Paraguay peleador

Paraguaios festejam a vitória diante do Uruguai, em 17 de outubro de 2007Um time forte no ataque e na defesa. Um equilíbrio que resulta em muitos pontos na classificação. Mas como em qualquer equipe, nem sempre esse equilíbrio é alcançado. Mas aí, vai mesmo na garra, que contagia toda a torcida.

Estou falando da Seleção Brasileira? Não. A atual está longe disso. A descrição poderia se encaixar perfeitamente na Argentina. Mas os hermanos também vem patinando nas Eliminatórias.

Ao contrário do Paraguai, que vem mostrando força a cada rodada e lidera com folga as Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2010. O time do gorducho atacante Cabañas (piada pronta) soma 23 pontos em 10 rodadas, seis a mais que o Brasil, o 2º lugar, apesar do empate fuleiro diante da Colômbia, no Maracanã.

A imprensa brasileira costuma dizer que atrapalha bastante o fato de a Canarinha ser formada por jogadores “que atuam há bastante tempo na Europa e acabam sem identificação”. Mas no time dos vizinhos é a mesma coisa. E não vem atrapalhando em nada. Dos 11 titulares que venceram o Peru em Assunção, na noite desta quarta, apenas um jogador atua no país (o meia Victor Cáceres, do Libertad).

Pontos corridos – O Paraguai sempre cambaleou nas Eliminatórias, que tinham um novo regulamento a cada 4 anos. Isso mudou radicalmente na seletiva para o Mundial de 1998, quando a Conmebol adotou os ‘pontos corridos’ com todas as federações da América do Sul. Foi a arrancada do país, que vem mostrando uma capacidade incrível nesse sistema.

Em 1998, o Paraguai ficou em 2º lugar, a apenas um ponto da Argentina (apesar de ter tido mais vitórias, 9 x 8). Em 2002, ficou em 4º, também garantindo a sua vaga. Mesma posição na última edição. Contabilizando os dados das últimas 4 Eliminatórias (62 jogos, incluindo a atual), o Paraguai tem um ótimo aproveitamento de 59,13%, com 33 vitórias, 11 empates e 18 derrotas.

Se estivesse disputando a Série A do Brasileiro, estaria brigando no G-4. Mas sabemos que não está. Está além disso, sempre caminhando rumo a uma nova Copa do Mundo.

Você pode ver a classificação da eliminatória sul-americana clicando AQUI.

Paraguai/2010 – 23 pontos, 10 jogos, 7 vitórias, 2 empates, 1 derrota

Caminhada paraguaia para a Copa de 2010

Cabañas, o gordinho que despachou o Flamengo da Libertadores-2008 e ainda marcou contra a Seleção13/10/2007 – Peru 0 x 0 Paraguai
17/10/2007 – Paraguai 1 x 0 Uruguai
17/11/2007 – Paraguai 5 x 1 Equador
21/11/2007 – Chile 0 x 3 Paraguai
15/06/2008 – Paraguai 2 x 0 Brasil
18/06/2008 – Bolívia 4 x 2 Paraguai
06/09/2008 – Argentina 1 x 1 Paraguai
09/09/2008 – Paraguai 2 x 0 Venezuela
11/10/2008 – Colômbia 0 x 1 Paraguai
15/10/2008 – Paraguai 1 x 0 Peru

Com a força do Maraca

Maracanã, como nos velhos temposA Seleção Brasileira enfrentará a Colômbia logo mais no velho Maracanã. Devido à crise pela qual passa a equipe brasileira, a expectativa inicial era de um público pequeno para o primeiro jogo do returno das Eliminatórias da Copa (marcado para as 22h).

Chegou a ser especulado se o jogo desta noite poderia marcar o recorde negativo de público na história da Seleção no estádio Mário Filho, palco maior da Canarinha desde 1950.

Mas – felizmente – não será possível, já que apenas nos primeiros de dias de venda de ingressos foram comercializados 30 mil bilhetes. O “recorde” foi estabelecido em 9 de junho de 1976, quando o Brasil venceu o Paraguai por 3 x 1, pela Taça Atlântico. Apenas 28.820 pessoas viram aquele jogo. E olhe que estavam em campo ninguém menos que o flamenguista Zico e o vascaíno Roberto Dinamite, ídolos das maiores torcidas do Rio.

