Um ano especial, com a Copa do Mundo, que acaba uma saudade de 4 anos a cada nova edição.
O Mundial chega pela primeira vez na África. No momento em que eu escrevia este post, os sul-africanos já celebravam 2010.
Aqui em Pernambuco, nos instantes finais de 2009, uma certeza sobre o nosso futebol: nada de Série A no ano que está chegando.
Voltamos às terças e sextas-feiras, com Náutico e Sport. Agora, é seguir em frente e fazer deste novo ano uma temporada de sucesso. Respeitando todos os adversários e fazendo valer a sua tradição em busca do acesso.
Esse pensamento vale para qualquer divisão. O mesmo vale para o Santa Cruz.
O blog vai acompanhar tudo isso…
Mas vamos deixar o futebol um pouco de lado agora. Não só o futebol, como qualquer modalidade esportiva. O momento é de celebrar o início de um novo ciclo. Paz, saúde e sucesso a todos.
Depois de quase 4 anos, a Conmebol finalmente atualizou o seu ranking de clubes, no penúltimo dia de 2009.
Para se ter uma ideia, basta dizer que ainda não haviam sido contabilizados os pontos do Internacional pelos títulos da Libertadores e do Mundial de Clubes. Conquistados em 2006…
Na primeira posição, nada de novidade. O São Paulo manteve a liderança, com folga, com 798 pontos. O ranking contabiliza pontos por partidas disputadas nos mais distintos torneios, além dos títulos internacionais.
Por isso, a distância dos clubes brasileiros, atrás de outros países menos tradicionais. O Colo Colo é o maior do Chile, com 613 pontos. O time, porém, jogou a Libertadores 27 vezes e venceu apenas 1, em 1991. Em 14 participações, o São Paulo foi tricampeão…
Veja a pontuação das 16 competições reconhecidas pela Conmebol AQUI. Acima, o ranking da Conmebol, com a pontuação máxima e os pontos somados na Libertadores, na segunda coluna do gráfico.
Entre os Pernambucanos, o Sport somou 16 pontos em 2009 e empatou com o Bahia. Os 2 times somaram os seus 28 pontos apenas na Libertadores, que é o primeiro critério de desempate. Mesmo assim, a Conmebol colocou o Leão uma posição abaixo do Tricolor de Aço. O Náutico, que disputou a Libertadores de 1968, aparece entre os 25 primeiros, com 12 pontos. O Santa Cruz não aparece no ranking.
A consultora financeira Crowe Horwath RCS elaborou um estudo interessante sobre a venda de jogadores dos clubes brasileiros para o exterior.
Os 8 times do país que mais negociaram atletas arrecadaram, entre 2003 e 2008, um total de R$ 1,27 bilhão (481,4 milhões de euros). É muita grana! 😯
Esse valor corresponde a 62% do total gerado pelo mercado de transferências do futebol no Brasil. Veja abaixo a lista das maiores receitas na transferência de atletas neste período.
Curiosidades: Os 5 primeiros times disputaram pelo menos uma final da Libertadores nesta década. Já o Flamengo, atual campeão brasileiro, não está na lista.
São Paulo na ponta? Não! É o Inter. Como se já não bastasse a receita de R$ 3 milhões por mês apenas com os sócios, o Colorado ainda se tornou uma potência no mercado da bola. O título mundial de 2006 parece uma “consequência disso tudo”…
Entre 2003 e 2008, o Internacional vendeu Daniel Carvalho, Nilmar, Bolivar, Jorge Wagner, Tinga, Rafael Sóbis, Alexandre Pato, Fernandão, entre outros.
1º) Internacional – R$ 250,9 milhões (95,1 milhões de euros)
2º) São Paulo – R$ 217,8 milhões (82,5 milhões de euros)
3º) Cruzeiro* – R$ 181,0 milhões (68,6 milhões de euros)
4º) Santos – R$ 149,6 milhões (56,7 milhões de euros)
5º) Atlético-PR – R$ 126,8 milhões (48,0 milhões de euros)
6º) Corinthians – R$ 125,2 milhões (47,4 milhões de euros)
7º) Palmeiras – R$ 116,7 milhões (44,2 milhões de euros)
8º) Grêmio – R$ 105,0 milhões (39,8 milhões de euros)
*Nota – Cruzeiro de 2004 a 2008
1 Real = 0.379066 Euero / 1 Euro = 2.63806 Reais
Saiba mais no site futebolfinance.com clicando AQUI.
