Dia Alvirrubro com bullying

Algum rubro-negro mexeu no site do Náutico, na página dedicada aos novos sócios…

Abaixo, o print screen. E olhe que a página ficou até com uma versão pior (veja aqui).

Rivalidade à parte, os clubes locais precisa tomar cada vez mais cuidado com ações deste tipo, que isso vêm se tornando algo comum nos últimos tempos.

Site do Náutico

Prefeitura Futebol Clube

Prefeitura municipal

Confusa, a segunda divisão do Pernambucano* deste ano já está em sua reta final.

Os dois classificados da Série A2 podem sair, inclusive, neste fim de semana.

Em casa, o Belo Jardim joga por um simples empate com o Timbaúba, na chave 1, para assegurar a sua volta após a queda como lanterna em 2007.

No grupo 2, o Serra Talhada vai até o estádio Gileno de Carli, no Cabo de Santo Agostinho, em busca de uma vitória que daria um acesso histórico.

Informações sobre a elite do Pernambucano de 2012 à parte, o post também chama a atenção para um fenômeno clubístico que vem se espalhando pelo estado.

Cada vez mais, os times estão do interior estão ligados às respectivas prefeituras.

Além do Belo Jardim e do recém-criado Serra Talhada, também estão no segundo escalão local Timbaúba, Chã Grande e Olinda.

Na primeira divisão, é bom lembrar, conta com Salgueiro, Araripina e Petrolina.

Dos oito clubes citados, sete foram profissionalizados na última década, com exceção do Petrolina, fundado em 1998, no início dessa onda.

Várias dessas cidades já contavam com representantes tradicionais, como Serrano e Ferroviário, em Serra Talhada, Estudantes, em Timbaúba, e 1º de Maio, em Petrolina.

Aos poucos, os antigos clubes foram perdendo apoio, sendo escanteados.

Entre os inúmeros motivos para o enxugamento dos times tradicionais paralelamente ao surgimento dos “braços” municipais está, obviamente, a receita.

Os municípios ganham em visibilidade, com o nome aparecendo durante todo o Estadual. No mapa do futebol, ganham cobertura da TV com a transmissão dos jogos ao vivo. Espaço para propaganda política, claro.

Em contrapartida, as prefeituras fornecem estrutura – como o custo quase irrisório dos estádios – e patrocínio, ou, no mínimo, facilitam a busca de investidores.

Não é incomum o presidente de um clube responder diretamente ao prefeito. Em alguns casos, como em Olinda, o prefeito (Renildo Calheiros, no caso) também é o presidente.

Outros políticos preferem utilizar o lampejo de experiência futebolística já existente. Basta ver a parceria de Chã Grande com a formação do Decisão, filiado da FPF.

Naturalmente, este tipo de ligação é bem mais difícil diante de times com mais história e torcida, como o Central de Caruaru, por exemplo.

Ainda que receba uma ajuda da Capital do Forró, a Patativa jamais cogitou a possibilidade de mudar o nome para “Caruaru FC”. Sequer as cores da camisa alvinegra.

Vale destacar ainda os clubes que flertam com o lado parasita, indo de prefeitura para prefeitura, como ocorre em São Paulo, tendo Barueri e Americana como exemplos. Aqui, o Porto já jogou em Caruaru, Brejo da Madre de Deus e Belo Jardim. Pagou, levou?

* O torneio deste ano apenas nove clubes, sendo que oito deles se classificaram para a fase final. O único eliminado, o Centro Limoeirense, perdeu todos os jogos por WO. Além disso, o Belo Jardim ainda foi julgado pelo TJD, com 15 pontos de punição.

Prefeitura municipal

A cor da federação

 

Na sede da FPF, um paralelo entre idade e cores…

Muito se discute sobre a idade do sobrinho de Carlos Alberto Oliveira, o universitário Davi, de 22 anos, candidato ao posto de 1º vice-presidente executivo da entidade.

De fato, não parece lógico dispor um cargo tão importante para alguém que está apenas começando, ainda mais pelo fato de postular a função devido ao sobrenome.

Porém, há quem esteja bem preocupado é com outro aspecto.

Em entrevista ao blog, o presidente timbu, Berillo Júnior, fez uma observação interessante sobre a nova cúpula da Federação Pernambucana de Futebol.

“A composição da FPF é importantíssima e precisa de gente com experiência. Com 22 anos, não tem como exigir muita experiência desse rapaz (Davi). Mas, além disso, a FPF não pode ser composta só por rubro-negros, só com um time. Isso não existe. É salutar que tenha alvirrubros e tricolores na mesa também.”

Evandro Carvalho, novo mandatário, e Davi Oliveira torcem pelo Sport, diga-se.

O dirigente, então, foi questionado se de alguma forma isso se aplicava a Carlos Alberto. Berillo, porém, disse que a gestão passada não interferiu na divisão das conquistas.

“Carlos Alberto tinha um jeito próprio, mas foi muito honesto. A superioridade do Sport no período foi por causa do dinheiro do Clube do 13, só. Antes, era equilibrado”.

O blog fez um levantamento com a divisão de títulos estaduais considerando as três gestões mais longas da história da entidade, incluindo a última. Confira aqui.

Oficialmente, as cores da FPF são azul e branco. Nada de rubro-negro, alvirrubro ou tricolor. Qualquer semelhança com as ilustrações é mera coincidência…