Zico e Roberto Dinamite podem não até não ter deixado o jogo tão atrativo assim, mas quando eles se enfrentaram a história foi bem diferente… Naquele mesmo ano, em 4 de abril, o Flamengo venceu o Vasco por 3 x 1, com mais de 174 mil pessoas lotando as arquibancadas do maior estádio do mundo. Aquele foi simplesmente o 4º maior público registrado no estádio. Ao contrário do que diz a regra matemática, a ordem dos fatores alterou o produto. Excepcionalmente nesse caso.

Mariores públicos do Maracanã
1º) 200.000 – Brasil 1 x 2 Uruguai (16/07/1950) (estimado)
2º) 183.341- Brasil 1 x 0 Paraguai (31/08/1969)
3º) 177.020 – Flamengo 0 x 0 Fluminense (15/12/1963)
4º) 174.770 – Flamengo 3 x 1 Vasco (174.770)
5º) 174.599 – Brasil 4 x 1 Paraguai (21/03/1954)
6º) 171.599 – Fluminense 3 x 2 Flamengo (15/06/1969) *
7º) 165.358 – Flamengo 0 x 0 Vasco (22/12/1974)
8º) 162.764 – Brasil 6 x 0 Colômbia (09/03/1977)
9º) 161.989 – Flamengo 2 x 1 Vasco (06/12/1981)
10º) 160.342 – Flamengo 1 x 0 Vasco (06/05/1973) **

* Rodada dupla com o jogo Botafogo 0 x 0 Portuguesa/RJ
** Rodada dupla com o jogo Bangu 2 x 1 Madureira

Post com a colaboração de Carlos Lopes

Status Fifa

Árbitro FifaNa tarde desta quinta-feira haverá o sorteio que definirá o árbitro para o Clássico dos Clássicos do próximo domingo, na Ilha do Retiro. Por decisão do presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, o juiz será de fora do estado, e com status de “árbitro Fifa”. A última vez que o jogo entre Sport e Náutico teve esse “honra” foi em 28 de junho do ano passado, com Wilson Souza.

Depois daquela partida, Wilson ainda apitou mais dois clássicos – ambos neste ano -, mas já fora do quadro da Fifa (de onde saiu em outubro de 2007). Nos últimos 10 clássicos, apenas um árbitro não foi pernambucano. E nem foi de tão longe assim. Foi o sergipano Antônio Hora Filho, em 2006.

Árbitros dos últimos 10 Clássicos dos Clássicos

12/03/2006 – Sport 1 x 1 Náutico – Rogério Oliveira (PE) – Pernambucano
15/07/2006 – Náutico 2 x 1 Sport – Ricardo Tavares (PE) – Série B
21/10/2006 – Sport 2 x 0 Náutico – Antônio Hora Filho (SE) – Série B
05/02/2007 – Náutico 0 x 1 Sport – Wilson Souza (Fifa-PE) – Pernambucano
01/04/2007 – Sport 2 x 0 Náutico – Cláudio Mercante (PE) – Pernambucano
28/06/2007 – Sport 4 x 1 Náutico – Wilson Souza (Fifa-PE) – Série A
23/09/2007 – Náutico 2 x 0 Sport – Émerson Sobral (PE) – Série A
16/03/2008 – Náutico 0 x 1 Sport – Wilson Souza (PE) – Pernambucano
10/04/2008 – Sport 0 x 0 Náutico – Patrício Souza (PE) – Pernambucano
13/07/2008 – Náutico 0 x 2 Sport – Wilson Souza (PE) – Série A

Obs. Nem sempre um árbitro de fora significa garantia de tranqüilidade. E olhe que em 1996 o juiz veio de muito longe. O argentino Javier Castrilli comandou o clássico entre Santa Cruz e Sport, no Arruda. Após o jogo, vencido pelos rubro-negros por 2 x 0, os tricolores reclamaram muito da atuação dele. Que voltou na paz para Buenos Aires.

