Na beira do caos? No way

Arena do Miami Heat, time de basquete da NBA. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – Acima, o ginásio do Miami Heat.

A quadra está localizada no limite continental da cidade – no centro comercial (Downtown) – , antes da ponte com destino até Miami Beach, em uma ilha paradisíaca. Entre os dois extremos, o porto da cidade, de onde eu tirei esta foto.

Nesta quadra ultramoderna, construída em 1999 ao custo de R$ 213 milhões, o Miami Heat vai enfrentar nesta quarta-feira, às 19h (horário local), o Phoenix Suns, em uma partida que vai reunir duas equipes tradicionais da NBA, a milionária (que novidade!) liga norte-americana de basquete.

Até o momento, o Miami Heat, da fera LeBron James (US$ 14,5 milhões de salário apenas pela temporada 2010/2011), já disputou dez jogos, com seis vitórias e quatro derrotas. A franquia (afinal, trata-se de um negócio) está na 5ª colocação entre as 15 equipes da Conferência Leste da NBA.

Este início de campanha irregular não preocupa a direção do Heat, campeão da NBA na temporada 2005/2006. O time tem respaldo da torcida e do mercado. Aqui, o Miami Heat é uma espécie de “Boca Juniors” de quinquilharias (entenda AQUI).

Em tempo: o nome oficial da quadra, como não poderia deixar de ser, foi alvo de um contrato de naming rights, assinado com uma das maiores companhias aéreas dos EUA, a American Airlines – veja o site oficial da arena AQUI.

A capacidade? 19.600 lugares. Oficialmente, os Aflitos tem capacidade para 19.800.

O blogueiro vai tentar assistir ao jogo. Se conseguir, novo post…

Acelerando na Ocean Drive

Fan Fest da Nascar na praia de Miami, nos Estados Unidos. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Miami – Um país dividido por inúmeros esportes de ponta, de grande apelo popular e captação e produção de cash. Nos Estados, o minimalismo passa longe. A ode ao gigantismo toma conta dos esportes por aqui. No automobilismo, por exemplo, existe pelo menos uma dezena de categorias, com carros de todos os tipos.

Fórmula 1? Nada disso. Aqui, os campeonatos nacionais têm destaque absoluto. A decisão do Mundial de F1 no último domingo mereceu apenas um registro na seção de “resultados”  no USA Today, o jornal de maior circulação no país.

Nos EUA o que vale mesmo são as corridas de Nascar, com públicos de 300 mil, 400 mil pessoas nos autódromos ovais durante a temporada. Paralelamente ao campeonato, a promoção da marca segue a todo vapor durante todo o ano.

Nesta terça-feira começou a ser montado na Ocean Drive, famosa avenida na orla de Miami Beach, uma Fan Fest da Nascar. Caminhões chegando a todo momento e despejando na areia os protótipos originais da Nascar – até o início da tarde já havia cinco  – , além de “carrões” de marcas famosas.

Apesar do calor de 30 graus, foi meio difícil “ignorar” a presença dos carros, com direito a palco para shows etc. Qual é a explicação? É bem “simples”. A corrida de Homestead-Miami Speedway irá encerrar a temporada da Nascar, neste domingo.

Espetáculo mesmo foi a presença dos carros da Nascar, pois carro de luxo é a coisa mais fácil de se encontrar neste bairro da cidade…

Saiba mais sobre o circuito localizado no sul de Miami AQUI.

Fan Fest da Nascar na praia de Miami, nos Estados Unidos. Foto: Cassio Zirpoli/Diario de Pernambuco

Congratulations, Timbu

Série B-2010: Brasiliense 0 x 1 Náutico. Foto: Correio Braziliense

Miami – O blogueiro está nos Estados Unidos. Durante esta semana, vou em busca de alguns posts aqui na terra do Tio Sam.

Mas, neste sábado, ainda que de passagem, não havia como esquecer de destacar a vitória do Náutico na Série B, no Distrito Federal.

O Timbu não ganhava longe dos Aflitos desde o dia 17 de julho. Foram quase quatro meses de espera, mas os três pontos chegam num momento fundamental para o clube, que deu um passo enorme para se manter na Segundona na próxima temporada.

O Alvirrubro ganhou do Brasiliense por 1 x 0 e ficou cinco pontos acima da zona de rebaixamento. Um alívio importante para programar o clube em 2011.

O “parabéns” fica por evitar o pior. Menos mal.

Coma

Série B-2010: Sport 1 x 1 Santo André. Foto: Edvaldo Rodrigues/Diario de Pernambuco

Uma campanha agonizante.

