Enquanto vencia o Botafogo, o Sport subiu para o 9º lugar e aumentava para nove pontos a distância em relação ao Z4. O gol sofrido custou caro. Derrubou o Leão para o 12º lugar e reduziu a vantagem para sete pontos. Apesar de enfim ter pontuado longe de Pernambuco, o time volta pressionado ao Recife, pois já não vence há seis jogos. E precisa de ao menos três vitórias para apagar qualquer risco de descenso.
Já na briga pelo título, o Cruzeiro voltou aos trilhos, vencendo em Salvador. No Barradão, palco onde foi campeão brasileiro em 2013, o time mineiro venceu com um gol a seis minutos do fim. Quando os concorrentes vencem, o Cruzeiro não deixa por menos.
A 30ª rodada do representante pernambucano
22/10 – Sport x Goiás (21h30)
Jogos no Recife pela elite: 7 vitórias rubro-negras, nenhum empate e 2 derrotas.
Eram oito derrotas seguidas como visitante. Apenas um gol marcado, de pênalti.
Considerando isso, o empate do Sport com o Botafogo em 1 x 1 foi até bom.
Em Volta Redonda, neste domingo, o time pernambucano brecou a série de derrotas e aumentou de 6 para 7 pontos a margem sobre o Z4.
No entanto, vamos além disso. Vamos considerar o desempenho em campo. Aí, para quem assistiu ao jogo, o resultado foi ruim.
Sobretudo pela boa postura no primeiro tempo, quando o Rubro-negro, instigado pelo discurso do Bope, buscou o ataque, jogando no erro de um adversário em crise. Sim, era preciso usar a crise alheia ao seu favor. Atrás, a segurança de Rodrigo Mancha, enfim recuperado.
O gol saiu aos 21 minutos – Mancha já havia acertado o travessão -, Diego Souza marcou um belo gol. Recebeu, ajeitou de cabeça e finalizou com força.
A vantagem pressionou ainda mais o mandante. Mas o Leão seguia criando. Pena ter vacilado tanto nas finalizações. Em uma delas, é preciso admitir, o mérito foi do goleiro Jefferson, novamente com Diego Souza.
Manter o futebol do primeiro tempo era o mínimo a ser feito na volta do intervelo. Repetindo uma prática comum no futebol brasileiro, o time de Eduardo Batista optou por recuar.
Mesmo ruim – o time carioca cheira à Série B -, o Botafogo conseguiu encostar mais no ataque, aproveitando os inúmeros chutões do Sport. Sair com a bola rasteira foi algo escasso.
Seguiu assim até a falta boba cometida por Wendel (bem, mesmo improvisado na zaga). Bem na meia lua. Wallyson cobrou mal, no meio da barreia. Gol…
Somente após tomar o empate o Sport resolveu – pra surpresa de pouca gente – jogar bola novamente. Pressionou, mas não finalizou com perigo.
Mesmo com a partida se estendendo até o 49 minutos, o placar se manteve.
O Sport pontuou fora, mas também chegou a seis jogos sem vitória…
Segundo o consórcio que administra o estádio, a divisão de funcionários em atividade é a seguinte, considerando o público presente:
5 mil torcedores – 600
15 mil torcedores – 1.000
30 mil torcedores – 1.600
40 mil torcedores – 2.200
Fica claro que é preciso “acertar” a expectativa de segurança, limpeza, manutenção, catraqueiros, bares, orientadores e administração. Um erro de cálculo pode ser fatal para todo o esquema.
Isso corresponde a 52,5% da capacidade total da arena, com 46.214 assentos.
Mesmo com percentual mediano, o número foi suficiente para uma tarde de problemas em São Lourenço da Mata.
Somando a isso a onipresente mobilidade falha – e ainda não finalizada pelo governo do estado -, a acessibilidade no estádio pecou.
A primeira imagem deste post, com uma multidão do lado do de fora, foi feita às 16h50, quando o jogo da Série B já estava com 40 minutos de bola rolando!
A cada segundo a mais, o nervosismo (justo) do torcedor só aumentava.
O tal torcedor se deslocou mais que o habitual em relação ao Arruda, pagou ingresso e simplesmente não conseguiu entrar no seu setor.
O cenário torna-se ainda mais crítico quando levamos em conta o fato de ser o estádio mais moderno de Pernambuco, no mais alto padrão de infraestrutura.
O volume de pessoas acabou fazendo com que a organização liberasse o setor inferior sul, embaixo dos visitantes e que geralmente fica vazio.
Apesar da presença maciça do povão, o sábado não estabeleceu o recorde de público entre clubes, ainda pertencente à final do Estadual deste ano entre Náutico e Sport – na Copa, lembrando, a organização coube à Fifa.
Trata-se da única arena do Nordeste que ainda não lotou (veja aqui).
E mesmo assim segue apresentando problemas…
Antes, durante e após os jogos. A saída do estacionamento – uma queixa recorrente dos torcedores alvirrubros, diga-se – se estendeu aos corais, com relatos de até 1h30 para deixar o local. Sempre por um portão congestionado.
A Arena Pernambuco é espetacular, não há dúvidas sobre isso. Porém, a experiência no estádio ainda não é equivalente. Longe disso.