“Podem me cobrar depois”

Durante a entrevista coletiva na tarde de terça-feira, o técnico do Náutico, Roberto Fernandes, lançou um desafio interessante para o restante do Brasileiro.

Podem cobrar depois, com moderação“Podem vir me cobrar aqui depois. Com o campeonato nivelado do jeito que está, se dos 4 jogos em casa que o Náutico ainda tem, a gente conseguir vencer 3 e empatar 1, estaremos na Primeira Divisão. Esse é o nosso primeiro objetivo. E se conseguirmos buscar pontos fora, poderemos ir à Copa Sul-Americana, que é o segundo”.

Ou seja, seguindo esse raciocínio… O clássico contra o Sport, no domingo, visa pontos para a classificação para a Sul-Americana.

Além das 5 partidas fora de casa (incluindo o clássico), o Náutico jogará 4 nos Aflitos. Dois desses jogos, segundo Roberto Fernandes, são “confrontos diretos“: Portuguesa (25/10) e Atlético-PR (30/11). Os outros dois seriam as verdadeiras “pedreiras” na caminhada para permanecer na elite: Vitória (01/11) e Cruzeiro (16/11).

Para Roberto, um time irá seguir na Série A com 40 pontos. Em 2007, com a mesma pontuação, o clube teria ficado em 19º lugar. Nesse ano, porém, não temos um “América/RN” na competição. Com apenas 17 pontos, o Mecão saiu “distribuindo” pontos para todo mundo.

Você concorda com essa matemática?

Craque da Comunidade – Michel Souza

Segue neste post a 3ª matéria da série “Craque da Comunidade”, do jornal Aqui PE. Dessa vez, quem assina a reportagem é Rodolfo Bourbon. O craque, que já atuou como profissional, domina as partidas nos campos de Roda de Fogo.

Michel, que já jogou contra Nildo. Bons temposCaneleiro, não

Jogando como volante, posição pouco valorizada, Michel, o craque da comunidade de Roda de Fogo, sonha com o Flamengo

Futebol, para o estudante Michel Souza Lacerda, 25 anos, ultrapassa a barreira do mero lazer. Como atleta, já chegou a atuar nos clubes Ferroviário de Serra Talhada, Catende e Corinthians de Caicó. Duelou contra ícones como Souza, ex-meia do São Paulo, e Nildo, antigo ídolo do Sport Recife – time de coração do jovem. Hoje, sucumbe ao anonimato como peladeiro da Roda de Fogo, comunidade situada no bairro dos Torrões, Zona Oeste do Recife. Conserva humildade. Apesar de, após o par ou ímpar, quase sempre, ser o primeiro a compor um dos times.

Craque da simplicidade, Michel arranca olhares entusiasmados do público com marcações cerradas e jogadas de efeito. As observações no campinho de várzea, no entanto, jamais partiram de olheiros ou empresários. “A nossa comunidade está cheia de bons jogadores. Mas falta investimento. Não se pode jogar à noite, por causa dos refletores queimados há mais de três anos. Não tem espaço para acomodar a torcida. Quem vai ficar se sujeitando a essas condições?”, questiona. As reivindicações não param por aí. “Sem rede nas laterais, a bola acaba batendo nos pedestres. Com a falta de vestiários, ficam todos ‘peladões’ na frente de mulheres e crianças”, critica.

Enquanto não arruma contrato com um clube, Michel mantém a forma com partidas amadoras e corridas diárias. “Estou tentando ir jogar em alguma equipe de Fortaleza. Não desisto. Penso em, um dia, entrar no Maracanã lotado, vestindo a camisa do Flamengo”, sonha o jovem, entusiasmado ao falar da paixão pelo esporte. “Quando dei meus primeiros passos, já comecei a chutar uma bola”, brinca.

