Os mais longos jejuns de taças no campeonato pernambucano

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A eliminação alvirrubra na semifinal, a terceira consecutiva, ampliou o jejum de títulos pernambucanos para nove anos. Já é o segundo maior do clube.

Campeão em 1989, o Náutico só voltaria a erguer a taça em 2001. Portanto, de 1990 a 2000 foram onze campanhas sem conquistas, no maior período de seca.

No levantamento do blog foi considerando o intervalo entre títulos estaduais. A explicação é necessária pois o Santa disputou o Pernambucano de 1915 a 1930 sem ganhar uma edição, mesmo fato ocorrido com o Náutico de 1916 a 1933.

No maior jejum entre os grandes clubes recifenses, o Sport ficou sem vencer estaduais justamente no período que marcou a maior série de triunfos do Náutico, o hexacampeonato, e do Santa Cruz, o penta. Contudo, no intervalo de troféus locais, o Leão conquistou o Torneio Norte-Nordeste de 1968.

Sport (1962/1975) – 12 anos
Sport ( 1928/1938) – 9 anos

Náutico (1989/2001) – 11 anos
Náutico (1974/1984) – 9 anos
Náutico (2004 / presente) – 9 anos

Santa Cruz (1947/1957) – 9 anos
Santa Cruz (1959/1969) – 9 anos
Santa Cruz (1995/2005) – 9 anos

Jejuns dos demais clubes campeões pernambucanos:

América (1944 / presente) – 69 anos
América (1927/1944) – 16 anos

Torre (3 títulos), Tramways (2) e Flamengo do Recife (1) estão extintos.

Octogonal da Morte – Parte III

Tarde de Clássico Matuto em Caruaru, de novo. Nos dois duelos anteriores nesta temporada, goleadas do Central no Lacerdão por 4 x 0, no primeiro turno, e 3 x 0, no segundo. Desta vez, nada de surpresa. Outra goleada do Alvinegro, por 3 x 0, ampliando a liderança isolada, agora com três pontos de vantagem, encerrando a 3ª rodada, das sete previstas.

O campeão do octogonal irá à Série D. Os dois últimos serão rebaixados…

Pesqueira 1 x 2 Chã Grande – Os novatos se enfrentaram pela terceira vez na elite. Desta vez, em Garanhuns, vitória da Raposa. Gols de Claudio e Danilo.

Central 3 x 0 Porto – Na terceira goleada da Patativa sobre o Gavião, Jonathan Goiano marcou duas vezes e chegou a 10 gols. Andrezinho completou.

Petrolina 1 x 1 Salgueiro – A Fera somou o seu primeiro ponto graças ao gol de Cleitinho, aos 31 do 2º tempo. Respira na briga contra o descenso.

Belo Jardim 1 x 1 Serra Talhada – O Calango vencia até os 37 do segundo tempo, quando Júnior Ferrim empatou de pênalti, deixando o Belo Jardim no Z2.

Confira a tabela do octogonal clicando aqui.

Geral – O Estadual chegou a 118 partidas. Desde o primeiro turno foram anotados 321 gols, com média de 2,72. Elton (Náutico) marcou duas vezes e voltou a se isolar na artilharia do campeonato, agora com 16 gols.

Classificação do octogonal do rebaixamento do Pernambucano 2013 após 3 rodadas. Crédito: Superesportes

23ª final das multidões

Leão x Cobra Coral. Arte: Greg/DP

Pela primeira vez o Clássico das Multidões irá decidir o título estadual por três temporadas consecutivas. Em toda a história do futebol local, isso só havia acontecido uma vez, envolvendo alvirrubros e tricolores de 1983 a 1985.

Neste ano teremos outra vez as duas maiores torcidas em ação. Somando os jogos de ida e volta das finais dos dois anos anteriores, foram 168.492 torcedores no Arruda e na Ilha, com média de 42 mil pessoas. Campeões de audiência. A Cobra Coral, aliás, vai em busca do tri, não alcançado desde 1971.

Esta será a 23ª edição decisiva do clássico entre Sport e Santa, a final mais comum na história do Campeonato Pernambucano desde 1915. Já no ano seguinte houve a primeira decisão, justamente na primeira disputa entre ambos.

No antigo campo do British Club, diante de quatro mil recifenses, o Leão goleou o Tricolor por 4 x 1, em 24 de dezembro do longíquo ano de 1916. Até 1996, quando o Rubro-negro iniciou o seu primeiro pentacampeonato, a vantagem era coral (8 x 7). Na década de 1990, o Sport embalou e virou o retrospecto geral.

O Leão conquistou 30% dos seus títulos locais sobre a Cobra Coral, que por sua vez ergueu 38% de suas taças sobre o rival da Ilha. Como curiosidade, o placar na era do futebol profissional, a partir de 1937, com 10 x 9 para os tricolores.

