500 mil motivos para acreditar

R$ 500 mil por mês?O homem vem forte…

O secretário de Desenvolvimento Econômico do estado, Fernando Bezerra Coelho, assume, neste exato momento, a presidência executiva do Santa Cruz para o biênio 2009/2010.

Ele já chega ao Arruda prometendo uma receita de R$ 500 mil por mês para o futebol do Tricolor. “Já tem gente dizendo que não iremos conseguir esse valor, mas já estamos trabalhando para conseguir isso”, garantiu o agora mandatário coral em entrevista às rádios locais.

Para quem estava se reforçando há duas temporadas apenas com jogadores do futebol paraibano e de Rondônia (com todo respeito), esse valor já deve estar fazendo muito torcedor sonhar com um time decente depois de um bom tempo.

Segundo o vice de futebol leonino, Guilherme Beltrão, a folha mensal do Sport gira em torno de R$ 800 mil.

A do Náutico, de acordo com o presidente Maurício Cardoso, fica entre R$ 500 mil e R$ 600 mil.

Ou seja, mesmo três degraus abaixo dos rivais, fica claro que o Santa Cruz terá poder econômico para conseguir voltar a brigar pelo título pernamabucano, caso a idéia da nova gestão seja mesmo colocada em prática.

O futebol pernambucano sairá fortalecido com isso.

Cazá x Casaca

Sport e Vasco se enfrentaram na Ilha pela última vez em 21 de maio de 2008. Vitória do Sport por 2 x 0Pelas cores e composições das torcidas (com presença em massa em todas as camadas sociais), o Sport tinha tudo para ter o Flamengo com um clube aliado em sua história.

Mas não foi o caso. A cisão, que começou a ser desenhada em 1982, aconteceu em 1987, com a polêmica sobre o título brasileiro daquele ano.

Mas essa aproximação aconteceu justamente com o maior rival do rubro-negro carioca, o Vasco.

O próprio título de 1987 tem uma ligação direta com o Vasco, pois o regulamento oficial da competição – com o cruzamento dos módulos Amarelo e Verde – foi assinado por Eurico Miranda, representante do Vasco e do Clube dos 13 no Conselho Arbitral do Brasileirão. O curioso é que depois da bronca toda, Eurico tentou contestar a sua própria decisão. Não adiantou.

Ademir Menezes, artilheiro do Sport no Pernambucano de 1941, com 11 golsPara o Vasco, o Sport mandou também as suas maiores revelações.

Ademir Menezes, em 1942.

Vavá, em 1951.

Almir Pernambuquinho, em 1957.

Juninho Pernambucano, em 1995.

Quatro craques. Que honraram não só o Sport como todo o estado.

E o quer dizer então do grito de guerra das duas torcidas?

Idênticos. Ou quase isso… Enquanto os leoninos gritam “cazá, cazá”, os vascaínos dizem “casaca”.

No Vasco, Ademir formou o "Expresso da Vitória", maior time do clube carioca em todos os temposNão importa. De um jeito ou de outro, a turma é mesmo boa.

E é mesmo da fuzarca.

Nesta quarta, o Vasco será o rival na Ilha. Desesperado, o time carioca segura a lanterna do campeonato com força. Vasco que foi coadjuvante na noite da profecia de Carlinhos Bala, que após a semifinal da Copa do Brasil avisou: “Deus me disse que o Sport será o campeão“.

Falando em Bala, ele soltou outra pérola ontem. O atacante/ala/meia/profeta/apresentador de dvd afirmou que o Sport não poderá mais cochilar nos jogos, e principalmente nesta rodada, pois a partida começará às 22h… Poisé.

FBC superstar

A posse de Fernando Bezerra Coelho na presidência do Santa Cruz vem mesmo sendo marcada como um “divisor de águas” no clube coral. FBC assume o comando executivo do Tricolor nesta noite, às 18h. Abaixo, a campanha publicitária (desenvolvida pela Level Comunicação) sobre a posse do novo mandatário.

No texto, é fácil perceber a ambição da nova diretoria (que vem falando bastante mesmo…). A missão, no entanto, será difícil. Confira abaixo o anúcio que foi veiculado na edição de hoje do Diario de Pernambuco (na editoria Brasil):

Campanha publicitária do Santa Cruz

Volta ao mundo sem sair do Brasil

Arena da Floresta, o projeto acreano para a Copa do Mundo de 2014. A primeira fase já está pronta

De vez em quando aparece um maluco com alguma idéia fixa de dar a volta ao mundo, num balão com pouco gás, num aviãozinho fuleiro ou num barco com um remo só. Até conseguem. Mas para isso, porém, é necessário percorrer 40 mil quilômetros. É chão (no caso, ar ou mar) demais…

Pois o Rio Branco fará isso tudo e muito mais, sem cruzar um centímetro sequer da fronteira do Brasil. O time acreano terá que viajar 52 mil quilômetros país afora no octogonal final da Série C, como noticiou o Globo Esporte na última segunda. É o preço para tentar garantir uma vaga na Série B de 2009.