No campo da Roda de Fogo, o jogo é 11 contra 11. “É na base dos dez minutos ou um gol. Aqui, o ‘couro come’! Apanha, levanta, dá lapada”, resume o bom de bola e volante, posição pouco aclamada pela torcida. “Caneleiro” é um título que o jogador diz não sustentar. “Gosto de armar jogadas, partir no mano-a-mano, com velocidade e habilidade. E, se bobear, belisco e mando a pelota para o fundo das redes”, explica. Inserido no padrão de medidas oficiais, com terra batida e relativamente plana, o espaço tem condições de sediar a formação de craques como Michel. Basta mais zelo.

Foto: Cecília de Sá Pereira

Bittencourt, o “melhor” na Série A

Márcio Bittencourt é o novo técnico do Santa Cruz. O treinador, que irá seguir no comando do Ipatinga até o final da Série A, está dentro do perfil que os tricolores buscavam. Um perfil de Primeira Divisão. O paulista já trabalhou na elite nacional em 32 jogos, sendo 24 pelo Corinthians, em 2005, e 8 pelo Ipatinga. No total, ele tem – até agora – um aproveitameto de 64,58%. Um ótimo índice. Proporcionalmente superior aos dados de… Nelsinho Batista e Roberto Fernandes. Confira os dados abaixo.

Márcio Bittencourt, o novo técnico do Santa CruzMárcio Bittencourt – 64,58% (32 jogos)
19 vitórias, 5 empates, 8 derrotas
Temporadas: 2005 e 2008

Corinthians, em 2005 – 72,2% (24 jogos)
16 vitórias, 4 empates, 4 derrotas

Ipatinga, em 2008 – 41,6% (8 jogos)
3 vitórias, 1 empate, 4 derrotas

Roberto Fernandes – 48,06% (43 jogos)
18 vitórias, 8 empates, 17 derrotas
Temporadas: 2007 e 2008

Nelsinho Batista – 47,40% (315 jogos)
117 vitórias, 97 empates, 101 derrotas
Pre presentre desde 1986. Só não participou em 1989, 1993/95, 1999 e 2004

Obs. É claro que vale uma “ressalva”, bem importante. Nelsinho foi campeão brasileiro em 1990,  no primeiro título do Corinthians. E no Timão daquele ano, Bittencourt, curiosamente, atuava como volante. É o futebol.

Chegaram ou já estavam?

É ou não é?Um forte boato circulou na internet nos últimos dias, e em escala mundial. Tudo porque um vídeo indicava a chegada de uma nave-mãe lotada de ETs. Assim, “eles” finalmente chegariam ao planeta Terra. Quando? Nesta terça-feira, 14 de outubro.

A mensagem enviada pelos extraterrestres teria sido captada pela australiana Blossom Goodchild. Segundo ela, os ETs viriam em missão de paz.

Até agora, eu não vi nenhum. Continua tudo na mesma. No entanto, há quem diga que eles já estão por aqui há muito tempo…

Elite do Clássico dos Clássicos

Estamos numa semana típica de clássico. Até hoje, Sport e Náutico já se enfrentaram 15 vezes na Série A. Abaixo, a lista completa do clássico pernambucano na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.

Náutico 0 x 2 Sport. Reginaldo e Moreno marcaram os gols da única vitória timbu na Ilha do Retiro pelo BrasileirãoSérie A

1) 11/11/1973 – Náutico 0 x 0 Sport  – Arruda (22.713 pessoas)

2) 16/04/1974 – Sport 1 x 0 Náutico  – Arruda (18.932) – Gol: Orlando

3) 19/11/1975 – Náutico 1 x 2 Sport – Arruda (24.595) – Gols: Luciano (2) (S); Jorge Mendonça (N)

4) 19/09/1976 – Sport 1 x 0 Náutico – Ilha do Retiro (11.678) – Gol: Assis

5) 13/11/1977 – Náutico 0 x 0 Sport  – Arruda (8.217)

Apenas 7 mil pessoas viram a estréia dos rivais na Série A de 1992. Quem não foi ao Arruda, não perdeu muito, pois o jogo acabou 0 x 06) 11/12/1977 – Sport 1 x 0 Náutico  – Arruda (10.556) – Gol: Édson