Confira o retrospecto dos três clássicos nas finais do campeonato estadual:

Clássico das Multidões (22)
Sport (12) – 1916, 1917, 1920, 1949, 1953, 1962, 1980, 1996, 1999, 2000, 2003 e 2006
Santa Cruz (10) – 1940, 1957, 1969, 1971, 1973, 1986, 1987, 1990, 2011 e 2012

Clássico das Emoções (16)
Náutico (9) – 1934, 1960, 1974, 1984, 1985, 1989, 2001, 2002 e 2004
Santa Cruz (7) – 1946, 1959, 1970, 1976, 1983, 1993 e 1995

Clássico dos Clássicos (16)
Sport (10) – 1955, 1961, 1975, 1977, 1981, 1988, 1991, 1992, 1994 e 2010
Náutico (6) – 1951, 1954, 1963, 1965, 1966 e 1968

Ao todo, onze finais diferentes já decidiram o Pernambucano. Em 34 edições o campeão saiu de forma direta. Chegou a hora de escrever mais um capítulo…

Hora de conhecer o campeão pernambucano de 2013

Sport x Santa Cruz. Arte: Cassio Zirpoli/DP/D.A Press

O campeonato foi mal organizado, com um regulamento absurdo, incluindo o desnecessário primeiro turno e os critérios toscos para o desempate no mata-mata, além de times do interior sem estádio, algo primário. Mesmo sem polêmicas na arbitragem, maior problema nas edições passadas, o Estadual vigente é um fiasco. A resposta do torcedor veio na arquibancada, com o pior público das últimas seis temporadas. Mas vale uma pausa. Agora vale o troféu.

Pois é. Superando os erros, chegamos à reta final de 2013, com a disputa mais uma vez entre Sport e Santa Cruz. Os rivais lutarão pelo título pela 23ª vez na história. Após duas frustradas tentativas, o Rubro-negro mira mais uma vez o 40º troféu estadual. Enquanto isso, o Tricolor quer derrubar o maior rival novamente para levantar o tricampeonato, feito que não ocorre há 42 anos.

Nesta competição, o Leão sofreu apenas uma derrota, logo na estreia. Trocou de comando, de Vadão para Sérgio Guedes, e evoluiu na competição, terminando na liderança e bem conduzido por Lucas Lima. Já a Cobra Coral, mirando a 27ª taça, mantém o trabalho com Martelotte, que acertou o time com três meias e boas apresentações nos clássicos, nos jogos que decidem.

Sport x Santa Cruz no Estadual – 384 jogos
162 vitórias leoninas (538 gols), 113 vitórias corais (452 gols), 109 empates

Pelo regulamento, os rivais irão encarar uma final imprevisível. Contudo, terá novamente uma dose de desorganização, pois ainda não há a previsão de um local para o possível jogo extra. Sim, esqueça a fórmula da semifinal…

Na decisão do Pernambucano o foco é apenas na pontuação nos dois jogos. Duas vitórias ou um empate e uma vitória garante o título. Dois empates ou uma vitória para cada lado – independentemente do saldo de gols – levará a disputa a um terceiro jogo, sem vantage, podendo terminar com pênaltis (entenda aqui).

05/05 – Santa Cruz x Sport (Arruda)
12/05 – Sport x Santa Cruz (Ilha do Retiro)
19/05 – Sport x Santa Cruz (caso necessário, em local a definir)

Quem será o campeão pernambucano de 2013?

  • Sport (53%, 1.362 Votes)
  • Santa Cruz (47%, 1.216 Votes)

Total Voters: 2.578

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Na bola, na raça e sem precisar da sorte, o Santa Cruz arranca para o tricampeonato

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Na bola, nos cartões, no sorteio. Sairia de todo jeito um finalista neste domingo.

Em uma tarde histórica, em três cores, o Clássico das Emoções caminhava de forma agônica para os bizarros critérios de desempate. O gol de Elton logo aos quinze minutos fez com que a definição do finalista do Estadual fosse revezada o tempo inteiro com cartões e o sorteio, através de um bingo.

Amarelo para o Santa? Logo em seguida um alvirrubro recebia. Advertência para o Náutico? Não demorava cinco minutos para um tricolor também levar um cartão. Se a ideia era disciplinar a disputa, atrapalhou, pois o árbitro Giberto Castro economizou o quanto pôde nos cartões nos Aflitos, repleto de gente.

Os times marcavam a distância, com temor de botar a tudo a perder. Mas as faltas duras aconteceram, algumas na correção verbal. A chuva foi o tempero final da tarde, com mais uma apresentação raçuda do Santa em um clássico.

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Após o gol sofrido no primeiro tempo, o time de Marcelo Martelotte, até então invicto como visitante, até perigou levar o segundo. Pouco atacava, tentando conter o ímpeto do Timbu. O seu meio-campo estava travado. Parecia esperar por um venenoso contragolpe, digno de uma cobra coral. Veio, letal.

O clima já era tenso quando, aos 32 minutos, Renatinho foi derrubado por Alison. Na área, num pênalti claríssimo. Envolvido numa polêmica sobre uma possível transferência para o próprio Alvirrubro, Dênis Marques quis nem saber e converteu muito bem. A vaga coral estava quase garantinda na decisão.

Seis minutos depois, outro pênalti sem contestação, do outro lado. Elton até definiu a vitória timbu por 2 x 1. Insuficiente para brecar a caminhada tricolor em busca do tri. A Cobra Coral mostrou força, camisa. E nem precisou de sorte.

Pernambucano 2013, semifinal: Náutico 2x1 Santa Cruz. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press