Pela 5ª vez em 6 anos nesta década, a Federação Pernambucana de Futebol terminou a temporada com superávit, uma cena raríssima em seus filiados. Entre 1º de janeiro e 31 de dezembro de 2016, o saldo do balanço financeiro foi pra lá de positivo, com R$ 2,3 milhões. É um reflexo direto da maior arrecadação na história da centenária entidade. A receita operacional foi de R$ 8,2 milhões, 28% maior em relação a 2015. Ou 163% em seis anos.
O curioso é que a bilheteria dos jogos foi a mais baixa nos últimos quatro anos, período levantado pelo blog. Ao todo, o Trio de Ferrou teve R$ 16,7 milhões, contra 21,4 milhões em 2015, por exemplo. Lembrando que a FPF tem taxas de 8% sobre todas as rendas do Campeonato Pernambucano e 5% no Campeonato Brasileiro. Falando do Estadual, a média de 3.498 torcedores foi a menor desde 2003. Ou seja, mesmo em um cenário tão precário, a federação não só seguiu rentável como se superou. Até porque há outra fonte de captação de receita, uma espécie de cartório de atividades no futebol local, com 69 ações possíveis, com taxas administrativas de R$ 30 a R$ 750 mil.
Logo, o relatório oficial aponta um aumento no patrimônio líquido da FPF, somando patrimônio social e o acumulado dos resultados positivos nos últimos anos. Em relação ao primeiro ponto, vale a imponente sede na Boa Vista, cujo valor foi congelado judicialmente durante vinte anos. Por decisão da própria federação, em 2014, já sob a gestão de Evandro Carvalho, o imóvel sofreu um ajuste do valor patrimonial, com a mutação presente no diagnóstico produzido pela Ferreira & Associados Auditores – empresa ainda responsável pelos relatórios anuais da entidade. No último exercício, o patrimônio teve um aumento de 17%, passando de 12,9 milhões para R$ 15.215.317.
Curiosidade: entre as despesas, gasto maior com o departamento de futebol (3,4 milhões, ou +86%) e menor com o administrativo (2,5 milhões, -20%).
O balanço completo foi divulgado no Diario Oficial do Estado (veja aqui).
Pepino, a questão é que não estão nem aí pros clubes. Os cartolas do interior querem mesmo é encher os bolsos. O clubeco que se esploda. Não se interessam em formar jogador nem estruturar o clube, pq iriam fazer isso pro próximo dirigente lucrar. São imediatistas e corruptos. Querem o suborno da Federação para aprovar tudo o que ela decidir. Amigo, futebol é um dos ambientes mais corruptos nesse nosso Brasil sem lei. Campeonato Pernambucano sempre foi e é um jogo de cartas marcada, em que a cada tempo, um é beneficiado, mas tudo no interesse de quem comanda.
O parasita fatura alto. Já passou da hora de os clubes se organizarem para acabar com esse ciclo. Fazer como 87, mas ao invés de dissolver a liga, fortalecê-la sem medo de represálias. As federações não são nada sem o clube, mas os clubes podem se organizar pra não depender de federações, como em várias ligas ao redor do mundo. Vão haver represálias, como em 88 quando o Inter e o Flamengo não disputaram a Libertadores, mas tem que haver coerência e se manter firme pra acabar com essas máfias e fortalecer os campeonatos de todos os níveis, nacional, regional, seja lá o que for!