7) 16/04/1978 – Náutico 1 x 0 Sport  – Arruda (18.301) – Gol: Luís Carlos

8 ) 16/11/1986 – Sport 0 x 2 Náutico – Ilha do Retiro (15.862) – Gols: Reginaldo e Moreno (foto 1)

9) 30/11/1986 – Náutico 1 x 0 Sport – Arruda (20.837)  – Gol: Heraldo (contra)

10) 01/11/1987 – Náutico 0 x 1 Sport  – Arruda (9.405) – Gol: Nando

Goleada na Ilha. Sport faz 4 x 1, em 2007, e o técnico PC Gusmão deixa o comando do Náutico após a derrota11) 16/02/1991 – Náutico 2 x 0 Sport  – Aflitos (12.978) – Gols: Bizu (2)

12) 26/01/1992 – Náutico 0 x 0 Sport  – Arruda (7.328) (foto 2)

13) 28/06/2007 – Sport 4 x 1 Náutico  – Ilha do Retiro (22.704) – Gols: Carlinhos Bala (2), Durval e Washington (S); Hamilton (N) (foto 3)

14) 23/09/2007 – Náutico 2 x 0 Sport  – Aflitos (19.155) – Júlio César (2) (foto 4)

O lateral-esquerdo Júlio César marcou 2 golaços e fez a torcida timbu explodir de alegria nos Aflitos, em 200715) 13/07/2008 – Náutico 0 x 2 Sport  – Aflitos (19.141) – Gols: Carlinhos Bala e Durval

Retrospecto na Série A – 15 jogos
7 vitórias do Sport (12 gols)
3 empates
5 vitórias do Náutico (10 gols)
Média de público: 16.160 torcedores

Fotos: Arquivo/DP

Reescrevendo a história

O poderoso Manchester United virou o jogo sobre o Bayern aos 47 do segundo tempo. Título inesquecível dos Red DevilsO futebol, como se sabe, é um jogo de 90 minutos. Que por muitas vezes é decidido apenas nos descontos desse tempo. Na maioria dos esportes, o cronômetro é parado quando a bola sai, quando é falta, quando se faz uma substituição… No futebol, não.

O acréscimo fica na subjetividade do árbitro, que pode contar mais 30 segundos por cada substiuição (por exemplo). No entanto, com uma partida pegando fogo, ele pode acabar antes do previsto também.

Depois desse breve prólogo, vamos ao assunto do post, de fato. Como teriam acabado algumas partidas (e campeonatos), caso não existisse a possibilidade de gol nos descontos? Veja abaixo alguns episódios (nos links, você pode ver os vídeos das partidas). Você lembra de outros jogos históricos com esse tema? Comente!

Assis chega na cara do gol e manda para as redes, dando o título ao Fluzão, no Fla-Flu que decidiu o Carioca de 19831975 – No Recife, o Santa Cruz seria o maior beneficiado com essa “regra”. O Tricolor encantou o Brasil em 75, quando se tornou o primeiro nordestino a disputar a semifinal da Série A. Em jogo único, no Arruda, em 7 de dezembro, o Santinha empatava com o Cruzeiro por 2 x 2 até os 45 do 2º tempo, e estava com a vaga. Foi quando Palhinha marcou o gol dos mineiros, em um lance contestado pelos corais.

Os desdobramentos daquele jogo, caso tivesse sido empate, teriam sido enormes. É claro que não teria ocorrido a final entre Inter e Cruzeiro. Por sinal, uma das decisões mais famosas do Brasileirão, com o “gol iluminado” marcado pelo colorado Figueroa. Além disso, o Cruzeiro aproveitou bem a vaga na Libertadores, tanto que foi o campeão em 1976! Sem dúvida, aquele último minuto em 75 foi a pedra fundamental de tudo isso.

1999 – E o que dizer então da final da Liga dos Campeões da Uefa de 1999? Em uma partida incrível, o Manchester United venceu o Bayern de Munique por 2 x 1. O time inglês perdia por 1 x 0 até os 46 minutos da etapa final, mas ganhou ainda no tempo regulamentar. Como?! Dois gols seguidos, aos 46 (Sheringham) e 47 (Solskjaer). Um ano que valeu por 2 minutos.

