O Santa Cruz busca neste ano uma conquista histórica para o clube. O último tricampeonato estadual nas Repúblicas Independentes foi em 1971, na sequência que terminaria com o penta, em 1973. Eram os anos dourados. Agora, mesmo duas divisões nacionais abaixo dos tradicionais rivais, o Tricolor venceu as últimas duas competições crescendo justamente no mata-mata.
“O time vai crescer na hora certa” foi o mantra de Zé Teodoro, comandante do bi. Agora com Marcelo Martelotte, ex-goleiro campeão em 1993, o Santa passou a jogar de forma bem diferente. Nada de time fechadinho aguardando os contragolpes. Até porque neste Estadual foram inúmeras formações táticas, até que o técnico encontrasse a composição ideal. Ela veio no Clássico das Emoções, com três meias de ligação e marcação dura.
Após a dolorosa eliminação no Nordestão, sofrendo um gol no último minuto, o Santa precisa retomar o Mundão como um ponto a favor. No Pernambucano o time tropeçou no Arruda com derrotas para Salgueiro e Chã Grande. O tri, a um ano do centenário, passa pela integração do Arruda e a consistência em campo.
Destaque
O meia Natan conviveu durante muito tempo com as lesões. Até se machucou neste ano, mas teve uma série maior de atuações e aí deslanchou. Criativo, está cotado para a seleção do campeonato. Quando o Martelotte definiu a escalação com três meias, Natan passou a ter mais liberdade para municiar o ataque.
Aposta
Outro meia de ligação como arma. Raul, contratado junto ao ABC de Natal no decorrer no Estadual, chegou e ganhou rapidamente a titularidade no Tricolor. Deu consistência ao meio-campo, paralelamente à velocidade de Natan e Renatinho. Também ajuda na marcação, evitando contragolpes.
Ponto fraco
Desde o Nordestão o Santa sente o desnível nas laterais. Tiago Costa começou muito mal na esquerda. Melhorou, mas ainda segue sem a confiança da torcida. Na direita, Everton Sena segue improvisado, limitado à marcação.
Campanha no 2º turno (11 jogos)
21 pontos (3º lugar)
6 vitórias (o 2º que mais venceu)
3 empates (o 5º que mais empatou)
2 derrotas (o 2º que menos perdeu)
15 gols marcados (o 6º melhor ataque)
8 gols sofridos (a melhor defesa)
Melhor apresentação: Náutico 0 x 2 Santa Cruz, em 31 de março.
Confira também as análises de Sport, Náutico e Ypiranga.
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