O epílogo será escrito no Arruda

Pernambucano 2011: Santa Cruz 3 x 1 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Cinco anos se passaram desde o dia 9 de abril de 2006.

Aquele domingo marcou a última decisão de campeonato com o Santa Cruz em campo. O Tricolor até venceu o rival rubro-negro, mas acabou com o vice nos pênaltis.

Desde então, ladeira abaixo, com fracassos, rebaixamentos nacionais e tristeza.

Esse hiato acabou, de forma incontestável. Com brilho!

Na semifinal deste já inesquecível Estadual, atropelamento em Caruaru e no Recife.

Como aconteceu no primeiro jogo, o Tricolor liquidou o confronto contra o Porto logo nos primeiros minutos, a 150 km/h. Volume de jogo de alta competitividade.

Neste sábado, no Arruda, a Cobral Coral já vencia por 3 x 0 com apenas 13 minutos!

O meia Weslley em cobrança de falta, Leandro Souza de cabeça, após escanteio cobrado pelo mesmo meia Weslley, e depois com o outro beque tricolor, Thiago Mathias.

O artilheiro Paulista ainda descontou, deixando o placar em 3 x 1. Com o triunfo diante de 32 mil pessoas, o Tricolor garantiu algo maior neste ano de renascimento…

Chegou a 51 pontos, com a melhor campanha geral, tendo 16 vitórias em 24 jogos, e garantiu o direito de decidir o título no Arruda.

No jogo ida, em 8 de maio, na Ilha do Retiro ou Aflitos.

No dia 15 de maio de 2011, a finalíssima nas Repúblicas Independentes do Arruda.

Certamente, uma multidão de 60 mil pessoas a caminho do desfecho do campeonato mais tenso da história do futebol pernambucano.

Resta saber se outro hiato será quebrado. Aquele que vem desde 31 de março de 2005, quando um certo de time de três cores deu a volta olímpica em Petrolina…

Pernambucano 2011: Santa Cruz 3 x 1 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

No BID, Sport + Náutico + Santa Cruz = 258 jogadores

Futebol

Fonte direta sobre a legalidade dos jogadores de futebol, o Boletim Informativo Diário (BID) da CBF estava “fora do ar” há alguns meses.

O acesso aos prazos dos contratos dos jogadores era praticamente impossível, somente através de códigos. Agora, após a manutenção, o serviço voltou a funcionar.

Vamos a alguns dados dos clubes pernambucanos, segundo o site da entidade que comanda o futebol do país. Só o Trio de Ferro tem a assinatura de 258 jogadores!

Deste total, 98 ainda são amadores. Será que algum deles é craque mesmo…?

O clube com mais atletas inscritos é o São Paulo, com 316.

Náutico
95 atletas ao todo
54 profissionais, sendo 10 emprestados: Airton, Deyvid Sacconi, Eduardo Ramos, Fábio Reis, Rodolfo Potiguar, Jorge Fellipe, Nitsche, Derley, Kieza e Willian.
41 amadores
Contrato mais longo, até 31/12/2015: Rogério (atacante).
Veja a lista completa do Alvirrubro AQUI.

Sport
84 atletas ao todo
61 profissionais, sendo 7 emprestados: Bruno Mineiro, Marcelinho Paraíba, Jackson, Tadeu, Rodrigo Calaça, Thiaguinho e Wellington Saci.
23 amadores
Contratos mais longos, até 31/12/2013: Saulo (goleiro) e Renato (lateral)
Veja a lista completa do Rubro-negro AQUI.

Santa Cruz
79 atletas ao todo
45 profissionais, sendo 5 emprestados: Thiago Cunha, Leandro Souza, Weslley, Mário Lúcio e Felipe Manoel.
34 amadores
Contratos mais longos, até 31/12/2015: Jhonata (meia) e Maranhão (meia).
Veja a lista completa do Tricolor AQUI.

O passado através de Kuki

Kuki, ídolo do Náutico. Arte: Bosco/Diario de Pernambuco

Faz tanto tempo assim, torcedor alvirrubro?

Em 3 de janeiro de 2001, um baixinho realizava o seu primeiro treino nos Aflitos.

Contratado já com idade avançada, o atacante nunca havia brilhado nos principais centros de futebol do país. No máximo, em divisões inferiores da região Sul.

O nome tinha apenas quatro letras, mantendo uma tradição nas denominações dos goleadores em Rosa e Silva, tendo Bita como o maior exemplo, é claro.

Do nada, explodiu.

Passou a fazer muitos gols, colecionar marcas quase insuperáveis no clube.

Passou a reescrever a história do Clube Náutico Capibaribe. Ele mesmo, Silvio Luiz Borba da Silva, ou simplesmente Kuki.

A “revelação” de 29 anos marcou uma década nos Aflitos. Se tornou o atleta que mais vestiu o uniforme timbu em 110 anos.

Foram 389 partidas, com direito a três títulos estaduais e três artilharias do Estadual. Kuki virou sinônimo de raça, perseverança e festa nas arquibancadas.

Kukê! Kukê! Kukê!

Ao todo, marcou 179 tentos. É o 4º maior goleador do clube. Na frente dele, só Bita, Fernando Carvalheira e Baiano.

É claro que ocorreram atritos durante o longo relacionamento. Chegou a mudar de camisa. Mas voltou para “casa”. Virou auxiliar técnico.

Não tinha como deixar de viver o Timbu, a sua paixão tardia, mas incondicional.

Futebol, agora, só como brincadeira… Como rachões e futevôlei em Boa Viagem. Os gols, as arrancadas, a alegria e até a raiva em campo, ficaram no passado.

O tempo parece cada vez mais rápido…

Aquele Kuki completa 40 anos neste sábado, 30 de abril de 2011.

A história sempre dá uma chance para ser reescrita. Às novas gerações.