Eram 12 derrotas e 9 empates na Ilha do Retiro.
Quase uma década sem vencer o centenário rival em sua casa.
A estatística incomodava bastante o Náutico. Até esta quinta-feira…
Tecnicamente, o primeiro clássico pernambucano do ano foi que se esperava. Pobre, dos dois lados. Passes errados, alguns até arrancando risos da própria torcida, bolas espanadas da grande área somente na base do chutão.
Lisca veio precavido. Em alguns momentos eram duas linhas enormes na defesa. À frente de Gideão, cinco. Um pouco mais adiantados, outros quatro.
Fechado, consciente da limitação e da má apresentação na estreia na Copa do Nordeste e de que a noite reservava um duelo de porte bem maior.
O atacante leoonino Neto Baiano, que deu uma provocada antes do jogo, até foi lançado como titular por Geninho, como a grande mudança da noite.
Teve duas chances, uma evitada pelo goleiro e outra em uma finalização sem direção. Assim, precisaria engolir as palavras ao fim dos 90 minutos.
Aos poucos, o Náutico foi se aproximando do campo adversário. Primeiramente, parecia mais interessado em cavar um pênalti, ao menos três vezes.
O jogo seguiu… e com a bola rolando o Timbu levou a geral do placar à loucura. João Ananias tocou para Zé Mário, que mandou bem na meta de Magrão.
O técnico gaúcho parecia mesmo a arma alvirrubra para acabar o longo tabu. Não havia insanidade alguma nisso. Havia confiança. O time vermelho e branco voltou ainda mais compacto na etapa final. Até começou arisco, em dois contragolpes, mas depois apertou a marcação.
No Sport, a mesma desorganização tática vista em João Pessoa, apesar de ter corrido mais na Ilha. Mas a verdade é Gideão não praticou uma defesa sequer.
Empurrado pela torcida, que mesmo em menor número cantou mais, o visitante conseguiu buscar a vitória no reduto leonino, Náutico 1 x 0.
Um resultado há tempos esperado. É para ganhar de vez a torcida…