Na estréia, no último sábado, foram 4.200 quilômetros, distância entre a capital do Acre e a cidade gaúcha de Pelotas, onde o Estrelão (apelido do Rio Branco) enfrentou o Brasil. O time saiu de Rio Branco às 2h da madrugada de quinta-feira para viajar até Brasília. De lá para Porto Alegre, onde o elenco chegou às 13h. Já no Rio Grande do Sul, o time seguiu de ônibus até Pelotas. Mais 3h30 de viagem na região sul estado ( “sul do sul”? Era longe mesmo, viu…). E isso tudo para perder por 2 x 1.

Rio Branco Football Club, campeão da Copa Norte de 1997Como eu já havia dito no post sobre a Terceirona, estou torcendo pelo Rio Branco nesta fase. A última vez em que o Acre esteve na Série B foi em 1991, quando Independência e Rio Branco não passaram da primeira fase. O destaque atual do Alvirrubro é o atacante Testinha. Lá também está o volante César Baiano, que teve uma passagem meteórica no Santa Cruz em 2007. Ah, e o velho César Baiano foi expulso na estréia…

Estádio – Atualmente, o Rio Branco joga na novíssima Arena da Floresta (foto acima), que é o projeto do estado para a Copa do Mundo de 2014. Por enquanto, apenas a primeira fase da obra foi inaugurada, e a capacidade ainda é de 14 mil pessoas, com 100% dos assentos sendo cadeiras. Um belo exemplo.

A Arena da Floresta foi construída na área do antigo aeroporto da cidade.

Por sinal, já que o novo Aeroporto Internacional de Rio Branco ficará bastante movimentado nas próximas semanas (devido às viagens do Estrelão e dos adversários), aqui vai a ficha do local, inaugurado em 22 de novembro de 1999.

Sítio Aeroportuário
Aeroporto Internacional de Rio Branco, inaugurado em 1999Área: 38.400 m²
Dimensão da pista: 2.158m x 45m
Terminal: 270 mil passageiros/ano
Vôos diários: 14
Estacionamento: 136 vagas
Balcões de check-in: 7
Distância do centro de Rio Branco: 7 km

Obs. Apesar de jogar na nova arena estadual, o Rio Branco é dono do estádio José de Melo, com capacidade para 8 mil torcedores.

Campeão acreano 25 vezes, o maior título do clube é a Copa Norte de 1997, quando bateu o Remo na final, em pleno Mangueirão,  por 2 x 1.

007 do Janga

Abaixo, a segunda matéria da série de reportagens “Craque da Comunidade”, produzida pelo repórter Lucas Fitipaldi, publicada na edição do dia 6 de outubro no Aqui PE.

O craque do Janga – Jame

Jame é figurinha carimbada nas peladas do JangaJammerson Moraes, o Jame, é figurinha carimbada nos campos de pelada do Janga. Como ele mesmo gosta de dizer, “não tem uma pessoa que não me conheça nos campinhos da área”. Aos 29 anos, é o exemplo do peladeiro fiel. Joga bola praticamente todos os dias, com exeção da segunda-feira.

É reconhecido como craque, disputado praticamente à tapa em dias de jogos. Uma rotina que sempre fez parte da sua vida. “O futebol é tudo pra mim. Sou daqueles que fico meio pra baixo, triste, quando preciso parar por algum motivo”, confessa.

Nem as responsabilidades de um pai de família consegue afastar Jame da rotina de boleiro. Seu nome sempre esteve associado ao futebol. Está no sangue. Uma paixão de família. “Essa coisa de peladeiro vem de muito tempo. Meu avô era muito bom e meu tio manteve a tradição.” Desde muito novo, o talento do garoto era visível. Aos 12 anos, Jame já jogava entre os adultos, com a camisa do Sporting, um time de várzea fundado pelo tio citado.

Jame diz curtir a fama de craque no seu bairro“Lembro que eu entrava para jogar com um medo danado. Mas quando a bola rolava eu ia pro pau.. Ali foi uma escola pra mim”, conta. Apesar de toda técnica, sua função dentro de campo não é fazer gols. “Gosto de marcar quem é bom”, diz.

A maior satisfação, no entanto, é se sentir prestigiado. Ter moral nas peladas faz bem ao craque. “O que eu gosto é chegar no campo e ser disputado. É passar quatro meses sem aparecer e quando voltar todo mundo me querer no time”. Comerciante, dono de uma loja de cosmédicos, Jame terá sempre a alma de boleiro.

Perfil do craque
Nome: Jamesson Moraes
Apelido: Jame
Idade: 29 anos
Posição: volante
Pé: direito
Qualidades: Muita pegada e técnica
Jogada favorita: Chute de longa distância
Com a bola ele lembra: Josué
Altura: 1,72 m
Peso: 74 quilos
Ídolos: Roberto Carlos e Ronaldo
Recado: “Não tem uma pessoa que não me conheça nos campos aqui da área”
Estilo: autoconfiante e tranqüilo