A impressão de estádios vazios em jogos do Trio de Ferro, em 2016, se confirma com números (dos borderôs oficiais) em escala anual, com pouco mais de 1/4 de ocupação nas arquibancadas. Esta temporada foi a pior em público e renda, em dados absolutos e média, desde que o blog começou a fazer esse levantamento, em 2013. Nenhuma assistência acima de 40 mil foi registrada, chegando no máximo “39.999”, na semifinal estadual entre Santa e Náutico.
Considerando todos os mandos de alvirrubros, tricolores e rubro-negros, chega-se a 96 jogos, incluindo um em Cuiabá, no primeiro mando negociado por um grande clube pernambucano. Em 12 de outubro, os corais “receberam” o Corinthians na Arena Pantanal, com torcedores (do clube paulista) pagando ingressos de até R$ 200. A média geral foi 11.180, turbinada pelas promoções na reta final do Brasileiro, como a do Sport, que liberou o acesso aos sócios adimplentes nas últimas quatro partidas na Ilha – reunindo 100 mil pessoas.
Com o check-in dos associados, o Leão voltou a ter o melhor índice anual de público na capital, mas nem por isso também deixou de ter a melhor arrecadação, com R$ 1 milhão a mais que o rival do Arruda. Falando no Santa, a média na elite nacional não chegou a 10 mil, mesmo após uma década ausente. Pesou a campanha, claro. Já o Náutico teve dois de seus maiores públicos dos últimos tempos. Após um início às moscas na Série B, jogando três vezes com menos de dois mil espectadores, conseguiu atrair 25 mil alvirrubros em duas oportunidades, incluindo a rodada final, quando deixou o acesso escapar.
Vale destacar ainda a ausência de bilheterias milionárias, o que não ocorria desde 2012. A maior renda foi de Sport 1 x 0 Flamengo, na arena, com R$ 802 mil. Número bem decepcionante, acarretando num baque nas receitas locais.
Abaixo, o total em cada competição em 2016 e também a taxa de ocupação, a partir da capacidade oficial de cada estádio utilizado. No fim, o quadro agregado.
Sport
33 jogos (30 na Ilha e 3 na Arena)
460.898 torcedores (média de 13.966)
47,97% de ocupação
R$ 7.112.818 de renda bruta (média de R$ 215.539)
Estadual – 7 jogos – 83.690 pessoas (11.955) – R$ 1.572.833 (R$ 224.690)
Nordestão – 5 jogos – 64.955 pessoas (12.991) – R$ 1.148.265 (R$ 229.653)
Série A – 19 jogos – 304.084 pessoas (16.004) – R$ 4.272.715 (R$ 224.879)
Copa do Brasil – 1 jogo – 1.599 pessoas – R$ 16.165
Sul-Americana – 1 jogo – 6.570 pessoas – R$ 102.840
Santa Cruz
36 jogos (33 no Arruda, 2 na Arena e 1 na Arena Pantanal)
413.626 torcedores (média de 11.489)
22,95% de ocupação
R$ 6.058.465 de renda bruta (média de R$ 168.290)
Estadual – 7 jogos – 119.290 pessoas (17.041) – R$ 1.564.455 (R$ 223.493)
Nordestão – 6 jogos – 79.146 pessoas (13.191) – R$ 1.204.575 (R$ 200.762)
Série A – 19 jogos – 187.245 pessoas (9.855) – R$ 2.992.570 (R$ 157.503)
Copa do Brasil – 2 jogos – 16.954 pessoas (8.477) – R$ 158.445 (R$ 79.222)
Sul-Americana – 2 jogos – 10.991 pessoas (5.495) – R$ 138.420 (R$ 69.210)
Náutico
27 jogos (25 na Arena e 2 na Arruda)
198.761 torcedores (média de 7.361)
15,93% de ocupação
R$ 3.574.304 de renda bruta (média de R$ 132.381)
Estadual – 7 jogos – 43.497 pessoas (6.213) – R$ 907.395 (R$ 129.627)
Série B – 19 jogos – 152.758 pessoas (8.039) – R$ 2.621.179 (R$ 137.956)
Copa do Brasil – 1 jogo – 2.506 pessoas – R$ 45.730
Trio de Ferro
96 jogos (35 no Arruda, 30 na Arena, 30 na Ilha e 1 na Arena Pantanal)
1.073.285 torcedores (média de 11.180)
26,76% de ocupação
R$ 16.745.587 de renda bruta (média de R$ 174.433)
Torneios: Estadual, Nordestão, Copa do Brasil, Sul-Americana e Séries A e B