A figura do assistente de linha de fundo foi criada no futebol em 2010.
Mais precisamente em 21 de julho daquele ano, quando a mudança foi aprovada na International Board. Inicialmente, a Fifa testou a novidade, com um auxiliar atrás de cada barra, claro, em sete competições espalhadas no mundo.
Curiosamente, o Campeonato Pernambucano foi um dos torneios (veja aqui).
A missão era relativamente simples, mas importante, a de observar apenas os lances na grande área e, sobretudo, se a bola cruzou ou não a linha do gol.
No entanto, até hoje os resultados práticos são mínimos nesta função.
Além do custo adicional aos jogos – R$ 1.996 a cada partida no Estadual -, a polêmicas não mudaram, existindo ainda o princípio da dúvida a olho nu.
O que dizer do clássico entre Vasco e Flamengo, neste domingo?
No jogo no Maracanã, vencido pelo rubro-negro carioca por 2 x 1 , o time cruz-maltino chegou a mandar uma outra bola para o gol. A pelota quicou 33 centímetros após a linha, de forma nítida para todos no estádio e na tevê.
Menos para uma pessoa. O assistente de linha de fundo, Leonardo Cavaleiro, a dois metros, não enxergou. E era a única função dele naquela ocasião…
Não houve apoio algum nas arquibancadas da Ilha do Retiro. Construída em 1937, a casa rubro-negra não pôde receber a sua torcida pela primeira vez.
De tão surreal, a arrecadação no domingo foi negativa, de R$ -10.582.
Com todo mundo torcendo apenas pela televisão e via rádio, devido à punição de uma briga de organizadas, o Leão teria que superar o clima de “campo neutro”…
Superou. Dominando o adversário do começo ao fim, com uma marcação forte, o Sport venceu o CSA por 2 x 0 e se aproximou bastante da semifinal da Copa do Nordeste, alimentando um possível e histórico Clássico das Multidões.
Efetivado como técnico, Eduardo Batista manteve a pegada do time, que vem acertando a defesa, a maior lacuna na última temporada. Aproveitando a boa fase de Neto Baiano, à frente, o Leão construiu o importante resultado.
O centroavante, sem camisa da uniformizada por baixo, abriu o placar aos 29 minutos, escorando um cruzamento de Renê. Gol de “camisa 9”.
Enquanto o fantasma do fundador do clube, Guilherme de Aquino Fonseca, curtia sozinho na arquibancada, o time recifense seguia envolvendo o alviazulino.
Foram duas grandes chances desperdiçadas ainda no primeiro tempo. Na etapa final, Ferron tratou de acalmar a torcida – de longe – com um gol de cabeça.
A partir daí, Batista tirou Neto e colocou Éverton Felipe, deixando a equipe articulada para os contragolpes, pressionando o rival, até então fechadinho.
Perto do fim, Patric salvou um tento do time alagoano. Contudo, o lateral puxou a camisa do jogador adversário antes de chegar na bola.
Na partida de volta, no Rei Pelé, na pressão, um vacilo desse poderá custar.
Abrindo as quartas de final da Copa do Nordeste, o Santa Cruz goleou o Guarany de Sobral por 3 x 0 e fomentou uma enorme vantagem para a partida no Junco.
Foi o primeiro jogo dos corais no Arruda pela competição, após as três apresentações em Caruaru. E o jogo que se mostrava encardido terminou como um presente para o povão.
Se mantiver a compactação mostrada na tarde deste sábado, somente uma tragédia, sem meias palavras, ira tirar o tricampeão da semifinal do regional.
Assim, o Tricolor já repetiria, no mínimo, a sua melhor campanha no Nordestão, com o quarto lugar obtido em 2002.
Naquela ocasião, o Santa foi a surpresa na semifinal. Desta vez, o clube chega como um dos principais postulantes ao título inédito.
Tem uma base formada, em busca de qualificação para a futura Série B, e vem recuperando a grande lacuna dos grandes clubes no início da temporada, o condicionamento físico.
Uma prova disso foi o volume de jogo diante do rubro-negro cearense.
Com gols de Renan Fonseca (cabeça), Panda (falta) e Cassiano (chute forte), a equipe comandada por Vica também ganhou tranquilidade para também buscar a recuperação no Estadual.
Em tempo… A fatura neste mata-mata está quase liquidada, não consumada.