O site da norte-americana TIME Magazine elaborou uma lista com os 10 melhores momentos do esporte em 2009. Abaixo, os três primeiros lugares da lista. O segundo surpreende qualquer país tropical. Confira a lista completa AQUI.
1º)Final de Wimbledon. A decisão do Grand Slam disputado na grama teve nada menos que 70 games, num jogaço entre o suíço Roger Federer e o americano Andy Roddick. Com a vitória por 3 sets a 2, numa disputa de 16-14 no set final, Federer conquistou o seu 15º Grand Slam, se tornando o maior de todos os tempos. Foi a final com mais games na história centenária de Wimbledon. Trecho do texto da Time:
“Quando o resultado de um 5º set se assemelha com o placar de um jogo de futebol, você sabe que presenciou um clássico numa partida de tênis em Wimbledon”. Naturalmente, o “futebol” do texto é o americano, onde o placar realmente terminar em algo como 16-14, 22-15, 18-10 etc. Abaixo o vídeo da história final.
2º) Aberto de Golf da Inglaterra. Tom Watson, de 59 anos, quase se tornou o campeão mais velho de um torneio deste porte. Teria sido o seu 6º título, 32 anos de sua primeira conquista. Mas na reta final, ele acabou perdendo o Aberto para Stweart Cink. Enquanto todos os jornalistas pensavam que ele ficaria ‘deprimido’ com o resultado, ele soltou a pérola: “Querem um título (pra matéria) bom? ‘O velhote quase conseguiu'”. Veja mais AQUI.
3º) Usain Bolt. O jamaicano, que já havia feito estrago na Olimpíada de Beijing, surpreendeu o planeta mais uma vez, ao quebrar novamente o recorde mundial nos 100 meotrs rasos, no Mundial de Berlim, com a marca de 9s58, tirando 0s11 do recorde anterior. A maior diferença desde a implantação do relógio eletrônico em 1968. Um raio! E olhe que nos 200m, ele fez 19s19 e também quebrou o recorde. Veja mais AQUI.
A torcida do Sport já provou a sua fidelidade em inúmeras ocasiões.
Por isso, essa meta de 10 mil sócios-torcedores – estipulada pela própria diretoria – parece um alvo pra lá de possível de ser alcançado. A mensalidade de R$ 25 e a implantação do pagamento em boleto bancário deverá colaborar bastante para isso. Veja mais sobre o lançamento AQUI.
A meta final da campanha “Guerreiros da Ilha” seria de 30 mil sócios.
Um número bom? Não. É um número apenas razoável.
Com 10 mil sócios-torcedores, o Leão vai arrecadar R$ 250 mil por mês. Com 30 mil, a receita subirá para R$ 750 mil. Com 50 mil, o valor seria de R$ 1,25 milhão.
Absurdo? Não. 😯
Já foram divulgadas inúmeras pesquisas sobre torcidas, e, especulando com o menor dado, a torcida do Sport seria de 1,8 milhão de rubro-negros. Assim, a massa de 50 mil leoninos corresponderia a 2,7% deste total.
No Brasil, os dois casos de maior sucesso neste modelo de sócio são Internacional e Grêmio. A dupla gaúcha tem 102 mil e 53 mil sócios, respectivamente. O Colorado fatura mais de R$ 3 milhões mensalmente apenas com os sócios. É o futuro.
Sem tanto esforço, o Santa Cruz alcançou a marca de 27 mil sócios em dia em 1999, quando o modelo foi testado em Pernambuco pela primeira vez, na gestão de Jonas Alvarenga. Na ocasião, cada tricolor pagava uma mensalidade de apenas R$ 5. Porém, a ação gerou uma receita de R$ 135 mil… Há 10 anos!
Assim, fica um questionamento…
Por que a diretoria do Sportinsiste em duvidar de sua torcida?
Na Libertadores, os dirigentes cobraram R$ 100 num ingresso de arquibancada (o mais caro do país), pois o planejamento era lucrar o máximo possível nos 3 jogos na primeira fase. Atitude de quem parecia não acreditar na classificação. E ela veio, em 1º lugar, após 3 jogos com média de 20 mil pagantes, bem abaixo dos 34 mil diante dos grandes na Copa do Brasil de 2008. Bastou reduzir um pouco o valor para a Ilha encher.
