Em 11 de junho de 2008, Sport e Corinthians decidiram o título da Copa do Brasil. O jogo na Ilha foi transmitido para todo o país. Pelo horário, 22h, e pela idade dos meninos, 9 anos, é difícil precisar se Juninho, no interior piauiense, e Caio, no interior mineiro, assistiram à decisão vencida pelos leoninos. Ambos já davam trabalho nas primeiras peladas na rua e ingressariam no mundo futebol propriamente dito logo depois. Hoje, ainda seguem em busca do sonho. Aos 17 anos, defendem os dois clubes, novamente envolvidos em uma final da Copa do Brasil. Agora pela categoria juvenil. Artilheiros, Juninho e Caio lideram rubro-negros e alvinegros na luta pela taça da quarta edição do torneio Sub 17.
Campanha do Sport 8 jogos, 5 vitórias, 3 empates, 22 gols marcados, 11 gols sofridos
Sport 2 x 1 Bahia Bahia 0 x 2 Sport Sport 5 x 4 São Paulo São Paulo 1 x 1 Sport Flamengo 3 x 3 Sport Sport 1 x 1 Flamengo Fluminense 1 x 4 Sport Sport 4 x 0 Fluminense
Artilheiros Juninho (6 gols) e Patrick (5)
Campanha do Corinthians 8 jogos, 6 vitórias, 1 empate e 1 derrota, 18 gols marcados, 10 gols sofridos
Luverdense 3 x 3 Corinthians Corinthians 2 x 1 Luverdense Coritiba 1 x 2 Corinthians Corinthians 0 x 1 Coritiba Corinthians 1 x 0 Chapecoense Chapecoense 0 x 3 Corinthians Cruzeiro 3 x 5 Corinthians Corinthians 2 x 1 Cruzeiro
As seis ligas nacionais mais tradicionais (e ricas) no futebol europeu têm características bem distintas quanto à (verdadeira) briga pelo título. Na Espanha, como se sabe, a disputa é polarizada entre Barça, dominante nos últimos dez anos, e o Real. O Atlético conseguiu se intrometer uma vez no período, e só. Idem na Itália, com o outrora imbatível Milan assumindo um papel de coadjuvante, ganhando apenas um scudetto, entre as enormes sequências de Inter e Juve. Por outro lado, na Ligue 1, da França, foram seis campeões no período. E a lista até poderia ser maior, mas o Paris Saint-Germain ensaiou uma hegeomonia, ganhando as últimas quatro competições. Na temporada mais recente, apenas o Leicester não ganhou o título de forma consecutiva. Nas demais, Juventus pentacampeã, Bayern tetra, PSG tetra, Benfica tri e Barça bi
O OneFootball fez um levantamento com os últimos dez campeões nacionais nas ligas, da temporada 2006/2007 a 2015/2016, e o blog ampliou o debate, traçando um paralelo com o Campeonato Brasileiro, num período disputado sempre com o mesmo formato, pontos corridos e vinte participantes.
Em caso de igualdade no número de clubes, fica à frente a liga com o maior campeão que tenha menos títulos (ou seja, “menor concentração” de taças):
1º) França (6 campeões) PSG (4), Lyon (2), Bordeaux (1), Marseille (1), Lille (1) e Montpellier (1)
2º) Brasil (5 campeões) São Paulo (3), Fluminense (2), Cruzeiro (2), Corinthians (2) e Flamengo (1).