Fim do primeiro tempo em mais uma noite de esperança para os leoninos. Uma sexta-feira que caminhava com empates na Ilha do Retiro e no ABC Paulista.

Lá, o resultado favorecia. No Recife, como sempre, o Sport não fazia a sua parte…

Fim no Anacleto Campanella, 0 x 0.

Era o resultado pra lá de aguardado pela torcida do Sport.

Mas a matemática está mesmo a anos-luz na frente do Leão.

Jogando contra um time há muito tempo na zona de rebaixamento, o Rubro-negro ficou num frustrante 1 x 1. Nada surpreendente nesta Série B.

Não criou oportunidades, foi afobado, foi pressionado e perdeu a cabeça no fim. Terminou com oito jogadores em campo.

E por pouco não saiu com um derrota em casa (mais uma), pois o Ramalhão perdeu inúmeros gols. Mérito de Magrão, da trave e da sorte.

No fim, um resultado péssimo para os dois clubes.

Ao Sport, o acesso já no estágio do milagre. Para o Santo André, o rebaixamento tornou-se um episódio com os dias contados.

Você ainda acredita no Sport, torcedor? A toalha começou a cair…

Sem pausa para respirar

PernambucoSaiu a tabela do Campeonato Pernambucano de 2011. Uma tabela surreal.

Em primeira mão, o portal Superesportes antecipou a ordem das 22 rodadas da fase classificatória do próximo Estadual, que começará em 16 de janeiro (veja AQUI).

Porém, basta dar uma rápida observada na tabela para ter a certeza que o nosso futebol ainda carece de um “pouco” de organização.

Explico: de acordo com o Estatuto do Torcedor, o intervalo entre jogos oficiais é de pelo menos 72 horas – três dias. Veja abaixo as datas das primeiras rodadas.

1ª rodada – 16 de janeiro (domingo)
2ª rodada – 18 de janeiro (terça-feira, 5 jogos) e 19 de janeiro (quarta-feira, 1 jogo)
3ª rodada – 20 de janeiro (quinta-feira, 4 jogos) e 21 de janeiro (sexta-feira, 2 jogos)
4ª rodada – 23 de janeiro (domingo)

4 rodadas em 8 dias.

Intervalos de 48 horas… Algo visto pela última vez na década passada.

O modelo segue a fórmula absurda com três jogos por semana até a 7ª rodada, quando o Estadual passa a ter dois jogos a cada sete dias. A fase acabará em 17 de abril.

Mas, como o mandatário da FPF, Carlos Alberto Oliveira já afirmou, o Pernambucano vai continuar com 12 times e inchado até o fim de sua gestão, em 2015 (veja AQUI).

Que ninguém reclame de falta de tempo para treinar…

De mãos vazias? Jamais

Cobre

1º lugar = medalha de ouro.
2º lugar = medalha de prata.
3º lugar = medalha de bronze.

As informações acima estão além do óbvio ululante, ok.

Mas qual seria o metal para um eventual 4º lugar em um torneio?

Latão? Alumínio? Aço?!

Não… Cobre. Acredite, existe essa premiação.

A Copa América de 2011, que será realizada na Argentina, vai dar medalhas de cobre para os jogadores que terminarem na 4ª colocação (veja AQUI).

Curiosamente, a seleção vice-campeã também receberá um troféu oficial. Ao campeão, a tradicionalíssima Copa América. Ao vice, a Copa Bolívia.

E todos os 12 times ainda vão receber um diploma pela participação.

A Conmebol gostou mesmo daquele lema. O importante é competir…

Contra

Ivo Ivanov, camisa 5. Zagueiro búlgaro de 25 anos.

O Levski Sofia, da Bulgária, pagou 120 mil euros (R$ 282 mil) pelos seus direitos econômicos nesta temporada. Ele assinou um contrato de três anos.

Nesta semana, o jogador entrou na partida faltando apenas 3 minutos. O seu time vencia o Lille, da França, por 2 x 1, pela Liga Europa.

A sua missão era aumentar a proteção na defesa. E, no primeiro lance em campo, Ivanov entrou para a história. Da pior forma possível…

O mundo da base…

O Santos cansou de revelar jogadores nesta década…

Primeiro, com a geração de 2002, que deu o primeiro título brasileiro da história ao Peixe. Entre outros craques, surgiram Robinho, Diego, Léo, Elano e Alex. Todos eles com passagens na Seleção Brasileira. Todos eles foram vendidos para o exterior e renderam milhões ao clube da Baixada Santista. Consequência? Bicampeonato em 2004.