Não duvidem da torcida do Sport.
No dia 20 de dezembro, o Diario publicou uma reportagem assinada por Rodolfo Bourbon com um raio-x do quadro de sócios dos 3 grandes do Recife. Veja AQUI.
As imagens mais marcantes de 2009 no “Planeta Bola”.
A “mãozinha” de Henry, que valeu a vaga da França na Copa do Mundo, diante da Irlanda, no Stade de France. Um lance que manchou a campanha do carrasco brasileiro.
A chegada triunfal do português Cristiano Ronaldo ao Real Madrid, numa negociação de R$ 256 milhões junto ao Manchester United. O melhor do mundo – até então – tornava-se o mais caro também!
A supremacia brasileira, com o título da Copa das Confederações, num virada empolgante sobre o surpreendente time dos Estados Unidos. Premiere? O jogo foi na África do Sul…
O peito de Messi em plena final do Mundial de Clubes.
Martín Palermo, e o gol que elouqueceu a Argentina, nos últimos segundos, mantendo o time com chance de ir ao Mundial de 2010. Fato que seria confirmado dias depois, com a vitória do time de Maradona sobre o Uruguai.
Ou simplesmete uma pelada na praia… Ali, em Dubai.
O ano em imagens. O site da Fifa divulgou uma galeria com fotos espetaculares desta temporada. Veja mais AQUI.
No rescaldo desta temporada, vou postar 3 vídeos que marcaram momentos importantes para o futebol pernambucano em 2009, para bem ou para mal.
Um 2009 para ser esquecido…
Sport 1 x 0 Palmeiras, em 12 de maio. Vitória, certo? Nem tanto. Nos pênaltis, o Verdão venceu por 3 x 1, com um show de Marcos, e avançou para as quartas de final da Libertadores. Naquela noite, na Ilha, começava o calvário rubro-negro, que terminaria com a vexatória lanterna na Série A. De Santiago até a Série B. O ano dourado acabou naquela disputa de pênaltis. Veja o post AQUI.
Santo André 5 x 3 Náutico, em 29 de novembro. No jogo que poderia marcar um milagre para escapar do rebaixamento, o Alvirrubro acabou sendo goleado pelo também rebaixado Santo André, com direito a um frangaço de Glédson. Acabava ali a sina do “Incaível”, que marcou o Náutico nas duas edições anteriores da Série A. Não teve milagre desta vez. Veja o post AQUI.
Santa Cruz 2 x 2 CSA, em 9 de agosto. No Arruda, os tricolores torciam por uma vitória do Central sobre o Sergipe, lá em Aracaju. Numa rodada impressionante, a Patativa venceu por 2 x 1, no último minuto. No Recife, o Santa perdeu uma chance atrás da outra e acabou empatando com o time alagoano. E ainda viu o adversário comemorar no fim, sem sequer saber que também estava eliminado. Digno de Série D. Veja o post AQUI.
O Flamengo de 2009 foi o campeão brasileiro com mais estrangeiros no grupo desde 1971, quando a Série A foi criada. O ponto alto de uma tendência no futebol brasileiro.
O Fla contou com 4 gringos na Gávea.
O sérvio Petkovic, os chilenos Maldonado e Fierro e o argentino Maxi Biancucchi.
O dado está no site da Fifa, que fez um interessante levantamento sobre os jogadores estrangeiros no futebol brasileiro. Do 20 times da última Série A, 18 contaram com pelo menos um gringo no time. As exceções foram Goiás e Avaí.
119, o número de jogadores estrangeiros registrados no Brasil. Abaixo os três países com mais “representantes” no nosso solo.
32 argentinos 21 colombianos 17 paraguaios
Abaixo, um trecho da matéria da Fifa:
Os casos de Petkovic e Conca são os mais notáveis, mas em diversos clubes é possível atestar a popularidade dos que vêm de fora. A impressão é de que, pela curiosidade que despertam, os estrangeiros têm um tremendo potencial para se tornarem xodós dos torcedores caso correspondam dentro de campo: é o que aconteceu, por exemplo, com os argentinos Ariel Nahuelpán, do Coritiba; Maxi López, do Grêmio, e principalmente Pablo Guiñazú – eleito melhor volante do Campeonato Brasileiro e que é provavelmente o jogador com mais identificação com a torcida do Internacional de Porto Alegre dentro do atual grupo.
