A experiência de Grafite, o craque do Campeonato Pernambucano de 2016

Grafite, o craque do Estadual 2016, no Troféu Lance Final. Foto: Santa Cruz/twitter (@SCFC_OFICIAL)

Grafite foi eleito o craque do Campeonato Pernambucano de 2016, na festa do Troféu Lance Final, a seleção oficial da competição. O experiente atacante, que já havia liderado o Santa no acesso à Série A e no título do Nordestão, também teve um papel importante no Estadual. Marcou apenas três gols, é verdade, mas o trabalho na frente, quebrando a marcação e abrindo espaço para os companheiros, fomentou inúmeros contragolpes, a marca registrada do time.

Uma curiosidade sobre o camisa 23 é a idade, 37 anos, completados em 2 de abril. Tornou-se o mais veterano a levar o prêmio principal. Superou Marcelinho Paraíba, que em 2012 foi eleito no fim dos seus 36 anos. Estava a apenas cinco dias do aniversário. Por outro lado, Vítor Júnior foi o mais jovem, eleito com apenas 20 anos em 2007 – hoje, tanto tempo depois, ainda não chegou aos 30. Relembrando todos os craques eleitos pela imprensa especializada no Troféu Lance Final, Bala e Kuki são os recordistas, com duas premiações.

Ah, com o Grafa, o Santa Cruz chegou a seis prêmios, liderando o quesito…

2016 – Santa Cruz, Grafite (atacante, 37 anos)
2015 – Santa Cruz, João Paulo (meia, 24 anos)
2014 – Sport, Neto Baiano (atacante, 31 anos)
2013 – Santa Cruz, Dênis Marques (atacante, 32 anos)
2012 – Sport, Marcelinho Paraíba (meia, 36 anos)
2011 – Santa Cruz, Tiago Cardoso (goleiro, 26 anos)
2010 – Sport, Eduardo Ramos (meia, 24 anos)
2009 – Náutico, Gilmar (atacante, 25 anos)
2008 – Sport, Romerito (meia, 33 anos)
2007 – Sport, Vítor Júnior (meia, 20 anos)
2006 – Santa Cruz, Carlinhos Bala (atacante, 26 anos)
2005 – Santa Cruz, Carlinhos Bala (atacante, 25 anos)
2004 – Náutico, Kuki (atacante, 33 anos)
2003 – Náutico, Kuki (atacante, 32 anos) 

Confira todas as seleções oficiais do Estadual, de 2003 a 2016, clicando aqui.

As charges dos títulos do Santa, no Pernambucano e no Nordestão 2016

Foram oito dias históricos para o Santa Cruz. Em um domingo, o inédito título nordestino foi alcançado em Campina Grande. No domingo seguinte, mais uma volta olímpica na Ilha do Retiro, pelo certame estadual. Nas duas segundas-feiras seguintes, com as coberturas das conquistas, duas charges para os corais, assinadas pelos cartunistas do Diario de Pernambuco.

09/05/2016 (Jarbas Domingos)

Charge de Jarbas Domingos sobre o titulo do Santa no Pernambucano 2016. Crédito: DP

02/05/2016 (Samuca)

Charge de Samuca sobre o titulo do Santa no Nordestão 2016. Crédito: DP

Alírio Moraes no cimento da Ilha do Retiro acompanhando o bicampeonato tricolor

Alírio Moraes assistindo à decisão de 2016, entre Sport e Santa Cruz, na Ilha. Foto: Rafael Brasileiro/DP

O presidente do Santa Cruz, Alírio Moraes, se misturou aos 2.335 tricolores que pagaram ingresso para assistir à final do Campeonato Pernambucano de 2016, na Ilha do Retiro. O dirigente tinha direito a um camarote, numa cortesia comum nos clássicos, mas optou pelo cimento, numa experiência única junto ao povão.

O registro é do repórter Rafael Brasileiro, do Diario de Pernambuco, que filmou a tarde de Alírio na apinhada geral do placar, do contato com a torcida, passando pela apreensão nos noventa minutos e terminando com a festa após o empate, descendo para o campo para festejar o bicampeonato estadual sob sua gestão.

Confira a reportagem completa sobre a presença de Alírio na geral aqui.

Milton Mendes e Oswaldo Oliveira viram as chaves de Santa e Sport na Série A

Encontro dos técnicos da Série A 2016, na sede da CBF. Imagem: CBF/Youtube (reprodução)

Menos de 24 horas após a decisão estadual, os técnicos de Santa e Sport já estavam reunidos no Rio, na sede da CBF. Milton Mendes e Oswaldo de Oliveira chegaram juntos ao 2º Encontro de Técnicos da Série A, com a presença da maioria dos participantes de 2016, como Muricy Ramalho (Fla), Levir Culpi (Flu), Tite (Corinthians), Dorival Júnior (Santos) e Eduardo Baptista (Ponte).

Além do debate sobre novas práticas, táticas e demandas dos treinadores, o encontro serve também para “virar a chave” dos torneios estaduais. Campeão nordestino e pernambucano, recuperando o tricolor nas duas frentes, Milton tem, agora, o seu maior desafio no clube, com o piso das cotas de tevê em um torneio longo, muito mais técnico. Deve ter até oito reforços, incluindo um de peso, bancado pelo patrocinador. Quanto a Oswaldo, que comandou rubro-negro apenas na decisão local, o trabalho vai na remontagem do time, após o caminhão de contratações infundadas em janeiro. A seu favor, poderá contar com Diego Souza, que voltou após o prazo de inscrições do estadual.

