bolívia (Santa Fé)
11/07, 21h45 – Argentina x Costa Rica (Córdoba)

Grupo C
12/07, 19h15 – Chile x Peru (Mendoza)
12/07, 21h45 – Uruguai x México (La Plata)

Grupo B
13/07, 19h15 – Paraguai x Venezuela (Salta)
13/07, 21h45 – Brasil x Equador (Córdoba)

América 9 – A história ainda será feita em Mendoza

Copa América 2011: Argentina 1x1 Uruguai. Foto: AFA/divulgaçao

Buenos Aires – Se a cidade de Jujuy já se despediu da Copa América após dois jogos, agora finalmente ocorreu a estreia de Mendoza, a quarta maior cidade do país.

Com 1 milhão de habitantes e um estádio com 45 mil lugares (Malvinas Argentinas), Mendoza estará presente até a semifinal do torneio.

Lá, a história do futebol já se fez presente. Em 1978, no último Mundial na América do Sul, o holandês Resenbrink anotou o gol nº 1.000 das Copas.

A noite desta sexta-feira, certamente, não foi um dos maiores capítulos esportivos de Mendoza, mas Uruguai e Chile fizeram uma partida de muita luta, com sete cartões.

Na Celeste, ressabiada pelo tropeço diante do time do Peru, duas chances perdidas nos primeiros 45 minutos com Suárez (travessão) e Forlán. E só.

No segundo tempo, aos 8, Pereira, após boa trama dentro da área, finalizou rasteiro. Festa uruguaia, curta. Maior aposta da Roja, Alexis Sanchéz empatou.

O empate em 1 x 1 deixou o caminho aberto para a história,, inclusive em Mendoza.

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Chile. Foto: AFA/divulgaçao

Aquecido pelo distintivo nacional

Cachecol das seleções da Copa América. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Buenos Aires – Dos 26 jogos programados para a Copa América de 2011, na Argentina, 18 vão começar no mínimo às 18h30, já no início da noite.

Obviamente, esse horário colabora para um frio mais intenso nos estádios durante a competição, abaixo de 8 graus, como o blog já havia postado (veja aqui).

Então, para os torcedores/hinchas, o jeito é ir aos jogos com bons agasalhos. Na Rua Florida, a venda de cachecol é o destaque nas “ofertas” espalhadas pelo chão.

A peça “genérica”, com os símbolos das seleções, custa 35 pesos, ou R$ 14. Nota-se que seis países participantes foram preteridos…

América 5 – Celeste também escondeu o jogo

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Peru. Foto: AFA/divulgação

Buenos Aires – Em San Juan, no início de uma rodada dupla pelo grupo C, mais um favorito não correspondeu à expectativa…

Antes da abertura da Copa América, os três campeões mundiais do continente eram apontados como “Argentina de Messi”, “Brasil de Neymar” e “Uruguai de Forlán”.

Equipes com uma “cara”, de qualidade. Porém, depois dos empates dos dois primeiros países contra Bolívia e Venezuela, respectivamente, a Celeste seguiu o caminho e também empatou com uma equipe tecnicamente inferior.

O empate em 1 x 1 com o Peru, nesta segunda, manteve o torneio sem brilho nos gramados, devido à economia dos atacantes.

Após os gols na primeira etapa, Diego Forlán, eleito como o melhor jogador do último Mundial, teve uma chance daquelas para virar o jogo.

Na frente da barra, cara a cara com o goleiro… Isolou. Chutou por cima.

Mas, assim como brasileiros e argentinos, os uruguaios ainda têm crédito na Copa América. O bom futebol pode, sem problemas, voltar na próxima rodada. É o limite.

Copa América 2011: Uruguai 1x1 Peru. Foto: Conmebol/divulgação