Nesta semana, a revista VEJA traz em sua manchete o atraso nos estádios brasileiros para cumprir o cronograma da Copa do Mundo de 2014 (veja AQUI).
Mas, na visão deste blog, vem com um erro grave na base dos cálculos…
Segundo a publicação, a final do Mundial, por exemplo, será realizada apenas em “2038”, segundo critérios matemáticos da reportagem.
Está no texto: “A reportagem comparou o orçamento previsto para a reforma ou construção de cada arena com o valor que foi investido nelas até agora. Em outras palavras, analisou a execução orçamentária estádio por estádio”.
A Arena Pernambuco tem um orçamento oficial de R$ 532 milhões. Lá, já foram investidos R$ 60 milhões. Segundo a VEJA, caso a obra local siga no ritmo atual, o estádio só ficará pronto em dezembro de 2015.
Aí está o problema na edição da revista com a maior tiragem de exemplares do país.
O próprio texto diz que seria preciso aumentar o gasto mensal em 72% para concluir a empreitada no tempo necessário.
Mas quem falou que o gasto mensal é estático? Na matéria, ninguém. Nenhuma obra é executada de maneira linear. Isso inclui edifícios, estaleiro, estádios, rodovias etc.
Desde que a obra começou, em 30 de julho de 2010, é gradual a evolução na carga de trabalho, principalmente no efetivo. De 18 operários, o projeto já chegou a 620. O gasto mensal de abril deste ano não foi o mesmo de agosto passado, sem a terraplenagem.
Em janeiro de 2012, o pico da obra, estão previstos 1.800 trabalhadores. Ou seja, não é difícil imaginar que o gasto mensal aumentará. No efetivo, o crescimento será de 190%.
O atraso existe e em todos os setores da Copa, como estádios, aeroportos e mobilidade urbana. Não precisa de cálculos mirabolantes para se chegar a essa conclusão…
Veja o hotsite do Diario sobre a evolução da Area Pernambuco AQUI.