É punk

Série B-2010: Náutico 0 x 0 Brasiliense. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

A recuperação não veio. Mais um 0 x 0 frustrante no Recife. Desta vez nos Aflitos.

Contra o Brasiliense, e a sua surreal camisa rock’n’roll, o Náutico ficou no empate na Série B, na presença de 9.300 torcedores.

No primeiro tempo, o goleiro Glédson fez pelo menos três ótimas defesas.

Salvou o time… Volta por cima, pois o camisa 1 do Alvirrubro já começava a receber algumas críticas da torcida após as últimas duas derrotas.

Mas a vida de qualquer goleiro sempre foi complicada. E olhe que Glédson era um dos destaques da equipe antes deste momento com alguma turbulência.

Voltando ao jogo, a noite desta sexta deu mesmo muito trabalho a Glédson, que ainda teve que segurar os meninos do Brasiliense (Iranildo, Acosta e Ruy) na etapa final.

As melhores chances foram mesmo do time candango durante toda a partida.

A vitória não passou nem perto do Náutico nesta rodada.

O técnico Gallo reconheceu isso e, certamente, já está cobrando uma reação do grupo nas próximas rodadas. De qualquer forma, o Alvirrubro chegou aos 28 pontos.

Segue fora do G4, mas está bem próximo… A duas rodadas do fim, a meta timbu de acabar o primeiro turno da Segundona com 33 pontos ficou comprometida.

Mas pelo menos a noite serviu para provar que a torcida alvirrubra pode mesmo confiar no seu goleiro para o restante da longa jornada na Segundona.

No lado do Brasiliense, bem que o clube poderia aposentar essa camisa musical, já que aposentar meio time seria bem mais difícil…

A nata da Copinha

Federação Pernambucana de Futebol (FPF)A FPF divulgou os nomes dos oito clubes que vão disputar a Copa Perambuco de 2010 entre 12 de setembro e 28 de novembro.

Turno único, com sete rodadas. Os quatro primeiros avançam para a semifinal, em jogos de ida e volta. Mesmo formato da final da competição.

Veja o regulamento completo AQUI.

Para inscrever um jogador, basta uma foto 3×4, certidão de nascimento, cópia do RG e atestado médico com exame cardiológico. Se for menor de idade, precisa da autorização do pai ou responsável.

Simples, não…? Até porque a competição é semiamadora. Ou seria semiprofissional?

Quase todos os participantes tem alguma tradição na Copa Pernambuco. O Santa Cruz vai em busca de um inédito tricampeonato consecutivo.

  • Sport (campeão em 1998, 2003 e 2007 e vice em 2000 e 2005)
  • Santa Cruz (campeão em 2008 e 2009 e vice em 1998)
  • Vitória (campeão 1995 e 2004 e vice em 1994)
  • Central (campeão em 2001 e vice em 1996, 1999 e 2009)
  • Porto (campeão em 1999)
  • Atlético Pernambucano (vice em 2008)
  • Decisão (vice em 2001)
  • Afogadense

Dos grandes do Recife, somente o Náutico ficou de fora.

Batismo secreto da arena

Diário Oficial de Pernambuco, 20/08/2010, criando a Arena Pernambuco Investimentos

Arena Capibaribe? “Não.”
Arena Maracatu? “Não!”
Arena Pernambuco? “Não…”

De fato, a terceira resposta era a mais evasiva, segundo os envolvidos.

Desde que a arena inserida no projeto Cidade da Copa foi lançada, muito se falou da estrutura, viabilidade (ou não), localização etc.

Mas o nome – essa palavra quase “desnecessária” – acabou passando batido. Desde 15 de janeiro de 2009, quando o projeto foi apresentado, os nomes acima (entre outras ideias) foram divulgados. Pelo governo do estado, é bom ressaltar.

O Diario Oficial de Pernambuco oficializou a SPE (Sociedade de Propósito Específico) do estádio, chamada de Arena Pernambuco Negócios e Investimentos S.A..

Uma placa da Odebrecht com o nome “Arena Pernambuco” também foi colocada no canteiro de obras. Agora vai ser difícil alguém afirmar que “não existe nome oficial”.

Existe sim! O que poderá acontecer (e é bem provável) é a assinatura de um contrato de naming rights, com a concessão do nome a alguma empresa.

No fim das contas, eu acho é que os torcedores vão acabar chamando o estádio é de Cidade da Copa mesmo… A conferir.

