Resistência quase eterna ao interior

Estrada do interior

Um campeão do interior. Raramente o título acaba desta forma…

Neste domingo, o futebol do Pará viu pela primeira vez a festa de um clube longe da capital e seu ar de metrópole, urbano.

O modesto Independente de Tucuruí bateu o tradicional Paysandu, nos pênaltis, e levou a taça para o interior do enorme estado após 103 anos desde o início do torneio.

O campeão, conhecido como “Galo Elétrico”, tem uma folha de apenas R$ 90 mil.

Tucuruí fica a 480 quilômetros de Belém. Com menos de 100 mil habitantes, o clima ainda pode ser considerado bucólico, apesar da potência da gigante Usina Hidrelétrica.

Além do Pará, Roraima, também no Norte, viu um time longe da capital erguer o troféu nesta temporada, com a Associação Esportiva Real, a 298 km de Boa Vista.

Assim, Rio de Janeiro e Pernambuco são, agora, os únicos estados sem um campeão do interior. No Rio, o Americano foi vice em 2002, enquanto o Volta Redonda perdeu a decisão de 2005. Lá, após a união da Guanabara com o antigo estado do Rio, os times do interior só entraram na disputa em 1979.

Em Pernambuco, Porto (1997 e 1998) e Central (2007) são os únicos vice-campeões. O interior passou a disputar o Pernambucano em 1937. Sempre como coadjuvante.

Qual será o último estado com um campeão do interior, PE ou RJ? Comente!

Abaixo, os 25 estados brasileiros nos quais o interior já deu a volta olímpica. Confira o primeiro campeão do interior de cada unidade da federação. Em alguns casos, o único.

Norte
Acre – Adesg, de Senador Guimard, em 2006
Amapá – Santana, de Santana, em 1960
Amazonas – Grêmio Coariense, de Coari, em 2005
Pará – Independente, de Tucuruí, em 2011
Rondônio – Ji-Paraná, de Ji-Paraná, em 1991
Roraima – Real, de São Luís do Anuá, em 2011
Tocantins – Tocantinópolis, de Tocantinópolis, em 1993

Nordeste
Alagoas – ASA, de Arapiraca, em 1953
Bahia – Fluminense, de Feira de Santana, em 1963
Ceará – Icasa, de Juazeiro do Norte, em 1992
Maranhão – Bacabal, de Bacabal, em 1996
Paraíba – Treze, de Campina Grande, em 1940
Piauí – Picos, de Picos, em 1991
Rio Grande do Norte – Coríntians, de Caicó, em 2001
Sergipe – Ipiranga, de Maruim, em 1939

Centro-Oeste
Distrito Federal – Grêmio Brasiliense, do Núcleo Bandeirante, em 1959
Goiás – Anápolis, de Anápolis, em 1965
Mato Grosso – Operário, de Várzea Grande, em 1964
Mato Grosso do Sul – Corumbaense, de Corumbá, em 1984

Sudeste
Espírito Santo – Cachoeiro, de Cachoeiro do Itapemirim, em 1948
Minas Gerais – Villa Nova, de Nova Lima, em 1932
São Paulo – Internacional, de Limeira, em 1986

Sul
Paraná – Monte Alegre, de Telêmaco Borba, em 1955
Rio Grande do Sul – Brasil, de Pelotas, em 1919
Santa Catarina – Caxias, de Joinvilla, em 1929

Último tango de Nuñez

Torcida do River Plate. Foto: River Plate/divulgação

Só mesmo o cantor Carlos Gardel, em seus melhores dias, conseguiria enraizar tanto drama em uma história quanto o rebaixamento inédito do River Plate.

Sim, o gigante River, arquirrival do Boca Juniors e dono do maior estádio da Argentina, o Monumental de Nuñez, palco da final da Copa América, que começa na próxima sexta.

O torneio continental começará ainda com um país atônito diante de algo tão marcante e surpreendente quanto a queda no domingo do Milionario, como é conhecida a tradicional agremiação de 110 anos de história, sempre na elite do futebol portenho, onde é o maior campeão, com 33 títulos.

No capítulo final de uma tragédia jamais anunciada, era preciso vencer o modesto Belgrano, de Córdoda, por dois gols de diferença. Em casa. Em mais um dia frio em Buenos Aires, o calor da hinchada do River, com quase 50 mil pessoas presentes.

O drama começou com um gol do adversário com apenas quatro minutos. Um silêncio daqueles cortado apenas pelo apito do árbitro Sergio Pezzotta, assinalando impedimento. Corretamente.

Do calafrio à emoção irracional 60 segundos depois, com o gol de Pavone, de fora da ára, na raça. Com a derrota por 2 a 0 no jogo de ida, restava devolver a diferença. A um gol da salvação, o River Plate pressionou. Dessa vez, a “camisa” não jogou.

Desarrumado, como nas últimas três temporadas – cuja média de pontos, no complicado sistema argentino, o deixou nessa repescagem -, o time deu espaço ao rival de ocasião. O gol incrivelmente perdido por Pereyra foi o primeiro aviso. Aos 17 minutos do segundo tempo, dois zagueiros do River trombaram e Farré, que não tinha nada a ver com aquele papelão fora de hora, empatou.

O fim de uma tradição – cuja faixa diagonal, para se ter uma ideia, é a fonte de inspiração do padrão do Vasco – estava a poucos minutos. O River, presidido pelo ídolo e ex-capitão Daniel Passarella – campeão do mundo com a seleção em 1978 -, ainda perdeu um pênalti com Pavone.

Pois é. A mística estava encerrada, sob a revolta da torcida, ensandecida com a situação, entre quebra-quebra e lágrimas intermináveis, sem deixar o estádio, a casa dos clássicos, fadado a receber jogos da “B”.

O domingo que jamais será esquecido na Argentina marcou, ainda, o aniversário de 15 anos da última Taça Libertadores conquistada pelo River Plate. Foi o verso final de um tango digno de Gardel. Hasta la vista, River.

Probabilidades da Série B 2011 – Capítulo 7

Série B 2011: Projeções do Infobola e do Chance de Gol

Nesta sétima rodada o futebol pernambucano foi incapaz de marcar um gol sequer.

Em 270 minutos, nenhuma finalização para as redes. Como só o Sport não sofreu gols (era o único jogando em casa), o saldo foi de um empate e duas derrotas.

A consequência disso é a queda nas probabilidades. Para o acesso, Leão com 14%, Carcará com 2,9% e Timbu com 0,9%. A matemática pode até ser maluca, mas os resultados realmente não estao aparecendo em campo.

É uma pena, uma vez que a Série B está nivelada por baixo…

O blog vai seguir publicando as projeções até a última rodada. Por enquanto, o Infobola não postou a sua, por causa do baixo número de rodadas.

Fontes: Infobola e Chance de Gol.

Veja a probabilidade da rodada anterior clicando aqui.