O público na Arena Pernambuco foi pequeno, mas ainda assim acima do que se imaginava. Com o Náutico quase sem chances de acesso, o borderô com 1.666 espectadores surpreendeu, mesmo sendo ínfimo. Era uma gente esperançosa, que teimou e, corretamente, não largou o Náutico. Uma torcida que, no sábado, ao menos teve a alegria de vencer o clássico nordestino contra o Bahia. E só.
Aos alvirrubros, infelizmente, o 1 x 0, com Fabiano Eller pegando um rebote aos 17 minutos, foi insuficiente. No intervalo a esperança até se mantinha, com o Santa passando em branco em Itu. Depois, a cada gol coral, com o público informado via rádio e tevês nos celulares, ficou o desapego a 2015. A lanterna no hexagonal pernambucano, a eliminação na primeira fase do Nordestão e a brusca queda de rendimento na Série B após cinco vitórias nas seis primeiras rodadas. Inegavelmente, um ano negativo, somando ao caos administrativo e com uma eleição presidencial em dezembro, com o MTA em xeque.
A reformulação no Náutico, num enfraquecimento ampliado com os dois rivais na elite, deve ser grande em 2016. A princípio, só terá Estadual e Série B, com uma boa chance de ir à Copa do Brasil via ranking da CBF. Somando tudo, com boa vontade, R$ 6 milhões em cotas. Pouco. O jejum desde 2004 só aumentará a pressão da torcida, que precisará se fazer mais presente para mudar o cenário.
O Náutico não subiu pelos pontos bobos perdidos, a demora de tirar Lisca e a desunião do Clube.