Neste ano, a Confederação Brasileira de Futebol inovou ao montar a tabela da Série A recheada de clássicos estaduais na última rodada.
O objetivo era tentar evitar qualquer tipo de “entrega” por parte de clubes sem ambição alguma na competição, apenas para prejudicar o rival, envolvido em alguma disputa.
Nesta temporada, eis os oito derradeiros duelos na Série A: Botafogo x Fluminense, Vasco x Flamengo, São Paulo x Santos, Corinthians x Palmeiras, Internacional x Grêmio, Cruzeiro x Atlético-MG, Atlético-PR x Coritiba, Avaí x Figueirense…
A ideia deverá vigorar para a próxima edição do Nacional.
Então, isso permite de cara uma conclusão no Recife. Náutico e Sport irão disputar o centenário Clássico dos Clássicos na 38ª rodada…
Briga contra o rebaixamento, por vaga na Copa Sul-americana ou algo mais nobre?
Impossível definir isso agora.
O fato é que a partida será pra lá de tensa…
Nas imagens do post, o pioneiro Clássico dos Clássicos na 1ª divisão nacional, em 1973, com um 0 x 0 no Arruda, e o último, em 2009, com vitória timbu por 3 x 2, nos Aflitos.
Ao todo, são sete vitórias rubro-negras na elite, seis triunfos alvirrubros e cinco empates, com 19 gols do Leão e 18 do Timbu. Confira a lista completa do clássico aqui.
Camisas temáticas no futebol, além de mais baratas, fazem sucesso junto ao torcedor muitas vezes por causa da provocação estampada no algodão…
Os clubes até moderam o tom nos lançamentos. Veja um post sobre isso aqui.
Já as torcidas organizadas (de fato e de direito) costumam adotar um tom ácido.
Nem sempre, porém, a mensagem cai bem…
Neste ano, o Recife teve dois exemplos de festa antes da hora, com rubro-negros, no Estadual, e alvirrubros, agora na Série B.
Alguma facção do Santa Cruz pode até ter confeccionado uma camisa de “campeão brasileiro da Série D”, mas, sabiamente, não deixou o produto vazar na web…
As duas camisas desse post certamente ficarão encalhadas nos próximos dias…
Há exatamente seis anos, uma camisa coral precisou ser abortada, após a recuada no título da Série B, já com 15 minutos de festa. Faz parte.
O Náutico repetiu a sua melhor campanha na Segundona, de 1988.
Em 2011, foi ainda melhor, voltando a orgulhar a sua torcida.
Terminou o campeonato invicto nos Aflitos.
Insuperável, na verdade.
Em 19 jogos, 13 vitórias e 6 empates.
Um deles na tarde deste sábado, num 2 x 2 pra lá de festivo com a Ponte Preta, curiosamente, o mesmo adversário na campanha de 23 anos atrás.
No fim, a celebração de uma campanha espetacular como mandante. Sem dúvida alguma, a pressão dos Aflitos fomentou o terceiro acesso à Série A da história timbu.
Kieza, mesmo expulso, alcançou a merecida artilharia da competição, com 21 gols.
Ou seja, as três metas deste sábado foram devidamente alcançadas. O time comandado por Waldemar Lemos pode até ter deixado a vitória escapar nos instantes finais, mas nem por um segundo isso diminuiu a comemoração.
Não mesmo! O gramado foi tomado pelo vermelho e branco, como há muito não ocorria.
Festa completa em Rosa e Silva, com 19.795 torcedores. Em um dia tranquilo, digno de quem já estava classificado, o Alvirrubro se despediu em grande estilo da Série B.
Contra todos os prognósticos, numa campanha inconstante, o Sport conseguiu o acesso. Isso mesmo, aquele time que cansou de oscilar bons e maus momentos.
De goleadas incontestáveis a tropeços constrangedores, sobretudo na Ilha do Retiro.
O favoritismo inicial na Série B havia ficado no papel, assim como o padrão de jogo.
Em campo, uma troca constante de comando e jogadores rendendo abaixo do esperado.
Contudo, os adversários pareciam colaborar para o sonho, quase sempre dando brecha para a sobrevida do Rubro-negro. A classificação teimava em não sair do foco.
Após “rejeitar” algumas oportunidades na tabela, surgiu uma última chance para o Sport, quando a probabilidade de sucesso já era quase irrisória, de apenas 9%.
Era a hora, então, da arrancada final, um sonho de todos os torcedores, mas que raramente se torna realidade. O “agora vai”, enfim, foi, com empolgação e esperança.
Nos últimos cinco jogos da Segundona foram quatro vitórias e um empate, com direito a uma rodada de ouro, com a queda dos adversários diretos na briga pelo G4.
A suada vitória sobre o Vila Nova por 1 x 0, num Serra Dourada encharcado e tomado por fanáticos rubro-negros, recolocou o Sport na primeira divisão pela 32ª vez.
Esse time dificilmente ficará na memória do torcedor, como um dos grandes escretes, apesar do inegável destaque técnico e objetivo de Marcelinho Paraíba.
Por isso, a camisa, sozinha no alto… Um uniforme pesado, de tradição.
Isso foi o suficiente para garantir o Leão na Série A de 2012. A camisa.
Para ser mais exato, as camisas… Muitas delas. O Serra Dourada que o diga.
Eduardo Galeano é um dos mais renomados escritores da América Latina.
Aos 71 anos, o uruguaio Eduardo Galeano tem mais de 40 livros, em inúmeros gêneros, como ficção, jornalismo, análise e, sobretudo, esportes, uma de suas paixões…
Em 1995, ele escreveu o livro “Futebol ao Sol e à Sombra”, com os momentos de esplendor e desgraça do futebol, entre a performance teatral e a guerra movendo as massas, pontuados por grandes nomes da pelota mundial, como Pelé, Di Stéfano, Maradona e Obdúlio Varella, campeão com a Celeste no Maracanazo de 1950.
Sucesso editorial e de crítica, o livro ganhou várias versões, inclusive em português.
Na Espanha, a surpresa, com uma capa à parte. Apaixonado pelo Brasil, Galeano já esteve inclusive em Pernambuco. Daqui, saiu a ideia da capa, com um time de barro.