Em Pernambuco, tivemos neste ano o meia chileno Daniel González e o atacante uruguaio Acosta, ambos no Náutico, e o atacante boliviano Arce, no Sport. E olhe que Timbu já está tentando contratar outro boliviano para a temporada 2010, o também atacante Joselito Vaca. Todos estão na onda, definitivamente.
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto! Diga ao povo que fico”.
E assim, em 9 de janeiro de 1822, Dom Pedro I se negou a voltar para Portugal, ficando no Brasil, após um abaixo-assinado com 8 mil nomes.
Em 23 de dezembro de 2009, com apenas uma assinatura, Carlinhos Bala fez o mesmo no Náutico.
Continurá nos Aflitos. Mais um ano garantido.
O atacante terá uma nova chance para formar o “grand slam” pernambucano, conquistando títulos pelos três grandes do Recife.
Campeão pernambucano em 2005 pelo Santa Cruz e em 2007 e 2008 pelo Sport (além da Copa do Brasil), Bala quer ver na sua parede um pôster com um elenco campeão nas cores vermelha e branca.
Em 2010 a chance será enorme. Um Estadual sem favoritismo algum.
Aos 30 anos, Carlinhos também deixa claro que as propostas de outros estados não conseguem seduzi-lo. Essa será 11ª temporada do jogador no Recife.
Só falta agora o grito de “Independência ou morte!”
Para isso, é necessário o título pernambucano de 2010.
O alemão Michael Schumacher anunciou nesta quarta que voltará a correr na F1.
Apesar da sua imagem está associada diretamente à Ferrari, o heptacampeão assinou um contrato com a Mercedes-Benz, ex-BrawnGP (veja AQUI). Aos 40 anos (completará 41 em 3 de janeiro), o Schumacher será o companheiro de Nico Rosberg e irá guiar o carro número 4 da nova equipe. A volta do mito será, na verdade, um fato para sacudir toda a categoria. Pilotos, escuderias, fãs…
“Esses três anos de ausência serviram para que eu recuperasse toda minha energia. Estou me sentindo pronto para voltar. Acredito que ainda posso ser absolutamente competitivo”, disse o gênio das pistas.
A volta será no Grande Prêmio do Bahrein, em 14 de março de 2010.
Um hiato de 3 anos e 5 meses longe das pistas da F-1. A sua última corrida foi no Brasil, quando teve uma atuação de gala no domingo do dia 22 de outubro de 2006. Depois de largar apenas em 10º no grid, Schumacher – que já havia anunciado que aquela seria a sua despedida – foi costurando os adversários um a um.
Fez a volta mais rápida, deu show e acabou em 4º lugar, roubando a cena de Fernando Alonso, que garantiu o bicampeonato naquela tarde. Abaixo, alguns números (recordes e mais recordes) do piloto, apontado por muitos como o maior da história. Veja também um vídeo-tributo ao rei das pistas.
15 temporadas (1991/2006) 7 títulos mundiais (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004) 😈 250 GPs disputados 91 vitórias (36,4% das corridas) 13 vitórias numa mesma temporada (2004) 154 pódios (61,6% das corridas) 19 pódios seguidos (2001/2002) 1.369 pontos 148 pontos numa mesma temporada (2004) 68 poles (27,2% das corridas) 76 voltas mais rápidas (30,4% das corridas) 77 pontos, a maior vantagem de um campeão sobre o vice (2002) 121 pontos, a maior pontuação de um vice-campeão (2006) 22, o número de vezes que fez a pole, a volta mais rápida e venceu o GP
Primeiro GP: Bélgica, em 25 de agosto de 1991 (22 anos)
Último GP: Brasil, em 22 de outubro de 2006 (37 anos)
Próximo GP: Bahrein, em 14 de março de 2010 (41 anos)
Obs. É claro que o internauta pode discordar sobre quem foi o maior na Fórmula 1. Lembrando que isso aqui é um blog. Portanto, é apenas a opinião do blogueiro…