Milionários, modernos e erguidos no mesmo ano. Dezoito estádios foram inaugurados em 2013, sendo seis deles no Brasil, justamente os palcos da Copa das Confederações. Entre os empreendimentos, a Arena Pernambuco, construída a partir da quinta e última versão do Padrão Fifa, ao custo de R$ 650 milhões.
Todas as arenas concorrem ao prêmio internacional de Estádio do Ano – 2013, nomeação anual organizada pela stadiumdb.com (da Inglaterra) e stadiony.net (da Polônia), considerando os palcos para o futebol abertos na temporada correspondente, com ao menos dez mil lugares.
A votação do Stadium DataBase, aberta ao público, tem uma estrutura diferente. Em vez de um, o participante escolhe cinco estádios, dando cinco estrelas para o melhor, quatro para a segunda opção e assim sucessivamente, até a quinta opção, com apenas uma estrela.
A votação irá até o dia 22 de fevereiro. Abaixo, a lista completa dos candidatos.
Em 2012, quando foram inaugurados 16 estádios mundo afora, o prêmio foi vencido pela Arena do Grêmio, em uma votação com a participação de 14.439 pessoas. O estádio gaúcho recebeu 216.585 pontos.
Na sua opinião, qual deve ser a posição da arena de São Lourenço da Mata diante desta concorrência…?
A Fan Fest da Copa do Mundo de 2014 foi cancelada no Recife.
O palco oficial da Fifa seria armado no Marco Zero e contaria com um telão de 144 metros quadrados para a exibição de todas as partidas.
A expectativa era de um público diário acima de 35 mil pessoas na ilha, com entrada franca, durante 35 dias, conforme a previsão inicial.
Alegando o custo do evento, de R$ 20 milhões – excluindo os equipamentos eletrônicos, fornecidos pela entidade -, a Prefeitura do Recife cancelou o projeto, faltando quatro meses para o Mundial.
Após ler a repercussão nas redes sociais sobre o assunto, sei que provavelmente estarei entre a minoria nessa discussão…
Na minha opinião, porém, foi um erro da prefeitura da capital pernambucana. O município não cumpriu com a palavra, dada há um bom tempo.
Pernambuco foi eleito com uma das doze subsedes em 30 de maio de 2009.
Desde então, como as outras localidades selecionadas, se dispôs a cumprir uma enorme matriz de responsabilidades. Cara, com prazos apertados.
Estádio de última geração, obras de mobilidade, reforma do aeroporto, construção de terminal portuário e ações de turismo. No caso pernambucano, a previsão de gasto chegou a R$ 2,9 bilhões, em investimentos federal, estadual, municipal e privado.
No quesito relacionado ao turismo, além do número de leitos nos hotéis, sistema de transporte e placas de sinalização, haveria um item presente no torneio desde 2006. As fan fests se tornaram uma parte importante da Copa do Mundo.
Reúnem multidões – população local e turistas – em eventos de longa duração, com shows, ações de marketing etc. Uma atração popular à parte da arena, com a lotação esgotada.
E esse ônus seria da Prefeitura, fato. Há cinco anos se sabe disso. Não só o Recife, mas Natal, Belo Horizonte, Cuiabá, Porto Alegre…
Politicamente – e talvez seja este o ponto com o qual discordei dos comentários que li nas redes sociais -, é algo positivo economizar 20 milhões de reais para gastar em outros equipamentos (necessários) para a cidade.
Contudo, esta verba já era matéria vencida, comprometida, como o carnaval de 2014, já pago, por exemplo.
Na suposta parceria governo/prefeitura para o evento, Geraldo Júlio contradiz com o veto à fan fest as atitudes do governador Eduardo Campos, até pouquíssimo tempo o maior entusiasta da participação pernambucana.
Entre as explicações a favor da decisão vem o fato de a “Fifa explorar o Brasil de todas as formas na organização da Copa do Mundo”.
De fato, a dona Fifa é exigente demais e já fez pedidos além do razoável.
Independentemente de a fan fest ser ou não “razoável” – e eu considero que seja, pois é mais um vetor para movimentar a cidade massivamente -, o projeto estava no contrato original, assinado.
Como a Radial da Copa, a duplicação da BR-408, obras que ficarão para a população, obviamente, mas com o mesmo peso burocrático do compromisso.