Lá na confederação, uma reunião aberta aos vinte da elite e aos quatro últimos rebaixados. Como na primeira edição, que resultou na padronização dos campos (105m x 68m), o dia contou com mesas redondas e palestras, uma delas proferida por Dunga. Até aí, ok. Contudo, com a rápida rotatividade da função, vale registrar a reunião e compará-la ao desfecho do Brasileirão. 

De preferência, com Milton e Oswaldo cumprindo seus objetivos…

Encontro dos técnicos da Série A 2016, na sede da CBF. Foto: CBF/twitter

Santa Cruz vira cotista da Globo no Campeonato Brasileiro a partir de 2019

Santa Cruz fechando com a Globo, de 2019 a 2022. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Desde 1999, uma casta detém um contrato diferenciado em relação à transmissão do Campeonato Brasileiros. Os 18 clubes (*) possuem um acerto com a Rede Globo garantindo uma cota robusta mesmo em caso de ausência na elite. Não mudou nem com o fim do Clube dos 13, em 2011, com a mudança da negociação em bloco para o individual. Agora, com a concorrência entre as televisões, o cenário mudou. Em 2019, quando começará a vigorar um novo contrato, o Santa Cruz passará, finalmente, a ser “cotista”. Em entrevista ao podcast 45 minutos, o vice-presidente coral, Constantino Júnior, deu mais detalhes sobre o novo contrato com a emissora, que já havia sido revelado pelo mandatário Alírio Moraes em 16 de abril.

Na ocasião, foi confirmado o acerto de 2019 a 2024, com projeção de até R$ 45 milhões/ano, somando tvs aberta e fechada, ppv, internet e internacional. Mas ficou a dúvida sobre o valor caso o Tricolor não dispute a Série A em algum ano. Seria no modelo do Sport, integrante da casta desde 1997, ou no modelo do Náutico, que também assinou com o canal, mas sem validade na Série B? Valeu a primeira opção, num modelo essencial para o planejamento estratégico.

Constantino adiantou que o valor não será integral – como ocorre no contrato atual da casta, de 2015 a 2018. Ou seja, seria semelhante ao modelo da década passada, com queda de 50% no primeiro ano fora do Brasileirão e 25% a partir do segundo. Ainda assim, uma cota muito maior que a verba da Segundona.

Um comparativo com as cifras atuais calculadas com a fórmula do passado:

Ato 1
Série A 2016 – R$ 26 milhões (piso na elite)

Série B 2016 – R$ 5 milhões (receita de clubes “não cotistas”)

Ato 2
Em caso de rebaixamento, em 2017, o clube, sem contrato de proteção de mercado, receberia R$ 5 milhões na Série B.

Em caso de rebaixamento, em 2017, o clube, com contrato de proteção de mercado, receberia R$ 13 milhões, o que corresponde a 50% da cota original.

Ato 3
Permanecendo na Série B, em 2018, o clube, sem contrato de proteção de mercado, receberia novamente R$ 5 milhões.

Permanecendo na Série B, o clube, com contrato de proteção de mercado, passaria a receber R$ 6,5 milhões, o que corresponde a 25% da cota original.

Resumo: em dois anos pós-rebaixamento, o cotista ganharia R$ 19,5 milhões, enquanto o não cotista, na mesma competição, receberia R$ 10 milhões. 

Lembrando que esse cenário ainda não cabe, pois o Santa só deve ter direito à “proteção de mercado” a partir do futuro contrato, em 2019 – precisa resolver, também, a rescisão com Esporte Interativo. Até lá, segundo Tininho, o clube segue negociando ano a ano, sem qualquer amparo em caso de queda. 

* Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Grêmio, Inter, Cruzeiro, Atlético-MG, Bahia, Vitória, Sport, Atlético-PR, Coritiba e Goiás

A rotina de manchetes com títulos estaduais do Santa Cruz na década

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes em 9 de maio de 2016, com o título estadual do Santa Cruz

As capas do Diario de Pernambuco após o triunfo coral na Ilha do Retiro.

Nas bancas desta segunda, o bicampeonato pernambucano do Santa Cruz em 2016 estampa as manchetes do jornal (“Presente de glórias”) e do caderno Superesportes (“Virou rotina”). Cobertura da decisão das multidões e da festa na volta para o Arruda, com o tradicionalíssimo banho de piscina.

Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.

Foi o quinto título estadual do clube em seis disputados na década. Relembre todas as capas desta vitoriosa saga dos tricolores no futebol local.

2015 (“O papão da década” e “De volta ao Arruda”)

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes com o título estadual do Santa Cruz em 2015

2013 (“Festejos” e “A trilogia do impossível”)

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes com o título estadual do Santa Cruz em 2013

2012 (“No peito e na raça” e “O presente é meu”)

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes com o título estadual do Santa Cruz em 2012

2011 (“De corpo e alma” e “Ser Santa é luxo”)

As capas do Diario de Pernambuco e do caderno Superesportes com o título estadual do Santa Cruz em 2011