3º) Inglaterra (4 campeões) Manchester United (5), Manchester City (2), Chelsea (2) e Leicester (1)
4º) Alemanha (4 campeões) Bayern de Munique (6), Borussia Dortmund (2), Stuttgart (1) e Wolfsburg (1)
5º) Itália (3 campeões) Juventus (5), Internazionale (4) e Milan (1)
6º) Espanha (3 campeões) Barcelona (6), Real Madrid (3) e Atlético de Madri (1)
7º) Portugal (2 campeões) Porto (6) e Benfica (4)
De 2006 a 2015, cinco clubes ganharam a Série A. Justifica a alcunha de “campeonato mais competitivo do mundo”? Nem tanto. Ao menos em relação aos vencedores. Expandindo a análise, até o G4, a Série A se mostra a mais rotativa. Neste caso, apenas como os melhores colocados – o que não significa classificados à Champions, pois o número de vagas varia de duas a quatro por país -, Alemanha, Espanha, Inglaterra e Portugal têm times com 100% de aproveitamento. No Brasil, quem mais chegou foi o São Paulo, sete vezes.
1º) Brasil (13 clubes no G4) São Paulo (7), Grêmio (6), Cruzeiro (5), Corinthians (4), Fluminense (4), Flamengo (3), Inter (3), Atlético-MG (2), Santos (2), Atlético-PR (1), Botafogo (1), Vasco (1) e Palmeiras (1)
2º) França (13 clubes no G4) Lyon (9), Marseille (7), PSG (6), Lille (4), Monaco (3), Nice (2), Bordeaux (2), Toulouse (2), Saint-Étienne (1), Montpellier (1), Auxerre (1), Nancy (1) e Rennes (1)
4º) Itália (9 clubes no G4) Juventus (7), Internazionale (6), Milan (6), Roma (6), Fiorentina (5), Napoli (4), Lazio (3), Udinese (2) e Sampdoria (1)
5º) Espanha (9 clubes no G4) Barcelona (10), Real Madrid (10), Atlético de Madri (6), Valencia (5), Villarreal (3), Sevilla (3), Athletic Bilbao (1), Real Sociedad (1) e Málaga (1)
6º) Portugal (8 clubes no G4) Porto (10), Benfica (10), Sporting (9), Braga (7), Estoril (1), Paços Ferreira (1), Nacional (1) e Vitória de Guimarães (1)
7º) Inglaterra (7 clubes no G4) Arsenal (10), Manchester United (8), Chelsea (8), Manchester City (6), Liverpool (4), Tottenham (3) e Leicester (1)
Os museus do Barcelona e do Real Madrid são experiências indispensáveis nas visitas às cidades, inseridas em qualquer roteiro turístico. Vai muito além da exibição de taças – e são muitas, sabemos -, com exposição audiovisual, com gols, narrações, passo a passo fotográfico da história. O Camp Nou Experience, num espaço de 3.500 metros quadrados, recebe mais de 1,6 milhão de visitantes por ano. Trazendo a discussão para o Recife, o Sport tem o projeto de um “memorial” desde 2008. Inicialmente, ampliaria o espaço da já apertada sala de troféus, com a visita terminando na loja oficial, como ocorre nos clubes espanhóis. Apesar das 1.700 peças catalogadas, a ideia ficou no papel.
Oito anos depois, celebrando o 111º aniversário, o clube montou uma exposição no salão nobre. Juntou os maiores títulos (Série A, Copa do Brasil, Série B, tri do Nordestão e Torneio N-NE) a uniformes dos anos 70, 80 e 90, emprestadas por um torcedor – o clube já vem tentando comprar padrões antigos -, um sistema de áudio com narrações históricas (“É cacete!”) e vídeo com os melhores momentos das finais nacionais de 1987 e 2008. Por fim, um mural com ídolos. Nos campos (Magrão, Dadá, Manga) e na vida social, como o fundador Guilherme de Aquino e o torcedor Zé do Rádio. Com um mês de duração, a exposição dá uma ideia do que poderia (poderá?) ser feito num memorial na Ilha.
Áudios disponíveis: Durval (Sport 3 x 1 Inter, nas quartas da Copa do Brasil 2008) Bala e Luciano Henrique (Sport 2 x 0 Corinthians, final da Copa do Brasil 2008) Marco Antônio (Sport 1 x 0 Guarani, final do Brasileirão de 1987) Bruno Mineiro (Vila Nova 0 x 1 Sport, acesso à Série A, em 2011)