Rei de Pernambuco

Coroa

Hamilton.

Alagoano de Murici. Completou 30 anos em junho. Volante marcador. Eficiente. Conhecido como um “cão de guarda” em campo.

Muitas vezes, acaba sendo a única saída do treinador quando o jogo aperta.

Pela marcação pesada, acumula em série inúmeros cartões amarelos. E vermelhos. Saindo das quatros das linhas, a situação muda.

Ele torna-se um jogador quase “bipolar”, muito instável. Por isso, quase o regente de uma monarquia. Talvez tenha mesmo o rei na barriga.

Uma hora no Náutico, outra no Sport, depois no Náutico, e em seguida no Sport.

Ele não facilita em nada a negociação. Não cede. Como a maioria dos reis, diga-se…

Hamilton tem esse direito, é bom ressaltar. Mas a crítica vai ao futebol de Pernambuco, que se submete a esses personagens da bola. Fazem leilão, cobram adiantado etc.

Agora, o atleta chega ao Timbu pela segunda vez em 2010. Isso porque quis um contrato curto no Estadual. Depois de negociar com os rubro-negros, é claro.

É possível que ele forme uma boa dupla com Ramires no Alvirrubro? Demais. Mas, na minha opinião, o futebol local não pode ficar refém de jogadores assim.

Além desta imposição no contrato, Hamilton já se negou a jogar pelo Náutico na última rodada da Série A de 2008, quando sentiu uma lesão que jamais apareceu em exames.

O Timbu não caiu graças à melhor atuação do goleiro Eduardo pelo clube, que recebeu a nota 10 do Diario no 0 x 0 com o Santos na Vila Belmiro.

Mas é fato consumado. Hamilton está de volta e deve reforçar bem o time de Gallo na Série B. De qualquer forma, é bom reforçar também a segurança na sua fazendo em Sergipe, que costuma ser invadida quando os zeros não aparecem na conta bancária.

Náutico, 2008; Sport, 2009; Náutico, 2010; Sport, 2011; Náutico, 2012; Sport, 2013; Náutico, 2014; Sport, 2015; Náutico, 2016; Sport, 2017…

Aos 37 anos, chega. Aí, Hamilton vai se dedicar em tempo integral à sua fazenda.

Eis o verdadeiro Rei de Pernambuco.

Por que três coroas então? Porque Pernambuco tem outros reis do mesmo tipo…

Jogo dos 4 erros

Cartazes do Mundial de Basquete de 2010

A ideia foi legal. Uniu esporte e turismo ao colocar os astros do Mundial de basquete em pontos históricos da Turquia, país-sede do torneio que começa neste sábado.

Ao todo, foram criados 19 cartazes. Um deles com o brasileiro Anderson Varejão, do Cleveland Cavaliers. Veja os modelos da série “Giant get-together” clicando AQUI.

Agora, a ressalva… O que os quatro jogadores acima têm em comum?

Kobe Bryant (Estados Unidos) e Pau Gasol (Espanha) no alto e Dirk Nowitzki (Alemanha) e Andrei Kirilenko (Rússia) embaixo.

O quarteto joga na NBA? É verdade. Mas não é só isso.

Os quatro – destaques nos cartazes oficiais do Mundial – não vão participar da competição! Todos eles foram cortados de suas seleções.

Kobe alegou que precisa de um “descanso”, enquanto os outros três pediram para sair para participar da pré-temporada da liga norte-americana de basquete.

Um aviso: os turcos não desistiram do Mundial.

Aliviaram na tinta

Charge de Barrichello

O desenho acima foi uma homenagem da escuderia Williams ao 300º Grande Prêmio de Fórmula 1 do piloto brasileiro Rubens Barrichello.

A marca – recorde absoluto – será alcançada neste domingo no circuito da Bélgica.

Desde as primeiras corridas em 1993, com a Jordan, já se passaram 18 temporadas. Foram 11 vitórias e dois vice-campeonatos pela Ferrari, em 2002 e 2004.

A ilustração foi feita pelo artista inglês Jim Bamber e procura mostrar com bom humor as fases vividas or Barrichello na F1.

Senti falta de alguns episódios, como aquela ordem via rádio para deixar Schumacher passar ou até mesmo alguma segunda posição no pódio…

Parabéns ao Barrichello, mas aliviaram na tinta.