Fim da vigésima oitava rodada da Série A, iniciando o giro em outubro.
Os rivais centenários estão cada vez mais distantes um do outro…
Na quinta, o Sport passou o seu maior vexame no torneio até o momento, ao ser goleado de virada Pela Lusa. O revés de 5 x 1 derrubou o técnico Waldemar Lemos.
No sábado, fazendo uma grande partida, com determinação, o Timbu conquistou a décima vitória dentro dos Aflitos. Bateu o Timão, campeão da Libertadores, por 2 x 1.
A 29ª rodada para os pernambucanos e os retrospectos no Brasileirão:
10/10 (19h30) – Ponte Preta x Náutico
Em São Paulo (2 jogos): 1 vitória alvirrubra, nenhum empate e 1 derrota
11/10 (21h00) – Sport x Grêmio
No Recife (13 jogos): 6 vitórias rubro-negroas, 5 empates e 2 derrotas
Na décima quinta rodada da Terceirona, nenhuma vitória pernambucana.
Jogando em Iguatu, no interior cearense, o Santa Cruz teve uma atuação pífia e foi derrotado pelo Icasa por 3 x 1. Ficou no G4 por causa do resultado do conterrâneo.
No Cornélio de Barros, o Salgueiro por pouco não sofreu a primeira derrota em seu novo estádio. O time perdia do Águia de Marabá até os 29 minutos do segundo tempo.
O gol de Élvis, que decretou o 1 x 1, não foi suficiente para manter o Carcará na zona de classificação, uma vez que o Paysandu fez a sua parte em casa.
A 16ª rodada para os pernambucanos no grupo A da Série C.
13/10 (16h00) – Santa Cruz x Fortaleza
14/10 (16h00) – Icasa/CE x Salgueiro
Contra o atual campeão da Taça Libertadores, o Náutico jogou a sua 14ª partida nos Aflitos na Série A desta temporada, mostrando mais uma vez a diferença no mando.
No ano passado, pela Segundona, o Timbu havia tido o melhor desempenho.
Na campanha do acesso, terminou invicto em Rosa e Silva. Agora, mesmo diante de equipes bem mais técnicas e competitivas, os alvirrubros alcançaram a 10ª vitória.
Resultado obtido jogando de igual para igual contra o Corinthians de Tite. Pressionando e sendo pressionando, num duelo franco.
Daqueles decididos no limite do campo, tomado por 19 mil torcedores.
Jogando sempre desta forma, o Náutico tem 10 vitórias, 2 empates e apenas 2 derrotas. O aproveitamento é de 76% nos Aflitos, em seu último ano de uso.
Esses números colocam o Alvirrubro como um dos mandantes mais fortes do torneio.
No triunfo por 2 x 1 na tarde deste sábado, Kieza abriu o placar aos trinta minutos, num jogo até então controlado no meio-campo.
Após longo lançamento, o atacante driblou Fábio Santos e chutou rasteiro. Novamente, o número 10 em ação. Foi o décimo tento do artilheiro em doze jogos.
Pode-se dizer que o pesado investimento em Kieza está pago desde já. Lembremos as cifras: R$ 600 mil de empréstimo, R$ 150 mil de luvas e R$ 100 mil de salários, que vêm sendo primordiais para manter o clube na elite.
No finzinho do primeiro tempo, rompendo a defesa pernambucano, o centroavante peruano Guerrero empatou. Jogo duro.
O equilíbrio continuaria no segundo tempo, sempre de igual para igual. Era o maior orçamento da competição contra um dos menores, é bom lembrar.
Aos 39 minutos da etapa final, numa jogada de Rogério, o corintiano Ralf desviou para a própria meta. Gol para deixar o Náutico em 9º lugar do Brasileirão.
Com 37 pontos, a dez rodadas do fim, a elite em 2013 parece favas contadas.
O objetivo agora é voltar a ficar entre os dez primeiros colocados depois de 28 anos.
A última grande campanha timbu na primeira divisão foi em 1984, com a sexta posição. Com o estádio dos Aflitos plenamente a favor, a meta começa a se tornar possível.
Faz tempo que o Santa Cruz não festeja uma vitória longe do Arruda.