Durante o Mundial, o Recife Antigo, até então na expectativa de se tornar um imenso polo de animação, poderá passar no limbo, caso os patrocinadores do evento – com aportes em outras direções – não banquem a conta inesperada.
Ou mesmo o governo do estado…
Enquanto isso, as outras onze cidades seguem com o formato completo de entretenimento de uma subsede, garantindo estádio e fan fest.
E assim deverá continuar ocorrendo nas próximas edições da Copa do Mundo.
O programa nacional de descontos para sócios-torcedores de clubes de futebol completou um ano em 14 de janeiro. A campanha criada pela Ambev já conta com 690.733 sócios cadastrados no site oficial.
Os três grandes clubes do Recife estão na lista, com 45 mil sócios em dia ao todo. No entanto, apenas o Rubro-negro e o Tricolor apresentaram crescimento no período. Já o Timbu reduziu o seu quadro adimplente.
As lideranças estabelecidas a partir do raio local: Sport (Pernambuco), Bahia (Nordeste) e Internacional (Brasil).
Os sócios dos 45 clubes nacionais cadastrados no torcedômetro têm direito a benefícios em mais de 600 produtos e serviços de 37 marcas. Mais 19 times já estão acertados para ingressar neste ano. Saiba mais no Futebol Melhor.
Sport (Sport de Verdade)
21/05/2013: 10.673 sócios (12º)
14/02/2014: 22.190 sócios (10º)
Variação: +11.517
Após o imbróglio na rodada de abertura, oficializada faltando apenas 20 horas para o início das partidas, somente agora, na 2ª rodada, ocorreram os três jogos programados. Eis o resumo do blog, lembrando que o clássico entre Náutico e Sport, o da estreia, segue indefinido. Com quatro vagas para seis times, somente uma largada ruim deverá resultar em eliminação. Até aqui, equilíbrio.
Como a própria FPF fez questão de “separar” as fases na composição da artilharia – numa decisão no mínimo curiosa -, aqui os dados também serão apenas do hexagonal principal, os oficiais. Em 5 jogos no #PE2014 foram marcados 16 gols, com média de 3,2. Nesta fase, a artilharia está dividida entre Léo Gamalho (Santa) e Neto Baiano (Sport), ambos com dois gols.
Sport 4 x 0 Salgueiro – O Leão foi superior, tática e tecnicamente. Construiu uma vitória fácil, apesar da necessidade de contar com um “camisa 10” melhor.
Porto 1 x 0 Santa Cruz – Desfalcado de peças importantes, o tricampeão quis evitar o desgaste em Caruaru. Contudo, acabou voltando sem ponto algum.
Central 1 x 1 Náutico – A vitória era timbu até os 47 do segundo tempo, quando cedeu o empate. O resultado também manteve a Patativa na luta pela semi.
Em sua nova casa, o Náutico não vem tendo um bom desempenho no ano.
Na arena, o Alvirrubro empatou dois jogos e perdeu um. Sem vitórias. Contudo, os pontos estão vindo como visitante. A conta-gotas, é verdade.
Somando as apresentações no Nordestão e no Pernambucano, o time comandado por Lisca ainda não foi derrotado. Uma vitória e três empates.
Sport 0 x 1 Náutico
Botafogo 1 x 1 Náutico
Guarany 1 x 1 Náutico
Central 1 x 1 Náutico
O bom gramado na Arena Pernambuco atrapalha? Chega a soar como piada o argumento. Campo bom ajuda. Se um piso em ótimas condições “atrapalha”, provavelmente o nível técnico do jogador é que não seja à altura.
Além disso, há a pressão de sair mais para o jogo, se impor.
Fora de casa o cenário é outro, claro. Sem remorso algum, o Timbu vai se fechando, buscando os contragolpes. As oportunidades são raras, mas vêm sendo convertidas, com um gol a cada apresentação fora de casa.
No entanto, o sistema defensivo ainda carece de atenção para que a equipe realmente passe a somar pontos em larga escala, com vitórias…
Na amena noite e Caruaru, nesta quarta, com 8.139 torcedores, os recifenses abriram o placar com Hugo, escorando um cruzamento aos 37 minutos.
O resultado aliviria o clima nos Aflitos. Antes deste suspiro na estreia, a dura realidade. Danilo Lins, ex-Náutico, empatou aos 47 minutos da etapa final.
Uma partida com os dois times que ainda não venceram no hexagonal…