Capa do Olé de 26 de julho de 2004: O agora colorado D'Alessandro chora a derrota nos instantes finais na final da Copa América. Choro proporcional à nossa alegria1983 – O Fla-Flu é considerado um dos mais tradicionais clássicos do Brasil. Que teria nascido “40 minutos antes do nada”, segundo Nelson Rodrigues. Pois bem. Em 1983, o Fluminense foi campeão carioca “90 minutos depois de tudo”. O gol de Assis saiu no finzinho, quando o atacante tocou na saída do goleiro, levando ao delírio a torcida pó-de-arroz. Foi a arrancada do Tricolor para o tricampeonato (83/84/85).

2004 – Finalizando, o fato mais recente. Tevez já brincava com a bola… A vitória era dos hermanos, por 2 x 1. Aí, Adriano recebeu na área, virou e marcou um gol sensacional, empatando a decisão da Copa América de 2004. Aos 48 minutos do 2º tempo. Nos pênaltis, festa brasileira! Na capa do jornal Olé sobre a decisão dá para perceber um pouco a dor daquela derrota. Para eles.

Post sugerido por Fred Figueiroa, com a colaboração de Gustavo Meirelles

$érie B fez bem ao Timão

A queda do "incaível"... Grêmio 1 x 1 Corinthians, no Olímpico, em 2007. Começava o calvário. Que nem durou tanto assim

“Isso tá acontecendo mesmo, mano? É nóis na B?” (sic) Muitos pensaram assim. No dia 2 de dezembro do ano passado, a segunda maior torcida do Brasil chorou a queda do Corinthians para a Série B do Brasileiro. Mas você acha que isso fez mal aos cofres do Timão? Não mesmo. O time paulista continua com a mesma mídia (os seus jogos sempre passam ao vivo no sábado) e conseguiu patrocinadores ainda mais fortes do que no período em que esteve na elite nacional. Um fenômeno de marca bem sucedida.

Se forem contabilizados os balancetes financeiros de 2007 e 2008, isso fica ainda mais claro. No 12 meses da última temporada, o clube teve um prejuízo de R$ 23,2 milhões. No entanto, de 1º de janeiro até 31 de agosto de 2008, o Corinthians teve um superávit de inacreditáveis R$ 13,3 milhões. Uma diferença agregada de R$ 36,6 mi. Dinheiro suficiente para armortizar quase 10% das dívidas do clube. E olhe que o ano, obviamente, não acabou… Abaixo, alguns motivos para um crescimento tão maluco em um ano que tinha tudo para ser de receitas bem menores. Para os padrões de um Timão.

O técnico Mano Menezes estava no comando do Grêmio, quando o Tricolor rebaixou o Timão. Agora, se redime levando o time de volta à elite2008
Patrocínio da Medial Saúde – R$ 16,5 milhões
Lucro com renda (8 meses) – R$ 12,494 milhões
Licenciamento e franquias – R$ 1,032 milhão

2007
Patrocínio da Samsung – R$ 12 milhões
Lucro com renda – R$ 8,393 milhões
Licenciamento e franquias – R$ 214 mil

Você pode ver o balanço completo clicando AQUI.

A administração do clube mudou nesta temporada. Assim como arcaico estatuto. No futebol, o Corinthians vem tem tendo um ano positivo. A vaga na Libertadores bateu na trave, com o vice na Copa do Brasil, após a derrota para o Sport, na Ilha. Mas o time reagiu na Segundona. E agora só está passeando na Série B.

Até agora, em 30 jogos, o time tem um aproveitamento incrível de 71,11% (contra apenas 38,59% na Série A de 2007). O técnico Mano Menezes está diretamente ligado a todo esse turbilhão. Em 2007, estava no banco de reservas do Grêmio, no Olímpico, quando o Tricolor rebaixou o clube paulista. Numa daquelas reviravoltas típicas do futebol, agora é o principal expoente da retomada do Corinthians, firmando o seu nome como um dos principais técnicos do Brasil. Com toda justiça.

Post com a colaboração de João Vitor Fazani