Basta ligar o motor do ônibus Expresso Coral para a vida se tornar complicada…
O último triunfo como visitante foi em 13 de maio, na Ilha do Retiro. Na decisão do Estadual, 3 x 2 sobre o Sport. Fora dos limites geográficos de Pernambuco, o tempo é bem maior. Desde 7 de março, com o 2 x 1 diante do Penarol, em Manaus.
Na Série C, somar pontos fora de casa é o grande calo do Tricolor.
O time de Zé já enfrentou adversários de menor porte, já demonstrou superioridade, mas o excesso de erros da equipe vêm minando a campanha na competição.
Na tarde deste sábado, a chance parecia clara. Diante do Icasa, acumulando problemas no torneio, com o quarto técnico e jogando longe de seu reduto.
De Juazeiro do Norte, a partida foi remanejada para Iguatu, após decisão do STJD. O G4, que havia voltado a ser uma realidade, só não escapou porque o Salgueiro tropeçou em casa. Isso porque o Santa foi derrotado por 3 x 1 em um jogo atípico.
O alviverde abriu o placar com apenas 5 minutos, com Canga, desviando de cabeça. O lance diminuiu o ritmo do bicampeão pernambucano, que não ofereceu perigo algum no primeiro tempo. No segundo, o Santa chegou ao empate num golaço de Leozinho.
Ele foi lançado, dominou com o peito, ajeitou de cabeça e tocou por cobertua. Àquela altura, o meia Luciano Henrique, um pedido recorrente da torcida, já estava em campo.
Porém, a reação acabou brecada rapidamente, com gols de Gilberto (21) e Niel (27). A defesa coral se mostrou passiva em relação à velocidade dos cearensese.
Numa cobrança de pênalti, Dênis Marques parou no goleiro João Paulo, que vetou mais uma atuação tricolor longe das Repúblicas Independentes do Arruda…
Faltando dez rodadas para o fim do Campeonato Brasileiro, o técnico Waldemar Lemos foi demitido do Sport. O anúncio ocorreu neste sábado.
Ele encontrou a equipe leonina em uma situação crítica. Na Ilha, foram dez jogos, com três vitórias, quatro empates e três derrotas. Sai consciente de que não é o problema.
O post, contudo, vai focar a guerra fria entre psicólogos e estragistas no futebol.
O índice de Waldemar, 43,3%, foi insuficiente para tirar o time na zona de rebaixamento. Nos Aflitos, onde comandou o Timbu durante 60 jogos, o aproveitamento foi de 56,6%.
Nos dois rivais, o mesmo perfil. Tranquilo, focado, agregador. Sempre trabalhando o lado psicológico dos atletas, dia a dia, de forma individual. Era uma prioridade o bem-estar.
Tecnicamente falando, realizou alguns treinos pouco ortodoxos. Pelo menos externamente. No grupo, parecia ter apoio nos dois elencos em relação às atividades.
Taticamente, tentou extrair características distintas das peças à disposição.
Um atacante de área fora da área, outro atacante limintando-se a fechar os espaços pelas alas, como um marcador etc. A ressalva, plausível, é que no futebol atual “todo mundo marca”, citando nada menos que o Barcelona na explicação.
De fato, esta é a atitude do Barça. Porém, o brilhante time montado por Pep Guardiola não foi obra do acaso, mas um trabalho desde as categorias de base.
Para impor isso na escala profissional, do marco zero, é preciso haver um plantel técnico, homogêno. Nem sempre será possível converter um atleta desta forma.
Nem mesmo trabalhando o lado emocional, diante da limitação com a bola nos pés.
A passagem de Waldemar Lemos no futebol pernambucano deixou evidente a importância de uma base forte no comportamento do grupo. A necessidade de confiança.
Não se vive apenas de estatísticas e projeções. O lado psicológico é fundamental.
Assim como também é uma preparação tática apurada, antenada à modernidade, sem esquecer das diferenças técnicas encontradas em cada plantel.
A estratégia no esporte jamais pode ser deixada de lado ou subjugada. De opções em contragolpes à compactação da defesa. Sim, com a participação de todos em campo.
Uma organização fundamentada na capacidade da equipe e na formação do adversário.