Agora, a geração de Neymar. Além do genial e genioso atacante, destacam-se no elenco da Vila Belmiro o meia Paulo Henrique Ganso e jogadores como Zé Eduardo e André, que já foi vendido neste ano. Todos eles com multas rescisórias astronômicas. O Santos chegou a negar uma oferta de R$ 71 milhões (30 mulhões de euros) do Chelsea por Neymar. Recusou pois sabe que tem ouro em estado bruto.

Ok. Então já ficou claro que um bom trabalho na categoria de base de um clube pode gerar muito dinheiro. Eis uma reviravolta nesta mesma década.

TerraEm 2001, o então presidente do Sport, Luciano Bivar, dissolveu a categoria de base da Ilha do Retiro. O Leão tinha cerca de 200 jogadores espalhados pelo infantil, juvenil e juniores.

O dirigente alegou que a Lei Pelé, que havia acabado com o passe dos jogadores profissionais, seria prejudicial aos clubes. Com o tempo, todos entenderam que era necessário esticar os contratos para poder conseguir um retorno financeiro através dos atletas, com o respaldo da lei.

Agora, exatamente dez anos depois, o mesmo Luciano Bivar deverá assumir o núcleo amador do futebol do Sport na provável gestão de Gustavo Dubeux (veja AQUI). Abaixo, uma nota publicada por Bivar nos jornais em 27 de setembro de 2000.

A Hora da Verdade

“Há muito esbraveja em minha aldeia sobre os riscos catastróficos que a famigerada Lei Pelé viria causar ao esporte mais popular do país. Uma das razões que me levaram ao Congresso Nacional era protestar contra o assunto. Todavia, a mídia populista e demagógica foi maior do que os que vociferavam no combate àquela norma, sobre o apocalipse que ela provocaria. Os trâmites legislativos avançaram como um furacão guiados por uma mídia insana e inconseqüente e marcaram a data da morte do futebol brasileiro: 26 de março de 2001, data da Vocatio Legis do art. 28 §2º, da Lei nº 9.615/98.”

O cash que faz a diferença

Mala brancaMala branca.

Ela já está aí, voando por todo o Brasil.

Basta dar uma espiada na área de embarque dos principais aeroportos do país que é fácil encontrá-la.

Dentro, um volume enorme de dinheiro.

Propostas de R$ 30 mil, R$ 50 mil, R$ 100 mil… E subindo em alta velocidade.

A medida em que o campeonato brasileiro vai afunilando, tanto na Série A quanto na Série B, maior o valor.

O “pedido” é bem simples: empenho em campo. Geralmente, a mala branca (outrora chamada de mala preta) aparece diante de clubes sem tantos motivos para continuar motivados. Nem cai nem sobe. Então, nada como alguns reais na conta corrente.

Sabe aquela equipe no meio da tabela? Já está correndo bem mais agora… Para subir, alguns clubes vão ter que abrir o bolso. A conversa vai ser aquele de sempre:

“Alguns conselheiros do clube se cotizaram para ‘incentivar’ os jogadores do clube.”

Independentemente da origem do cash, ele costuma fazer a diferença.

12 clubes até 2015

Carlos Alberto Oliveira, presidente da FPF. Foto: Jaqueline Maia/Diario de Pernambuco

O número de clubes no Pernambucano foi ampliado de 10 para 12 em 2008.

Assim está e deverá ficar por mais algumas temporadas.

Há dois anos, o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, promoveu o acesso de quatro times da Série A2, quando apenas dois deveriam ter subido. Entre os quatro, o Centro Limoeirense, o seu time do coração, que não conseguiu o acesso no campo.

E veio um Estadual inchado, com datas insuficientes no calendário da CBF.

Sempre foi especulada a redução da competição para dez equipes desde então. O Estatuto do Torcedor, que prevê a realização de uma fórmula por pelo menos dois anos, acabou inviabilizando a mudança.

Como em 2011 o formato será o mesmo deste ano, vai abrir, assim, o caminho para a modificação dentro de dois anos. Em tese… Na prática, não deverá sair do papel.

Durante o Conselho Arbitral do Campeonato Pernambucano de 2011, nesta terça-feira, Carlos Alberto deu a seguinte declaração em entrevista ao blog:

“Enquanto eu for presidente  da Federação Pernambucana de Futebol, o número de clubes será 12. Não mudarei nada até 2015.”

Ele alegou que outros Estaduais têm mais clubes, como São Paulo, com 20 equipes. Lá, porém, são utilizadas 23 datas, enquanto aqui gastamos 26.

Em tempo: a gestão do mandatário acaba em 2015. Deveria ser em 2014, mas ele ganhou um ano de bônus para acompanhar o centenário da FPF…